domingo, 14 de julho de 2019

Vai e faz o mesmo


https://www.youtube.com/watch?v=WPW2Z8zQ-uM

A liturgia deste domingo procura definir o caminho para encontrar a vida eterna. É no amor a Deus e aos outros – dizem os textos que nos são propostos – que encontramos a vida em plenitude.
O Evangelho sugere que essa vida plena não está no cumprimento de determinados ritos, mas no amor (a Deus e aos irmãos). Como exemplo, apresenta-se a figura de um samaritano – um herege, um infiel, segundo os padrões judaicos, mas que é capaz de deixar tudo para estender a mão a um irmão caído na berma da estrada. “Vai e faz o mesmo” – diz Jesus a cada um dos que o querem seguir no caminho da vida plena.
A primeira leitura reflecte, sobretudo, sobre a questão do amor a Deus. Convida os crentes a fazer de Deus o centro da sua vida e a amá-lo de todo o coração. Como? Escutando a sua voz no íntimo do coração e percorrendo o caminho dos seus mandamentos.
Na segunda leitura, Paulo apresenta-nos um hino que propõe Cristo como a referência fundamental, como o centro à volta do qual se constrói a história e a vida de cada crente. O texto foge, um tanto, à temática geral das outras duas leituras; no entanto, a catequese sobre a centralidade de Cristo leva-nos a pensar na importância do que Ele nos diz no Evangelho de hoje. Se Cristo é o centro a partir do qual tudo se constrói, convém escutá-l’O atentamente e fazer do amor a Deus e aos outros uma exigência fundamental da nossa caminhada.
O caminho que Deus propõe não é um caminho escondido, misterioso, revelado só aos iniciados ou iluminados; mas é um caminho que está claramente inscrito no coração e na consciência de cada homem (vers. 14).
A mensagem aqui apresentada pelos catequistas deuteronomistas diz-nos, portanto, o seguinte: para perceber o projecto de salvação, de liberdade e de felicidade que Deus tem para os homens, basta olhar para o nosso coração e para a nossa consciência; é aí que Deus nos fala e é aí que nós escutamos as suas propostas e as suas indicações. Resta-nos estar disponíveis para escutar e para perceber – no meio das contra-indicações que as nossas paixões nos apresentam – as sugestões, os apelos, os desafios de Deus.

https://www.dehonianos.org

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