quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Papa: peçamos a Jesus que nos cure de criticar e queixar dos outros



Que nos cure “de desprezar seja quem for: são coisas que desagradam a Deus"

Papa Francisco indicou que cada um de nós peça a Jesus que nos cure de criticar e queixar dos outros, e também nos cure de desprezar seja quem for, pois essas são coisas que desagradam a Deus.



O Papa falou tais palavras na homilia da missa de encerramento do Sínodo Amazônico, neste domingo (27/10), na Basílica de São Pedro.

O Pontífice iniciou sua homilia, dizendo que neste domingo, “a Palavra de Deus nos ajuda a rezar por meio de três personagens: na parábola de Jesus, rezam o fariseu e o publicano; na primeira Leitura, fala-se da oração do pobre”.

Em sua oração, “o fariseu vangloria-se porque cumpre do melhor modo possível preceitos particulares, mas esquece o maior: amar a Deus e ao próximo. Transbordando de confiança própria, da sua capacidade de observar os mandamentos, dos seus méritos e virtudes, o fariseu aparece centrado apenas em si mesmo”.

O drama desse homem é que vive sem amor. Mas, sem amor, até as melhores coisas de nada seriam, como diz São Paulo. E sem amor, qual é o resultado? No fim das contas, em vez de rezar, elogia-se a si mesmo. De fato, não pede nada ao Senhor, porque não se sente necessitado nem em dívida, mas com crédito. Está no templo de Deus, mas pratica outra religião, a religião do eu”. Muitos grupos ilustres, cristãos católicos, vão por esta estrada.

E além de Deus, o fariseu esquece o próximo, o despreza, ou seja, não lhe dá valor. Considera-se melhor que os outros designados por ele como «o resto, os restantes».

Em outras palavras, são «restos», descartados dos quais manter-se à distância. Quantas vezes vemos acontecer esta dinâmica na vida e na história! Quantas vezes quem está à frente, como o fariseu relativamente ao publicano, levanta muros para aumentar as distâncias, tornando os outros ainda mais descartados.

Ou então, considerando-os atrasados e de pouco valor, despreza as suas tradições, cancela suas histórias, ocupa os seus territórios e usurpa os seus bens. Quanta superioridade presumida, que se transforma em opressão e exploração, ainda hoje! Vimos isso no Sínodo quando falamos sobre a exploração da Criação, das pessoas, dos habitantes da Amazônia, do tráfico de pessoas e do comércio de pessoas!

Segundo o Papa, “os erros do passado não foram suficientes para deixarmos de saquear os outros e causar ferimentos aos nossos irmãos e à nossa irmã terra: vimos isso no rosto desfigurado da Amazónia”.

A «religião do eu» continua, hipócrita com os seus ritos e as suas «orações», porém, muitos são católicos, se confessam católicos, mas se esqueceram de ser cristãos e humanos, esquecida do verdadeiro culto a Deus, que passa sempre pelo amor ao próximo. Até mesmo os cristãos que rezam e vão à missa aos domingos são seguidores dessa «religião do eu». Podemos olhar para dentro de nós e ver se alguém, para nós, é inferior, descartável… mesmo só em palavras.

Rezemos pedindo a graça de não nos considerarmos superiores, não nos julgarmos íntegros, nem nos tornarmos cínicos e escarnecedores. Peçamos a Jesus que nos cure de criticar e queixar dos outros, de desprezar seja quem for: são coisas que desagradam a Deus. Provavelmente, hoje nos acompanham nesta missa não apenas os indígenas da Amazônia: mas também os pobres das sociedades desenvolvidas, os irmãos e irmãs doentes da Comunità dell’Arche. Estão conosco.

A oração do publicano nos ajuda a compreender o que é agradável a Deus. Ele não começa pelas suas virtudes, “mas pelas suas faltas; não pela riqueza, mas pela sua pobreza: não uma pobreza econômica, os publicanos eram ricos e cobravam também injustamente às custas de seus compatriotas, mas uma pobreza de vida, porque no pecado nunca se vive bem”.

Segundo Francisco, “aquele homem reconhece-se pobre diante de Deus, e o Senhor ouve a sua oração, feita apenas de sete palavras, mas de atitudes verdadeiras. De fato, enquanto o fariseu estava à frente, de pé, o publicano mantém-se à distância e «nem sequer ousava levantar os olhos ao céu», porque crê que o Céu está ali e é grande, enquanto ele se sente pequeno. E «batia no peito», porque no peito está o coração”.

A sua oração nasce do coração, é transparente: coloca diante de Deus o coração, não as aparências. Rezar é deixar-se olhar dentro por Deus sem simulações, sem desculpas, nem justificações. Porque, do diabo, vêm escuridão e falsidade; de Deus, luz e verdade. Foi bom, e lhes agradeço, queridos padres e irmãos sinodais, termos dialogado, nestas semanas, com o coração, com sinceridade e franqueza, colocando fadigas e esperanças diante de Deus e dos irmãos.

O Papa sublinhou que através do publicano, “descobrimos o ponto de onde recomeçar: do fato de nos considerarmos, todos, necessitados de salvação. É o primeiro passo da religião de Deus, que é misericórdia com quem se reconhece miserável. Considerar-se justo é deixar Deus, o único justo, fora de casa”.

Jesus faz um confronto entre as atitudes da pessoa mais piedosa e devota de então, o fariseu, e o pecador público por excelência, o publicano. “E a sentença final inverte as coisas: quem é bom, mas presunçoso, falha; quem é deplorável, mas humilde, acaba exaltado por Deus. Se olharmos para dentro de nós com sinceridade, vemos os dois em nós: o publicano e o fariseu. Somos um pouco publicanos, porque pecadores, e um pouco fariseus, porque presunçosos, capazes de nos sentirmos justos, campeões na arte de nos justificarmos! Isto, com os outros, muitas vezes dá certo; mas, com Deus, não”.

Peçamos a Deus “a graça de nos sentirmos necessitados de misericórdia, pobres intimamente. Por isso, faz-nos bem frequentar os pobres, para nos lembrarmos que somos pobres, para nos recordarmos de que a salvação de Deus só age num clima de pobreza interior”.

O Livro do Eclesiástico fala que a oração do pobre «chegará até as nuvens». “Enquanto a oração de quem se considera justo fica por terra, esmagada pela força de gravidade do egoísmo, a do pobre sobe, direta, até Deus. O sentido da fé do Povo de Deus viu nos pobres «os porteiros do Céu»: são eles que nos abrirão, ou não, as portas da vida eterna; eles que não se consideraram senhores nesta vida, que não se antepuseram aos outros, que tiveram só em Deus a sua própria riqueza. São ícones vivos da profecia cristã”.

Neste Sínodo, tivemos a graça de escutar as vozes dos pobres e refletir sobre a precariedade de suas vidas, ameaçadas por modelos de progresso predatórios. E, no entanto, precisamente nesta situação, muitos nos testemunharam que é possível olhar a realidade de modo diferente, acolhendo-a de mãos abertas como uma dádiva, habitando na criação, não como meio a ser explorado, mas como casa a ser protegida, confiando em Deus. Ele é Pai e «ouvirá a oração do oprimido». Quantas vezes, mesmo na Igreja, as vozes dos pobres não são ouvidas, acabando talvez desprezadas ou silenciadas porque incômodas.

Francisco concluiu, dizendo que devemos rezar “pedindo a graça de saber ouvir o grito dos pobres: é o grito de esperança da Igreja. Assumindo nós o seu grito, temos a certeza de que a nossa oração atravessará as nuvens”.

(Com Vatican News)

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Papa: tenham o coração aberto ao Espírito Santo




Papa: tenham o coração aberto ao Espírito Santo


Vatican News | Out 30, 2019
“É ele quem guia o caminho dos evangelizadores mostrando a eles a via a seguir”

A chegada da fé cristã à Europa foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (30/10) na Praça São Pedro.
O Papa deu prosseguimento ao seu ciclo sobre os Atos dos Apóstolos e comentou o capítulo 16, 9-10.
Francisco explicou que Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos. E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho.

O Espírito Santo é o protagonista da missão da Igreja. É ele quem guia o caminho dos evangelizadores mostrando a eles a via a seguir.
Paulo chega a Filipos e ali batiza a vendedora Lídia e a sua família. Com o coração aberto, afirmou Francisco, a pessoa pode dar hospitalidade a Cristo e aos outros.
Temos aqui o testemunho da chegada do cristianismo à Europa: o início de um processo de inculturação que dura ainda hoje.
Depois do calor vivido na casa de Lídia, Paulo e Silas têm que fazer as contas com a dureza da prisão, para onde são levados com a acusação de perturbarem a “ordem pública” ao converterem em seguida uma jovem “com espírito de adivinhação”. E Francisco advertiu as pessoas que ainda hoje pagam e utilizam os “poderes” dos “adivinhos”.
Na prisão, acontece um fato surpreendente: enquanto Paulo e Silas rezavam, um terremoto move os alicerces da prisão libertando os prisioneiros. Ao ver as portas abertas da prisão, o carcereiro está para se suicidar quando pergunta a eles: que é necessário que eu faça para me salvar? Paulo responde: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa.
A este ponto, explicou o Papa, acontece a mudança: no coração da noite, o carcereiro escuta a palavra do Senhor com a sua família, acolhe os apóstolos, lava as suas chagas e recebe o Batismo.
No coração da noite deste anônimo carcereiro, a luz de Cristo brilha e derrota as trevas. Assim o Espírito Santo faz a missão, desde o início. Desde Pentecostes, Ele é o protagonista da missão.

Peçamos também nós hoje ao Espírito Santo um coração aberto, sensível a Deus e acolhedor em relação aos irmãos, como o de Lídia, e uma fé audaz, como a de Paulo e Silas, e também uma abertura de coração, como a do carcereiro, que se deixa tocar pelo Espírito Santo.

(Com Vatican News)

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Qual é a nossa missão?

CROSS

Todos os cristãos têm um chamado especial de Deus

Você já parou para pensar para que servem os balões?
 Eles com suas diferentes cores e tamanhos, ornamentam festas, alegram o ambiente, divertem as crianças, chamam atenção daqueles que olham, enfeitam o mundo. Muito bem! No entanto, eles só conseguem fazer tudo isso se estiverem cheios. Para que servem balões vazios? Não servem para nada, não têm vida, não tem beleza, não alegram, vão para o lixo.

E os cristãos? Para que servem os cristãos?


Deus, para salvar a cada um de nós, enviou seu Filho e Seu Filho enviou a Igreja, isto é, os Apóstolos e seus sucessores (cf. Mt 10, 16ss; Jo 20,21-23), com a missão de espalhar a Boa Nova do Reino de Deus pelo mundo. A missão dos apóstolos, e de todos nós que aderimos a Cristo, é continuar sua missão nesta terra. Que missão! Difícil, árdua, mas muito bela; levar cada pessoa viver no Reino de Deus; reino de paz, de amor, de verdade, de justiça e de liberdade. Levar as pessoas a um dia viver eternamente com Deus no Céu. São Paulo disse que “olhos humanos jamais viram, ouvidos humanos jamais ouviram, e coração humano jamais sentiu o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Cor 2,9; Is 64,4).

A Didaquê, um documento cristão do primeiro século, dizia que: “Aquilo que a nossa alma é para o corpo, os cristãos são para o mundo”. Sem a alma o corpo não tem vida, sem os cristãos o mundo não tem vida. Por isso Jesus disse: “Vós sois o sal da terra” (Mt 5,13). “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,14). A luz do cristão, que é a Luz de Cristo, ilumina este mundo de trevas do pecado: ódio, ganância, brigas, mortes, roubos, adultérios, vanglórias, exibicionismos, orgias, comilanças, bebedeiras…

É o sal que dá sabor ao alimento e que o conserva. Só Cristo conserva a vida com sabor e com integridade. E Ele quer que os cristãos sejam os portadores e irradiadores dessa luz que ilumina as trevas e esse sal que dá sabor e vida.

Mas, para continuar a missão de Cristo, é necessário sermos semelhantes a Ele. Ele deixou claro que sem Ele não podemos fazer nada (cf. João 15,5). Por isso, o cristão só poderá ser o sal da terra e a luz do mundo se estiver repleto de Cristo. São Paulo era um gigante evangelizador porque tinha consciência de que não era ele quem vivia, mas que “Cristo vivia nele”, e lhe dava força e coragem de enfrentar muitas viagens, perseguições, açoites, prisões, etc.

E quem nos faz semelhantes a Cristo, repletos de Cristo, portadores de Cristo, é o Espírito Santo.

“O Espírito de Jesus habita em nós para fazer-nos imagens de Jesus; esta é a vontade do Pai, que cada um de nós seja uma réplica de seu amado Jesus. E quem faz isso é o Espírito Santo. Ele nos leva a atingir o estado de homem perfeito, a estatura e maturidade de Cristo” (Ef 4,13). Os cristãos precisam estar cheios do Espírito Santo. O que podem fazer cristãos vazios? Cristãos vazios são como balões vazios! Não podem fazer nada.

Continuar a missão de Cristo aqui na terra é algo muito sério. Embora, muitos não sejam conscientes disso, todos são chamados. O parágrafo 900 do Catecismo da Igreja Católica deixa bem claro que:

“Uma vez que, como todos os fiéis, os leigos são encarregados por Deus do apostolado em virtude do Batismo e da Confirmação, eles têm a obrigação e gozam do direito, individualmente ou agrupados em associações, de trabalhar para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e recebida por todos os homens e por toda a terra; esta obrigação é ainda mais presente se levarmos em conta que é somente por meio deles que os homens podem ouvir o evangelho e conhecer a Cristo”.

Os leigos estão na linha mais avançada da vida da Igreja, no mundo secular e precisam ter uma consciência clara, não somente de pertencerem à Igreja, mas de “serem” Igreja.

O leigo tem como vocação própria, estabelecer o Reino de Deus exercendo funções no mundo, no trabalho, na cultura, na política, etc., ordenando-as segundo o Plano e a vontade de Deus. Cristo os chama a ser “sal da terra e luz do mundo”. O leigo chega aonde o sacerdote não chega. Ele deve levar a luz de Cristo aos ambientes de trevas, de pecado, de injustiça, de violência, etc.. Assim, no mundo do trabalho, levando tudo a Deus, o leigo contribui para o louvor do Criador, se santifica e santifica o trabalho. Ele constrói o mundo pelo labor, e assim coloca na obra de Deus a sua assinatura. Torna-se co-criador com Deus.

O Concílio Vaticano II resgatou a atividade do leigo na Igreja: “Os leigos que forem capazes e que se formarem para isto podem também dar sua colaboração na formação catequética, no ensino das ciências sagradas e atuar nos meios de comunicação social” (Cat. n.906).

O Código de Direito Canônico dá ao leigo o direito e o dever de dar a sua opinião aos pastores:

“De acordo com a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, têm o direito e, às vezes, até o dever de manifestar aos pastores sagrados a própria opinião sobre o que afeta o bem da Igreja e, ressalvando a integridade da fé e dos costumes e a reverência para com os pastores, e levando em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas, deem a conhecer essa sua opinião também aos outros fiéis” (Cat. 907; Cânon 212,3).

Para ser firme no cumprimento de sua missão de batizado e missionário, o leigo precisa ter uma vida espiritual sadia. O Papa João Paulo II disse um dia que: “A eficácia do trabalho apostólico do fiel leigo está intimamente associada à sua base espiritual, à sua vida de oração pessoal e comunitária, à frequência na recepção dos Sacramentos, sobretudo a Eucaristia e a Penitência e à sua reta formação doutrinária”.

Sem isso, não podemos ser repletos do Espírito Santo e de agir pelo poder de Cristo em nós. O leigo que não reza, não se Confessa, não Comunga, não lê e não medita a Palavra de Deus, não tem perseverança na missão, e como acontece com muitos sacerdotes também, acaba sendo afastado dela.

Mais do que nunca a Igreja precisa hoje dos leigos no campo de batalha do mundo; pois hoje ela é magoada, ofendida, perseguida e tida por muitos como a culpada de todos os males. Uma escala de valores pagã tenta insistentemente substituir a civilização cristã por uma cultura de morte (aborto, eutanásia, destruição de embriões, suicídio assistido…); e Deus vai sendo expulso da sociedade como se fosse um mal, e a religião católica vai sendo atacada por um laicismo agressivo anticristão. Nossa missão hoje, mais do que nunca, é pelo poder do Espírito Santo, sermos testemunhas de Jesus Cristo; e mostrar o mundo que sem Ele não há salvação eterna e nem felicidade terrena.

Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Informação Paroquial- Dia de Fiéis Defuntos

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Quando oramos aos Fiéis Defuntos estamos pedindo para que as almas que se encontram aflitas e esperando consolo enquanto aguardam o momento de entrar nos céus, no purgatório encontrem o acalento e paz que precisam, além de que por meio desta súplica podemos ajudar a diminuir o tempo daqueles que se encontram sofrendo no purgatório.

Ou seja, ao orarmos durante o dia de finados estamos fazendo uma demonstração de carinho amor, afeto e acalento por aqueles que se foram, já que durante esta data a Igreja toda se encontra em orações.

Horários das Celebrações de 1 a 3 de Novembro


Dia 1- Sexta-Feira- Em todas as Pároquias celebração do Dia de Todos os Santos

No Horário normal das Celebrações  de Domingos
Arronches: 12:00H na Igreja Matriz

Dia 2-Sábado- Celebrações do Dia de Fiéis Defuntos

Esperança: 9:00H - Missa, seguida de oração no Cemitério
Mosteiros: 10:00H - Oração no Cemitério seguida de Missa
Arronches:11:30H- Oração no Cemitério 
                 12:00H - Missa na Igreja Matriz
Degolados:16:00H - Missa e Oração no Cemitério
Alegrete:   16:15H - Missa e Oração no Cemitério

Dia 3- Domingo- No Horário normal das Celebrações  de Domingos

NOTA: Dia 2, sábado, não será celebrada a missa vespertina das 17:30H, na Igreja de Nossa Senhora da Luz,

PLANO PASTORAL DIOCESANO 2019- 2022




Dar voz aos jovens e ouvi-los!


Rumo às Jornadas Mundiais da Juventude de Lisboa 2022


2019-2020

Jornada Diocesana das Missões, 27 de Outubro, Portalegre

Sufrágio pelos benfeitores da Diocese, 29 de Novembro

XV Jornada Diocesana da Família, 25 de Janeiro

Dia Diocesano do Consagrado, 2 de fevereiro

Dia Diocesano do Acólito, 22 de fevereiro

XI Jornada Diocesana da Pastoral Social, 7 de março

Retiro de Agentes de Pastoral, 14 a 15 de Abril

Dia Diocesano de Juventude, 4 de Abril

Jubileus Sacerdotais, 9 de abril, Portalegre

Páscoa, 12 de Abril

Dia Diocesano da Catequese, 25 de abril

XXXVII Peregrinação Diocesana a Fátima, 31 de Maio

domingo, 27 de outubro de 2019

Deus escuta a oração dos humildes


https://www.youtube.com/watch?v=CZjN5Qxou0o

A liturgia deste domingo ensina-nos que Deus tem um "fraco" pelos humildes e pelos pobres, pelos marginalizados; e que são estes, no seu despojamento, na sua humildade, na sua finitude (e até no seu pecado), que estão mais perto da salvação, pois são os mais disponíveis para acolher o dom de Deus.
A primeira leitura define Deus como um "juiz justo", que não se deixa subornar pelas ofertas desses poderosos que praticam injustiças na comunidade; em contrapartida, esse Deus justo ama os humildes e escuta as suas súplicas.
A oração do pobre e do desvalido chega sempre aos ouvidos de Deus... Deus não vira, nunca, as costas a quem chama por Ele e vê n'Ele a esperança e a salvação. Isto é algo que eu devo ter sempre presente, nomeadamente nos momentos mais dramáticos da minha existência, quando tudo cai à minha volta. A Palavra de Deus que hoje nos é oferecida garante-nos: Deus escuta a oração do pobre (e, no contexto bíblico, dizer que "escuta" significa dizer que Ele se prepara para intervir e para trazer àquele que sofre a libertação e a vida).
O Evangelho define a atitude correcta que o crente deve assumir diante de Deus. Recusa a atitude dos orgulhosos e auto-suficientes, convencidos de que a salvação é o resultado natural dos seus méritos; e propõe a atitude humilde de um pecador, que se apresenta diante de Deus de mãos vazias, mas disposto a acolher o dom de Deus. É essa atitude de "pobre" que Lucas propõe aos crentes do seu tempo e de todos os tempos.
Na segunda leitura, temos um convite a viver o caminho cristão com entusiasmo, com entrega, com ânimo - a exemplo de Paulo. A leitura foge, um pouco, ao tema geral deste domingo; contudo, podemos dizer que Paulo foi um bom exemplo dessa atitude que o Evangelho propõe: ele confiou, não nos seus méritos, mas na misericórdia de Deus, que justifica e salva todos os homens que a acolhem.
Convém ter sempre presente esse dado fundamental que deu sentido às apostas de Paulo: aquele que escolhe Cristo não está só, ainda que tenha sido abandonado e traído por amigos e conhecidos; o Senhor está a seu lado, dá-lhe força, anima-o e livra-o de todo o mal. Animados por esta certeza, temos medo de quê?

https://www.dehonianos.org/

sábado, 26 de outubro de 2019

ENCONTRO/ CONVÍVIO DIOCESANO CURSILHOS CRISTANDADE




Um grupo de cursilhistas da nossa Diocese propôs-se organizar e dinamizar um encontro / convívio entre cursilhistas da Diocese. O objectivo é o encontro, o convívio e o fomentar amizade entre aqueles que um dia - há muito ou pouco tempo - viveram a realidade de UM CURSILHO DE CRISTANDADE NA DIOCESE DE PORTALEGRE- CASTELO BRANCO.

Certos de que, como nos diz o Papa Francisco, o método de evangelização do M.C.C. nasceu precisamente do fervoroso desejo de amizade com Deus,da qual brota a amizade com os irmãos, este grupo organizador pretende fazer desta atividade, um verdadeiro ENCONTRO de amigos.

Em anexo, segue o convite para os cursilhistas e respectivas famílias.

Contam com o empenhamento de todos na divulgação e presença neste dia

As inscrições deverão ser feitas nos centros de Ultreia respectivos.

Assim: Centro de Ultreia de:


Castelo Branco - Edite Martins, contacto 917219182
Abrantes - Isabel Macieira, contacto 936960223

Pinhal - Jaime Matos - contacto 968866087
Portalegre - os contactos constam no convite em anexo

iNSCRIÇÕES ATÉ 2/ 11/ 2019

DE COLORES

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

SANTOS, SIM, DEFUNTOS AINDA NÃO!...

a foto de perfil de Antonino Dias, A imagem pode conter: 1 pessoa

1 – O homem não é o seu próprio fim. Hoje, porém, endeusa-se de tal forma o homem que Deus é descartado como insignificante, como se com isso Ele deixasse de existir. Aos próprios católicos, como já constatava Chesterton, pede-se que respeitem todas as religiões, menos a sua.
Mesmo que se manifestem indiferentes, sinceramente acredito que, religiosos ou não, ateus ou agnósticos, humanistas ou pensadores livres, céticos ou sem religião, ninguém deixará de se perguntar sobre os enigmas da condição humana, sobre o sentido e a finalidade da vida e da morte, sobre o mistério último que envolve a nossa existência e a consumação de toda a história humana. O gérmen da eternidade existe em nós. Deus atrai-nos.
Anselm Grün, num livro publicado em conjunto com Tomáš Halík, recorda-nos uma aposta referida por Pascal nos seus Pensamentos, mas sintetizada por Walter Dirks, assim:
“Não sabes se Deus existe. Tens a opção entre dois pressupostos, entre a suposição de que Deus existe e a presunção de que Ele não existe. Não podes esquivar-te, tens de apostar numa das possibilidades. Em alguma ocasião, talvez na experiência da tua morte, se há de verificar se apostaste de forma correta ou falsa. Se apostaste contra a existência de Deus, então, no caso de Ele não existir, nada perdeste e nada ganhaste – nem sequer terás a consciência de teres procedido bem; porém, no caso de Deus existir, então perdeste tudo. Se, pelo contrário, apostaste na existência de Deus e se Ele não existir, então não perdeste nada; mas, se Ele existir, ganhaste tudo: a bem-aventurança eterna. Nestas circunstâncias, é sensato e racional apostar na existência de Deus”.

2 – Solenidade de Todos os Santos! A santidade “é o rosto mais bonito da Igreja, o seu aspeto mais belo: é redescobrir-se em comunhão com Deus, na plenitude da sua vida e do seu amor (…) não é uma prerrogativa só de alguns: é um dom oferecido a todos, sem excluir ninguém, e por isso constitui o cunho distintivo de cada cristão” (Francisco, 19/11/2014). A Exortação Apostólica Alegrai-vos e Exultai, se nos fala de grandes santos, fala-nos também da santidade de ao pé da porta, da santidade da classe média, da santidade de tanta gente humilde que foi capaz de influenciar os rumos da história sem constar nos livros. Fala-nos da santidade do povo de Deus que apesar das curvas, contracurvas e maleitas da vida, sabe amar e servir, sorrir, agradecer e louvar, com alegria e esperança, sentindo-se livre e amado.
Na medida em que a pessoa ganha consciência da importância do dom da vida e dos seus limites, seja qual for a sua profissão e cultura, vai-se interrogando e procurando respostas para melhor se compreender a si próprio e dar sentido à vida. Vai-se doando como Cristo se doou. Vai vivificando a vida e vivificando a própria morte através da qual Cristo nos libertou e nos ressuscitará. Vai aprendendo a morrer... ao jeito de Cristo, como Cristo, com Cristo.

3 – Dia e Mês de Todos os Fiéis Defuntos! Sim, dos defuntos que foram fiéis. Aqueles que estão salvos, mas no Purgatório. Recordámo-los, rezamos por eles. Na medida do possível, vamos em romagem às suas campas. Colocamos flores em homenagem, acendemos as velas da fé na ressurreição, confrontamo-nos com a certeza da morte que é condição da vida. Mesmo sem sabermos quando, como e onde é que a morte virá ao nosso encontro, tornamos mais viva a consciência de que a morte está dentro da vida, coloca-lhe limites, é passagem obrigatória. É verdade que ela entristece e faz chorar quem fica, pois a presença física de quem parte já não é possível. No entanto, «Se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade (...) com a morte a vida não acaba, apenas se transforma». De facto, se não tivéssemos esperança na ressurreição “seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos”, mas porque acreditamos na ressurreição, rezar por eles é um dever «santo e piedoso» (2 Mac 12, 44.45). É uma forma de comunicar com eles, pois, de modo nenhum se interrompe “a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo; mas antes, segundo a constante fé da Igreja, é reforçada pela comunicação dos bens espirituais» (LG49).

D. Antonino Dias- Bipo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 25-10-2019.

JORNADA MISSIONÁRIA 27 DE OUTUBRO EM PORTALEGRE

A imagem pode conter: sapatos e ar livre

Se precisar transporte poderá fazer a sua inscrição junto do Srº Padre Fernando. 
O autocarro partirá do Largo Serpa Pinto pelas 9h 30m.
Os trabalhos terão início às 10:00h e a missa será celebrada pelas 16:00h.

Devido à Jornada Missionária Diocesana, não serão celebradas missas neste fim de semana em nenhuma Paróquia, com excepção da missa vespertina de sábado pelas 17:30h na Igreja de Nossa Senhora da Luz em Arronches.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Papa diz que católicos devem ir ao encontro de todos, sem «excluir» ou julgar

No Dia Mundial das Missões, Francisco questiona« velhos conflitos de poder, que alimentam guerras e destroem o planeta»


Cidade do Vaticano, 20 out 2019 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje no Vaticano à Missa pelo Dia Mundial das Missões, desafiando os católicos a ir ao encontro de todos, sem excluir ou julgar.

“Vai com amor ao encontro de todos, porque a tua vida é uma missão preciosa: não é um peso a suportar, mas um dom a oferecer. Coragem! Sem medo, vamos ao encontro de todos”, declarou, na homilia da celebração que decorreu na Basílica de São Pedro.

A intervenção partiu do simbolismo que o “monte” tem na Bíblia, considerado como o “lugar onde Deus gosta de marcar encontro com toda a humanidade”.

O monte lembra-nos que os irmãos e as irmãs não devem ser selecionados, mas abraçados com o olhar e sobretudo com a vida. O monte liga Deus e os irmãos num único abraço, o da oração. O monte leva-nos para o alto, longe de tantas coisas materiais que passam; convida-nos a redescobrir o essencial, o que permanece: Deus e os irmãos”.


No dia que a Igreja Católica dedica, anualmente, à dimensão missionária das suas comunidades, Francisco sublinhou o valor da oração e lamentou as “maledicências e boatos que poluem”.

A celebração contou com a presença de vários participantes no Sínodo especial para a Amazónia, que decorre no Vaticano até 27 de outubro.

“Deus chama todos os povos: vistos de cima, os outros aparecem-nos no seu todo e descobre-se que a harmonia da beleza só é dada pelo conjunto”, apontou o pontífice.

A homilia apresentou a Missão como uma “vida de serviço”, com tempo para Deus e para os outros.

“Todos, porque ninguém está excluído do seu coração, da sua salvação; todos, para que o nosso coração ultrapasse as alfândegas humanas, os particularismos baseados nos egoísmos que não agradam a Deus. Todos, porque cada qual é um tesouro precioso e o sentido da vida é dar aos outros este tesouro”, precisou Francisco.

O Papa alertou ainda para o perigo de uma “vida horizontal”, marcada pela “força de gravidade do egoísmo”.

“Todos esperam algo dos outros, o cristão vai ter com os outros”, ao encontro de “todos, e não apenas dos seus, do seu grupinho”, observou.

A homilia encerrou-se com uma frase que Francisco tem repetido no seu pontificado: cada católico “é uma missão”, vivendo para “testemunhar, abençoar, consolar, erguer, transmitir a beleza de Jesus”.

A oração universal teve intenções apresentadas em cinco línguas: hindi, espanhol, iorubá, português e chinês.

Mais tarde, na recitação do ângelus, o Papa deixou votos de que o Dia Mundial das Missões ajude todos os batizados a “tomar maior consciência da necessidade de cooperar no anúncio do Reino de Deus”.

A Igreja Católica vive em outubro de 2019 um Mês Missionário Extraordinário, convocado por Francisco no centenário da carta apostólica ‘Maximum illud’, de Bento XV, o qual pediu que a missão fosse “purificada de qualquer incrustação colonialista” e das “políticas expansionistas das nações europeias”.

Neste nosso tempo, marcado por uma globalização que deveria ser solidária e respeitadora pelas particularidades dos povos – mas que, pelo contrário, sofre ainda com a homologação e os velhos conflitos de poder, que alimentam guerras e destroem o planeta -, os crentes são chamados a levar a todos os lugares a boa nova de que, em Jesus, a misericórdia vence o pecado, a esperança vence o medo, a fraternidade vence a hostilidade”.

Como fez na Missa desta manhã, o Papa destacou a importância da oração, do missionário e pelos missionários, para “anunciar e oferecer a luz e a graça do Evangelho aos que ainda não o receberam”.

Após a oração, desde a janela do apartamento pontifício, Francisco recordou o novo beato da Igreja Católica, Alfredo Cremonesi, sacerdote missionário da Itália, que foi morto na Birmânia, em 1953.

“Que o seu exemplo nos leve a ser trabalhadores de fraternidade e missionários corajosos em todos os ambientes”, pediu o Papa, numa intervenção sublinhada pela multidão com uma salva de palmas.

OC

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Sínodo 2019: Apresentado projeto de Documento Final




Cidade do Vaticano, 21 out 2019 (Ecclesia) – Os trabalhos da terceira e última semana do Sínodo especial para a Amazónia arrancaram hoje no Vaticano, com a apresentação do projeto de documento final da assembleia.

O cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena e membro da Comissão de Redação do documento final do Sínodo especial, por nomeação do Papa, disse aos jornalistas que “o tema dos ministérios é um tema importante deste Sínodo, faz parte dos novos caminhos na Amazónia”.

Este responsável defendeu uma aposta numa “melhor distribuição do clero” para resolver a falta de padres na Amazónia, para que toda a Igreja Católica se sinta “corresponsável” pela região.

O arcebispo de Viena considerou ainda que o diaconado permanente, restaurado pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), é “muito significativo” para a vida da Igreja e poder ser uma ajuda para a pastoral “neste imenso território” pan-amazónico.

Atualmente, a Igreja Católica de rito latino admite homens casados apenas ao diaconado, primeiro grau do sacramento da Ordem (diaconado, sacerdócio, episcopado).

O relator-geral do Sínodo 2019, cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Rede Eclesial Pan-amazónica (Repam), apresentou o projeto do documento final, que vai ser discutido até sábado.

Na conferência de imprensa desta tarde, D. Domenico Pompili, bispo de Rieti (Itália), nomeado pelo Papa como membro do Sínodo, falou numa “terra ferida”, por causa de um “difícil problema, sempre por resolver, entre o homem e o ambiente”.

“A questão ecológica é a questão. Ponto”, sustentou.

Já o padre Dario Bossi, provincial dos Missionários Combonianos no Brasil, denunciou o envenenamento dos rios com mercúrio, por causa da extração mineira, e pediu uma reflexão “sobre o uso do ouro”, que implica um grande rasto de poluição.

“A consciência civil poderia limitar muito o impacto da extração do ouro, se limitasse o seu uso”, observou o religioso, para quem seria um sinal “muito forte”, se a Igreja evitasse o uso de ouro na sua Liturgia, por exemplo.

Marcivana Rodrigues Paiva, representante do grupo étnico sateré mawé (Brasil), falou aos jornalistas da “presença significativa” de povos indígenas a viver nas cidades e não apenas na floresta.

A falta de “visibilidade”, advertiu, leva à falta de direitos.

O final da conferência de imprensa ficou marcado pelo caso ocorrido esta manhã, quando três estatuetas de madeira, que representavam mulheres indígenas grávidas, foram roubadas da igreja de Santa Maria em Traspontina, a poucos metros do Vaticano – onde outros objetos da Amazónia são exibidos, por ocasião do Sínodo especial para a região – e atirados ao Tibre.

Os responsáveis da Santa Sé, presentes no encontro com os media, lamentaram o facto.

OC

terça-feira, 22 de outubro de 2019

D. Francisco Xavier Aranha- 8º Bispo de Pernambuco

Neste domingo comemorou se o Dia Mundial das Missões
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O Papa Francisco pediu que toda a Igreja que vivesse um tempo extraordinário de missionariedade no mês de outubro de 2019, para comemorar o centenário da promulgação da Carta apostólica Maximum illud, do Papa Bento XV (30 de novembro de 1919).

A Igreja está em missão no mundo: a fé em Jesus Cristo dá-nos a justa dimensão de todas as coisas, fazendo-nos ver o mundo com os olhos e o coração de Deus; a esperança abre-nos aos horizontes eternos da vida divina, de que verdadeiramente participamos; a caridade, que antegozamos nos sacramentos e no amor fraterno, impele-nos até aos confins da terra (cf. Miq 5, 3; Mt 28, 19; At 1, 8; Rm 10, 18). Uma Igreja em saída até aos extremos confins requer constante e permanente conversão missionária. Quantos santos, quantas mulheres e homens de fé nos dão testemunho, mostrando como possível e praticável esta abertura ilimitada, esta saída misericordiosa ditada pelo impulso urgente do amor e da sua lógica intrínseca de dom, sacrifício e gratuidade (cf. 2 Cor 5, 14-21)!

Foi embuído deste espírito que Francisco Xavier Aranha, natural de Arronches, oriundo de uma humilde família desprovida de recursos económicos, desde muito jovem se dedicou ao estudo e mais tarde ao testemunho e conversão da fé.

Neste domingo foi apresentado, pelo autor, Francisco Mendes, o opúsculo sobre a vida e obra de D. Francisco Xavier Aranha, Bispo de Pernambuco, numa edição da Paróquia de Arronches no ambito do ano missionário.
             

domingo, 20 de outubro de 2019

O Poder da Oração


https://www.youtube.com/watch?v=-AyeMNT4K3k

A Palavra que a liturgia de hoje nos apresenta convida-nos a manter com Deus uma relação estreita, uma comunhão íntima, um diálogo insistente: só dessa forma será possível ao crente aceitar os projectos de Deus, compreender os seus silêncios, respeitar os seus ritmos, acreditar no seu amor.
O Evangelho sugere que Deus não está ausente nem fica insensível diante do sofrimento do seu Povo... Os crentes devem descobrir que Deus os ama e que tem um projecto de salvação para todos os homens; e essa descoberta só se pode fazer através da oração, de um diálogo contínuo e perseverante com Deus.
A primeira leitura dá a entender que Deus intervém no mundo e salva o seu Povo servindo-Se, muitas vezes, da acção do homem; mas, para que o homem possa ganhar as duras batalhas da existência, ele tem que contar com a ajuda e a força de Deus... Ora, essa ajuda e essa força brotam da oração, do diálogo com Deus.
A segunda leitura, sem se referir directamente ao tema da relação do crente com Deus, apresenta uma outra fonte privilegiada de encontro entre Deus e o homem: a Escritura Sagrada... Sendo a Palavra com que Deus indica aos homens o caminho da vida plena, ela deve assumir um lugar preponderante na experiência cristã.

As nossas comunidades cristãs têm o cuidado de organizar iniciativas no campo da informação e do estudo bíblico, de forma a proporcionar aos nossos cristãos uma informação adequada para compreender melhor a Palavra de Deus? E quando há essa informação, os nossos cristãos têm o cuidado de a aproveitar? Porquê?

• A leitura que nos foi proposta chama, também, a atenção daqueles que estão ao serviço da Palavra: eles devem anunciá-la em todas as circunstâncias, sem respeito humano, sem jogos de conveniências, sem atenuarem a radicalidade da Palavra; e devem, também, preparar-se convenientemente, a fim de que a Palavra se torne atraente e chegue ao coração dos que a escutam... É assim que procedem aqueles a quem a Igreja confia o serviço da Palavra?

Levar a Palavra de Deus como luz para mais uma semana de trabalho, de estudo... Ao longo dos dias da semana que se segue, procurar rezar e meditar algumas frases da Palavra de Deus: "o Senhor é quem te guarda... o Senhor vela pela tua vida..."; "proclama a palavra, insiste a propósito e fora de propósito, argumenta, ameaça e exorta, com toda a paciência e doutrina"; "...necessidade de orar sempre sem desanimar...". Procurar transformá-las em atitudes e em gestos de verdadeiro encontro com Deus e com os próximos que formos encontrando nos caminhos percorridos da vida...

https://www.dehonianos.org

sábado, 19 de outubro de 2019

Dom ANTONIO BARROSO NO PARLAMENTO



DOM ANTÓNIO BARROSO NO PARLAMENTO

O homem das barbas, de Remelhe, Barcelos, que tudo fez para estar agora a caminho dos altares, não tinha papas na língua quer para anunciar Jesus Cristo, quer para defender a Igreja e o país, quer para enfrentar quem se metia onde não era chamado ou se aburguesava no faz de conta.

Ensinava que o missionário deve levar “em uma das mãos a cruz, símbolo augusto da paz e da fraternidade dos povos, e na outra a enxada, símbolo do trabalho abençoado por Deus. Deve ser padre e artista, pai e mestre, doutor e homem da terra; deve tão depressa pôr a sua estola (...) como empunhar a picareta para arrotear uma courela de terreno; deve tão depressa fazer uma homilia, como pensar a mão escangalhada pela explosão duma espingarda traiçoeira”.

No dia 20 deste mês de outubro de 2019, a Igreja em Portugal, com a presença dos Bispos Portugueses e do Povo crente e sempre grato, vai prestar-lhe uma homenagem em Cernache do Bonjardim, Sertã, junto ao Seminário das Missões ou da Boa Nova, onde ele estudou. Este gesto em Dia Mundial das Missões quer assinalar o Mês Extraordinário Missionário e, utilizando eu as palavras do cronista João de Barros, quer assinalar também os “trabalhos de Hércules” que tantos missionários e mártires portugueses levaram a cabo por esse mundo além, enobrecendo e ajudando a escrever a nossa história: “Vós, Portugueses, poucos quanto fortes/Que o traço poder vosso não pesais/Vós que, à custa de vossas várias mortes/A lei da vida eterna dilatais” (Camões).

Torno presente o elogio que o Deputado Urgel Abílio Horta lhe fez no Parlamento em 1954. Assim:

“Sr. Presidente: pedi a V. Ex.ª o favor de me ser concedida a palavra para, como Deputado pelo Porto, falar de alguém que, não tendo ali o seu berço de nascimento, viveu, contudo, durante largos anos intimamente preso aquela cidade, pela sua alma, pelo seu coração, pelo seu espírito.

Quero referir-me a D. António Barroso, que foi um dos maiores bispos portugueses.

As comemorações centenárias do seu nascimento, realizadas na fidalga cidade minhota de Barcelos e na encantadora aldeia de Remelhe, sua terra natal, promovidas pela Câmara Municipal daquele concelho, resultaram numa manifestação de dulcíssimo encanto espiritual de incomparável beleza, a que se associaram o Governo da Nação, com a presença do Sr. Ministro do Ultramar, os mais altos dignitários da Igreja, os representantes da alta cultura e o povo, sempre pronto a fazer justiça a quem é digno dela.

A vida do grande pioneiro da Igreja - facho de luz brilhante na escuridão de uma noite de trevas - tomou proporções lendárias pela sua ação notabilíssima ao serviço da Pátria e do Evangelho.

Deus, na sua infinita misericórdia, fez esse homem detentor de todas as virtudes, as mais raras e as mais nobres; o mais valoroso e o mais corajoso soldado da sua milícia, na luta apologética e doutrinária sustentada na pregação da paz, do amor, da caridade, que ele largamente difundiu e praticou. Como grande missionário, o seu mais elevado título, pela projeção justificadamente adquirida, foi D. António Barroso um grande português, herói consagrado da nossa epopeia ultramarina, que a Nação, em terras longínquas da Ásia e da África, prestou os mais assinalados serviços. Viveu para a sua pátria como viveu para a Igreja, sabendo engrandecê-la e honrá-la. Os homens tornam-se verdadeiramente grandes quando sabem lutar, intemerata e sinceramente, pelos grandes ideais que abraçaram com carinho, com amor e com paixão.

E o grande bispo do Porto, na tarefa magnifica de dilatar a Fé e o Império, encarnou gloriosamente o papel de soldado e missionário, levando o seu apostolado a todas as regiões onde havia necessidade de ser ouvida e escutada a palavra de Deus e respeitados o nome e a bandeira de Portugal. A sua ação missionária, coroa valiosa da maior glória sacerdotal, era Angola, em Moçambique e na Índia ficou brilhantemente documentada. Mas foi especialmente no Congo que a sua atividade, o seu esforço, a sua coragem e a sua fé obraram prodígios na evangelização dos povos, a quem abnegadamente se deu e serviu. E ali, nesse território em desagregação iminente e perigosa, batido pelo vento da desnacionalização, soube, como os grandes colonialistas, no número dos quais enfileira, impor pela sua ação enérgica e paternal os direitos da soberania portuguesa. Ele o afirma dizendo: «Tudo ali eram ruínas. A catedral havia ruído. Todo o deslumbre da nossa formosa língua desaparecera completamente. Era sinistro! Quadro horroroso: o passado morrera! Como ressuscitá-lo? Nunca a cruz mutilada de Alexandre Herculano me lembrou tanto como ao ver Deus e Portugal mortos na alma dos pretos». Mas o milagre da ressurreição operou-o o grande bispo, sabendo impor ao rei do Congo e aos seus súbditos o nome de Portugal. Obra duma grande personalidade, cuja alma cristianíssima atravessa a vida, alcança os paramos do infinito, aproximando-se de Deus, no seu eterno destino, orando em seu louvor, pedindo a proteção para a sua pátria! E foi ouvido na sua súplica. E elevou-se cada vez mais no desempenho da missão civilizadora, educadora, altamente dignificante da condição humana em defesa dos preceitos do Evangelho, que difundiu e ensinou com o seu verbo eloquente, por todas as províncias ultramarinas no nosso império.

D. António Barroso foi mais tarde sagrado bispo da diocese do Porto e grande se revelou também no seu alto sacerdócio. Querido, respeitado e amado por todos quantos sentiram a chama viva da Fé, que ele sabia acender e animar na alma do povo. Infinitamente bom, jamais negou proteção a todos quantos dele se abeiravam e lha pediam.

O sacerdote de Cristo, que lutou apaixonadamente por Deus e pela Pátria, e que, subindo o seu calvário, arrostou com todos os perigos e com todas as contrariedades, soube santamente viver com resignação e coragem as agruras do exílio e as horas amargas da prisão. O bispo missionário, maltratado, perseguido e desterrado, sem outra culpa que não fosse a fidelidade às leis e às doutrinas da Igreja, imutável nos seus postulados e vitoriosa na sua ação, chama abrasando almas sedentas de fé, vive hoje na memória de todos os portugueses. E o bronze e o granito do seu monumento erigido no coração de Barcelos recordarão a obra de caridade, fé e amor de um notável ministro da Igreja.

Mas não basta o seu monumento ou as brilhantes teses apresentadas e discutidas no Congresso Missionário realizado em Barcelos para satisfazer aspirações e anseios bem justificados, honrando e glorificando a insigne figura desse prestigioso ministro de Cristo.

O Seminário dos Carvalhos, magnifico edifício de admirável localização, que o cardeal D. Américo mandou edificar à custa dos maiores sacrifícios materiais; grande escola-internato para a formação de sacerdotes, obedecendo a todos os requisitos necessários à alta missão para que foi criado e a que D. António Barroso dedicava um carinho e um interesse bem compreensível, foi em triste época de perseguição religiosa tirado aos seus legítimos possuidores com o mais absoluto desprezo pela hierarquia eclesiástica. Pois, Sr. Presidente, as comemorações que acabam de realizar-se, e a que se associou o Governo da Nação, não teriam a finalidade que lhes é devida sem a reparação para a qual chamamos a atenção dos altos poderes do Estado.

Interpretando o sentir do Congresso Missionário e em nome da lei ultrajada e da justiça ofendida, nós pedimos seja restituída aos seus legítimos donos, em toda a sua plenitude, a propriedade desse seminário, que, contra todos os preceitos da razão, da moral e da justiça, lhe havia sido confiscada.

Entregue-se à diocese do Porto o seu seminário, o Seminário dos Carvalhos, e o espirito do grande bispo, que deu à Pátria honra e glória, continuará velando por nós, na alta missão do robustecimento da Fé e engrandecimento do Império. Disse.” (in: Site Debates Parlamentares, Diário das Sessões, nº 54).

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São João Paulo II, em 1991 no aeroporto da Portela, renovou-nos o desafio: “Portugal, convoco-te para a missão (...) As sucessivas gerações dos vossos maiores buscaram no Evangelho a inspiração para as suas vidas e legaram-vos esta cultura constantemente enriquecida pelo cruzamento da fé cristã com as várias populações que fizeram a história da Europa e do Mundo (...) Um dia, Portugal foi púlpito da Boa Nova de Jesus Cristo para o mundo, levada para longe em frágeis caravelas por arautos impelidos pelo sopro do Espírito. Hoje venho aqui para, da mesma tribuna, convocar todo o Povo de Deus à evangelização do mundo (...) Portugal, convoco-te para a missão”.




D. Antonino Dias Bispo Diocesano

Portalegre-Castelo Branco, 18-10-2019.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Alergia à tristeza alheia


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Somos alérgicos às tristezas dos outros. Não gostamos de ser confrontados com as tragédias e as dores alheias. Afastamo-nos quando alguém não está bem, com medo que se pegue. Com medo que a tristeza seja, de algum modo, contagiosa. Não gostamos que os outros partilhem connosco as suas mágoas porque nos incomodam. É como se nos retirassem a alegria e o bem-estar.

Gostava que aprendêssemos a ter menos medo do sofrimento dos outros e do sofrimento em geral. Na realidade, o sofrimento ensina-nos o que nenhum outro sentimento poderá ensinar. Ensina-nos a ter paciência. A esperar. A ter fé no dia de amanhã. A agradecer o que já tínhamos de bom.

Gostava que não nos maçasse tanto que os outros sofram mais do que nós. Que em vez da opção da fuga pudéssemos escolher ficar. Acalmar a tempestade que não é nossa. Segurar a vida dos outros como quem tem consciência do cristal precioso que tem entre as mãos. Gostava que soubéssemos receber melhor as tristezas que não são nossas e que não quiséssemos ter varinhas de condão para acabar com o sofrimento (como se de uma praga se tratasse).

O sofrimento pode ser bom se nos ajudar a criar empatia com os outros. Se nos permitir aprender a valorizar os que nunca nos abandonam (mesmo nas horas incrivelmente dolorosas). Se nos deixar mais humildes, mais pequenos, mais capazes.

Não está nas nossas mãos acabar com o sofrimento de ninguém mas está nas nossas mãos tentar aliviar o peso do fardo que cada um carrega. E desengane-se quem acha que os mais sorridentes não carregam, também, o peso de uma ou outra cruz.

Gostava que tivéssemos menos medo da tristeza, da doença, da dor, do golpe.

Afinal, é cada uma dessas coisas que mais genuinamente nos aproxima uns dos outros.



Marta Arrais

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Passamos a vida à espera. De quê?

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Passamos a vida (e o tempo) à espera. À espera que a sorte mude. À espera que o vento não seja tão frio. À espera que nos devolvam a chamada. À espera que se lembrem que existimos. À espera que nos atendam num balcão, numa fila, numa loja. À espera do amor-para-sempre. À espera da oportunidade que nos mude a vida. À espera do momento certo para começar a fazer tudo como deve ser. À espera que nos peçam desculpas. À espera que nos perdoem. À espera do Verão. Dos dias de sol e do calor a tostar a pele. À espera que a maré desça para não perdermos o pé. À espera que o país fique melhor. À espera que se acabem os dias tristes. À espera que se acabem as dívidas (as financeiras e as outras). À espera que nos apreciem, apenas, por aquilo que somos e não por aquilo que podemos oferecer. À espera no trânsito que não anda. À espera do verde que não cai. À espera da felicidade que os romances mais bonitos nos prometeram. À espera do jantar, no restaurante. À espera que o arroz fique no ponto. À espera que se acabe a fome nos lugares mais sujos e mais recônditos do mundo. À espera. De tudo. De todos. De tanto.

No entanto, enquanto esperamos, podemos aprender lições valiosas: a lição (duríssima) da paciência. A lição da humildade de quem sabe estar no seu lugar e esperar pela sua vez. A lição de deixar acontecer cada coisa na janela do seu tempo. A lição de valorizar o futuro que espreita de mansinho e que não se impõe.

Precisamos muito de aprender a esperar melhor. Com mais alegria. Com mais paciência. Com mais coragem. Ninguém gosta de esperar. É sempre tarde para quem está à espera. E é sempre difícil deixar que o tempo passe sem nos aborrecermos com ele. E com a sua velocidade-tartaruga.

Aprende a esperar, mas aprende, também, o momento certo para deixar de o fazer. Quem decide esperar para sempre deixa de estar à espera e passa a ser refém de uma promessa que pode não se cumprir.

Aprende a esperar. Aprende a esquecer. Aprende a colocar ponto final e a fazer parágrafo.

Estás à espera de quê?


Marta Arrais










segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Há peregrinos e caminhos bonitos!


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Há peregrinos e caminhos bonitos. Brilham pelos passos que dão e pela coragem que têm em confiar sem saber muito bem como, mas deixam-se abraçar pela fé que lhes impulsiona a querer sair em direção a novas estradas.
Saem às cegas para não se deixarem ficar na escuridão das suas vidas. É esta a ânsia daqueles que percorrem novos caminhos numa descoberta plena de si, do outro e de tudo o que lhes rodeia. Dão-se ao luxo de nascerem de novo. Irradiam em si a certeza de que a vida é digna em todo e qualquer momento. Espelham a esperança de que haverá sempre bonança em qualquer chegada, em qualquer encontro face a face.
Há peregrinos e caminhos bonitos. Caminhos que nunca seriam imaginados, nem planeados. São rotas desenhadas pelos questionamentos e traçadas ao milímetro de cada avanço dado num arriscar cheio de riscos. São vias alternativas para vidas a quem ninguém dava uma única alternativa. São rodovias sem limites de velocidade e com permissões de paragens e de estacionamentos para que todos os que a percorrem posso encontrar a beleza de se deixarem contemplar. São vielas para os belos e belas que um dia decidiram atravessar o fundo dos seus cantos e recantos e, assim, partirem de novo para os seus verdadeiros encontros.
Há peregrinos e caminhos bonitos. Histórias de vida que não precisariam de muitas palavras para nos converterem às suas formas de ser e de estar. São testemunhos verdadeiros que nos trocam as voltas da vida dando-nos a reviravolta em tantas das nossas revoltas. São a prova viva de que o bom e o belo não se deixam reluzir, mas convidam, sempre, a sentir.
Há peregrinos e caminhos bonitos. Há, em toda a nossa vida, quem passe por nós dando-nos a saída aos nossos becos sem saída e permitindo, de novo, que possamos entrar diretos na estrada das nossas vidas!


Emanuel António Dias