domingo, 30 de junho de 2019

A voz de Maria



Pesquisadores da Universidade Jerusalém gravaram o Ângelos cujo conteúdo também tem a Ave Maria. Ouvindo essa bela música, constataram que a simples audição eliminava todo o tipo de mal estar como enxaqueca, depressão, ansiedade... A música ganhou popularidade e por todo o mundo foram surgindo relatos de cura, sobretudo de tumores.
Ouça. É linda.



SALMO 15


https://www.youtube.com/watch?v=yJq4S9VQmXg

"Tu nos escolheste para servir em tua presença".


https://www.youtube.com/watch?v=CdD4pZFjxEA

A liturgia de hoje sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do "Reino".

A primeira leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que Deus tem para ele.

O Evangelho apresenta o "caminho do discípulo" como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao "Reino". Sugere, também, que esse "caminho" deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.

A segunda leitura diz ao "discípulo" que o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor, é nascer para a vida nova da liberdade.

Falar de uma comunidade (cristã ou religiosa) formada por pessoas livres em Cristo implica falar de uma comunidade voltada para o amor, para a partilha, para as necessidades e carências dos irmãos que estão à sua volta. É isso que realmente acontece com as nossas comunidades? Damos este testemunho de liberdade no dom da vida aos irmãos que nos rodeiam? As nossas comunidades são comunidades de pessoas livres que vivem no amor e na doação, ou comunidades de escravos, presos aos seus interesses pessoais e egoístas, que se magoam e ofendem por coisas sem importância, dominados por interesses mesquinhos e capazes de gestos sem sentido de orgulho e prepotência?


https://www.dehonianos.org

sábado, 29 de junho de 2019

Solenidade de S. Pedro e S: Paulo


https://www.youtube.com/watch?v=e67dkkvMP6w

Forum para a Juventude



https://www.youtube.com/watch?v=813WS4Iy4VM


Entrevista com Pe. Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

O sacerdote brasileiro fala sobre o Fórum Internacional da Juventude, que reuniu em três dias 246 jovens de 109 países na casa "Il Carmelo" em Sassone di Ciampino, a poucos quilômetros de Roma.

O evento se encerrou com o Papa Francisco, que os recebeu no Vaticano no sábado, 22 de junho.


sexta-feira, 28 de junho de 2019

A SERVIR SEM LUVAS NEM ALARDE

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Cada um pelo seu caminho e nas suas circunstâncias existenciais está convidado à santidade. Os santos não são apenas os que estão nos altares. Há os santos de ao pé da porta, a classe média da santidade, como refere Francisco. Com certeza que muitos desses santos são nossos familiares, amigos e outros com quem menos nos relacionámos, mas com os quais nos cruzámos, sentámos à mesa, trabalhámos e convivemos, outrora com os que já partiram e hoje com os que vivem ao jeito de Jesus. A santidade não está “reservada apenas àqueles que têm possibilidade de se afastar das ocupações comuns, para dedicar muito tempo à oração. Não é assim. Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais (Gaudete et exultate,14).
E se é saudável que os filhos percebam que a mãe reza pela santificação do pai, que o pai reza pela santificação da mãe, que ambos rezam pela sua própria santificação e pela santificação dos filhos, e ensinam os filhos a rezar pelos pais, nestes dias, porém, em que celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, todos somos convidados, a nível mundial, e já por iniciativa de São João Paulo II, a rezar pela santificação dos sacerdotes. É uma oportunidade para que os próprios sacerdotes façam memória do dom recebido e o procurem redescobrir de maneira sempre nova. É também oportunidade para que todo o Povo de Deus se associe em ação de graças pelo grande dom do Ministério Sacerdotal à Igreja e pedindo especialmente a santificação dos seus sacerdotes. É sabido que a Igreja “não precisa de muitos burocratas e funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo entusiasmo de comunicar a verdadeira vida. Os santos surpreendem, desinstalam, porque a sua vida nos chama a sair da mediocridade tranquila e anestesiadora” (id.138).
E nestes tempos sofridos pelos escândalos que correm por esse mundo fora, também nos associamos ao agradecimento que o Papa Francisco faz a todos aqueles sacerdotes “que servem o Senhor com total fidelidade e se sentem desonrados e desacreditados pelos vergonhosos comportamentos dalguns dos seus confrades. Todos – Igreja, consagrados, Povo de Deus e até o próprio Deus – carregamos as consequências das suas infidelidades. Agradeço, em nome da Igreja inteira, à grande maioria dos sacerdotes que não só permanecem fiéis ao seu celibato, mas se gastam no ministério que hoje se tornou ainda mais difícil pelos escândalos de poucos (mas sempre demasiados) dos seus irmãos. E obrigado também aos fiéis que conhecem bem os seus pastores e continuam a rezar por eles e a apoiá-los” (Francisco, 24/02/2019).
Na sua homilia no Jubileu dos Sacerdotes no Ano Extraordinário da Misericórdia, em 3 de junho de 2016, o Papa convidava os sacerdotes do mundo inteiro a fixar “o olhar em dois corações: o Coração do Bom Pastor e o nosso coração de pastores”. É com os olhos fixos no Coração do Bom Pastor que renovaremos a memória de quando o Senhor nos tocou e nos chamou para O seguir. “Nele vemos a sua doação incessante, sem limites; nele encontramos a fonte do amor fiel e manso, que nos deixa livres e torna livres; nele descobrimos sempre de novo que Jesus nos ama «até ao fim» (Jo 13,1)”. Para ajudar o coração dos Sacerdotes a inflamar-se na caridade de Jesus Bom Pastor, Francisco aponta três exercícios muito importantes a ter em conta nesse treino que passo a sintetizar:
1 - “O pastor segundo Jesus tem o coração livre para deixar as suas coisas, não vive fazendo a contabilidade do que tem e das horas de serviço: não é um contabilista do espírito, mas um bom Samaritano à procura dos necessitados. É um pastor, não um inspetor do rebanho; e dedica-se à missão, não a cinquenta ou sessenta por cento, mas com todo o seu ser. Indo à procura encontra, e encontra porque arrisca. Se o pastor não arrisca, não encontra. Não se detém com as deceções nem se arrende às fadigas; na realidade, é obstinado no bem, ungido pela obstinação divina de que ninguém se extravie. Por isso não só mantém as portas abertas, mas sai à procura de quem já não quer entrar pela porta. Como todo o bom cristão, e como exemplo para cada cristão, está sempre em saída de si mesmo. O epicentro do seu coração está fora dele: é um descentrado de si mesmo, porque centrado apenas em Jesus. Não é atraído pelo seu eu, mas pelo Tu de Deus e pelo “nós” dos homens”.
2 – O pastor segundo o coração de Jesus “é ungido para o povo, não para escolher os seus próprios projetos, mas para estar perto do povo concreto que Deus, através da Igreja, lhe confiou. Ninguém fica excluído do seu coração, da sua oração e do seu sorriso. Com olhar amoroso e coração de pai acolhe, inclui e, quando tem que corrigir, é sempre para aproximar; não despreza ninguém, estando pronto a sujar as mãos por todos. O Bom Pastor não usa luvas... Ministro da comunhão que celebra e vive, não espera cumprimentos e elogios dos outros, mas é o primeiro a dar uma mão, rejeitando as murmurações, os juízos e os venenos. Com paciência, escuta os problemas e acompanha os passos das pessoas, concedendo o perdão divino com generosa compaixão. Não ralha a quem deixa ou perde a estrada, mas está sempre pronto a reintegrar e a compor as contendas. É um homem que sabe incluir”.
3 – "A alegria de Jesus Bom Pastor não é uma alegria por Si, mas uma alegria pelos outros e com os outros, a alegria verdadeira do amor. Esta é também a alegria do sacerdote. É transformado pela misericórdia que dá gratuitamente. Na oração, descobre a consolação de Deus e experimenta que nada é mais forte do que o seu amor. Por isso permanece sereno interiormente, sentindo-se feliz por ser um canal de misericórdia, por aproximar o homem do Coração de Deus. Nele a tristeza não é normal, mas apenas passageira; a dureza é-lhe estranha, porque é pastor segundo o Coração manso de Deus".

D.Antonino Dias . Bispo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 28-06-2019.


Quando puderes, cala-te!


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O barulho está na moda. Estão na moda os arraiais, as festas e todos os convívios que impliquem ruído em excesso. Refugiamo-nos em ambientes onde o volume pode ser ampliado para o máximo. De preferência, ampliado a ponto de não conseguirmos ouvir os que estão connosco. O barulho faz-nos esquecer do que nos preocupa e do que nos consome os dias. Faz-nos ouvir uma voz que não é a nossa e que não mora dentro de nós. Assim é fácil. O som distrai-nos. Abstrai-nos e deixa-nos ilusoriamente felizes. Durante o tempo em que não nos ouvimos, não precisamos de pensar, de lidar com assuntos mais ou menos difíceis.

O silêncio não está na moda o suficiente. Se estamos calados, haverá sempre quem pergunte se nos dói alguma coisa ou se há alguma nuvem a toldar-nos o pensamento. Se não dizemos nada, é porque amuámos. Porque estamos tristes. Porque estamos zangados. Porque estamos num dia não. O que não podemos é estar calados por estar.

Acaba por ser estranha e curiosa a forma como aceitamos o ruído que nos deixa surdos e rejeitamos e estranhamos o silêncio.

Carros. Buzinas. Música alta. Guitarras. Mensagens que caem no telefone. Notificações. Gente que fala do lado de lá da televisão sem dizer nada. Motores. Travagens. Obras. Máquinas. Bebés que choram na rua. Crianças que fazem birras demasiado audíveis. Portas que fecham. E que se abrem.

Falta-nos sossegar. Encontrar forma de querer tanto fazer silêncio como quem quer ir a um concerto, a um espetáculo ou a um arraial.

Falta-nos fazer marcha atrás. Dizer aos outros que estamos calados porque o barulho nos faz ficar velhos mais depressa e nos deixa mais apressados do que devia.

Falta-nos sentar num sofá, numa cadeira ou num banco como quem poisa. Como quem chegou onde devia ter chegado. O descanso também é um lugar e nunca lá está ninguém.

Falta-nos falar menos. Dizer menos sobre o que não sabemos.

Falta-nos olhar como quem diz coisas.

Falta-nos reparar como quem ama as coisas que vê e que, de alguma forma, também são suas.

Se o descanso é um lugar e nunca está lá ninguém,

Que tal irmos juntos e fazes-me companhia?

Marta Arrais

quinta-feira, 27 de junho de 2019

E tu, és assim tão diferente dos que criticas?


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Não sei se somos assim tão diferentes daqueles que criticamos. Somos muito bons a dizer o que faríamos se estivéssemos no lugar deste ou daquele. Somos perfeitos no exercício de supor esta ou aquela situação. Somos capazes de nos convencer, até, das coragens que a nossa alma protagonizaria.

Lamentavelmente, não passamos de bons imaginadores.

Conseguimos proferir frases inteiras que convenceriam multidões. Nós?! Não seríamos capazes de passar à frente numa fila. De tirar a vez a uma pessoa deficiente, magoada, grávida, idosa ou com uma criança de colo. Não seríamos capazes de assobiar para o lado nem de fingir que não estávamos a ver. No entanto, guardamos sentimentos feios pelas pessoas que o fazem. Criticamos as pessoas que preferem o egoísmo, a maledicência, o oportunismo, o passar à frente a todo o custo, o não pensar no que vem a seguir. Tenho uma novidade para cada um: essas pessoas também somos nós.

Digo-o, e escrevo-o, para que possamos pensar sobre o assunto com alguma lucidez. Quantas vezes preferimos não ver? Quantas vezes preferimos convencer-nos que aquela pessoa não deve estar assim tão mal e só deve querer passar à nossa frente? Quantas vezes escolhemos acreditar nas aparências? Quantas vezes somos as pessoas que criticamos, julgamos e detestamos? Talvez mais do que seriam necessárias.

Precisamos de querer ver melhor. De olhar à nossa volta com olhos de quem repara e de quem sente empatia por quem partilha a rua, a estrada ou a fila connosco. Precisamos de ter um bocadinho mais de vergonha na cara. De olhar menos vezes para baixo e mais vezes em frente, para a frente e de frente.

Falta-nos tanto para sermos melhores.

Falta-nos tanto para nos afastarmos das pessoas que criticamos.

E tu? És assim tão diferente daqueles que criticas?

Marta Arrais

quarta-feira, 26 de junho de 2019

INFORMAÇÃO PAROQUIAL

Alterações nas Celebrações Eucarísticas

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A Eucaristia vespertina de sábado à tarde às 18h30m será celebrada na Igreja Matriz com a presença dos grupos participantes no Encontro de Grupos de Danças e Cantares Etnográficos.

Dia 30 de Junho, decorrerá um Retiro para os Associados da Congregação das Irmâs de S. José Cluny, na casa de Arronches.
Tem início pelas 12:00h com a Eucaristia e termo pelas 18:00h

De 1 de Julho a Setembro, não serão celebradas as missas vespertinas das 18:30h nos sábados, na Igreja de Nª Srªda Luz.

Durante os meses de Verão, de Julho a Setembro, a Eucaristia nos domingos, na igreja de Esperança será às 19:00h

terça-feira, 25 de junho de 2019

Semana do Papa Francisco. 20 de junho de 2019




Ama como se fosse a primeira e a última vez




Não há dias iguais, por isso não podemos deixar-nos cair na aparência de uma qualquer monotonia do tempo.

As pessoas mudam, revelam-se, deterioram-se e também se aperfeiçoam. Quase sempre de forma muito suave e subtil. Quem julga que conhece o outro está sempre enganado, porque nem sobre nós mesmos devemos ter grandes certezas.

Por tudo isso, importa que olhemos sempre o outro como se fosse a primeira vez. Até porque talvez o mais importante seja o que mudou desde ontem e não tudo o que se mantém.

Amar implica afirmar com clareza o que necessitamos e como nos sentimos. Não esperando que os outros compreendam bem o que não expressamos. Assim também devemos nós esperar as indicações do outro para saber o que precisa e o que se passa no seu íntimo.

Será sempre mais sábio e eficaz esperar pelo que o outro nos diz do que nos pormos a decifrar e a elaborar teorias a partir de sinais não evidentes. O amor não dá capacidades telepáticas a quem se ama. Mais, pensamentos e sensações, por mais intensos que sejam, não são o mesmo que factos, nem têm sequer de ser verdadeiros ou justos, ainda que eu os sinta como tal.

Por outro lado, importa estar atento à verdade do tempo.

A vida é cheia de surpresas, pelo que ninguém deverá ter grandes certezas a respeito do amanhã. Gerir o tempo como se ele fosse um recurso certo e inesgotável pode ser desastroso. Amar é uma dádiva plena, um caminho que se faz passo a passo. Amar é dar-se todo em cada momento, de acordo com o outro e connosco. Sem julgar que teremos um futuro imenso por diante.

Quem ama deve agir de acordo com isso. Os que são um mistério para os outros acabam por tornar-se um quebra-cabeças para si mesmos. As pessoas mais reservadas vivem fechadas em prisões emocionais que elas próprias ergueram.

Quem se esconde dos outros afasta-se de si. A confiança e a intimidade constroem-se através da partilha clara do que vai no coração e na razão de cada um.

Amar alguém é único. Sempre novo. A cada dia e a cada hora. Aprendendo sempre.

Amar alguém é aprender a amá-lo.

José Luís Nunes Martins

Natividade de São João Batista

A liturgia faz-nos celebrar a Natividade de São João Batista, o único
Santo do qual se comemora o nascimento, porque marcou o
início do cumprimento das promessas divinas

João é aquele «profeta», identificado com Elias, que estava destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel para a sua vinda …



Como a Santa Mãe de Deus, dele também se celebra a data de dois nascimentos: para a vida terrena, em 24 de junho, e para a vida eterna em 29 de agosto. Aliás, São João e Maria Santíssima eram parentes bem próximos

Já no Antigo Testamento encontramos trechos que se referem a São João Batista, o Precursor: estrela da manhã que com o seu brilho excedia o brilho de todas as outras estrelas e anunciava a manhã do dia abençoado, iluminado pelo Sol espiritual de Cristo (Mal. 4:2). Ver Isaías.
Por causa de suas pregações, São João foi logo tido como profeta. Aquela categoria de homens especialmente escolhidos pela Providência que, falando por inspiração divina, prenunciam os acontecimentos, ouvem e interpretam os passos do Criador na história, orientando o caminhar do povo de Deus.
Os Santos Evangelhos referem-se a ele como sendo um desses homens. Talvez como sendo o maior deles (Lc 7, 26-28), uma vez que com São João Batista a missão profética atingiu sua plenitude e ele é um dos elos de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento.
Os outros profetas foram um prenúncio do Batista. Só ele pôde apresentar o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo em pessoa como sendo o messias prometido, o salvador e redentor da humanidade.
Depois de Nossa Senhora, talvez seja João Batista o santo mais venerado pelos Cristãos.
https://www.arautos.org

domingo, 23 de junho de 2019

Conhecer Jesus


https://www.youtube.com/watch?v=z407YobXmvE


A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a figura de Jesus: quem é Ele e qual o impacto que a sua proposta de vida tem em nós? A Palavra de Deus que nos é proposta impele-nos a descobrir em Jesus o “messias” de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida; e convida cada “cristão” à identificação com Cristo – isto é, a “tomar a cruz”, a fazer da própria vida um dom generoso aos outros.
O Evangelho confronta-nos com a pergunta de Jesus: “e vós, quem dizeis que Eu sou?” Paralelamente, apresenta o caminho messiânico de Jesus, não como um caminho de glória e de triunfos humanos, mas como um caminho de amor e de cruz. “Conhecer Jesus” é aderir a Ele e segui-l’O nesse caminho de entrega, de doação, de amor total.
A primeira leitura apresenta-nos um misterioso profeta “trespassado”, cuja entrega trouxe conversão e purificação para os seus concidadãos. Revela, pois, que o caminho da entrega não é um caminho de fracasso, mas um caminho que gera vida nova para nós e para os outros. João, o autor do Quarto Evangelho, identificará essa misteriosa figura profética com o próprio Cristo.
A segunda leitura reforça a mensagem geral da liturgia deste domingo, insistindo que o cristão deve “revestir-se” de Jesus, renunciar ao egoísmo e ao orgulho e percorrer o caminho do amor e do dom da vida. Esse caminho faz dos crentes uma única família de irmãos, iguais em dignidade e herdeiros da vida em plenitude.


sábado, 22 de junho de 2019

JMJ 2022: Vaticano desafia jovens a «levantar-se», rumo a Lisboa

Temas para as próximas Jornadas Mundiais foram anunciados pelo Papa



Cidade do Vaticano, 22 jun 2019 (Ecclesia) – O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé) assinalou hoje a importância dos temas escolhidos pelo Papa para as Jornadas Mundiais da Juventude 2020-2022, um ciclo que culmina na edição internacional de Lisboa.

“Estes três temas têm em comum o convite aos jovens a ‘levantar-se’, a apressar-se para viver o chamamento do Senhor e para anunciar a boa notícia, assim como Maria o fez depois de ter pronunciado o seu ‘aqui estou’. O verbo ‘levantar-se’ no texto original de São Lucas tem também o significado de ‘ressuscitar’, ‘acordar para vida’”, refere uma nota oficial do organismo da Santa Sé que acompanha mais de perto a Pastoral Juvenil.

A edição portuguesa (37ª JMJ) tem como tema ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39), uma passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39) relativa à visita da Virgem Maria à sua prima, Santa Isabel, mãe de São João Batista.

Em 2020, a celebração da JMJ acontece a nível diocesano, nas várias comunidades católicas, no Domingo de Roamos (5 de abril) e o tema escolhido pelo Papa Francisco é ‘Jovem, eu te digo, levanta-te!’ (Lc 7, 14), uma afirmação de Jesus Cristo que surge no contexto de um relato de ressurreição do filho único de uma mulher viúva – uma situação de particular fragilidade no contexto do mundo judaico de então.

Para 2021, com celebração igualmente a nível diocesano (28 de março), a proposta é a passagem do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos relativa à conversão de São Paulo: “Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!” (At 26, 16).

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (Santa Sé) assinala que “o caminho espiritual indicado pelo Santo Padre, prossegue com coerência a reflexão iniciada na última Jornada Mundial da Juventude”, em 2019, e à exortação apostólica pós-sinodal Cristo Vive, publicada este ano.

Neste documento, surgido dos trabalhos da Assembleia do Sínodo dos Bispos dedicada às novas gerações (outubro de 2018), o Papa cita o versículo ‘Jovem, eu te digo, levanta-te!’, que serve de tema para a JMJ 2020, exortando os jovens a deixar-se “tocar pela forca do Senhor ressuscitado e a retomar o vigor interior, os sonhos, o entusiasmo, a esperança e a generosidade que caracterizam a juventude”.

As JMJ, que vão chegar a Lisboa em 2022 – na primeira edição de sempre em solo português -, nasceram por iniciativa de São João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma.

Nesse Ano Internacional da Juventude, o Papa polaco escreveu uma Carta Apostólica aos jovens do mundo (31 de março de 1985) e depois anunciou a instituição da Jornada Mundial da Juventude (20 de dezembro de 1985)

Este é um acontecimento religioso e cultural que reúne jovens de todo o mundo durante uma semana.

Cada JMJ realiza-se, anualmente, a nível diocesano no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 34 JMJ, com 14 edições internacionais em quatro continentes.

Sete dessas edições decorreram na Europa, até hoje.

OC

sexta-feira, 21 de junho de 2019

FORJAR O CARÁCTER PARA FACILITAR O BEM


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Escrever sobre o quê?... Eis o busílis, o fadário. Manter a presença é bom, dizem muitos. Mas escrever sobre o quê? É que o problema não está tanto em escrever sobre o que é importante. Há muita coisa importante sobre a qual se pode escrever, mesmo que, por vezes, o que se escreve faça aquecer os fusíveis de alguns. E há muita gente que mesmo que ninguém venha a ler o que ela escreve, está sempre pronta a escrever sobre o que julga ser muito importante. A nossa principal preocupação, porém, não está em escrever sobre aquilo que se julga ser importante. O tal busílis está, isso sim, em saber sobre o que é que é importante escrever, não só para informar, mas sobretudo para esclarecer e instruir. Mesmo com essa preocupação e algum discernimento, a escolha não deixa de ser sempre muito subjetiva, pois o que me perece importante a mim para eu escrever pode continuar a não ser nada importante para aquele que me vier a ler. E ao pensar nos leitores, muitas vezes vem-me à memória o que se passa em determinados fóruns. Por vezes, torna-se preciso escrever um texto, um texto base sobre um tema anunciado para que o futuro debate sobre ele possa ser melhor orientado e tenha um ponto de partida comum. Lançado o desafio a ver se alguém surge, o possa e queira fazer, ecoa o sábio e silencioso incómodo a fazer presumir que ninguém se julga capaz, muito menos capaz de se oferecer. Logo que o texto aparece, não falta quem salte e chute no relvado a fazer entender que o fazia muito melhor, que está longo, que está curto, que está confuso, que o título não diz nada, que isto não se devia dizer, que aquilo se devia acrescentar, que tem um estilo macarrónico, que falta aqui uma vírgula, acolá umas aspas e por aí fora... De facto, há ossos de ofício a exigir bons dentes, melhor estômago e muita paciência, mesmo muita paciência!...
E por falar em paciência, é mesmo sobre a paciência que hoje vou escrever. A paciência é uma virtude humana. E nestes tempos em que tanta gente corre de um lado para o outro para chegar sempre tarde, em que tudo é urgente, esta virtude, a da paciência, é muito, mesmo muito, muitíssimo importante. Tanto assim que se alguém vier a perder a paciência não lhe resta outro remédio se não ter de continuar a ter paciência, muita paciência. Por isso, não se esqueça, tenha paciência mesmo quando tem pressa e a irritante paciência dos outros lhe faz secar a sua!...
A paciência é importante na família, no trânsito, no emprego, na escola, no hospital, no lar, na doença, na repartição pública, nas bizantinices ou chinesices em que, por vezes, nos ocupamos, no ter de ouvir este ou aquele, na pesca e na caça, no estar a ver o futebol do clube de coração ao lado de um amigo adepto do clube adversário, no ter de suportar os anúncios num telejornal que abusa dos ouvintes ou só dá notícias de faca e alguidar, de desgraças. A paciência é importante aqui, acolá, mais além, em toda a parte e diante de qualquer incómodo, situação ou bicho careta. É a virtude da maturidade, do autocontrolo, a virtude de quem tem a capacidade de amar, de perdoar, de suportar as fraquezas dos outros. É a nobreza de quem espera, de quem crê, de quem reza, de quem sofre, de quem perde, de quem privilegia a paz e a tolerância, a sã convivência e a educação. É a sabedoria de quem é capaz de engolir em seco para não responder ao chefe, de quem tem de engolir sapos para aguentar desavenças ou ouvir barbaridades. É a sabedoria que recompensa, resolve conflitos, desarma. Quando existe, ela permite contar, pelo menos até 10 e devagar, antes de dar uma qualquer resposta a quem, sem razão nem estilo, nos faz saltar a tampa. Para ter esta capacidade de suportar todas as contrariedades, dissabores e infelicidades com verdadeiro fair play, é preciso, de facto, ter uma paciência de Job ou de santo, como sói dizer-se.
O Catecismo da Igreja Católica ensina que a paciência é um fruto do Espírito Santo. Que todas as virtudes humanas “são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade que regulam os nossos atos, ordenam as nossas paixões e guiam o nosso procedimento segundo a razão e a fé. Conferem facilidade, domínio e alegria para se levar uma vida moralmente boa” (CIgC1804). E se fala das virtudes humanas, fala também das virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança; e fala das virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Explica que as virtudes são “adquiridas pela educação, por atos deliberados e por uma sempre renovada perseverança no esforço. São purificadas e elevadas pela graça divina. Com a ajuda de Deus, forjam o carácter e facilitam a prática do bem”.
Elas são a cortesia da alma. Se o amigo tiver tempo e paciência e o livro à mão, poderá dar uma voltinha pelo Catecismo da Igreja Católica que nos fala da importância e riqueza das virtudes. Fomentar a cultura da paciência é sempre um belo exercício de paciência!...
E como é saudável apreciar a natureza e dela tirar conclusões! A natureza não se aborrece de esperar, é paciente. Porque é paciente, também não se cansa de dar muitos e variados frutos, e muito bons, e muito apreciados, e para todos, todos usufruem da paciência da natureza, ela é mãe. São Lucas diz-nos que assim como as árvores são conhecidas pelos seus frutos, do mesmo modo os homens são conhecidos pelos seus atos: é pelos frutos que se conhecem as árvores (Lc 6,44).
Obrigado por me ter lido com paciência!

D.Antonino Dias  Bispo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 21-06-2019.

SOMOS PEREGRINOS DE PASSAGEM NA TERRA, RUMO À CIDADE DE DEUS




O cristão nunca é plenamente um cidadão deste mundo, mas sim um "peregrino" separado das preocupações temporais que dão primazia à fruição da vida, aos bens materiais e ao status. A orientação básica de um cristão é desejar a verdadeira pátria que é a Cidade de Deus. Esta consciência peregrina, este anseio celestial deveria refrear parte da autoidolatria e do materialismo que caracterizam a nossa sociedade.

Vejamos o que disse Santo Agostinho sobre esta disponibilidade interior para Deus em contraponto com os papéis mais "externos" desempenhados em sociedade.

Embora reconhecendo as injustiças sociais, Santo Agostinho não esperava uma reforma radical das estruturas sociais e era cético em relação à mudança social. Apesar das suas baixas expectativas, deixou claro que, quando os ideais não são totalmente concretizados e o desespero se instala, apenas uma atitude humilde liberta. Ou seja, a humildade de Cristo aponta para o realismo e para longe de um idealismo que tão facilmente se transforma em desespero e em derrotismo. Abre o caminho para uma regeneração moral e espiritual. A humildade atravessa as diferenças de classe unindo as pessoas na sua humanidade comum, derrubando os padrões convencionais de relacionamento humano.

Santo Agostinho disse: "o que se pede não é apenas a gentileza de prestar assistência, mas também a humildade de dar uma mão amiga. (...) Quando a mão daquele que tem toca na mão daquele que precisa, o espírito da pessoa que dá experiencia uma espécie de compaixão com a humanidade e a enfermidade. Embora um dê e o outro receba, aquele que é atendido e aquele que presta auxílio estão unidos numa relação real. Não é a calamidade que realmente os une, mas sim a humanidade" (Sermão 250.5).

A humildade exige uma abertura aos outros, uma universalidade cristã e um igualitarismo que vêm de uma preocupação genuína com o destino de cada pessoa. Os cristãos devem estar atentos à verdade, porque ela aparece onde menos se espera. Pode estar, por exemplo, presente no diálogo com aqueles que não compartilham as nossas convicções, algo que é enriquecedor e fortalecedor para a compreensão da nossa fé.

Assim, a humildade leva-nos a reconhecer a nossa apreensão parcial da verdade e a nossa necessidade de uma compreensão mais profunda. Ainda assim, a humildade está sempre relacionada com a confiança na solidez da verdade.

A confiança e a humildade andam de mãos dadas. Cada pessoa deve ter confiança na verdade das próprias afirmações e humildade quanto ao entendimento dessas mesmas afirmações. Uma pessoa comunica com outras pessoas tanto com a convicção de que a sua mensagem é de genuína importância para elas, como com o reconhecimento de que, através desse diálogo, aprenderá com elas e aprofundará ainda mais a sua própria compreensão.

O pluralismo é uma oportunidade para aprofundar a nossa conversão. Cada ser humano é de alguma forma parte integrante do nosso propósito e do nosso destino. Sejamos cristãos peregrinos, cristãos abertos ao outro para compreendermos melhor a nossa fé.


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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Primeira Comunhão- Dia de Corpo de Deus




Hoje, a Paróquia festejou com 11 crianças do 3.º volume a Celebração da sua Primeira Comunhão, acompanhadas pelas famílias e a comunidade.Também 2 crianças fizeram a sua Profissão de Fé. Foi para todos um dia memorável em que responderam ao chamamento com uma igreja cheia.
O caminho percorrido ao longo dos últimos 3 anos foi importante, aprenderam a conhecer Deus nosso Pai, Jesus nosso irmão, que pelo batismo fazemos parte da grande família dos Cristãos o povo de Deus, iniciaram o seu diálogo com Deus através da oração, na partilha, no amor e na ajuda ao próximo.
No dia anterior, receberam o sacramento da reconciliação junto do Pároco, foi um momento belo em que o seu “receio” inicial logo se dissipou e transformou na alegria do encontro com Jesus.
Na celebração da Eucaristia as crianças participaram ativamente, com muita fé e alegria, foram um verdadeiro exemplo. O Sr. Padre Fernando na homília manteve um diálogo com as crianças, fazendo-lhes perguntas sobre as leituras e os sacramentos que já haviam recebido, às quais estas responderam prontamente.
Deixou um apelo aos pais para que estes continuem a trazer os filhos à catequese e a acompanhá-los à Eucaristia Dominical, para assim renovarem a Comunhão todas as semanas. No momento da comunhão cada criança viveu e sentiu de modo diferente, mas todas com alegria e o um brilho autêntico nos seus rostos, com a certeza que hoje, podem estar pertinho de Jesus.

De seguida e porque Maria é nossa mãe, ofereceram- Lhe uma rosa, pedindo a sua benção, em sinal de consagração das suas vidas.
E porque hoje celebramos a Solenidade de Corpo de Cristo, seguiu-se a Procissão de Corpo de Deus que percorreu as principais artérias da vila, acompanhada pela Banda e grande participação.
De tarde, as crianças e familiares confraternizaram em conjunto, com a alegria de saber que Ele está sempre connosco.

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Os nossos agradecimentos a todos os que colaboraram para enriquecer esta celebração.




 

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Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo


https://www.youtube.com/watch?v=gC_j7zhpLXo

No centro da Solenidade deste dia está quer a celebração de Deus que alimenta o seu povo e que, no seu Filho, dá-lhe o alimento supremo e eterno, quer a grande Eucaristia dos crentes.
Para exprimir esta oração de louvor e de agradecimento, que dirigimos ao Senhor acolhendo o dom do seu amor, a Escritura emprega duas palavras: a bênção (primeira leitura) e a ação de graças (segunda leitura).
Estas duas dimensões de oração estão intimamente ligadas e devem habitar a nossa vida para além da missa, para testemunhar todo o amor com o qual Cristo ama os homens (Evangelho).
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é a festa da Pessoa de Cristo. Ao levantarmos os olhos para o Pão e o Vinho consagrados, só podemos dizer: «É mesmo Ele! Meu Senhor e meu Deus!»

https://www.dehonianos.org


quarta-feira, 19 de junho de 2019

O DESCANSO COMEÇA POR DENTRO




O verão está a chegar. Para muitos é tempo de férias. Mas descansar é muito mais do que uma ocupação que se põe na agenda. É uma atitude. Um estilo. Uma arte.

Não é verdade que, talvez demasiadas vezes, o nosso ritmo de vida é exageradamente apressado, agitado e ansioso? Não nos assemelhamos a uma ambulância, em habitual serviço de urgências, apetrechada de sirene, pedindo a todos que se desviem? A costumada pergunta: – Então a tua vida corre bem? não é a constatação de que vivemos mesmo a correr?

Os dias em que tivermos a graça de fazer férias deverão ser um ensaio de um ritmo pacífico, sereno e descontraído, vivido no quotidiano da nossa vida comum, com trabalhos e intervalos, com encontros e momentos a sós.

As férias ideais não são as que se passam numa ilha encantada do Oceano Pacífico, hospedados num hotel de muitas estrelas. A ilha de sonho e o hotel esplendoroso são o nosso coração pacificado e amoroso, dedicado e serviçal. É que as férias começam por dentro. Levamo-nos para férias inteirinhos. Somos a bagagem essencial que dá qualidade às nossas férias. Cada um tem o descanso que é. As circunstâncias ajudam, mas são apenas o complemento do que somos. Importa investir na qualidade do nosso interior, dos nossos afetos, dando espaço a “um coração novo e um espírito novo”.

“Quem quiser ter saúde no corpo, procure tê-la na alma” (Francisco Quevedo, 1580-1645). O nosso dentro é a fonte de todo o bem, é a nascente da ordem no amor, da caridade discreta e ordenada. O nosso fora é a fachada que deve corresponder sempre mais ao nosso interior. Também neste contexto, é oportuno recordar o que nos diz Fernando Pessoa: “É em nós que é tudo. É ali, ali, que a vida é jovem e o amor sorri”.

Recordemos que se quebramos um ovo, a partir de fora, morre um ovo. Mas se um ovo é quebrado a partir de dentro nasce uma nova vida. Um pintainho vem à luz do dia. Há que começar as férias por dentro, renascendo na paz.

Descansar não é abandonarmo-nos à preguiça. Fazer férias não é estacionar no parque da pasmaceira e do marasmo. Não é resignarmo-nos a não fazer nada. Descansar é organizarmo-nos na paz interior, no equilíbrio, na harmoniosa dedicação aos outros. Nesta linha, cito o testemunho da Irmã Sofia que, uma vez encontrando, no Carmelo de Coimbra, a Irmã Lúcia, a vidente de Fátima, lhe fez esta espontânea observação: – A Irmã Lúcia está sem fazer nada! Ao que ela retorquiu: – Eu não estou sem fazer nada. Eu estou a descansar e por isso em seguida poderei trabalhar melhor. Eu estou ocupada a descansar. Ou seja, para a Irmã Lúcia, descansar é uma boa ocupação útil e proveitosa. E para nós, descansar é perder ou empatar o tempo? Ou é ganhar por meio de uma feliz e pacificadora ocupação?

É significativo encontrar, na Bíblia, Deus apresentado como o inventor e o santificador do descanso: “Concluída, no sétimo dia, toda a obra que tinha feito, Deus repousou no sétimo dia, de todo o trabalho por Ele realizado. Deus abençoou o sétimo dia e santificou-o, visto ter sido nesse dia que Ele repousou de toda a obra da criação” (Ex 2, 2-3). Cristo explicitamente faz a apresentação de Si próprio como fonte de descanso: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei... Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito” (Mt 11, 28-29).

Aproveitamos os tempos de oração como repouso no Deus da paz e da consolação? Nesta linha nos recomenda o Papa Francisco: “Enquanto nos meses de verão procuraremos um pouco de descanso do que cansa o corpo, não nos esqueçamos de encontrar o verdadeiro alívio no Senhor” (2017.07.16). O Padre António Vieira sabiamente nos adverte que o descanso deve ser procurado no lugar certo, no amor que pacifica e anima: “A razão por que não achamos o descanso é porque o procuramos onde ele não está”. O descanso encontra-se dentro.

Manuel Morujão, sj

terça-feira, 18 de junho de 2019

Solenidade de Corpus Christi


Dia de "Corpo de Deus"
Solenidade de Corpus Christi
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Igreja Matriz – Arronches

20 de Junho de 2019

  11h00 - Eucaristia
 - 1ª Comunhão e Profissão de Fé

12h00- Procissão de Corpo de Deus
 


Percurso: Praça da República, R. 5 de Outubro, Largo Serpa Pinto, Passeio 1º de Maio, R. de Olivença e Praça da República.


Participe!

segunda-feira, 17 de junho de 2019

ORDENAÇÃO PRESBITERAL

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Encerramento Catequese



 
 

Hoje, entramos de férias, não de férias de Deus, mas de encontros de catequese com os mais pequenos.

E, por brotar de dentro de nós um enorme desejo de agradecer a Jesus pela caminhada que todos fizemos neste ano, celebramos este dia.

As crianças fizeram a oração dos fiéis e na ação de graças deram a conhecer pessoalmente o que aprenderam e porque querem continuar a fazer este caminho com Jesus.

No final, foram entregues aos catequizandos os diplomas respectivos.

Hoje, foi dia de louvor, agradecimento e festa interior.

Obrigada Espírito Santo por tanto trabalhares as nossas crianças.

Obrigada pelos seus pais e pela oportunidade de fazermos parte deste teu projeto.

Transborda amor, paz e alegria de poder ver crescer aquela pequenina semente que em cada um se vai tornado cada vez mais forte e se vai transformando numa plantinha que um dia será grande e robusta.

É bom caminharmos juntos com Jesus.