quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus




DIA MUNDIAL DA PAZ

Oito dias depois da celebração do Natal de Jesus, a liturgia convida-nos a olhar para Maria, a mãe de Deus (“Theotókos”), solenemente designada com este título no Concílio de Éfeso, em 431. Com o seu “sim” tornou possível a presença de Jesus nas nossas vidas e no nosso mundo.
Mas este dia é também o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada que queremos percorrer de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que nos abençoa e que conduzirá os nossos passos, com cuidado de Pai, ao longo deste Ano Novo.
Também celebramos o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, no primeiro dia de cada novo ano, se rezasse pela paz no mundo. Hoje, portanto, pedimos a Deus que nos dê a paz e que faça de cada um de nós testemunha e arauto da reconciliação e da paz.

As leituras que a liturgia deste dia nos propõe abraçam esta diversidade de temas e de evocações.

A primeira leitura oferece-nos, através de uma antiga fórmula de bênção, a certeza da presença contínua de Deus ao nosso lado nos caminhos que percorremos todo os dias. Ele será sempre para nós fonte de Vida e de paz.É de Deus que tudo recebemos: vida, saúde, força, amor e aquelas mil e uma pequeninas coisas que enchem a nossa vida e que nos dão instantes plenos. Tendo consciência dessa presença contínua de Deus ao nosso lado, do seu amor e do seu cuidado, somos gratos por isso? No nosso diálogo com Ele, sentimos a necessidade de O louvar e de Lhe agradecer por tudo o que Ele nos oferece? Agradecemos todos os dons que Ele derramou sobre nós no ano que acaba de terminar?

Na segunda leitura evoca-se o amor e o cuidado de Deus, mil vezes manifestados na história dos homens. Ele enviou o seu Jesus ao nosso encontro para nos libertar da escravidão e para nos tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-lhe “abbá” (“papá”).A constatação de que somos “filhos” de Deus leva-nos a uma outra constatação fundamental: estamos unidos a todos os outros homens – “filhos” de Deus como nós – por laços fraternos. É a mesma vida de Deus que circula em todos nós… O que é que esta constatação implica, em termos concretos? A que é que ela nos obriga? Faz algum sentido marginalizar os nossos irmãos por causa da sua raça, estatuto social, ideologia, ou qualquer outra diferença? Sentimos que aquilo que acontece aos outros nossos irmãos – de bom ou de mau – é algo que nos diz respeito? Sentimo-nos responsáveis por cada pessoa que Deus colocou no nosso caminho?

O Evangelho mostra como a presença de Deus na nossa história é fonte de alegria e de esperança para todos os homens e mulheres, mas particularmente para os pobres e os marginalizados. Sugere ainda que Maria, a mãe de Jesus, é o modelo do crente que, em silêncio e sem espalhafato, acolhe as propostas de Deus, guarda-as no coração e deixa-se guiar por elas.
A salvação verdadeira vem de Jesus e da proposta irrecusável que Ele nos trouxe. Hoje, ao olhar para o Menino do presépio, podemos decidir-nos a viajar com Ele e a fazer dele a nossa referência; hoje, ao contemplar o Deus que se vestiu de fragilidade para nos apontar caminhos novos de realização e de plenitude, podemos decidir-nos por uma vida mais digna, mais fraterna, mais solidária. Estamos disponíveis, neste Ano Novo, para um novo começo, com Jesus?


www.dehonianos.org

Maria tinha diante de si as palavras do Anjo, as palavras de Isabel e, agora, a presença amorosa dos pastores, que lhe falavam ao coração!
 Hoje, todos eles falam ao nosso!


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