quinta-feira, 17 de julho de 2014

A oração pela paz nunca é em vão



Sentido apelo do Papa Francisco a fim de que se interrompa a espiral de violência que abala a Terra Santa-A oração pela paz nunca é em vão

L’Osservatore Romano

«Agora, Senhor, ajuda-nos! Doa-nos a paz, ensina-nos a paz, guia-nos para a paz. Abre os nossos olhos e corações e doa-nos a coragem de dizer: “nunca mais a guerra!”; “com a guerra tudo se destrói!”. Infunde em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz... Torna-nos disponíveis para escutar o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão». Foi a oração do Papa Francisco pela paz na Terra Santa. Mais uma vez o Pontífice rezou e pediu para rezar pela paz, não obstante a linguagem que se fala naquelas terras ainda tenha um acre sabor de ódio, de violência e de sangue de muitos inocentes. «Dirijo a todos vós – disse no domingo 13 de Julho aos fiéis reunidos na praça de São Pedro para recitar com ele o Angelus – um sentido apelo a continuar a rezar com insistência pela paz na Terra Santa à luz dos trágicos eventos dos últimos dias». E recordando o encontro de 8 de Junho passado com o patriarca Bartolomeu e com os presidentes Peres e Abbas – «juntamente com os quais invocamos o dom da paz e escutamos a chamada a interromper a espiral do ódio e da violência» – reafirmou com força que, embora alguns possam pensar «que tal encontro tenha sido realizado em vão», é precisamente «a oração que nos ajuda a não nos deixarmos vencer pelo mal nem nos resignarmos ao predomínio da violência e do ódio sobre o diálogo e a reconciliação».

Portanto, um apelo duplo. Às partes interessadas e a quantos têm responsabilidades políticas: «a não poupar oração nem esforço algum para fazer cessar todas as hostilidades e obter a paz desejada para o bem de todos»; aos fiéis: a seguir o exemplo da Virgem Maria, da sua oração silenciosa. E a praça respondeu com um silêncio eloquente.

Pouco antes o Papa Francisco recordou a parábola do semeador que lança as sementes em qualquer terreno, mas só de um deles colhe frutos. É importante continuar a lançar a semente boa, depois será o terreno que frutificará. Contudo, este terreno deve ser preparado.

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