sábado, 1 de junho de 2013

Deus se dá na Eucaristia, diz Papa em Missa de Corpus Christi

 
“Deus não deixa de nos surpreender. Ele se faz próximo, Ele se dá na Eucaristia, o verdadeiro alimento que sustenta a nossa vida.”
Kelen Galvan
Da Redação
069322O Papa Francisco presidiu, nesta quinta-feira, 30, a Santa Missa da Solenidade de Corpus Christi, na Basílica de São João de Latrão, sede da Diocese de Roma. Uma multidão de fiéis de cerca de 90 mil peregrinos saudou o Santo Padre e  participou da celebração.
Na homilia, o Santo Padre refletiu sobre o Evangelho de hoje (cf. Lc 9, 11b-17) que narra o milagre da multiplicação dos pães.
No texto há uma expressão de Jesus que, segundo o Papa, o impressiona sempre: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. E partindo desta frase, o Pontífice destacou três palavras em sua reflexão: seguimento, comunhão e partilha.
Diante da necessidade da multidão, os discípulos pediram a Jesus que a dispensasse, “cada um pensava em si mesmo”, explicou o Papa, e questionou: “Quantas vezes nós cristãos agimos assim? Não assumimos a necessidade do outro?”.
“A solução de Jesus vai em outra direção e surpreende os discípulos: Dai-lhes vós mesmos de comer. Eles se assustam porque só têm cinco pães e dois peixes, e em um momento de profunda comunhão a multidão é alimentada pelo seu Pão da Vida”, enfatiza o Papa.
Francisco destaca que também nós, ao participar da Missa, somos alimentados pela Palavra do Senhor e pelo Seu Corpo e Sangue, que nos torna “Comunidade”. “A Eucaristia é o sacramento da comunhão, que nos faz sair do individualismo”.
Nesse ponto, o Papa Francisco levou os fiéis presentes a se questionarem: “Como eu vivo a Eucaristia? De modo anônimo ou em verdadeira comunhão com o Senhor? Como são nossas Celebrações Eucarísticas?”
“E de onde nasce a multiplicação dos pães?” continuou a refletir o Santo Padre. “A resposta está no convite de Jesus aos discípulos: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’. O que os discípulos partilharam? O pouco que tinham, mas foram esses pães e peixes que, nas mãos do Senhor, saciaram a multidão”, explicou.
Essa atitude nos indica que, na Igreja e na sociedade, a “solidariedade é uma palavra-chave”, reforçou o Papa. “Não devemos ter medo., devemos nos colocar à disposição de Deus com todas as nossas capacidades”.
Nesta solenidade, também nós experimentamos a solidariedade de Deus, afirmou o Santo Padre. “Deus não deixa de nos surpreender… Ele se faz próximo, Ele se dá na Eucaristia, o verdadeiro alimento que sustenta a nossa vida”.
“Irmãos e irmãs, seguimento, comunhão e partilha. Rezemos para que a participação na Eucaristia nos provoque sempre a seguir o Senhor todos os dias, a ser instrumentos de comunhão e a partilhar com Ele e o próximo aquilo que somos. Só então nossa existência será verdadeiramente fecunda”, concluiu o Papa.
O Papa Francisco tinha preparada uma mensagem muita específica:
"Quando lemos os Evangelhos, vemos que Jesus reúne à sua volta uma comunidade que acolhe a sua palavra, partilha o seu caminho, esta transforma-se na sua família e com esta comunidade Ele prepara e controi a sua Igreja. De onde nasce então a Igreja? Nasce do gesto supremo de Jesus na Cruz do lado aberto de Cristo de onde jorraram sangue e água, símbolos dos Sacramentos da Eucaristia e do Baptismo."
"Ainda se ouve pessoas que dizem: Cristo sim, Igreja não. Jesus sim , padres não. Mas é precisamente a Igreja que nos faz conhecer Jesus e que nos leva a Deus."
E no final da audiência o Santo Padre deixou algumas questões para reflexão dos fieis que aqui recordamos:
"Perguntemo-nos hoje: Quanto é que eu amo a Igreja? Rezo por Ela? Sinto-me parte da família da Igreja? O que é que eu faço para que seja uma comunidade em que cada um se sinta acolhido e compreendido, sinta a misericórdia e o amor de Deus que renova a vida?"
Após a homilia, a multidão recolheu-se em alguns minutos de silêncio para refletir sobre as palavras do Santo Padre.
No final da Celebração, o Papa fez a procissão a pé com os fiéis, seguindo o Ostensório, que foi conduzido por um veículo, pelas ruas de Roma até a Basílica de Santa Maria Maior, onde deu a benção final.

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