quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Solenidade da Santa Mãe de Deus 1º de janeiro


https://www.youtube.com/watch?v=Gl4AztXT-TU

Solenidade da Santa Mãe de Deus

Santa Mãe de Deus, Maria 

Maria tinha diante de si as palavras do anjo, as palavras de Isabel e, agora, a presença amorosa dos pastores, que lhe falavam ao coração.

Maria em tudo podia meditar e comparar, adorando em tudo os desígnios de Deus.
Suas atitudes eram de modéstia e discreto silêncio, apesar das coisas maravilhosas que podiam glorificá-la.
Maria recolhia tudo para, no momento oportuno, dar seu testemunho.

O que você quer de Deus?


Is there proof that God exists?

Deus espera o que podemos dar, para multiplicá-lo e transformá-lo em algo extraordinário

Na minha idade, a vida adquire diferentes significados. Vi meus filhos nascerem, vi meu pai partir. Li muitos livros, escrevi outros. Plantei árvores. E muitas vezes senti a presença viva de Deus no meu pequeno coração.

Cada vez que comungo, olho para Jesus nessas hóstias brancas, lindas, consagradas, e repito para Ele, uma e mil vezes, que o amo, que sou feliz por saber que Ele é meu amigo.

Sua amizade me acompanhou ao longo dos meus dias. Sei que Ele está comigo, assim como está com você.

Quando eu era criança, meu maior desejo era ser santo, fazer Jesus feliz. Lembro-me de uma doce freira a quem contei isso e ela me perguntou: “E agora?”. Respondi: “Agora, muito mais. Mas cometo tanto erros...”.

Vivemos da graça e somos sustentados pelo amor infinito do Pai.

Percebo quão pequenos somos e quão grande é Deus. E me emociona saber que sou seu filho, que somos seus filhos e, portanto, irmãos.

Sempre senti que esta busca de Deus é como escalar uma montanha. Costumo escorregar muito, mas persisto e começo a escalar de novo. Enquanto escalo, penso: “Preciso me esforçar, amar mais. Amarei quem me prejudicou, quem não me compreende, e também quem me ama”.

A vida é tão curta, que vale a pena dedicá-la a algo maior que nós, a alguém: Deus. A vida é para ser vivida. Viemos a este mundo para ser felizes, para amar.

Disseram-me que precisamos ser como um reflexo, um eco do amor de Deus, levá-lo aos outros. Penso que Deus espera que demos o primeiro passo, anseia por uma pequena gota do nosso amor. Ele fica encantado ao saber-se amado pelos seus filhos.

Deus espera o que podemos dar, para multiplicá-lo e transformá-lo em algo extraordinário.

Com seu amor, poderemos amar desinteressadamente, amar pelo puro fato de saber que o outro é meu irmão.

A resposta está em Deus, não em nós. Está em seu amor, porque ele nos trará a paz. É sua graça que transformará nossas vidas.

Se um dia Jesus me perguntasse: “O que você quer de mim? O que posso lhe dar?”, eu lhe responderia sem hesitar: “Quero você, Jesus, porque, tendo você, eu tenho tudo”.

E você, o que quer de Deus? O que espera dele?

CLAUDIO DE CASTRO ( aleteia.org)

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A oração do bom humor que o Papa Francisco rezou esta semana


Pope Francis smiling 2

Vamos rezar com o Papa?

O Papa fez uma oração diferente em seu encontro com os membros da cúria romana esta semana.
“Como bom inglês, o mártir Tomás Moro valorizava o senso de humor. Acho que, se o temos para valorizar esta oração, é porque Deus também o tem como fonte de bom ânimo. Eu aprecio muito esta oração!”, disse.

Vamos rezar com o Papa?

Oração do bom humor

Senhor, dai-me uma boa digestão,
mas também algo para digerir.
Dai-me a saúde do corpo, mas também
o bom humor, necessário para mantê-la.

Dai-me, Senhor, uma alma simples,
que saiba aproveitar tudo o que é bom
e que não se assuste quando o mal chegar,
e sim que encontre a maneira de colocar as coisas no lugar.

Dai-me uma alma que não conheça o tédio
nem os resmungos, suspiros e lamentos,
e não permitais que eu me atormente demais
com essa coisa incomoda demais chamada “eu”.

Dai-me, Senhor, senso de humor!
Amém.


( aleteia.org)

Papa Francisco dá 5 conselhos para receber Jesus no coração

O Santo Padre recebeu as crianças da Ação Católica italiana no Vaticano e deu lhes 5 dicas que servem para todos nós

December 18, 2014: Pope Francis meets a group of young Italian Catholic Action, ACR, at the Vatican.

O Papa Francisco encontrou - se, no dia 18 de Dezembro, com as crianças da Acção Católica italiana, que visitaram o Vaticano para desejar-lhe um feliz Natal em nome de toda a organização.

“Ouvi dizer que este ano vocês se comprometeram com um tema que tem como slogan ‘Tudo por descobrir’. É um caminho lindo, que requer a coragem e o esforço da busca, para depois se alegrar ao descobrir o projecto que Jesus tem para cada um de vocês”, disse o Papa às crianças.

A propósito deste caminho de fé, Francisco convidou as crianças a seguir 5 passos para “caminhar bem na associação, na família e na comunidade”:

1. Não se rendam nunca, porque o que Jesus pensou para o seu caminho é tudo para construir juntos: junto aos seus pais, seus irmãos, amigos, colegas de escola, da catequese, do oratório, da Acção Católica.

2. Interessem-se pelas necessidades dos mais pobres, dos que mais sofrem, dos que estão mais sozinhos, porque quem escolheu fazer o bem a Jesus não pode deixar de amar o próximo.

3. Amem a Igreja, amem os padres, coloquem-se a serviço da comunidade, porque a Igreja não é formada só pelos sacerdotes, pelos bispos, e sim por toda a comunidade. Doem tempo, energia, qualidade e capacidades pessoais às suas paróquias e, assim, deem testemunho de que a riqueza de cada um é um dom de Deus para ser compartilhado. É importante! Aquele “tudo”: tudo por descobrir, tudo para compartilhar, tudo para construir juntos, todo amor...

4. Sejam apóstolos de paz e de serenidade: em suas famílias, com seus pais, irmãos, amigos; recordem-lhes que é belo amar as pessoas, e que as incompreensões podem ser superadas, porque, estando unidos a Jesus, tudo é possível. Isso é importante: tudo é possível. Mas esta palavra não é uma invenção nova: quem disse isso foi Jesus, depois da transfiguração. Àquele pai que lhe pediu que curasse seu filho, o que Jesus disse? “Tudo é possível para quem tem fé”. Com a fé em Jesus se pode tudo, tudo é possível.

5. Falar com Jesus. A oração: conversem com Jesus, que é o seu maior amigo, aquele que nunca os abandona. Contem-lhe suas alegrias e tristezas. Procurem-no cada vez que fizerem algo de errado, com a certeza de que Ele os perdoa. E falem de Jesus a todo mundo, do seu amor, da sua misericórdia, da sua ternura, porque a amizade com Jesus, que deu a vida por nós, é um fato para contar a todos.

“O que vocês acham desta proposta?”, perguntou o Papa às crianças.

“Eu acho que vocês já vivem grande parte destas coisas. Agora, com a graça do nascimento de Jesus, Ele quer ajudá-los a dar um passo ainda mais decidido, mais convencido, mais alegre, para ser seus discípulos. Basta responder-lhe: ‘Aqui estou!’. Quem nos ensina isso é a nossa Mãe, a Virgem Maria, que respondeu ao convite do Senhor: ‘Aqui estou’”, recordou o Papa, convidando as crianças a rezar uma Ave-Maria.

“Lembrem-se: tudo por descobrir, tudo por construir juntos, todo amor, tudo para compartilhar, tudo é possível, e a fé é todo um evento para compartilhar.”

Finalmente, Francisco agradeceu às crianças por sua visita e lhes pediu que rezassem por ele: “Por favor, lembrem-se de rezar por mim. Agora, de coração, eu os abençoo”.



ARY WALDIR RAMOS DÍAZ ( aleteia.org)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Informação Paroquial

Horários das Eucaristias no dia 1de Janeiro, 5ª Feira

Alegrete : 9:30H
Esperança : 10:45H
Arronches: 12:00H

Vale de Cavalos : 15:30H
Mosteiros: 16:30H
Degolados: 16:00H Celebração da Palavra

                                                              
Dia 2 de Janeiro, 1ª sexta - feira do mês, Adoração ao Santíssimo, às 17:30H, na Igreja Matriz de Arronches

As lições da Sagrada Família


Matthias Stom Holy Family

A família actual só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida

O Papa João Paulo II, na Carta às Famílias, chamou a família de “Santuário da vida” (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como que de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão sagrada da família: guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida.

O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de “a Igreja doméstica” (LG, 11) na qual Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido; nele também foi ensinado que: “A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar” (GS, 47).

Jesus habita com a família cristã. A presença do Senhor nas Bodas de Caná da Galileia significa que o Senhor “quer estar no meio da família”, ajudando-a a vencer todos os seus desafios; e Nossa Senhora ali o acompanha com a sua materna intercessão.

Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (Gen 1,26), Ele os quis “em família”. Por isso, a família é uma realidade sagrada. Jesus começou sua missão redentora da humanidade na Família de Nazaré. A primeira realidade humana que Ele quis resgatar foi a família; Ele não teve um pai natural aqui, mas quis ter um pai adoptivo, quis ter uma família, e viveu nela trinta anos. Isso é muito significativo. Com a presença d’Ele na família – Ele sagrou todas as famílias.

Conta-nos São Lucas que após o encontro do Senhor no Templo, eles voltaram para Nazaré “e Ele lhes era submisso” (cf. Lc 2,51). A primeira lição que Jesus nos deixou na família é a de que os filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o Quarto Mandamento da Lei. Assim se expressou o Papa João Paulo II:

“O Filho unigénito, consubstancial ao Pai, ‘Deus de Deus, Luz da Luz’, entrou na história dos homens através da família” (CF, 2).

Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua actividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC, 2205). E na sua mensagem de Paz, do primeiro dia do Ano Novo (2008) o Papa Bento XVI deixou claro que sem a família não pode haver paz no mundo. E o Papa fez questão de ressaltar que família é somente aquela que surge da união de um homem com uma mulher, unidos para sempre, e não uma união homossexual que dá origem a uma falsa família.

“A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar correctamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC, 2207).

A Família de Nazaré sempre foi e sempre será o modelo para todas as famílias cristãs. Acima de tudo, vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projecto é fazer a vontade de Deus. A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual toda pessoa deve aprender e viver desde o lar.

Maria é a mulher docemente submissa a Deus e a José, inteiramente a serviço do Reino de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lc 1,38). A vontade dela é a vontade de Deus; o plano dela é o plano de Deus. Viveu toda a sua vida dedicada ao Menino Deus, depois ao Filho, Redentor dos homens, e, por fim, ao serviço da Igreja, a qual o Redentor instituiu para levar a salvação a todos os homens.

José era o pai e esposo fiel e trabalhador, homem “justo” (Mt 1, 19), homem santo, pronto a ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este.
Em vez de escolher um pai letrado e erudito para Jesus, Deus escolheu um pai pobre, humilde, santo e trabalhador braçal. José foi o homem puro, que soube respeitar o voto perpétuo de virgindade de sua esposa, segundo os desígnios misteriosos de Deus.

A Família de Nazaré é para nós, hoje, mais do que nunca, modelo de unidade, amor e fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está sendo destruída em sua identidade e em seus valores. Surge já uma “nova família” que nada tem a ver com a família de Deus e com a Família de Nazaré.

As mazelas de nossa sociedade –, especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, sequestros, bebedeiras, drogas, homossexualismo, lesbianismo, enfim, os graves problemas morais e sociais que enfrentamos, – têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar a que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade.

Como será possível, num contexto de imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada e uma vida digna, com esperança?

Como será possível construir uma sociedade forte e sólida onde há milhares de “órfãos de pais vivos”? Fruto da permissividade moral e do relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a percentagem dos casais que se separam, destruindo as famílias e gerando toda sorte de sofrimento para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afectiva para sempre.

A Família de Nazaré ensina ainda hoje que a família desses nossos tempos pós-modernos só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde, amoroso… Sem isso, não haverá verdadeira família e sociedade feliz.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Oração à Sagrada Família

 


Jesus, Maria e José

em Vós, nós contemplamos

o esplendor do verdadeiro amor,

a Vós nos dirigimos com confiança.


Sagrada Família de Nazaré,

faz também das nossas famílias

lugares de comunhão e cenáculo de oração,

autênticas escolas do Evangelho

e pequenas igrejas domésticas.


Sagrada Família de Nazaré,

nunca mais nas famílias se vivam experiências

de violência, fechamento e divisão:

quem quer que tenha sido ferido ou escandalizado

receba depressa consolo e cura.


Sagrada Família de Nazaré,

que o próximo Sínodo dos Bispos

possa despertar em todos,

a consciência da índole sagrada e inviolável da família,

e a sua beleza no desígnio de Deus.


Jesus, Maria e José,

escutai,atendei a nossa súplica.

( Papa Francisco )


28 de Dezembro - Santos Inocentes



Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitectou e fez.

Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os "santos inocentes", cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem "confessar" sua crença.

Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina.

Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o "tal rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois "também queria adorá-lo".

Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado.

Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército.

A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que "Raquel choraria a morte de seus filhos" quando o Messias chegasse.

Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus. A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de Dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.

Solenidade da Sagrada Família


https://www.youtube.com/watch?v=XxOYMHiRGbo

Família, escola da Fé!


Em espírito de humildade e de obediência,
a Sagrada Família dirigiu-se ao templo.
Atentos às prescrições da lei,
dão-nos exemplo de fidelidade e obediência,
um grande testemunho de vida familia

sábado, 27 de dezembro de 2014

São João Apóstolo e Evangelista


É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e não douto. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz.

João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Baptista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do quotidiano de Jesus.

Costuma ser definido, entre os apóstolos, como homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à acção. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na Transfiguração de Jesus e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos, foi o único na hora final. Na cruz, Jesus, vendo-o ao lado da Virgem, lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe, Maria.

Os detalhes que se conhece revelam que, após o Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois, com Pedro, se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano, foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o quarto evangelho, o Apocalipse e as epístolas aos cristãos.

Diz a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. João morreu, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus, e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade.

O evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em acção, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egipto, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado essas regiões.



FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA


https://www.youtube.com/watch?v=47zntltuSBw

A família é o berço, é no berço que a criança é alimentada, cuidada e fortalecida. É a partir de cada família da Terra que o projecto de Deus para o futuro da humanidade se realiza. Por isso é que “A família é a esperança da humanidade”(João Paulo II).

E se a família for um lugar seguro onde Deus habita aí então ela terá, com certeza, um futuro abençoado. – Você tem honrado pai e mãe? – Como é o seu relacionamento com os seus pais? – Você, como pai ou mãe, tem sabido manter a sua família feliz e equilibrada? – Quais os valores que você preserva na sua família?
Apesar da sensibilidade moderna aos direitos humanos e à dignidade das pessoas, a nossa civilização cria, com frequência, situações de abandono, de marginalização, de solidão, cujas vítimas são, muitas vezes, aqueles que já não têm uma vida considerada produtiva, ou aqueles a quem a idade ou a doença trouxeram limitações. Que motivos justificam o desprezo, o abandono, o “virar as costas” àqueles a quem devemos “honrar”?


Viver “em Cristo” implica fazer do amor a nossa referência fundamental e deixar que ele se manifeste em gestos concretos de bondade, de perdão, de doação, de compreensão, de respeito pelo outro, de partilha, de serviço… É este o quadro em que se desenvolvem as nossas relações com aqueles que nos rodeiam?

• A nossa primeira responsabilidade vai, evidentemente, para aqueles que connosco partilham, de forma mais chegada, a vida do dia a dia (a nossa família). Esse amor, que deve revestir-nos sempre, traduz-se numa atenção contínua àquele que está ao nosso lado, às suas necessidades e preocupações, às suas alegrias e tristezas? Traduz-se em gestos sentidos e partilhados de carinho e de ternura? Traduz-se num respeito absoluto pela liberdade e pelo espaço do outro, por um deixar o outro crescer sem o sufocar? Traduz-se na vontade de servir o outro, sem nos servirmos dele?

Que importância é que a Palavra de Deus assume na vida das nossas famílias? Procuramos que cada membro das nossas famílias cresça numa progressiva sensibilidade à Palavra de Deus e aos desafios de Deus? Encontramos tempo para reunir a família à volta da Palavra de Deus e para partilhar, em família, a Palavra de Deus?

Os pais cristãos preocupam-se sempre em proporcionar aos seus filhos um exemplo de coerência com os compromissos assumidos no dia do Baptismo? Preocupam-se em ser os primeiros catequistas dos próprios filhos, transmitindo-lhes os valores do Evangelho? Preocupam-se em acompanhar e em potenciar a formação e a caminhada catequética dos próprios filhos, em inseri-los numa comunidade de fé, em integrá-los na família de Jesus, em consagrá-los ao serviço de Deus?

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Quero ser como tu


https://www.youtube.com/watch?v=HM3w6P44fPI

Natal!

Imagem relacionada

Repicam sinos, com fervor, nos campanários, alvoroçados com notícia que os seduz.

Gritam aos povos e aos recantos solitários:

Nasceu Jesus! Nasceu Jesus! Nasceu Jesus!

A boa nova vem dos magos legendários, aqui trazidos pela estrela que conduz: bichos, pastores, anjos, todos solidários, reverenciam o pequenino rei da luz!

Menino Deus que se fez homem por bondade, doou-se a nós, livrando-nos de todo o mal, e ensinou-nos que a maior felicidade é ser fraterno, amando a todos por igual.

Enquanto houver alguém que viva essa verdade, ao relembrar o nascimento divinal, a voz dos sinos se ouvirá na eternidade:

Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal!



Patricia Neme

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Cânticos de Natal


https://www.youtube.com/watch?v=Lljfmr8pHpE

Repicam os sinos

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Noite de Natal


https://www.youtube.com/watch?v=1sramXezlqY

Cantos gregorianos para Natal e Epifania


https://www.youtube.com/watch?v=qMP3Wzo68nQ

Interprete: Coro Magnificat
Grabacion: Sampaolo Audiovisivi - Roma

Meu desejo de Natal

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Celebrações Natalícias


HORÁRIOS DAS EUCARÍSTIAS:

NOITE DE NATAL, 4ª FEIRA, 24 DEZEMBRO:

ALEGRETE: 23.00H

ARRONCHES: 24:00H

ESPERANÇA:  CELEBRAÇÃO DA PALAVRA: 23H00
DIA DE NATAL, 5ª FEIRA, 25 DEZEMBRO:           

ALEGRETE: 9:30H

ARRONCHES: 12:00H

ESPERANÇA: 10:45H

MOSTEIROS: 16:30H

VALE DE CAVALOS : 15:30H 

DEGOLADOS: CELEBRAÇÃO DA PALAVRA : 16:00H

Ilumine o Natal


Ilumine o Natal com esperança de amor, esperança de dias melhores.
Ilumine um olhar, com cumprimentos de felicidades e paz.
Ilumine seus dias, para que deles sejam lembrados, os melhores momentos de alegria.
Ilumine sua família, para que não esqueçam que a base de tudo é amor e compreensão.
Ilumine seu Natal, para que não seja mais uma festa, e sim uma lembrança de uma época inesquecível e abençoada.

Feliz Natal!

domingo, 21 de dezembro de 2014

Alegrai vos, sempre no Senhor!


https://www.youtube.com/watch?v=9k21QyjFjsA


4º Domingo do Advento Ano B


https://www.youtube.com/watch?v=n5ZXYAcRSVE

4º Domingo do Advento Ano B

Com Maria, ao encontro de Jesus!

Maria aceitou prontamente a vontade de Deus

E dela nasceu-nos o Salvador.
Apesar de tão grande privilégio e com tantas prerrogativas,
permaneceu em sua humildade de coração!
Maria aceitou prontamente a vontade de Deus
E dela nasceu-nos o Salvador.
Apesar de tão grande privilégio e com tantas prerrogativas,
permaneceu em sua humildade de coração!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Papa Francisco: confiar em Deus e enfrentar os problemas


Pope Francis

“Que Deus caminha connosco, que Deus faz história, que Deus nos prova e que Deus nos salva nos piores momentos, porque ele é nosso Pai"


Nos momentos difíceis, devemos confiar em Deus e enfrentar os problemas, mesmo sem entender. Foi o que afirmou o Papa Francisco, em sua homilia na Casa Santa Marta.

O Evangelho do dia fala de um “momento difícil na história da salvação”, quando José descobre que a sua noiva, Maria, está grávida: “Ele sofre, vê as mulheres do vilarejo que comentam no mercado; e sofre. ‘Mas ela é boa pessoa, eu a conheço! É uma mulher de Deus. Mas o que ela me fez? Não é possível!”. Se for acusada, será lapidada. Mas José não quer, mesmo não compreendendo. Ele sabe que Maria “é incapaz de infidelidade”. “Nesses momentos difíceis, destacou o Papa – “os eleitos de Deus, para fazer a história, devem enfrentar o problema, mesmo sem entender. Assim, o Senhor faz a história”.

“Assim fez José, o homem que no momento mais difícil da sua vida, no momento mais tenebroso, enfrenta o problema. E ele acusa a si mesmo aos olhos dos outros para proteger a sua esposa. Talvez algum psicanalista dirá que este sono é o condensado da angústia, que busca uma saída… mas digam o que quiserem. O que fez José? Depois do sono, acolheu a sua esposa. ‘Não entendo nada, mas o Senhor me disse isso e este será meu filho!’”.

“Fazer história com o seu povo - observou o Papa - significa para Deus para caminhar e testar os seus eleitos”. Mas no final os salva: “Lembremo-nos sempre, com confiança, também nos piores momentos, também em momentos de doença, quando percebemos que temos de pedir a extrema unção, porque não há saída, de dizer: ‘Mas, Senhor, a história não começou comigo e não vai acabar comigo! O Senhor vai na frente, eu estou disposto’. E colocar-se nas mãos do Senhor”. O que nós ensinam, então, os eleitos de Deus?

“Que Deus caminha connosco, que Deus faz história, que Deus nos prova e que Deus nos salva nos piores momentos, porque ele é nosso Pai. E de acordo com Paulo é o nosso Pai. Que o Senhor nos faça compreender este mistério de seu caminhar com o seu povo na história, do seu colocar à prova os seus eleitos, e a grandeza do coração de seus eleitos, que tomam sobre si as dores, os problemas, também a aparência de pecadores - pensamos em Jesus - para levar para avante a história”.

(Com Rádio Vaticano)

Neste Natal acenda o seu coração!

MARIA DISSE SIM


https://www.youtube.com/watch?v=I_OxJ7YVYyA

O que a Palavra diz para mim?

Como acolho os “anúncios” de Deus na minha vida? Muitas vezes o anúncio é para uma mudança de vida, outras é o imprevisto que me faz trocar meus projectos, outras vezes um problema de saúde, no trabalho, em família. Respondo com fé e disponibilidade? Glorificando a Deus?

A liturgia deste IV Domingo do Advento está dominada por três idéias-chave: o “sim” de Maria, a construção do templo, a glória de Deus. O “sim” de Maria convida ao sim de todos os cristãos. Dizer sim a Deus e aos homens significa uma generosidade total para entrar no plano de Deus. Qualquer cristão podia hoje perguntar-se: Senhor que queres que eu faça? (Evangelho). Construir um templo não é fácil. O templo de David e o templo de Salomão foram obras reveladoras da fé do povo de Israel. Há porém um templo mais fácil de edificar que é o próprio “coração humano”. É aí que Jesus deve nascer como nasceu em Belém. (1ª leitura). Mas o grande objectivo de todas as celebrações natalícias é afirmar a glória do Nosso Deus. Se o mundo de hoje anda longe da prática do Evangelho é cada cristão que tem o dever de anunciar Jesus Cristo, porque só nele se revela o poder e a glória do nosso Deus.
O coração do cristão será como a gruta de Belém que na simplicidade e pobreza se dispõe a acolher Jesus Salvador.
É diferente a perspectiva da mensagem cristã no mundo de hoje. Atualmente todos procuram ser conhecidos, ser protagonistas, ter resultados, ser considerados, ter poder. Jesus, ao nascer num presépio, apresenta-se na maior das humildades.
Será Jesus a revelar, pelos tempos fora, a glória e o poder de Deus.

monsenhor Vitor Feytor Pinto in “Revista de Liturgia Diária” ( Excertos)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Por outras palavras - Ano B - 4º domingo do Advento


https://www.youtube.com/watch?v=EdEAsi0NWxQ&index=1&list=PLG68C8mrFzfR_2Cfs5gjgFpt9hsBvHnFQ

Por outras palavras - Ano B - 4º domingo do Advento

A transformação deste mundo depende de nós. porque Deus quis contar com o nosso sim. Com a nossa participação. Nós que somos do bem, não podemos ficar com medo de sermos apedrejados! Mas sim, devemos confiar em Deus e seguir em frente.
Coragem! O poder de Deus é mais forte que todos os poderes terrenos! Pois para Ele nada é impossível!

Natal é...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Fé e muito amor

Papa Francisco dá 3 dicas para viver bem o Natal


Papa a San Giuseppe all'Aurelio

Em um discurso improvisado durante sua recente visita a uma paróquia romana

Poucos dias antes do Natal, o Papa Francisco, em sua oitava visita a uma paróquia romana, convidou a viver as festividades natalinas com mais alegria cristã e menos preocupação com os presentes.

Segundo o Papa, há três maneiras de viver o Natal de maneira digna: rezar, agradecer a Deus e ajudar os outros. “Rezemos nestes dias, demos graças a Deus e depois pensemos: como levar alívio a quem sofre? Ajudar os outros. Assim, chegaremos ungidos ao nascimento de Cristo, o Ungido”, disse Francisco.

É preciso agradecer todas as coisas boas que a vida nos dá, e não viver só se lamentando. O cristão não pode viver assim, com “a cara fechada, inquieto, amargurado. Um santo nunca tem cara fúnebre”, recordou.

Oração, gratidão e caridade: você aceita o desafio do Papa?

sources: ALETEIA

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Capacidade de decidir

Papa Francisco assinala 78.º aniversário



O Papa Francisco celebra esta quarta-feira o seu 78.º aniversário natalício, que vê como um dia “totalmente normal, como os outros”, no qual vai conceder a tradicional audiência pública das quartas-feiras.

A data vai ser assinalada com uma edição especial do Semanário ECCLESIA, incluindo fotos, vídeos e citações da página do Papa na rede social Twitter, ao longo de 78 páginas que passam em revista vários momentos do pontificado.

Este ano, por ser dia de audiência geral e não haver Missa na capela da Casa de Santa Marta, onde reside o Papa, o aniversário vai ser assinalado ao almoço, “juntamente com todos os empregados”.

Não se distraia: faltam só 8 dias para o Natal!


navidad

Uma reflexão que prepara nosso coração para o nascimento de Jesus

Faltam apenas 8 dias para o Natal! E Deus vem ao nosso encontro desde já. Ele busca caminhos para chegar até nós e para que nós cheguemos a Ele.

Mas ainda há muita gente guardando sentimentos de rancor, inveja, amargura. Outros, no entanto, deixaram-se invadir pela paz, pela alegria serena, frutos do Espírito Santo. E há aqueles que experimentam a tensão e luta em seu interior entre a paz e o rancor, a alegria e a tristeza.

Deus se torna pequeno para entrar em casa. Faz-se pobre e humilde para renovar-nos na alegria da fé. Deixe que sua graça toque seu coração e o ajude a caminhar.

Como todos os anos, com certeza dedicaremos bastante tempo nestes dias para conversar sobre o lugar no qual vamos nos reunir nos dias 24 e 25, o cardápio, os presentes... Podemos nos desgastar demais.

A família é importante, claro! Mas podemos aproveitar também para ir às raízes da noite de Natal: o nascimento do Menino Jesus, Deus conosco! Não se distraia.

Estamos festejando porque Deus não abandona o seu povo. Porque nos acompanha enquanto buscamos viver como irmãos. Não nos deixemos levar pelas coisas superficiais, pelas vaidades. Celebremos o verdadeiro sentido do Natal, com muita gratidão no coração!

(Artigo publicado originalmente por AICA)


domingo, 14 de dezembro de 2014

Advento: 3º Domingo


https://www.youtube.com/watch?v=PkaXcwGrYbU

O testemunho de João é neste contexto muito sugestivo. Ele testemunha com a sua vida, com todo o seu ser, a partir até do seu próprio nome que Deus é amor misericordioso. Ele é uma testemunha, aquele que faz experiência na própria pele, aquele que dá o devido protagonismo a quem o merece. Jesus é quem indica a verdade, é quem ilumina o caminho no meio da escuridão. João neste contexto interpela-nos a sermos testemunhas, aquelas testemunhas que ensinam com a vida, com o exemplo, tal como Paulo VI pedia aos cristãos do mundo inteiro: "O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres"

Ele não era a Luz, mas deu testemunho da Luz!


https://www.youtube.com/watch?v=mYjK2CfSEMs

Ele não era a Luz, mas deu testemunho da Luz!
Jesus busca em nossos corações uma digna morada.
Quer habitar entre nós e o consegue à medida que formos
testemunhas dele para nosso mundo.
Pelo baptismo, somos consagrados como precursores seus.

Concerto de Orgão

Numa organização da Direção Regional de Cultura do Alentejo, o Cabido da Sé de Évora e a Paróquia de S. Pedro (Évora), continua a decorrer a 3.ª edição do evento Música nas Igrejas.


Em Arronches, os concertos que têm o apoio da Paróquia local e Autarquia, o 1º Concerto aconteceu a 26 de outubro, estando agendado para o hoje, domingo, dia 14 de Dezembro o Concerto de Canto e Órgão com Mª João Sousa|Rafael Reis, pelas 16h30, na Igreja Matriz de Arronches


sábado, 13 de dezembro de 2014

Domingo da Alegria


https://www.youtube.com/watch?v=yNVzn7zQLq0

As leituras do 3º Domingo do Advento garantem-nos que Deus tem um projecto de salvação e de vida plena para propor aos homens e para os fazer passar das “trevas” à “luz”.

Como é que Deus actua no mundo? 

Não é, normalmente, através de manifestações estrondosas e espectaculares, que deixam a humanidade abismada e assustada; mas é através dos gestos “banais” desses profetas a quem Ele confia a missão de lutar contra as forças da opressão e da morte e a quem Ele chama a testemunhar, no meio dos “pobres”, o amor, a liberdade, a justiça, a verdade, a vida. Cada crente é um profeta, chamado a ser testemunha de Deus e sinal vivo do seu amor, da sua justiça e da sua paz. Como é que eu me situo face a isto? Sinto-me profeta, chamado a testemunhar o amor, a vida, a liberdade de Deus? Os “pobres”, os oprimidos, os excluídos, encontram em mim um sinal vivo do amor de Deus? Tenho a coragem de arriscar, de lutar, de dar a cara para que o mundo seja melhor?


Como é que os cristãos devem, então, viver esse tempo de espera do Senhor?

Paulo começa por pedir aos tessalonicenses que vivam alegres e que pautem a sua vida por uma intensa oração, sobretudo a oração de acção de graças. O cristão é sempre uma pessoa livre e feliz, consciente da presença salvadora e libertadora de Deus ao seu lado, que contempla permanentemente esse horizonte último de vida eterna e de felicidade definitiva que Deus lhe reserva e que, por isso, agradece e louva ao seu Senhor.
Depois, o apóstolo pede também aos tessalonicenses que abram o coração ao Espírito e que não desprezem os seus dons. Esta referência pode significar que as experiências carismáticas começavam a criar problemas na comunidade… Provavelmente, nem toda a gente entendia e estava aberta às interpelações que o Espírito fazia através de alguns membros da comunidade… O novo, o espontâneo, o criativo, chocavam com o rotineiro, o estabelecido, o pré-fixado. Paulo recomenda aos cristãos de Tessalónica que saibam tudo analisar com cuidado e discernimento, sem preconceitos, de coração aberto à novidade de Deus, guardando “o que é bom” e afastando-se de “toda a espécie de mal”.
Uma comunidade construída de acordo com estes princípios – que vive a sua existência histórica com alegria e serenidade, que louva o seu Senhor e que está permanentemente atenta para discernir e aceitar os dons do Espírito – é uma comunidade “santa” e irrepreensível, preparada para acolher, em qualquer momento, o Senhor que vem.


Em termos pessoais, quais são as mudanças que eu tenho de operar na minha existência para passar das “trevas” para a “luz”? O que é que me escraviza e me impede de ser plenamente feliz? O que é que na minha vida gera desilusão, frustração, desencanto, sofrimento?


• A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a olhar para Jesus, pois só Ele é “a luz” e só Ele tem uma proposta de vida verdadeira para apresentar aos homens. À nossa volta abundam os “vendedores de sonhos”, com propostas de felicidade “absolutamente garantida”. Atraem-nos, seduzem-nos, manipulam-nos, escravizam-nos e, quase sempre, deixam-nos decepcionados e infelizes, mais angustiados, mais perdidos, mais frustrados. João garante-nos: só Jesus é “a luz” que liberta os homens da escravidão e das trevas e lhes oferece a vida verdadeira e definitiva. A quem dou ouvidos: às propostas de Jesus, ou às propostas da moda, do politicamente correcto, das pessoas “in” que aparecem dia a dia nas colunas sociais e que ditam o que está certo e está errado à luz dos critérios do mundo? Que significado é que Jesus e a sua proposta assumem no meu dia a dia?

• Jesus marca, realmente, a minha existência? Os valores que Ele veio propor têm peso e impacto nas minhas decisões e opções? Quando celebro o nascimento de Jesus, celebro um acontecimento do passado que deixou a sua marca na história, ou celebro o encontro com alguém que é “a luz” que ilumina a minha existência e que enche a minha vida de paz, de alegria, de liberdade?
Deus não utiliza métodos espectaculares e assombrosos para intervir na nossa história e para recriar o mundo; mas Ele vem ao encontro dos homens e do mundo para os envolver no seu amor através de pessoas concretas, com um nome e uma história, pessoas “normais” a quem Deus chama e a quem confia determinada missão. A todos nós, seus filhos, Deus confia uma missão no mundo – a missão de dar testemunho da “luz” e de tornar presente, para os nossos irmãos, a proposta libertadora de Jesus. Tenho consciência de que Deus me chama e me envia ao mundo? Como é que eu respondo ao chamamento de Deus: com disponibilidade e entrega, ou com preguiça, comodismo e instalação?

A liturgia convida-nos, neste Advento, à desinstalação, a fim de que o Senhor que vem possa nascer na nossa vida.

(http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=335)

3º Domingo do Advento


https://www.youtube.com/watch?v=rAXV6dAKRYc

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Papa Francisco: Maria nos ensina as consequências do amor


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“Aprendamos de Maria, que teve constantemente o olhar fixo no Filho e a sua face tornou-se o rosto que mais se assemelha a Cristo”

Na Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria, celebrada neste 8 de Dezembro, o Papa Francisco rezou a Oração mariana do Angelus com os fiéis na Praça de São Pedro.

Em sua breve reflexão, o Papa afirmou que “a atitude de Maria de Nazaré nos mostra que ‘o ser’ vem antes do ‘fazer’, e que é necessário deixar-se fazer por Deus para ser verdadeiramente como Ele nos quer".

"Maria é receptiva, mas não passiva. Como, a nível físico, recebe o poder do Espírito Santo, mas depois doa carne e sangue ao Filho de Deus que se forma nela, assim, no plano espiritual, acolhe a graça e corresponde a ela com a fé”.

Citando Santo Agostinho, o Papa recordou que a Virgem “concebeu antes no coração do que no ventre” e que “este mistério da acolhida da graça, que em Maria, por um privilégio único, era sem o obstáculo do pecado, é uma possibilidade para todos”.

Francisco observou, que tanto Maria como nós, fomos abençoados e escolhidos desde a criação do mundo, com uma diferença, “Maria foi preservada, enquanto nós fomos salvos graças ao Batismo e à fé”.

O Papa afirmou que “a salvação é gratuita” e “devemos dar o que recebemos”. Maria “vai partilhar o dom da fecundidade com a parente Isabel”; “a gratuidade é a consequência que se impõe diante do amor, da misericórdia, da graça divina derramada em nossos corações”.

“Porque, se tudo nos foi dado, tudo deve ser dado novamente. De que modo? Deixando que o Espírito Santo faça de nós um dom para os outros; o Espírito é dom para nós, e nós, com a força do Espírito devemos ser dom para os outros, nos tornar instrumentos de acolhida, de reconciliação e de perdão. Se a nossa existência se deixa transformar pela graça do Senhor, não poderemos reter para nós a luz que vem da sua face, mas a deixaremos passar, para que ilumine os outros”.

“Aprendamos de Maria, que teve constantemente o olhar fixo no Filho e a sua face tornou-se o rosto que mais se assemelha a Cristo”, disse o Papa Francisco.

(Com Rádio Vaticano)
sources: RÁDIO VATICANO

O que é a fé?


Final Message of CAM 4:

Conheça as características desta grande virtude cristã

A fé é luz. Deus chega ao coração do ser humano para levar luz. “Eu sou a luz, e vim ao mundo para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (João 12, 46).

A Revelação busca o homem em seu próprio ambiente, acompanha-o nas profundezas do seu interior, que muitas vezes ele sela por temor de ser vulnerável. Deus quis assumir a vida humana para fazer o homem sentir sua proximidade.

O Verbo se fez carne, sujou-se, tocou todas as situações que o ser humano vive, recordando-lhe que a natureza humana não pode prescindir de amar e confiar. Amar, de fato, significa confiar, porque a vida é um contínuo ato de fé. Um bebê, quando nasce, não pode fazer nada, a não ser confiar em seus pais.

Aquele que crê, ao aceitar o dom da fé, reveste-se de uma luz nova, é transformado em uma nova criatura, torna-se filho no Filho.

A fé, no entanto, não é um troféu ou um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida. Desde o momento em que acolhe o dom da fé, o cristão começa um caminho completamente novo, cheio de surpresas, no qual não faltam as dificuldades.

A verdadeira relação que o homem estabelece com Deus precisa de um dinamismo, de um contínuo conhecimento, de uma contínua descoberta, de um constante confiar e abandonar-se, um contínuo “êxodo”: uma aventura compartilhada na qual Deus age com o homem e no homem.

Para nutrir e reforçar esta fé, é necessário manter o coração “vulnerável” ao amor de Deus, não deixar de nutrir-se da Palavra de Deus, dos sacramentos, da oração individual e comunitária, para um crescimento que leva à santidade da vida, a um amor que não é somente vertical, mas horizontal, ou seja, capaz de abraçar toda a humanidade.

A fé é uma graça. Quando Pedro confessa que Jesus é "o Cristo, o Filho de Deus vivo”, Jesus lhe diz: “Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus” (Mateus 16,17).

A fé é um acto humano: "Não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem depositar a confiança em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas" (Catecismo da Igreja Católica, 154). Na fé, a inteligência e a vontade humanas cooperam com a graça divina.

A fé é confiável, é o mais confiável dos conhecimentos humanos, porque se baseia na Palavra de Deus, que não mente.

"Nunca haverá uma verdadeira divergência entre fé e razão: pois o próprio Deus que revela os mistérios e comunica a fé também depositou no espírito humano a luz da razão. Deus não poderia negar a si mesmo, nem o verdadeiro poderia contradizer o verdadeiro" (Concílio Vaticano I).

“A investigação metódica em todos os campos do saber, quando levada a cabo de um modo verdadeiramente científico e segundo as normas morais, nunca será realmente oposta à fé, já que as realidades profanas e as da fé têm origem no mesmo Deus” (Gaudium et spes, 36).

A fé é livre. Para ser humana, a resposta da fé do homem a Deus precisa ser voluntária: "Ninguém deve ser forçado a abraçar a fé contra a sua vontade. Porque o ato de fé é voluntário por sua própria natureza" (Dignitatis humanae, 10).

A fé é início da vida eterna. Ela nos permite saborear antecipadamente a alegria e a luz da visão beatífica, final do nosso peregrinar. Então veremos Deus "face a face" (1 Coríntios 13, 12), "tal como Ele é" (1 João 3, 2).

sources: CREDERE

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Ser cristão

Olhar o presépio com os olhos do coração




Olhar o presépio com os olhos do coração.


Sejamos como Maria: na contemplação, um olhar de ternura ao Menino Jesus e um coração capaz de acolher as surpresas de Deus.

Sejamos como José: no silêncio, a não-compreensão dos fatos, mas a plena aceitação do mistério de Deus.

Sejamos como os anjos: na alegria, o canto de glória por todos o céu e por toda a terra. "eis que anuncio a vocês uma grande alegria: um menino nasceu, um Filho nos foi dado" (Lc 2,10).

Sejamos como os pastores: na simplicidade, os passos apressados... apressados porque na direcção Daquele que era o prometido, a esperança dos pobres e pequenos.

Sejamos como o boi e o burro: na generosidade, o cumprimento da própria missão. Nada melhor do que fazer bem o próprio papel, em tempo e lugar. Estar a serviço... o mundo precisa do que somos mais do que aquilo que temos ou fazemos.

Sejamos como a estrela: um percurso feito na calada da noite, de modo brilhante e convincente. Anunciar... a notícia se faz grande, percorre quilómetros e aponta a direcção.

Sejamos como os Reis Magos: na esperança, o acreditar! Caminhar seguindo a estrela, acreditar seguindo o coração.

Sejamos, enfim, como Jesus: humilde, pequeno, pobre e simples. Na comunhão com o Infinito, com o Criador, um sim à vida. Eis-me aqui... vim para fazer a tua vontade.

Feliz natal!


Padre Antônio Geraldo Dalla Costa

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Papa Francisco: nenhum de nós pode comprar a salvação

The arrival of Pope Francis at the European Parliament in Strasbourg 09

"Diante do amor, diante da misericórdia, da graça divina derramada nos nossos corações, a consequência que se impõe é uma só: a gratuidade. Nenhum de nós pode comprar a salvação! A salvação é um dom gratuito do Senhor, um dom gratuito de Deus que vem em nós e mora em nós. Como recebemos gratuitamente, assim gratuitamente somos chamados a dar (cfr Mt 10, 8); a exemplo de Maria que, logo depois de ter acolhido o anúncio do Anjo, vai partilhar o dom da fecundidade com a parente Isabel. Porque, se tudo nos foi doado, tudo deve ser dado de volta."

Como reconhecer um cristão?


Women helping a homeless, immigrant.

Um teste muito simples que ajuda a identificar se você é um cristão de verdade

Será que somos como “extraterrestres” neste mundo? Provavelmente.

No começo da era cristã, quando ainda éramos poucos, as pessoas sabiam nos reconhecer. Podiam fazer isso com muita facilidade.

Éramos como uma tocha que ia iluminando a escuridão, um mar de esperança no qual muitos queriam navegar. Bastava ver-nos para saber que seguíamos Jesus. Tínhamos um selo distintivo: o amor.

Penso nisso com muita frequência, bem como nestas palavras de Jesus: “Digo-vos a vós que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra. E ao que te tirar a capa, não impeças de levar também a túnica. Dá a todo o que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho reclames” (Lucas 6, 27-30)

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Li recentemente a vida de um santo sacerdote que foi assaltado enquanto ele cruzava um bosque: “Dê-nos tudo o que você tem”. E o santo esvaziou os bolsos. Quando foram embora, o santo os chamou: “Esperem! Achei outra moeda e não quero mentir”. Comovidos com este gesto, os ladrões se ajoelharam na frente do padre, pedindo-lhe perdão. Devolveram-lhe tudo e lhe prometeram mudar de vida.

Lembro-me de um amigo que disse, certa vez: “No meu coração existe um selo. Neste selo está escrito ‘Jesus’”. De fato, este é o distintivo que deve identificar cada cristão. Ter Jesus no coração e na alma. Atrever-nos a ser diferentes por Jesus. Fazer as coisas por Jesus.

Passei a manhã pensando nisso: “Se Jesus voltasse hoje, como reconheceria os cristãos? O que nos diferencia?”.

Fui a uma missa na qual o padre falou disso (adoro essas coincidências divinas). Duas coisas me impressionaram do que ele disse: “Até no jeito de caminhar se deve reconhecer um cristão” e “o cristão sempre está à escuta de Deus”.

Durante a comunhão, o coral cantou: “Se eu não tiver amor, nada sou”. Ao chegar em casa, procurei a Carta de São Paulo aos Coríntios.

Fiz um pequeno teste, que você pode fazer também: troquei a palavra “amor” pela palavra “cristão”. E, então, li:

“O cristão é paciente, o cristão é bondoso. Não tem inveja. O cristão não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.”

Foi aí que entendi o que nos diferencia: o amor.

Aprendi, ao longo da minha vida, que tudo o que fazemos por Jesus vale a pena. É verdade: Jesus fica encantado com cada detalhe que você faz por Ele. Quando você pensa nele e o tem presente em sua vida, Ele fica muito feliz.

A Mare Teresa de Calcutá tinha o segredo que faltava na minha busca: “Por que vocês fazem estas coisas?” perguntaram-lhe. E ela respondeu: “Nós fazemos isso por Jesus”.

Faça a mesma coisa. Você não vai se arrepender. E quando alguém lhe perguntar, você poderá responder do mesmo jeito: “Faço isso por Jesus”.
Claudio de Castro ( aleteia. org)

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Consagração a Nª Senhora

Seu presépio nunca mais será o mesmo


pesebre


Qual é o sentido da família hoje? A resposta está no presépio e no que ele representa para cada um de nós


O que o presépio tem de especial? Ele não é apenas uma representação artesanal do lugar em que Jesus nasceu? O que nos leva a buscar, todos os anos, formas criativas de recriar essa cena?

O presépio é a actualização do que significa uma família contemporânea. Daí sua importância tão grande.

Obviamente, esta actualização não tem nada a ver com a presença de animais ao redor da cama do parto, mas sim com a manifestação do amor de Deus em todas as condições extremas da vida humana.

O que o presépio representa, os sentimentos que desperta, as pessoas que reúne e a bondade que gera não ficam limitados à emoção do pensar que no que foi aquela noite em que, sob as condições mais adversas, o Rei do mundo, o dono de tudo, nasceu como alguém que não tem nada.

O presépio é um sinal no qual Deus manifesta seu amor por todos.

Esta tradição católica, de origem medieval, nos recorda o sentido da família e do amor na adversidade. Nela, o amor se vê ameaçado pela pobreza, as condições insalubres atentam contra a vida, o desprezo dos outros se torna uma afronta contra toda dignidade humana; mas é aí que Deus se faz presente para dizer-nos: “Mesmo que seu pai e sua mãe o abandonem, eu nunca o abandonarei” (cf. Isaías 49).

A conservação desta bela tradição, muito acima de qualquer outra que possa ter sido imposta a nós por culturas não cristãs ou pelo próprio comércio, precisa ser guardada com zelo no interior de cada lar que quer viver a experiência da misericórdia de Deus.

Em um mundo no qual a comodidade e o prazer estão acima de qualquer outro bem, é necessário recordar uma família assim, que se torna invejável, não pelas condições de um nascimento estranho, em circunstâncias estranhas, mas pelo amor divino e humano que se respira no ambiente.

Um pai sem nada, mas com uma grande esperança, e uma mulher com um “sim” irrevogável à vontade de Deus: juntos, enfrentam a dureza das condições de vida, mas entendem perfeitamente que o Criador nunca os abandonará.

Eles não têm nada, tudo é emprestado; só lhes resta o calor dos seus próprios corpos, que os acompanha, mas isso os torna poderosos; não como os poderosos do mundo, mas como os que descobriram que a maior riqueza e poder é um coração que sabe amar.

O coração de José e Maria sabe que o dinheiro sozinho constrói um poder instável e um afeto tão fugaz como o brilho que o ouro reflecte diante da luz do sol.

Montar um presépio em casa nos permite aterrissar nossa própria família, cultivar o amor verdadeiro e lutar para que nem a abundância nem a escassez, nem a alegria nem a dor possam opacar a felicidade de um lar no qual Deus é soberano em tudo.

O presépio de Belém não é a lembrança de um acontecimento distante na história, mas sim a representação do nosso próprio lar, pois é aí que o Salvador se manifesta; é nele que, com seu pranto infantil, rompe com o barulho das nossas falsas alegrias; é ele que Jesus nos ajuda a compreender que não existe Natal sem o Salvador, nem família que sobrevive sem Cristo.

Este cenário simbólico é uma escola de perdão, de amor, de esperança, de um “voltemos a começar a cada dia”, porque a vida nova sempre traz esperanças consigo.

Mas esse presépio também nos remete a outras famílias: as desabrigadas, que dormem em barracas improvisadas, doadas por organizações que ajudam os que fogem da violência, os que passam fome, os que só vencerão se, em meio à sua pobreza, souberem conservar o amor.

Dela não podem se desentender nem os soberanos (reis magos) nem os humildes (pastores); nem os que odeiam a vida nascente (Herodes) nem os que a guardam sob suas asas (anjos); ela está no centro da sociedade e de todas as culturas da terra, e quem quiser sobreviver no meio de um mundo que disputa cada vez mais pela comodidade de viver só de prazeres, precisa se refugiar na fortaleza do seu amor.

Temos uma dívida com nossos antepassados, com nossa família, com nossa fé. Que em nenhuma família católica falte esse pequeno cenário, que nos faz pensar no perdão e no amor.

E você, já montou o seu presépio?
       
 ( aleteia.org)