17-10-2015 – Cidade do Vaticano, Roma

Acabamos a segunda semana em que o Sínodo decorreu com toda a responsabilidade e seriedade. Não o Sínodo de que alguma comunicação social fala, insinuando gigantescas e insuperáveis divisões entre os participantes. Esse, de facto, não é este Sínodo. Aqui decorre o Sínodo que foi convocado pelo Santo Padre e no qual a Igreja inteira teve a possibilidade de participar. A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo é a temática do Sínodo. Seria muito mal se não houvesse diferenças e divergências. As culturas são diferentes e diferentes são as experiências de vida de cada continente, de cada país e até de cada Igreja Diocesana. Diferentes são também, as áreas do saber e a sensibilidade dos participantes. E mesmo que os fusíveis pudessem, de quando em vez, aquecer um pouco mais, não seria tendo em visto o receio de perder ou a vontade de ganhar. Tudo é colocado em cima da mesa com a única intenção de buscar a verdade e defender o primeiro e mais precioso património da humanidade: a família.
Segunda e terça-feira, voltamos ao trabalho de Grupos, de manhã e de tarde, de forma responsável e serena. Quarta, quinta e sexta, tiveram lugar mais cinco Congregações gerais, onde continuaram as intervenções dos Padres Sinodais. Todos terão a palavra, pelo menos uma vez, nessas reuniões plenárias presididas pelo Santo Padre. A principal participação decorre nos Grupos linguísticos.
No início das Congregações Gerais de quarta-feira, teve lugar a Oração e reflexão feita por Dom Luís Gerardo Cabrera Herrera, do Equador, e foi Moderador dos trabalhos deste dia, o Cardeal André Vingt-Trois, de França. Seguiu-se a leitura das reflexões de cada Grupo linguístico, pelos respetivos Relatores. Logo depois, continuaram as exposições pessoais, tendo usado da palavra, de manhã e de tarde, vários Padres Sinodais dos seguintes países: Cidade do Vaticano, Itália, Espanha, Camarões, Eritreia, Burkina Faso, Indonésia, Tanzânia, São Salvador, Vietnam, Austrália, Brasil, Equador, Laos, Panamá, Canadá, México, Colômbia, Índia, República Democrática do Congo, Serra Leoa, Bangladesh, Estados Unidos, Coreia, Costa Rica, Ilha Maurícia, Alemanha, França, Chade, Hungria, Grã-Bretanha, Grécia e Irão.
Na quinta-feira, dia 15, a Oração presidida pelo Santo Padre, teve a reflexão feita por Dom Renatus Leonard Nkwande, da Tanzânia, e foi Moderador dos trabalhos das duas Congregações Gerais deste dia o Cardeal Luís Antonio G. Tagle, das Filipinas.
Seguiram-se as intervenções dos Padres Sinodais: Austrália, Síria, Malásia, Índia, Eslováquia, Equador, Roménia, Bolívia, Brasil, Cidade do Vaticano, Mali, Paraguai, Porto Rico, Portugal, Itália, Hungria, Argélia, Colômbia, Zâmbia, Tailândia, Filipinas, Tonga, Grécia, África do Sul, República Checa, Uruguai, China, Alemanha, Grã-Bretanha, Israel, Haiti, Etiópia, Sri Lanca, Guiné Conacri, Lituânia, Bénin, República Democrática do Congo, Ilhas Fiji, Turquia, Espanha, Quénia, Guiana, Áustria, Bélgica, Zimbabué, Iraque, Letónia, Honduras, Canadá e Venezuela. Também usaram da palavra três casais auditores, sendo um das Filipinas, outro dos Estados Unidos e outro da Itália mas missionário na Holanda.
Na sexta-feira dia 16, a Oração presida pelo Santo Padre, teve uma reflexão feita por Dom Yves-Marie Péan, do Haiti, e foi Moderador dos trabalhos o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, do Brasil. Este foi o dia da intervenção dos Delegados Fraternos, tendo usado da palavra representantes de: Conselho Ecuménico da Igreja (Brasil), Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria (Egito), Patriarcado Ecuménico da Igreja Ortodoxa (Estónia), Patriarcado da Sérvia (Áustria), Igreja Ortodoxa da Roménia (França), Federação Luterana Mundial (África do Sul), Conselho Metodista Mundial (Roma), Comunhão Anglicana (Grã-Bretanha), Igreja Cristã- Discípulos de Cristo (Estados Unidos), Patriarcado Sírio Ortodoxo de Antioquia e todo o Oriente (Líbano), Secretariado Geral da Aliança Mundial da Igreja Baptista (Estados Unidos), Comissão Teológica da Aliança Evangélica Mundial (Alemanha).
Seguiram-se as intervenções dos Auditores e Auditoras, tendo usado da palavra casais e pessoas de: Iraque, Colômbia, Alemanha, Costa Rica, Argentina, Austrália, Canadá, Roménia, Índia, Camarões, Nigéria, Perú, Espanha, Brasil, Polónia, Emiratos Árabes, Estados Unidos, Coreia, Malta, Itália, Líbano, Egito, Ruanda e França.
De tarde, continuaram os trabalho de Grupos
Hoje, sábado, dia 17, teve lugar, na Aula Paulo VI da Cidade do Vaticano, uma Sessão Solene, presidida pelo Santo Padre, para comemorar os 50 anos da instituição permanente do Sínodo dos Bispos, por Paulo VI, em resposta ao desejo dos Padres do Concílio Vaticano II de manter vivo o espírito da experiência conciliar. Teve sete intervenções, um Coro Infantil de qualidade a dar mais encanto à celebração e um discurso importantíssimo do Santo Padre sobre a sinodalidade da Igreja.
Amanhã, Domingo, dia 18, terá lugar a canonização de 4 Santos, sendo dois, os pais de Santa Terezinha do Menino Jesus, Doutora da Igreja e Padroeira das Missões: Luís Martin e Maria Zélia Guérin. Casados em 1858, tiveram nove filhos, dos quais cinco seguiram a vida religiosa.
São o primeiro casal, não mártir, na história da Igreja a ser elevado à honra dos altares na mesma cerimónia.

Dom Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco