O Papa Francisco explicou que a santidade não se compra, não se ganha com as próprias forças, mas que é “simples, de todos os cristãos”, é “nossa, de todos os dias”.
Na missa que celebrou na Casa Santa Marta, no dia 24 de maio, o Pontífice dedicou a homilia a este assunto e explicou que é um caminho que pode ser percorrido somente se sustentado por 4 elementos imprescindíveis: a coragem, a esperança, a graça e a conversão.
Francisco comentou a leitura do dia, extraída da Primeira Carta de Pedro, definindo-a como um “pequeno tratado sobre a santidade”, que é “caminhar de modo irrepreensível diante de Deus”.
Coragem
“Este ‘caminhar’, a santidade é um caminho, a santidade não se compra e nem se vende. Nem se pode presentear. A santidade é um caminho na presença de Deus, que eu devo fazer: ninguém o faz em meu nome”, disse.
“Posso rezar para que o outro seja santo, mas é ele que deve fazer o caminho, não eu. Caminhar na presença de Deus, de modo irrepreensível. Usarei hoje algumas palavras que nos ensinam como é a santidade de todo dia, a santidade – digamos – anónima. Primeira: coragem. O caminho rumo à santidade requer coragem”, explicou.
Esperança
Sobre isto, manifestou que “o Reino dos Céus de Jesus” é para aqueles “que têm a coragem de ir avante” e ao mesmo tempo é movido pela “esperança”.
Graça
“A santidade não podemos fazê-la sozinhos. Não, é uma graça. Ser bom, ser santo, avançar a cada dia um passo na vida cristã é uma graça de Deus e devemos pedi-la”.
“Coragem, um caminho. Um caminho que se deve fazer com coragem, com a esperança e com a disponibilidade de receber esta graça. E a esperança: a esperança do caminho”, expressou Francisco.
Conversão
O Papa falou também da importância de mudar o coração: “a conversão, todos os dias: ‘Ah, Padre, para me converter devo fazer penitência, me dar umas pauladas…’. Não, não, não: conversões pequenas. Mas se você for capaz de não falar mal do outro, está no bom caminho para se tornar santo”.
“É tão simples!”, disse antes de concluir. “Eu sei que vocês nunca falam mal dos outros, não? Pequenas coisas… Tenho vontade de criticar o vizinho, meu colega de trabalho: morder um pouco a língua. Vai ficar um pouco inchada, mas o espírito de vocês será mais santo nesta estrada”.
Portanto, “o caminho da santidade é simples. Não voltar para trás, mas ir sempre avante, não? E com força”, finalizou.
[©Acidigital]
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