quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Como se preparar para um dia muito difícil


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As armas mais poderosas para se defender contra inimigos e situações complicadas: a oração e a confiança em Deus



Vou compartilhar convosco o testemunho real de Linda*. Ela é uma profissional que trabalha em um ambiente estressante, onde sobram intrigas que nascem de interesses políticos e económicos (e em que lugar não?).

Embora ela reze regularmente, depois de ter aprendido a fazê-lo em uma Oficina de Oração e Vida, ela me contou que, um domingo em particular, não podia desfrutar nem ter paz porque em seu interior havia medo.

Isto aconteceu porque no dia seguinte seria realizada uma reunião importante em que seria discutido um tema que poderia comprometer o futuro da sua empresa e, consequentemente, sua fonte de renda e desempenho profissional.

Ela colocou seu esforço e dedicação em fazer um bom trabalho, então sua consciência estava tranquila; também confiava que seu chefe estava pronto para sair vitorioso, mas não conseguia parar de pensar que havia maldade em algumas pessoas, que buscavam desacreditá-lo, que convocaram essa reunião para semear dúvida, prejudicá-lo e tomar-lhe o poder de decisão sobre algumas questões.

Linda confiava em Deus, mas admitiu que esse dia sentiu medo e insegurança, porque as decisões escaparam de suas mãos.

Aparentemente não podia fazer nada mais além de esperar o resultado, porque havia feito tudo o que lhe correspondia; mas em seu coração sabia que faltava algo, sabia que podia fazer uso das armas mais poderosas para se defender diante dos inimigos: a oração e a confiança em Deus.

Linda seguiu estes passos para orar e se preparar. Você também pode aplicar antecipando um dia difícil ou estressante que terá, não só no trabalho, mas em todas as áreas.

Acalme seu corpo e alma

Frei Ignacio Larrañaga, fundador das Oficinas de Oração e Vida, nos ensinou técnicas para atingir o “silenciamento”, disse Linda, “porque Deus está dentro de cada um, mas para ouvi-lo é necessário silenciar todos os outros ruídos (internos e externos)”. Ela nos diz que antes de iniciar a oração, é necessário relaxar o corpo, limpar a mente, não pensar em nada. Devemos esvaziar a nós mesmos para sermos preenchidos d’Ele.

Invoque o Espírito Santo

Devemos pedir ao Espírito Santo seus dons e frutos para poder recebê-los, e nesta ocasião especial ela lhe pediu sua paz e força para aceitar a sua vontade neste assunto; também o invocou no início da oração que a permitiu encontrar a Palavra e a oração que Ele queria inspirá-la.

Ouça o Senhor através da Sua Palavra

E Linda continuou explicando: “Porque Frei Ignacio também dizia que Ele nos fala e nos ensina através da Sua Palavra. Quando observa a paz e algo muda em você, então você sabe que Deus está com você. Sinal claro da presença de Deus é a paz que há em você… Portanto, é significativo para mim que esse domingo encontrei e meditei esta leitura, Efésios 6,10-18:

“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”.

Meditando essa leitura, entendi que Deus queria que tirasse energia e força d’Ele mesmo, que buscasse sua paz e que Ele se encarregaria da verdade e da justiça; pediu também para confiar e orar, por mim, por meus colegas de trabalho e por aqueles que aparentemente eram meus inimigos, porque eu queria lembrar que eles também são meus irmãos.

Peça perdão e perdoe

Por isso foi possível perdoar meus supostos inimigos através do espírito de Jesus naquele momento, porque me lembrei que embora suas ações me afetem, também são meus irmãos e são amados pelo Pai na mesma medida em que me ama. Mas eu também pedi perdão ao Senhor, porque eu também peco, cometo erros e poderia ser o caso que eu estava apenas interpretando mal e julgando. Sei que não devo fazê-lo”, disse Linda.

Ore com confiança

Senti que o Espírito me conduziu à oração A Graça de Dialogar (autor: Frei Ignacio Larrañaga, livro Encontro: manual de oração) para pedir que tivéssemos sucesso, que prevalecesse o diálogo e que os anjos da guarda de todos os presentes na reunião facilitassem a paz. A oração diz:

Senhor Deus, Te louvamos e Te glorificamos pela beleza desse dom que se chama Diálogo. É um filho predileto de Deus porque é como aquela corrente alternada que ferve incessantemente no seio da Santíssima Trindade.

O diálogo solta os nós, dissipa as suspeitas, abre as portas, soluciona os conflitos, engrandece a pessoa, é vínculo de unidade e mãe da fraternidade.

Cristo Jesus, núcleo da comunidade evangélica; faze-nos compreender que nossas desinteligências são quase sempre devidas à falta de diálogo. Faze-nos compreender que o diálogo não é uma discussão nem um debate de ideias, mas uma busca da verdade entre duas ou mais pessoas. Faze-nos compreender que temos necessidade uns dos outros e nos completamos porque temos para dar e precisamos receber, já que eu posso ver o que os outros não veem e eles podem ver o que eu não vejo.

Senhor Jesus, quando aparecer a tensão, dá-me a humildade para não querer impor minha verdade atacando a verdade do irmão; de saber calar no momento oportuno; de saber esperar que o outro acabe de expressar toda sua verdade.

Dá-me a sabedoria para compreender que nenhum ser humano é capaz de captar inteiramente a verdade toda e que não existe erro ou desatino que não tenha alguma parte de verdade.

Dá-me a sensatez para reconhecer que também eu posso estar equivocado em algum aspecto da verdade e para deixar-me enriquecer com a verdade do outro.

Dá-me, enfim, a generosidade para pensar que também o outro busca honestamente a verdade, e para olhar sem preconceitos e com benevolência as opiniões alheias.

Senhor Jesus, dá-nos a graça de dialogar. Assim seja.

Interceda por seus irmãos e seus inimigos

E continuou Linda: “Eu orei por força e saúde para meu chefe, para o bem em nossos negócios, pela sua família, a dos meus colegas e a minha, pelo meu país, os doentes, os mais necessitados e os conflitos que nos afetam. Orei também pelos meus aparentes inimigos, porque muitas vezes eu achava que nos opondo, porque não nos entendemos, não sabemos apreciar e aprender com nossas diferenças e não podemos nos comunicar, mas no fundo todos queremos a mesma coisa, e isso foi o que pedi para eles: que sintam o amor de Deus e também recebam saúde, bênçãos em seus negócios e suas famílias e que o trabalho em conjunto possa prosperar. Nesse momento pude sentir que somos todos parte de uma mesma economia, nação, cidade, Igreja e rebanho”.

Coloque os seus problemas nas mãos de Deus

Aqui termina o que eu posso fazer e deixo todos os meus assuntos em tuas mãos, porque somente Tu és onipotente, somente Tu podes fazer possível o impossível. Faça o que seja Tua vontade.

Restaure a sua confiança em Deus

“Eu sei que me amas infinitamente, com amor de um Pai que quer o melhor para mim e se você permitir que sejamos bem-sucedidos será para o nosso bem, mas se Tu permites não alcancemos o que queremos, confio que é sua vontade também para o nosso bem, mesmo que machuque ou agora não vemos o porquê. Concordo com paz tua vontade, eu confio em Vós”, assim Linda terminou a sua oração.

Agradeça e encha-se com sua força e Espírito

Como Linda havia terminado sua oração, se dispôs a compartilhar sua alegria ajudando os outros e sua família; na missa participou com maior fervor dos sacramentos e à noite ofereceu um rosário. Ela dormiu muito bem.

Ela recebeu tamanha força desta oração, que na segunda-feira seguinte, Linda disse que estava preparada e tranquila, porque qualquer resultado que acontecesse e que Deus permitisse, ela estava preparada a aceitar com paz. Sentiu tanta energia que acordou sozinha às 4h, duas horas mais cedo do que o habitual.

Compartilhe esta força com os seus irmãos

Portanto, naquele dia, ela chegou cedo ao seu trabalho, confiante e alegre para iniciar suas atividades. Pouco depois chegou seu chefe chegou e ela sentiu a inspiração para compartilhar a Palavra e a oração.

Embora ele estivesse muito triste, se atreveu a dizer-lhe. Ele aceitou, pela graça de Deus, e dedicaram alguns minutos para rezar antes que ele fosse para a reunião.

E qual foi o resultado? Linda está feliz em compartilhar, dando glória a Deus, que na reunião os aparentes inimigos se mostraram moderados em seus comentários, houve diálogo, os assuntos se resolveram favoravelmente, o trabalho realizado até àquela data foi reconhecido, e a empresa do chefe de Linda, ao longo de vários dias depois, recebeu mais trabalho e responsabilidades que garantiram mais um ano de receitas e bons frutos.

Linda envia bênçãos a todos através deste testemunho e diz-lhes:

Você também… “Experimente e veja que o Senhor é bom! (eu) Louvarei ao Senhor em todo o tempo; o seu louvor estará continuamente na minha boca. A minha alma se gloriará no Senhor; os mansos o ouvirão e se alegrarão. Engrandecei ao Senhor comigo; e juntos exaltemos o seu nome. Busquei ao Senhor, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores” (Sl 34 (33)).

(*) O nome foi alterado para manter o anonimato.

Para conhecer mais sobre a espiritualidade das Oficinas de oração e Vida, do Frei Ignacio Larrañaga OFM (movimento laical católico aprovado pela Santa Sé), consulte a página http://www.tovpil.org

Por Patricia Rocha

Artigo originalmente publicado pela pildorasdefe.net

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Martírio de S. João Baptista



Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.”(Mt 11,11-14)

O «maior nascido de mulher» morreu mártir por ter censurado a Herodes Agripa pela sua conduta desonesta e imoral. Foi vítima da fé e da missão que exerceu. A sua degolação aconteceu na fortaleza de Maqueronte, junto ao Mar Morto, lugar de férias de Herodes. O sangue de João Baptista sela o seu testemunho em favor de Jesus: com a sua morte, completou a missão de precursor. A Igreja celebra hoje o seu nascimento para o céu, talvez por, nesta data, foi dedicada em sua honra uma antiga basílica, erguida em Sebaste, na Samaria.

Fazer silêncio e escutar

domingo, 28 de agosto de 2016

S. Agostinho, Bispo e Doutor da Igreja


https://www.youtube.com/watch?v=fO6kRgjIkFU

Cena do filme Agostine que retrata a conversão de santo Agostinho. Trilha sonora da comunidade Shalom.
 
Santo Agostinho nasceu em Tagaste, na atual Argélia, no ano 354. A sua mãe, Santa Mónica, educou-o cristãmente. As suas qualidades intelectuais depressa se revelaram, apontando para um futuro brilhante como mestre de retórica. Apesar de tudo, enveredou por uma vida dissoluta. Mas não se apagou nele a sede nem a ânsia da verdade. Leu o Hortêncio, de Cícero, e a Sagrada Escritura. Não se entusiasmou e acabou por aderir ao racionalismo e ao materialismo dos Maniqueus. Rumando à Itália, conheceu o bispo Santo Ambrósio de Milão. Reviu as suas posições acerca da Igreja Católica, voltou a ler a Bíblia e abriu-se definitivamente à luz e à riqueza de Cristo. Batizado em 387, regressou a África e fundou a sua primeira comunidade monástica em Tagaste, organizando-a segundo o modelo das comunidades de que nos falam os Atos dos Apóstolos. Em 391 foi ordenado sacerdote pelo bispo Valério, a quem sucedeu no governo da diocese de Hipona, no ano 395. Transferiu a sua comunidade para a casa episcopal, e dedicou-se ao ministério da Palavra e à defesa da fé. Escreveu mais de duzentos livros, e quase um milhar de sermões e cartas. Morreu a 28 de Agosto de 430. S. Agostinho é um dos padroeiros da Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, Dehonianos.


Ajudar os doentes

Humildade: caminho para Deus!


https://www.youtube.com/watch?v=ebQG8VN7Y3Q

Humildade: caminho para Deus!
A humildade é o único modo de uma pessoa ser grande aos olhos de Deus!
O grau de nossa grandeza depende do grau de nossa humildade.
“Quem se humilha será exaltado!”
Por nós mesmos, nada somos.
O que somos e o que temos recebemos gratuitamente de Deus!

sábado, 27 de agosto de 2016

Primeiros lugares


https://www.youtube.com/watch?v=ukEgM1f-41A

A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre alguns valores que acompanham o desafio do “Reino”: a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado.
O Evangelho coloca-nos no ambiente de um banquete em casa de um fariseu. O enquadramento é o pretexto para Jesus falar do “banquete do Reino”. A todos os que quiserem participar desse “banquete”, Ele recomenda a humildade; ao mesmo tempo, denuncia a atitude daqueles que conduzem as suas vidas numa lógica de ambição, de luta pelo poder e pelo reconhecimento, de superioridade em relação aos outros… Jesus sugere, também, que para o “banquete do Reino” todos os homens são convidados; e que a gratuidade e o amor desinteressado devem caracterizar as relações estabelecidas entre todos os participantes do “banquete”.
Na primeira leitura, um sábio dos inícios do séc. II a.C. aconselha a humildade como caminho para ser agradável a Deus e aos homens, para ter êxito e ser feliz. É a reiteração da mensagem fundamental que a Palavra de Deus hoje nos apresenta.
A segunda leitura convida os crentes instalados numa fé cómoda e sem grandes exigências, a redescobrir a novidade e a exigência do cristianismo; insiste em que o encontro com Deus é uma experiência de comunhão, de proximidade, de amor, de intimidade, que dá sentido à caminhada do cristão. Aparentemente, esta questão não tem muito a ver com o tema principal da liturgia deste domingo; no entanto, podemos ligar a reflexão desta leitura com o tema central da liturgia de hoje – a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado – através do tema da exigência: a vida cristã – essa vida que brota do encontro com o amor de Deus – é uma vida que exige de nós determinados valores e atitudes, entre os quais avultam a humildade, a simplicidade, o amor que se faz dom.

É preciso que os dons que possuímos não nos subam à cabeça, não nos levem a poses ridículas de orgulho, de superioridade, de desprezo pelos nossos irmãos. É preciso reconhecer, com simplicidade, que tudo o que somos e temos é um dom de Deus e que as nossas qualidades não dependem dos nossos méritos, mas do amor de Deus.

extractos de http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_

A vitória do Senhor

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ser cristão não serve para nada?





Há uma semana escrevi um texto sobre a ida de Marcelo Rebelo de Sousa à Madeira onde disse duas coisas que irritaram uma impressionante quantidade de leitores e de amigos. A primeira coisa foi ter elogiado o comportamento do presidente da República relacionando-o com o facto de ele ser cristão. Ou seja, atrevi-me a considerar que Marcelo demonstrara no Funchal uma capacidade e um talento para consolar quem sofria que tinha uma ligação com a fé que professava. A segunda coisa foi ter dito que a empatia se encontrava retratada nos Evangelhos como em mais lado nenhum.

Inúmeros leitores agnósticos e ateus ficaram ofendidos com as minhas palavras. Essa ofensa tem um duplo efeito sobre mim: chateia-me e entristece-me, porque me parece pura e simplesmente absurda. Vamos por partes. Em primeiro lugar, a questão dos Evangelhos. Eu não conheço todos os livros sapienciais do planeta, mas dentro daquilo que é a literatura ocidental ou a tradição dos monoteísmos não estou a ver que outro livro trate o amor ao próximo e a empatia de forma mais radical do que os Evangelhos. Isto só é uma opinião original para quem nunca leu a Bíblia. Não percebo porque é que um ateu não pode ler os Evangelhos com a mesma abertura intelectual com que lê Hamlet. Eu preciso de provar a existência do crânio de Yorick para apreciar as palavras de Shakespeare? Então para quê viver obcecado com a adesão à realidade dos conteúdos da Bíblia? Esqueça-se a existência de Deus e aprecie-se a literatura. Não é preciso acreditar na ressurreição para admitir que a empatia se encontra retratada nos Evangelhos como em nenhum outro lugar.

O segundo ponto, relacionado com a ligação que estabeleci entre o talento para consolar os que sofrem e a adesão ao cristianismo pode ser menos intuitiva, mas é fácil de compreender. Mais uma vez, não é necessário ter fé – basta achar que a fé serve para alguma coisa. Infelizmente, existe uma costela jacobina muito desenvolvida que não só recusa a fé, como recusa que ela possa ter qualquer efeito sobre os seus crentes. Enfim: nem sempre. Peguemos no fundamentalismo islâmico. Qualquer pessoa, crente ou ateia, está disposta a admitir que jovens muçulmanos são radicalizados pela acção de imãs extremistas, contra os quais há leis de expulsão. Nesse caso, admite-se que a religião serve para criar radicais capazes de sacrificarem a vida para matar os outros. Aquilo que já não se admite é que a religião possa criar radicais capazes de sacrificarem a vida para salvar os outros.

Isto não significa que um cristão seja moralmente superior a um ateu, ou que tenha de ser melhor do que ele a acudir aos mais fracos. Significa apenas que quando um cristão tem a vocação e o empenho necessários, os Evangelhos são um excelente instrumento para treinar a nobre arte do consolo. Quando dei o exemplo de Marcelo, não disse que ele era melhor pessoa do que um ateu, até porque nesse mesmo texto o apelidei de imprudente, impulsivo e infantil. O que disse, e mantenho, é que o talento natural de Marcelo no contacto com os outros, em conjunto com a sua formação cristã, o torna muito bom a consolar os que sofrem. Não é possível passarmos milhares e milhares de horas da nossa vida a estudar um assunto e isso não ter qualquer efeito em nós. Não me parece que se trate de uma questão de fé, mas de lógica – até porque tanto pode dar para o bem, como para o mal. Mas se nós aceitamos o fanático, por que não podemos aceitar o santo?

[JOÃO MIGUEL TAVARES | @Público]

Acreditar

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Papa: Confissão é onde mais «resplandece» o «rosto misericordioso» de Deus



De Ecclesia

O Papa enviou u ma mensagem aos participantes na 67.ª semana litúrgica nacional italiana, que começou hoje em Gubbio, na Província de Perugia, destacando os sacramentos como símbolos do “grande dom da divina misericórdia”.

Na sua missiva, publicada pela Rádio Vaticano, Francisco realça a importância dos cristãos “amadurecerem a compreensão da liturgia”, enquanto “princípio e fim” da sua vida em Igreja, sublinhando a confissão como o sacramento em que mais “resplandece” o “rosto misericordioso” de Deus.

A benevolência de Deus “renova as pessoas e torna-as capazes de oferecer aos outros a experiência viva do mesmo dom. Partindo da consciência de que somos perdoados para perdoar, somos testemunhas da misericórdia em qualquer ambiente”, frisa o Papa argentino.

“Este é o desafio ao qual todos somos chamados, especialmente diante do rancor que as pessoas se fecham, aquelas que têm necessidade de reencontrar a alegria da serenidade interior e o gosto pela Paz”, acrescenta Francisco.

Subordinado ao tema “Liturgia como lugar da misericórdia”, a semana nacional litúrgica italiana e stá a decorrer em Gubbio (cerca de 200 quilómetros a norte de Roma) por ocasião dos 1600 anos da Carta de Papa Inocêncio I a Decenzio, bispo de Gubbio.

É também marcada pelo Jubileu da Misericórdia, que a Igreja Católica tem vindo a celebrar em todas as dioceses do mundo.

De acordo com o Papa, “toda a liturgia” deve ser entendida como “lugar de misericórdia encontrada e acolhida, para ser doada”.

“As celebrações específicas dos sacramentos apontam para o único grande dom da divina misericórdia, segundo as diversas circunstâncias da vida”, realça Francisco, regressando ao sacramento para confissão para o classificar como a “expressão de uma Igreja em saída.

“Como porta não apenas para reentrar depois de se estar distante, mas como passagem para as várias periferias da humanidade, sempre mais necessitadas de compaixão”, conclui.

JCP

CF Atualidades
De Agência Ecclesia
Li nk http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/papa-confissao-e-onde-mais-resplandece-o-rosto-misericordioso-de-deus/

Leitura do evangelho

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Celebração de N Senhora Rainha 22 de agosto


https://www.youtube.com/watch?v=krelboekUwM


A festa litúrgica de “A Virgem Santa Maria, Rainha”, ou da realeza de Maria, foi auspiciada por alguns congressos marianos a partir do ano de 1900. Em 1925, Pio XI instituiu a festa de Cristo Rei. Em 1954, na conclusão do centenário da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, Pio XII anunciou esta festa para o dia 31 de Maio. Na reforma do calendário, promovida pelo Vaticano II, a festa foi fixada na oitava da Assunção de Nossa Senhora, a 22 de Agosto, para manifestar a conexão que existe entre a realeza de Maria e a sua Assunção ao céu.

Maria estava no interior de sua casa, na cidade de Nazaré, na Galileia. O anjo Gabriel lhe apareceu e lhe dirigiu a saudação:
“Ave!”, “salve!”, “alegre-se!”
A expressão “o Senhor está contigo” manifesta uma união íntima entre Deus e Maria.
Maria, Rainha, porque mãe de Cristo, Rei!

domingo, 21 de agosto de 2016

«Porta da misericórdia de Deus está sempre aberta de par em par para todos» - Papa


Foto: Lusa

Francisco saudou milhares de peregrinos e turistas reunidos na Praça de São Pedro

Cidade do Vaticano, 21 ago 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou hoje que a misericórdia de Deus está sempre “aberta” a acolher todos, apesar dos erros de cada um.

“A porta da misericórdia de Deus está sempre aberta de par em par para todos! Deus não faz diferença, mas acolhe sempre todos, sem distinção”, sublinhou, perante milhares de peregrinos e turistas reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, para a recitação da oração do ângelus.

A intervenção dominical partiu da alegoria da “porta estreita” com que Jesus Cristo se refere ao caminho da salvação dos seres humanos.

“É uma porta estreita, não porque seja opressiva, mas porque nos pede para restringirmos e contermos o nosso orgulho e o nosso medo, para nos abrirmos com coração humilde e cheio de confiança a Ele [Deus], reconhecendo-nos como pecadores, necessitados do seu perdão”, precisou o Papa.

Francisco observou que esta salvação de Deus é um “fluxo incessante” de misericórdia que “derruba todas as barreiras e abre surpreendentes perspetivas de luz e de paz”.

“É o amor que salva, o amor que já aqui na terra é fonte de beatitude de quantos, na humildade, na paciência e na justiça se esquecem de si e se doam aos outros, especialmente aos mais fracos", afirmou.

O pontífice argentino assinalou que o convite deixado por Jesus para que todos vão ao seu encontro, rumo a uma vida “plena, reconciliada e feliz” se destina a todos, “independentemente do pecado” que possam ter cometido.

“Quando há o contacto com o amor e a misericórdia de Deus, há uma mudança autêntica. E a nossa vida é iluminada pela luz do Espírito Santo: uma luz inextinguível”, prosseguiu.

Depois de rezar o ângelus, Francisco saudou diversos grupos de peregrinos, incluindo os portugueses de Gondomar.

OC

Ide por todo o mundo, anunciai a Boa Nova!


https://www.youtube.com/watch?v=BL30ysARkAQ

Oração pelos sacerdotes

Já rezou pelos padres hoje?

Sacerdote con niño

Senhor Jesus Cristo, que para testemunhar-nos o vosso amor infinito, instituístes o sacerdócio católico, a fim de permanecerdes entre nós pelo ministério dos padres, enviai-nos santos sacerdotes!

Nós vos pedimos por aqueles que estão connosco à frente de nossa comunidade, especialmente o vigário de nossa paróquia. Pedimos pelos missionários que andam pelo mundo, enfrentando o cansaço, perigos e dificuldades para anunciar a Palavra da Salvação.

Pedimos pelos que se dedicam ao serviço da caridade, cuidando das crianças, dos doentes e dos velhos, de todos os que sofrem e estão desamparados.

Pedimos por todos aqueles que estão a serviço do vosso Reino de Justiça, de Amor e de Paz, seja ensinando, seja abençoando, seja administrando os sacramentos da salvação.

Amparai e confortai, Senhor, aqueles que estão cansados e desanimados, aqueles que sofrem injustiças e perseguições por vosso nome, aqueles que se sentem angustiados diante dos problemas.

Fazei que eles todos sintam a presença de vosso amor e a força de vossa Providência.

Amém.
Retirado do livro: Orações de todos os tempos da Igreja. Ed. Cléofas. (via Felipe Aquino)

sábado, 20 de agosto de 2016

As ambições do mundo, não passam por esta porta

https://www.youtube.com/watch?v=Fjjk6qCGsNU

A liturgia deste domingo propõe-nos o tema da “salvação”. Diz-nos que o acesso ao “Reino” – à vida plena, à felicidade total (“salvação”) – é um dom que Deus oferece a todos os homens e mulheres, sem excepção; mas, para lá chegar, é preciso renunciar a uma vida baseada nesses valores que nos tornam orgulhosos, egoístas, prepotentes, auto-suficientes, e seguir Jesus no seu caminho de amor, de entrega, de dom da vida.
Na primeira leitura, um profeta não identificado propõe-nos a visão da comunidade escatológica: será uma comunidade universal, à qual terão acesso todos os povos da terra, sem excepção. Os próprios pagãos serão chamados a testemunhar a Boa Nova de Deus e serão convidados para o serviço de Deus, sem qualquer discriminação baseada na raça, na etnia ou na origem.
No Evangelho, Jesus – confrontado com uma pergunta acerca do número dos que se salvam – sugere que o banquete do “Reino” é para todos; no entanto, não há entradas garantidas, nem bilhetes reservados: é preciso fazer uma opção pela “porta estreita” e aceitar seguir Jesus no dom da vida e no amor total aos irmãos.
A segunda leitura parece, à primeira vista, apresentar um tema um tanto deslocado e marginal, em relação ao que nos é proposto pelas outras duas leituras; no entanto, as ideias propostas são uma outra forma de abordar a questão da “porta estreita”: o verdadeiro crente enfrenta com coragem os sofrimentos e provações, vê neles sinais do amor de Deus que, dessa forma, educa, corrige, mostra o sem sentido de certas opções e nos prepara para a vida nova do “Reino”.

No fundo, os sofrimentos e as provas que temos de enfrentar não põem em causa esta certeza fundamental: Deus ama-nos e quer salvar-nos; o sofrimento e as provas permitem-nos, muitas vezes, descobrir essa realidade.

¨ Apesar das crises, o cristão nunca deve esquecer o amor de Deus e agradecer por isso. Diante dos sofrimentos, resta-nos agradecer a preocupação desse Deus que, servindo-se dos dramas da vida, nos manifesta o seu amor e nos salva.

Já constatámos todos que esta “porta estreita” não é, hoje, muito popular. A este propósito, os homens de hoje têm perspectivas bem diferentes de Jesus… A felicidade, a vida plena encontra-se, para muitos dos nossos contemporâneos, no poder, no êxito, na exposição social, nos cinco minutos de fama que a televisão proporciona, no dinheiro (afinal, o novo deus que move o mundo, que manipula as consciências e que define quem tem ou não êxito, quem é ou não feliz). Como nos situamos face a isto? As nossas opções vão mais vezes na linha da “porta larga” do mundo, ou da “porta estreita” de Jesus?

É preciso ter consciência de que o acesso ao “Reino” não é, nunca, uma conquista definitiva, mas algo que Deus nos oferece cada dia e que, cada dia, nós aceitamos ou rejeitamos. Ninguém tem automaticamente garantido, por decreto, o acesso ao “Reino”, de forma que possa, a partir de uma certa altura, ter comportamentos pouco consentâneos com os valores do “Reino”. O acesso à salvação é algo a que se responde – positiva ou negativamente – todos os dias e que nunca é um dado totalmente seguro e adquirido.

Tomar o Evangelho a sério… Corrida ao poder, às situações de privilégio, às relações de prestígio, às melhores aplicações bancárias, aos primeiros lugares de todos os géneros… Estamos muito ocupados para conseguir os nossos negócios aqui na terra.
E eis uma página do Evangelho que vem alterar tudo. Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros. Forte convite a tomar o Evangelho a sério e conformar com ele as nossas vidas… antes que a porta do Reino se feche!


(excertos de portal dos Dehonianos)

Onde está a força do Espiríto Santo?



REZE COM FÉ

Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho,
inspirai-me sempre o que devo pensar,
o que devo dizer,
como devo dizê-lo,
o que devo calar,
o que devo escrever,
como devo agir,
o que devo fazer
para obter a vossa glória,
o bem do mundo
e minha própria santificação.
Amém.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

“A hora é agora”: a frase de um santo que é capaz de mudar toda a sua vida!


ampulheta

Uma única frase de São Bento me fez repensar tudo o que eu estava vivendo


TOD WORNER

A sabedoria estava guardada em uma única frase. E ela veio da pena de um santo que viveu há cerca de 1.500 anos e me fez pensar sobre como eu estava vivendo a minha vida. O pensamento, muito simples, veio do Prólogo da Regra de São Bento, um guia para a vida monástica:

“Agora, pois, ergamo-nos, finalmente. A Escritura nos desperta dizendo: ‘Esta é a hora de levantar-nos do sono’”.

Simples. Quase simples demais!

Mas foi a explicação de Michael Casey, um monge beneditino da Austrália, que abriu de verdade os meus olhos para o quanto a simples frase deste santo me importa. Diz o monge:

[São] Bento está dizendo que, diante das possibilidades espirituais trazidas a nós pela graça, somos muito lentos. Por isso precisamos nos apressar, nos mexer, para permitir que a graça de Deus nos impulsione ainda mais e mais rápido em direção ao que a Providência Divina preparou para nós…

Nenhum chamado enfrenta tanta resistência quanto o chamado para acordar. Não precisamos ser surpreendidos se não queremos ser empurrados à ação, em especial quando não sabemos exatamente o que vai estar em jogo. Estamos sendo chamados a um estado não especificado de alerta. Estamos sendo convidados a ficar preparado para os desafios desconhecidos, para dizer sim a demandas que ainda não foram feitas. Tudo isto requer uma forte fé na Providência e uma firme confiança em Deus, que nunca nos pede nada além dos nossos limites reais. E temos que ser realistas. Apesar dos meus pressentimentos, eu posso ter uma razoável certeza de que o heroísmo exigido de mim hoje não vai envolver nenhuma desgraça, ou tortura, ou martírio; vai simplesmente me indicar pequenas ações que transcendem os limites habituais que imponho à minha benevolência: uma palavra de encorajamento aqui, alguns minutos de solícita escuta ali, um gesto de ajuda, um ato de perdão ou de solidariedade, uma iniciativa oculta que promove o bem comum. As ocasiões para esses pequenos atos de heroísmo vão surgir, mas apenas se, em primeiro lugar, estivermos acordados e atentos à sua possibilidade…

Fazer melhor requer vigilância. Quantas vezes, quando somos acusados de agir errado ou de omitir algo importante, respondemos com desculpas como “Eu não sabia”, ou “Eu não estava ciente”, ou “Eu não pensava que…”? O desafio moral passou batido porque a nossa consciência não estava acionada; estávamos dormindo…

Ao criarmos um miasma de fogos de artifício sensoriais, nós efetivamente bloqueamos tudo para além do que é sensato: toda percepção espiritual, toda atenção à interioridade. A nossa consciência fica amortecida pela sobrecarga sensorial e, nós, pouco conscientes das possibilidades abertas para criarmos um mundo melhor…

A voz da consciência e as palavras do Evangelho são apenas uma som suave e delicado no meio do nosso universo barulhento… A imaginação vivaz desperta as emoções e nos impede de alcançar o nível de tranquilidade interior que nos permitiria atender aos avisos da consciência e aos sussurros do Espírito Santo. O resultado é que estamos tão despertos no nível sensorial que não há espaço para o despertar mais interior. A maioria de nós não consegue ouvir outra voz quando está ao mesmo tempo vendo televisão, enviando mensagens, olhando o celular e, internamente, se preocupando com algum pesar imaginado. Da mesma forma, não podemos ser espiritualmente conscientes sem abaixar o volume das outras vozes. Para estar despertos e atentos espiritualmente, temos de limitar a atenção que damos a outras áreas. E, de acordo com São Bento, temos que começar já: “Esta é a hora de levantar-nos do sono”!

A simples frase de São Bento e a explicação de Michael Casey me lembraram de algo que eu tinha esquecido e que preciso fazer todos os dias. O meu risco é o de apreender e aceitar intelectualmente os conteúdos da minha fé católica ao mesmo tempo em que, por outro lado, fico sonolento aos inúmeros chamados de Deus na minha vida de todos os dias. Tenho que acordar! Temos que conhecer a vontade de Deus para nós! Temos que reconhecer quando a nossa vontade está tentando subverter a de Deus. E temos que procurar, denodadamente, ser fiéis de modo heroico nos pequenos atos de cada dia.

“Esta é a hora de levantar-nos do sono!”

São Bento, rogai por nós.

http://pt.aleteia.org/2016/08/16/a-hora-e-agora-a-frase-de-um-santo-que-e-capaz-de-mudar-toda-a-sua-vida/

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Santa Helena



Santa Helena nasceu, tanto quanto se pode determinar, em Drepanum, na Bitínia, talvez fosse filha de um estalajadeiro. Mais ou menos lá por 270, o general romano Constâncio Cloro a encontrou lá, e, apesar da sua origem humilde, casou-se com ela. Mas quando foi feito Caesar, persuadiram-no a divorciar-se dela e casar-se com Teodora, enteada do Imperador Maximiano. Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus. Alguns anos antes, Helena tinha dado à luz, em Naisso (Nish, na Sérvia), a Constantino Magno, que tinha uma grande consideração e afeição pela mãe, e mais tarde lhe concedeu o título de “Nobilissima Femina”, mudando o nome do lugar onde ela nasceu para Helenópolis.

Com a morte do pai em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e tornado uma cristã fervorosa e piedosa.

O jovem Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena, conseguiu assumir o trono como o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se governador; depois, o supremo e incontestável imperador de Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande. Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha travada, em 312, às portas de Roma.

Conta a história que, durante a batalha contra Maxêncio, seu exército estava em desvantagem.

Influenciado por Helena, que tentava convertê-lo, Constantino teve uma visão. Apareceu-lhe uma cruz luminosa no céu com os seguintes dizeres: “Com este sinal vencerás”. Imediatamente, mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente, venceu a batalha. Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente, toda e qualquer perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de Milão, em 313, pelo qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a Helena o honroso título de “Augusta”.

Helena passou a dedicar-se à expansão da evangelização e crescimento do cristianismo em todos os domínios romanos. À custa do Império, patrocinou a construção de igrej as católicas nos lugares dos templos pagãos, de mosteiros de monges e monjas e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres e doentes. Depois, apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a Palestina, visitar os lugares da Paixão de Cristo. Lá supervisionou a construção das importantes basílicas erguidas nos lugares santos, dentre elas a da Natividade e a do Santo Sepulcro, que existem até hoje. Conta a tradição que Helena ajudou, em Jerusalém, o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira.

Pressentindo que o fim estava próximo, voltou para junto de seu filho, Constantino, morrendo em seus braços, aos oitenta anos de idade, num ano incerto entre 328 e 330. O culto a santa Helena, celebrado no dia 18 de agosto, é um dos mais antigos da Igreja Católica. Algumas de suas relíquias são veneradas na basílica dedicada a ela em Roma.

A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Angelo d’Agostin i e Firmino.

CF Vida dos Santos
De Franciscanos
Link http://www.franciscanos.org.br/?p=59457

Misericórdia de Deus

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Santa Beatriz da Silva



Beatriz da Silva nasceu na vila de Campo Maior, em Portugal, por volta de 1437. Ela foi da linhagem dos reis de Portugal, filha de Rui Gomes da Silva, alcaide-mor de Campo Maior, e de sua mulher D. Isabel de Meneses, filha natural de dom Pedro de Meneses, 1.º conde de Vila Real e 2.º conde de Viana do Alentejo. Teve pelo menos doze irmãos: Pedro Gomes da Silva (alcaide-mor de Campo Maior); Fernando da Silva de Meneses (alcaide-mor de Alter do Chão), dom Diogo da Silva de Meneses (aio do rei dom Manuel de Portugal, que o fez 1.º conde de Portalegre e senhor de Gouveia), Afonso Teles (alcaide-mor de Campo Maior), João de Meneses (chamado frei Amadeu Hispano ou Beato Amadeu, secretário e confessor do papa Sisto IV, e fundador da Congregação dos Amadeítas, da Ordem de São Francisco), Aires da Silva (cavaleiro em Ceuta, falecido com fama de santo de e mártir), Bran ca da Silva (donzela da corte régia), Guiomar de Meneses, Maria de Meneses (donzela da rainha dona Isabel, mulher do rei dom Afonso V de Portugal), Mécia de Meneses (donzela da infanta dona Joana, mulher do rei dom Henrique IV de Castela), Leonor de Meneses (donzela de Santa Joana Princesa) e Catarina de Meneses.
Ainda pequena, Beatriz da Silva partiu para a corte régia de Castela, em 1447, como donzela da rainha Isabel, segunda mulher do rei João II de Castela. A presença de Beatriz na corte não passou despercebida. Sua formosura cativante encantou a todos. A rainha, dominada por uma mistura de ciúme e inveja, fechou Beatriz em um cofre, mas uma invisível proteção da Virgem Maria a salvou. Após este triste episódio deixa Tordesilhas, onde a corte régia então estava instalada, e vai para Toledo, onde se recolheu no Mosteiro de São Domingos, o Real, de monjas dominicanas. Por devoção, decidiu manter sempre seu rosto coberto com um v éu branco, de forma que, enquanto viveu, nenhum homem e nenhuma mulher viu seu rosto. Permanece neste mosteiro por cerca de 30 anos.
Em 1484, a rainha Isabel, a católica, doa-lhe os Palácios de Galiana onde existia uma Igreja antiga que tinha o nome de Santa Fé. Beatriz, passada a esta casa, começou a adaptá-la para a forma de mosteiro. Levou consigo dona Filipa da Silva, sua sobrinha e outras onze mulheres, todas de hábito religioso e honesto embora não pertencessem a Ordem alguma. E, uma vez instalada na nova casa, querendo dar fim à sua determinação, estabeleceu a maneira de viver que queria e enviou-a a Roma, numa súplica conjunta com a rainha. Foi tudo aprovado e outorgado pelo Papa Inocêncio VIII pela bula “Inter Universa” em 1489. O Mosteiro já estava fundado e tudo já fora preparado para entregar o hábito a ela e às monjas que ela havia instruído, quando Nosso Senhor quis chamá-la. Morreu no ano de 1492. Na hora de sua morte, foram vistas duas coisas maravilhosas. Uma foi que, quando lhe levantaram o véu para administrar-lhe a unção foi tal o esplendor de seu rosto que todos ficaram admirados. A segunda, foi que em sua fronte viram uma estrela, que lá ficou até que ela expirou, e que emitia uma luz e um esplendor igual à luz quando mais brilha. Faleceu com fama de santidade.
Em 1511 o Papa Júlio II atribui à ordem nascente Regra Própria.

Beatriz foi beatificada pelo Papa Pio XI em 26 de julho de 1926 e solenemente canonizada em 03 de outubro de 1976 pelo Papa Paulo VI. Sua Festa é celebrada no dia 17 de agosto.

Santa Beatriz da Silva se destacou por sua fé inquebrantável, por sua pureza, que lhe permitiu ser Lírio Alvíssimo escondida no coração de Jesus no Canteiro da Imaculada, por sua paciência alicerçada na esperança, por sua caridade, por sua simplicidade, pobreza, humildade, generosidade em oferecer um perdão sincero, enfim, adornada de todas as virtudes indica-nos o caminho mais curto, fácil e seguro para chegar a Cristo: Maria.
A Igreja também celebra hoje a memória dos santos: Servo, Mamede e Jacinto de Cracóvia.

CF Vida dos Santos
De Franciscanos
Link http://www.franciscanos.org.br/?p=59456

NAS ASAS DO SENHOR




NAS ASAS DO SENHOR

Sei que os que confiam no Senhor
Revigoram suas forças, suas forças se renovam
Posso até cair ou vacilar, mas consigo levantar
Pois recebo d'Ele asas
E como águia, me preparo pra voar


Eu posso ir muito além de onde estou
Vou nas asas do Senhor
O Teu amor é o que me conduz
Posso voar e subir sem me cansar
Ir pra frente sem me fatigar
Vou com asas, como águia
Pois confio no Senhor!

Sei que os que confiam no Senhor
Revigoram suas forças, suas forças se renovam
Posso até cair ou vacilar, mas consigo levantar
Pois recebo d'Ele asas
E como águia, me preparo pra voar

Eu posso ir muito além de onde estou
Vou nas asas do Senhor
O Teu amor é o que me conduz
Posso voar e subir sem me cansar
Ir pra frente sem me fatigar

Vou com asas, como águia
Pois confio no Senhor!
Que me dá forças pra ser um vencedor
Nas asas do Senhor
Vou voar! Voar!

Clássicos da musica católica

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Festas em Honra de Nª Srª d'Assunção e d'Alegria


Assunção da Virgem ao Céu “é uma verdade simples da nossa fé” que “o coração entende”


A solenidade litúrgica da Assunção da Virgem Santa Maria ao Céu “é uma festa querida ao povo cristão” porque assenta “numa verdade simples da nossa fé que qualquer coração entende: onde está a mãe está o filho; onde está o filho está a mãe”, afirmou ontem o bispo de Leiria- Fátima.

No dia 15 de Agosto, recorde-se, a Igreja Católica assinala a solenidade litúrgica da Assunção de Maria, um dogma solenemente definido pelo Papa Pio XII em 1 de Novembro de 1950, celebrado há vários séculos e que é feriado em Portugal.

Ainda que com títulos diferentes, mas com temas e conteúdos idênticos, as Igrejas do Oriente e do Ocidente, portanto a Igreja inteira, a Una e Santa, celebra no dia 15 de Agosto a maior e mais antiga festa da Mãe de Deus, a Virgem Santa Maria. No Oriente, é a festa da «Dormição» (koímêsis), enquanto que, no Ocidente, prevalece a tonalidade da «Assunção» (análêmpsis).

Também nas nossas Paróquias , se celebraram as festas em Honra de Nossa Senhora D’ Assunção, Padroeira da vila de Arronches e Nossa Senhora d'Alegria em Alegrete.

A programação começou com a Missa Solene na Igreja Matriz de Arronches que, por iniciativa do Município,ressaltava à vista pela sua alvura, seguiu-se a Procissão pelas ruas da Vila acompanhada pela Banda Euterpe de Portalegre.

Ao final da tarde teve lugar a abertura da quermesse que tem, juntamente com o espectáculo, a finalidade de angariar fundos para as obras sociais da Paróquia.
Numa noite calma e serena, tendo como cenário a imponente igreja Matriz, teve lugar a noite de “Fados” com Leonor Fartouce, Mariana Guerra, Tina Morcela e Ana Margarida Morcela, Ana Cirilo, António João Gonçalves e Sofia Martins, acompanhados à guitarra portuguesa por Nuno Cirilo e à viola por Alexandre Gomes, actuando ainda o Grupo Flamenco“Las Panchas”, de San Vicente de Alcántara.

A Paróquia de Arronches na organização da festa contou com o apoio da Câmara Municipal de Arronches, Junta de Freguesia de Assunção e Grupo de Voluntários da Paróquia.


















































 Foto de noticiasdearronches

Em Alegrete,a festa iniciou -se na passada sexta-feira, dia 12 com uma arruada pela Banda Alegretense e do programa constavam varias actividades no decorrer destes dias, com destaque para Concertos, passeio de BTT, Touradas à vara larga e os tradicionais Arraiais.
Um dos momentos altos destas festividades são a Missa Solene e a Procissão em Honra de Nossa Senhora da Alegria, que juntou inúmeras pessoas que acompanharam a imagem da Virgem pelas íngremes ruas da vila, ao som das bandas de música de Alegrete e da Meia Via, de Torres Novas.
  
 
Fotos de Emilio Moitas