terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Um dia houve alguém que dava abraços...


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Um dia houve alguém que decidiu apostar nos abraços. Não em abraços simples, nem profundos, mas em abraços que falavam.

Um dia houve alguém que investiu fortemente nos abraços que falavam. Estranho, não é verdade? Mas os seus abraços falavam de amor e ternura. Os seus abraços falavam do Reino do Céus e da paz no mundo.
Os seus abraços falavam de tudo e de todos, porque eram, efetivamente, para todos aqueles que estivessem disponíveis para os receber.

Um dia houve alguém que saiu pelo mundo a distribuir abraços que falavam. Abraços que falavam de compaixão e misericórdia. Saiu em direção a todos os cantos e recantos a dar abraços que falavam de como a vida é um dom que não deve ser desperdiçado e que mesmo quebrada poderá ser, de novo, montada nos seus (a)braços.

Um dia houve alguém que saiu a unir todos os homens e mulheres em abraços que falavam. Desmanchava tudo e todos com os seus abraços que falavam de igualdade, de respeito e de simplicidade. Desprendia tudo e todos com os seus abraços que falavam que a nossa maior riqueza estava na nossa humanidade igualada pela diferença.

Um dia houve alguém que cativou milhares e milhares de pessoas com os seus abraços que falavam de um Deus que era Pai com verdadeiras entranhas de Mãe. Eram abraços que davam a todos a experiência de como é amar e ser amado. Eram abraços que falavam do perdão e de como podemos ser salvos de todos os nossos pecados. Eram abraços que falavam da vida e com a vida. Eram abraços que falavam da alegria e que por isso mesmo cativavam os mais pequenos, os desfavorecidos, os rejeitados e os condenados à primeira vista.

Um dia houve alguém que apostou toda a sua vida a dar abraços que falavam de vida e não descansou enquanto não abraçou todos os que lhe procuravam de coração humilde e sincero.
Um dia houve alguém que saiu a dar abraços que falavam de um amor que jamais poderá ser compreendido, mas que continua a preencher tantos e tantas...

Emanuel António Dias


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