terça-feira, 3 de maio de 2022

Somos feitos de pessoas


Somos feitos de pessoas. Das que nos querem bem e das que nos dão a conhecer a dor. Somos feitos de gente que se entrelaça nas linhas da nossa vida e que escrevem connosco o mistério da existência.

Somos feitos de pessoas. Daquelas que de alguma forma nos deixaram a sua marca. Somos feitos de gente que se deixa revelar através de uma conversa cheia de olhares. Daqueles que nunca mais nos deixam na mesma. Daqueles a quem a sua ausência será para sempre preenchida com as memórias de uma presença cheia de vida.

Somos feitos de pessoas. De quem nos leva o que de melhor temos. Somos feito daqueles e daquelas que, através da dor causada, nos levam a descobrir-nos mais profundamente. Somos desenhados e moldados por quem um dia nos fez descobrir o poder da injúria, da traição e do interesse desmedido.

Somos feitos de pessoas. Daquela gente que nos abraça por inteiro. Sem ser necessário um relato da nossa história. Somos feitos dessa gente que não se cansa de nos dar a conhecer o amor. O amor paciente. O amor genuíno. O amor silencioso.

Somos feitos de pessoas. De gente que um dia nos olhou como inteiros. Aceitando o que somos e o que ainda podemos vir a ser. Somos feitos dessa gente que acredita sempre mais em nós do que nós próprios. Sim, somos construídos por esses homens e mulheres que vêem sempre algo de especial na nossa forma de ser e de estar. São eles que vão dando sentido aos nossos passos.

Somos feitos de pessoas. De tantos e tantas que nos levaram aos ombros. Somos feitos de gente que nos aliviou o peso de existir. Somos feitos daqueles a quem depositamos toda a nossa confiança na certeza de construirmos, nas suas vidas, o nosso caminhar.

Somos feitos de pessoas. Daqueles que um dia, pelo caminhar da vida, ousaram pisar no terreno da nossa existência. Somos feitos de gente que quis habitar na nossa história.

Hoje, antes de voltares à tua rotina, pergunta-te: quantas pessoas fazem parte do que tu és? Quantos e quantas deixaram em ti a marca das suas vidas?


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