Nesta última etapa do “caminho do advento”, a liturgia desvela um pouco mais a identidade do menino que vem de Deus e que os homens esperam ansiosamente. Ele entra no mundo pela porta da humildade e da simplicidade; mas é “o Senhor” da história, o rei-Pastor que há de guiar-nos aos campos eternos onde há Vida em abundância.
Na primeira leitura o profeta Miqueias deixa aos habitantes de Judá um convite à esperança. Promete a esse povo humilhado, angustiado, com futuro incerto, que Deus lhe vai enviar um rei novo, humilde e bom, que inaugurará uma era de prosperidade, de justiça e de harmonia. Como pastor de Judá, ele deixar-se-á guiar pelas indicações de Deus; e será, para todos os que o esperam, “a paz”.
Nós, cristãos, ligamos a profecia de Miqueias – sobre esse rei humilde que virá ao encontro dos homens e que será “a paz” – com a vinda de Jesus. Jesus, nascido da família de David, veio ao nosso encontro vestido de humildade e convidou-nos a colaborar com Ele na construção de um mundo de paz, de justiça, de entendimento, de amor. Jesus chamava, a esse “projeto”, o “reino de Deus”. Nós, encantados com Jesus, decidimos embarcar com Ele na bela aventura de construir o reino de Deus. Estamos verdadeiramente comprometidos com este projeto? Esforçamo-nos por eliminar tudo aquilo que, à nossa volta, é fonte de conflito, de injustiça, de opressão, de sofrimento, de morte? Procuramos dar testemunho de bondade, de amor, de misericórdia, de compreensão, de perdão, de serviço? O nosso objetivo é, como era o de Jesus, construir um mundo de paz?
No Evangelho duas mulheres, grávidas de esperança, convidam-nos a centrar a nossa atenção no menino que está para chegar e a acolhê-lo convenientemente: com o mesmo amor, com a mesma alegria, com a mesma gratidão, com o mesmo espanto que elas sentiram diante da visita de Jesus. Jesus é – dizem-nos elas – o centro da história da salvação, a realização plena das promessas de Deus, o “Senhor” da história que vestiu a nossa humanidade para nos trazer a paz.
Estamos na última etapa do “caminho do advento”. Nestes dias que antecedem a celebração do Natal tendemos a ser apanhados pela azáfama dos preparativos para a festa, pela corrida às “prendas”, pelo protocolo dos desejos de boas festas, pelo “ruído de fundo” das luzes, dos spots comerciais, das músicas natalícias; e, no meio dessa onda de futilidade que nos submerge e que nos arrasta, podemos perder de vista o Deus que vem ter connosco. Ora, aquelas duas mulheres grávidas de esperanças – Maria e Isabel – que Lucas coloca no centro do Evangelho deste domingo convidam-nos a centrar a nossa atenção no menino que está para chegar e a acolhê-lo convenientemente: com o amor, com a alegria, com a gratidão, com o espanto que elas sentiram diante da visita de Jesus. Jesus é o centro da história da salvação, a realização plena das promessas de Deus, o “Senhor” da história (o “Kyrios”) que vestiu a nossa humanidade para nos trazer a paz. Estamos focados n’Ele? No nosso coração e na nossa vida há lugar para Ele?
Na segunda leitura, um “mestre” cristão do séc. I oferece-nos a chave de leitura para entendermos a vida de Jesus: desde que Ele “entrou” no mundo, dispôs-se a pôr a sua vida ao serviço do plano de Deus, numa obediência total e numa entrega absoluta à vontade do Pai. É assim que são chamados a viver todos aqueles que se dispõem a acolher Jesus e a segui-l’O.
Para conhecermos o projeto de Deus e para obedecermos à sua vontade, precisamos de passar tempo com Ele. Jesus sempre reservou tempo para o diálogo com Deus. Cada dia, depois do encontro com as multidões, retirava-se para um lugar isolado e falava com o Pai. Nesse diálogo, tomava consciência do amor que o Pai lhe tinha, descobria a vontade do Pai e ganhava força para cumprir a missão. Jesus saía desses momentos fortalecido na sua decisão de obedecer incondicionalmente ao Pai. O tempo de advento é um tempo favorável para revitalizarmos a nossa intimidade com Deus, para falarmos mais com Deus, para escutarmos e acolhermos a sua Palavra. Dispomo-nos a isso, enquanto esperamos o Senhor que vem?
(www.dehonianos.org)
Encontro de felicidade e paz!
Esta atitude de Maria é um exemplo para nós que tanto nos esquecemos dos deveres que o parentesco nos impõe. É bom estarmos alerta. Nossa condição de apóstolos cristãos, discípulos missionários, nos leva a cumpri-los com maior afeto e caridade. Maria é a serva de Deus e serva dos homens. A visita que ela faz à sua prima Isabel é o símbolo e a realidade de entrega aos outros. Ao mesmo tempo, Maria contribui para a paz e júbilo naquela casa. É a antecipação da paz e da alegria que Cristo traz à humanidade. Maria nos dá outra lição: Maria é “a que acreditou”. Por isso ela é feliz. Nós somos felizes se acreditamos em Deus, aceitando Jesus em nossa vida. Recadinho Creio realmente no Natal de Jesus?
Em que consiste para mim a celebração do Natal?
Estou preparado para celebrá-lo bem?
Sinto-me mais perto de Jesus? Por quê?
Maria faz um gesto de humildade visitando sua prima. Em seu contexto de vida social é fácil ser humilde?
Em que consiste para mim a celebração do Natal?
Estou preparado para celebrá-lo bem?
Sinto-me mais perto de Jesus? Por quê?
Maria faz um gesto de humildade visitando sua prima. Em seu contexto de vida social é fácil ser humilde?
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