A celebração inicia-se na missa de Quinta-feira santa, que é a Missa do Lava-Pés, com a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Esta Missa não tem bênção final, nem o envio (Vão em Paz, e que o Senhor vos acompanhe). No final DA Missa da Quinta-feira Santa a Igreja é desnudada, com a trasladação do Santíssimo Sacramento e a cobertura dos santos com véu roxo.
O Santíssimo é levado para uma capela.
Na Sexta-Feira Santa não há Missa, mas sim uma celebração, onde há o descimento da cruz e distribuição da Eucaristia. Não há acolhida, nem bênção final e envio.
Na Missa do Sábado Santo à noite, que é a Vigília Pascal, termina o tríduo pascal, os sinos voltam a tocar e também os cantos de Aleleuia, pois já se comemora a Páscoa. Esta Missa termina com a bênção final.
Tríduo porque são três dias, e nós perguntamos: mas começa na quinta-feira Santa?
Sim, porque para os Judeus na quinta-feira à noite já é sexta-feira. (ver Genesis 1, 5). O dia para os judeus inicia com o aparecimento da primeira estrela. Assim, Jesus celebrou A Última Ceia no mesmo dia em que ele foi crucificado.
A Eucaristia está intimamente ligada com o sacrifício é o mesmo dia e Poderíamos dizer é o mesmo ato Redentor Jesus quando celebra A Última Ceia ele está ali manifestando livremente o seu amor; essa liberdade nós não vamos vê-la durante a paixão na sexta-feira.
Na sexta-feira Jesus é acorrentado e levado de um lado para o outro, sem liberdade.
Jesus pega o pão e mostra em sua liberdade: isso é meu corpo que é dado por vós, Isto é meu sangue derramado. Jesus se entrega por amor Ele faz isso por nós.
O evangelho de São João narra no contexto da Última Ceia aquele gesto extraordinário de Jesus que é o lava-pés (João 13, 17)
Jesus, que é o próprio Deus, vem do alto dos céus, se rebaixa até a nossa pequenez, para redimir os nossos pecados. O filho do homem não veio para ser servido mas para servir e dar a sua vida em Resgate de muitos.
O seu dar a vida lava o nosso pecado! Jesus foi vendido pelo preço de 30 moedas, que eram o preço de um escravo. Naquela época os escravos lavavam os pés dos seus patrões.
Jesus era Mestre e Senhoir, mas ele foi humilde, Ele se fez homem se esvaziou e se fez servo obediente até a morte e morte na cruz.
Ao se entregar na cruz Jesus nos chama também a lavar os pés uns dos outros.
Na sexta-feira Santa, após a morte de Jesus, os discípulos se apressam para retirar o corpo de Jesus, antes do aparecimento da primeira estrela, que anunciaria o sábado.
O sábado é um dia de silêncio, pois Jesus está morto.
A celebração da sexta-feira começa em silêncio, o padre não faz o sinal da cruz, pois é a continuação da A missa da quinta à noite.
O padre celebra A Paixão de Cristo em continuidade com a celebração de quinta à noite
Somos chamados a olhar para o Cristo crucificado O próprio Deus que se entrega Por Amor a Nós
Alguns pensam que na cruz Jesus está pagando pelos nossos pecados e o pai está com sua ira, sua vingança. Esta mentalidade não é correta
Com o sacrifício da Cruz Jesus repara os nossos pecados. Os nossos pecados ofendem a Deus.
Deus quer ser amado por nós
Imagine a ofensa de um filho, quando o pai amorosamente faz tudo por este filho e o filho não retribui o amor do pai
A ingratidão do filho fere o coração do pai.
O nosso pecado feriu Deus não porque nosso pecado seja tão grande mas porque o seu amor por nós é infinito, mas nós não amamos a Deus de volta.
Uma só coisa o Deus Criador não pode criar: é o amor da criatura, pois o amor é livre e só vai acontecer se nós assim o quisermos.
Deus pode nos dar um coração capaz de amar, mas ele espera o nosso amor com a nossa liberdade. Se Deus nos forçasse a que o amássemos, isso não seria amor
Seria uma brutalidade porque o amor é livre
É aí que Deus vence este impasse de uma forma extraordinária
Ele se faz homem
Já que o homem não o amava, o filho de Deus se faz homem para que o homem Ame a Deus de volta
No sacrifício da Cruz nós vemos o coração humano plenamente amoroso que ama a Deus de volta
Jesus está tomando o nosso lugar.
Nós, com o nosso pecado não amamos a Deus. Então Jesus ama a Deus no nosso lugar e com isto nos redime
Se nós nos unirmos a Jesus, se nós nos abraçarmos a esta cruz estaremos abraçando aquele que foi capaz de amar Deus de volta, então estamos salvos e voltamos a comunhão de amor
Nós éramos culpados, veio em um inocente e pagou no nosso lugar
E este inocente amou a Deus.
Por isso a cruz não é punição, a cruz é sacrifício de amor
Ao adorarmos Jesus nesta Sexta feira Santa, lembremos disto: Jesus está se oferecendo em sacrifício de amor e amando de volta esse pai por causa de nossos pecados Porque nós não amamos a Deus , ele amou, e isso nos enche de esperança porque unidos a ele poderemos também amar e ser salvos.
Meditando sobre o sofrimento de Jesus na Cruz, vale a pena ouvir:
“Tudo por causa de um grande Amor”
Sem comentários:
Enviar um comentário
Este é um espaço moderado, o que poderá atrasar a publicação dos seus comentários. Obrigado