quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Vaticano: Cardeais portugueses saúdam nomeação de D. Manuel Clemente


News.va


Consistório 2015 marcado pela abertura ao mundo e pela reforma da Cúria Romana



Cidade do Vaticano, 10 fev 2015 (Ecclesia) - O cardeal José Saraiva Martins disse hoje à Agência ECCLESIA que a criação cardinalícia de D. Manuel Clemente, este sábado, representa um “momento histórico” para a Igreja Católica em Portugal.

“Certamente será um ótimo cardeal, como foi um ótimo arcebispo e bispo. É um grande acontecimento, que ficará gravado com letras de ouro na história da Igreja portuguesa, em particular na Igreja de Lisboa”, declarou o prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos.

O cardeal português fala de D. Manuel Clemente como um “grade pastor”, de “grande cultura histórica e eclesial”, adiantando que o veria como um “ótimo membro” da Congregação para os Bispos ou da Congregação para a Educação Católica.

Também o cardeal D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito da Santa Sé, manifestou à Agência ECCLESIA a sua “grande alegria” por acolher D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, no Colégio Cardinalício.

D. José Saraiva Martins recorda, por outro lado, a criação do primeiro cardeal de Cabo Verde, D. Arlindo Furtado, bispo de Santiago, e de D. Júlio Duarte Langa, Bispo Emérito de Xai-Xai (Moçambique), neste caso entre os cardeis com mais de 80 anos.

O consistório público para a criação de 20 cardeais (15 dos quais eleitores) vai decorrer no sábado, depois de dois dias de debate, na quinta e sexta-feira, sobre a reforma da Cúria Romana, para os quais o Papa convocou todos os membros do Colégio Cardinalício.

D. Manuel Monteiro de Castro precisa que os debates têm abordado o conjunto dos organismos centrais (dicastérios) de governo da Igreja Católica: “a Secretaria de Estado, as Congregações da Curia Romana, que exercitam poder administrativo; os Tribunais, que exercitam o poder judicial); e os Conselhos Pontifícios, que não exercitam poder administrativo, mas têm uma função de estudo, conselho e elaboração pastoral nos vários setores da sua competência”.

“Pensa-se na possibilidade de um dicastério para os Leigos e a Família: promoção da vida cristã dos fiéis leigos, matrimónio e a família, a sua missão deles na Igreja e na sociedade civil. Fala-se também num dicastério para os grandes princípios sociais da Igreja no mundo”, precisa.

D. José Saraiva Martins confirma estas indicações, no sentido de “simplificar” a estrutura, considerando “absolutamente necessária a reforma da Cúria, que é o centro de governo da Igreja”, algo que aconteceu sempre ao longo da história.

Nesse sentido, admite que a publicação de uma nova Constituição “não deverá demorar muito tempo”, dado que se trata de uma matéria “urgente”.

Francisco vai criar 15 cardeais eleitores, provenientes de 14 países, incluindo D. Manuel Clemente e D. Arlindo Furtado, para além de prelados do Vietname, Tailândia, Mianmar, Nova Zelândia, Tonga, Etiópia, Uruguai e Panamá.

PR/OC

Publicado originalmente por http://www.agencia.ecclesia.pt/

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