terça-feira, 17 de maio de 2016

MULHER GRÁVIDA: GLORIFICA O SENHOR


MULHER GRÁVIDA: GLORIFICA O SENHOR

Celebramos o Dia Internacional da Família. Em 20 de setembro de 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o dia 15 de maio de cada ano como o Dia Internacional da Família. Entre os seus objetivos contamos, pelo menos no papel, promover a reflexão sobre temas que dizem respeito à família; fomentar os laços familiares e a sua missão no campo da educação; chamar a atenção para a sua importância como núcleo vital da sociedade; alertar para os seus direitos, deveres e responsabilidades; sensibilizar, conhecer e aprofundar as questões sociais, económicas e demográficas que afetam a família. Na semana que integra este Dia Internacional da Família, também vivemos, entre nós, em cada ano, a Semana da Vida, este ano sob o mote: “Cuidar da vida – a terra é a nossa casa”. Pretende-se, na semana da vida, “suscitar nas consciências, nas famílias, na igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições, concentrando-se a atenção de modo especial na gravidade do aborto e da eutanásia…” (EV 85). Defender e promover a cultura da vida é promover e defender a casa comum, a ecologia integral. Para responder a este apelo, a Conferência Episcopal Portuguesa, através da Comissão Episcopal do Laicado e Família e do seu Departamento Nacional da Pastoral da Família, organiza, em cada ano, a Semana da Vida, escolhendo o tema e fornecendo subsídios para a sua vivência. Para além de outras iniciativas sobre a vida como dom que é preciso cuidar e defender, vários Secretariados Diocesanos da Pastoral da Família procuram sensibilizar todos os responsáveis das comunidades cristãs locais, para que celebrem, neste dia 15 de maio, Domingo, Dia Internacional da Família, a “Bênção das Grávidas e seus Bebés”. Tem sido, aliás, uma prática já habitual em vários locais, sempre muito bem acolhida e vivida, levada a cabo num dos Domingos que integram a semana em que se vive este dia 15 de maio, Dia Internacional da Família. Saudando todas as mulheres grávidas, aqui transcrevo um dos apelos que o Papa Francisco lhes dirige na última Exortação Apostólica pós-Sinodal Amoris Laetitia, desafiando-as a que, se lhes for possível, leiam toda esta parte tão bela do documento em causa. Diz o Papa:
“A cada mulher grávida, quero pedir-lhe afetuosamente: Cuida da tua alegria, que nada te tire a alegria interior da maternidade. Aquela criança merece a tua alegria. Não permitas que os medos, as preocupações, os comentários alheios ou os problemas apaguem esta felicidade de ser instrumento de Deus para trazer uma nova vida ao mundo. Ocupa-te daquilo que é preciso fazer ou preparar, mas sem obsessões, e louva como Maria: «A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1, 46-48). Vive, com sereno entusiasmo, no meio dos teus incómodos e pede ao Senhor que guarde a tua alegria para poderes transmiti-la ao teu filho (nº 171).
“Hoje, com os progressos feitos pela ciência, é possível saber de antemão a cor que terá o cabelo da criança e as doenças que poderá ter no futuro, porque todas as características somáticas daquela pessoa estão inscritas no seu código genético já no estado embrionário. Mas, conhecê-lo em plenitude, só consegue o Pai do Céu que o criou: o mais precioso, o mais importante só Ele conhece, pois é Ele que sabe quem é aquela criança, qual é a sua identidade mais profunda. A mãe, que o traz no ventre, precisa de pedir luz a Deus para poder conhecer em profundidade o seu próprio filho e saber esperá-lo como ele é. Alguns pais sentem que o seu filho não chega no melhor momento; faz-lhes falta pedir ao Senhor que os cure e fortaleça para aceitarem plenamente aquele filho, para o esperarem com todo o coração. É importante que aquela criança se sinta esperada. Não é um complemento ou uma solução para uma aspiração pessoal, mas um ser humano, com um valor imenso, e não pode ser usado para benefício próprio. Por conseguinte, não é importante se esta nova vida te será útil ou não, se possui características que te agradam ou não, se corresponde ou não aos teus projetos e sonhos. Porque «os filhos são uma dádiva! Cada um é único e irrepetível (...). Um filho é amado porque é filho: não, porque é bonito ou porque é deste modo ou daquele, mas porque é filho! Não, porque pensa como eu, nem porque encarna as minhas aspirações. Um filho é um filho» (nº 170).

D. Antonino Dias - Bispo Diocesano Portalegre - Castelo Branco

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