terça-feira, 14 de agosto de 2018

Reconciliação de Amor

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"Depois de percebermos que o AMOR de Deus marca tudo, 
então podemos olhar para o pecado."
Pe. Paulo Duarte, sj
 
O pecado está em toda a nossa vida. Ele é a marca da nossa frágil humanidade que inevitavelmente se deixa corromper.
É verdade que o pecado habita em nós, mas também não é menos verdade que o pecado não nos define. Não nos define por mais que sejam as vezes em que cometamos o mesmo erro. Não nos define, porque somos convidados, por este Deus revelado em Jesus Cristo, a partir de novo num caminho que n'Ele terá sempre saída.
Devemos através do pecado perceber as nossas falhas e com isso olhar para ele sem qualquer tipo de julgamento. É necessário acolher tudo aquilo que somos para que através desse reconhecimento possamos chegar ao perdão.
Vejamos o exemplo de Jesus que perdoando e pedindo para não voltar a pecar não apontava o dedo. Jesus apontava e continua apontar, isso sim, para a vontade de não se voltar a cair no erro. Jesus apontava e continua a apontar para a lição e não para a negação. Jesus quando aponta é para dar sempre, mas sempre mais vida!


Reconhecermo-nos pecadores pode levar-nos a carregar um "peso existencial", mas experienciarmos o Seu perdão deve-nos fazer perceber que até mesmo no erro o amor de Deus continua, teimosamente, a marcar todo o nosso caminho. E não para de o marcar até que acolhamos, verdadeiramente, o seu perdão.
Só estamos perdoados, quando nos deixamos perdoar. Só estamos perdoados, quando aceitamos que também fomos perdoados. Só estamos perdoados, quando deixamos que o amor de Deus seja o único marcador em tudo o que somos e fazemos.
Reconciliarmo-nos do pecado é termos a capacidade de nos reconciliarmos com o amor. Reconciliarmo-nos do pecado é vivermos na certeza de que a paciência e a misericórdia do nosso Deus são maior do que qualquer pecado.
Que esta certeza nos leve de novo ao amor e não ao pecado. Que esta certeza nos faça perceber que a reconciliação do amor é a mesma que devemos retribuir a todos os que se cruzam connosco e, claro, ao criador que não se cansa de receber de braços abertos todas as Suas criaturas.

Emanuel António Dias

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