quarta-feira, 29 de julho de 2020

Não estamos sós










Não estamos sós. Não estamos sozinhos mesmo quando o mundo nos parece querer demonstrar que ninguém nos pode resgatar. Não somos esquecidos até nos momentos em que ninguém se lembra de nós. Não somos ignorados nem nos dias em que ninguém nos visita.

Não estamos sós. Não o estivemos, não estamos, nem estaremos. E esta deve ser a nossa certeza. É aqui que mora e que cresce a nossa fé: na convicção de que o fim não é ditado por nós e que os recomeços podem acontecer para além daquilo que conseguimos conceber.

Não estamos sós. Acreditaremos mesmo nisto? Confiaremos mesmo nesta realidade que tantas vezes nos parece ilusória? Depositaremos toda a nossa confiança nesta crença?

Não estamos sós. Nem nos momentos em que o pecado nos parece esconder a Sua luz. Nem nas ocasiões em que a dor e a perda nos parecem questionar toda a nossa existência. Nem nas questões que persistem em não resolver o Seu grande mistério.

Não estamos sós. Ele vai-se fazendo presente lembrando-nos que o regresso depende unicamente da nossa vontade. E este regresso não é feito apenas para os que saíram de casa. O regresso é também para os que se foram ficando pelo lar, mas que não descobriram o caminho para o Seu coração.

Não estamos sós. É o que devemos recordar em tantos silêncios ensurdecedores, em tantas vidas que se cruzam connosco e em tantos episódios da nossa vida. Nunca estaremos sós e essa é a maior prova do Seu amor por nós!


 
Emanuel António Dias

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