domingo, 14 de julho de 2013

Peregrinação Anual das Paróquias

   As Paróquias de Arronches, Degolados, Esperança e Mosteiros, realizaram no passado dia 13 de Julho o seu Passeio -Peregrinação anual.
Foi considerado um dos melhores dos que já foram realizados pela Paróquia devido em grande parte a um conjunto de circunstâncias e factores, desde a beleza natural das Regiões visitadas às transformações feitas pelo Homem ao longo dos tempos.
Pouco passava das  7 horas da manhã  quando o Grupo deixou Arronches em direcção a Monsanto , tendo o tempo do percurso sido aproveitado para a recitação do Terço, para a organização dar as boas vindas aos participantes e, recordar o Sr Padre Beato, ao passar junto da sua terra natal.
O tempo era convidativo, pois as temperaturas estavam amenas.
Chegamos a Monsanto, popularmente conhecida como "a aldeia mais portuguesa de Portugal", exibindo o Galo de Prata, troféu da autoria de Abel Pereira da Silva, cuja réplica permanece até hoje no cimo da Torre do Relógio ou de Lucano.
Aldeia histórica de Portugal, Monsanto é construída em pedra granítica.
Monsanto, avista-se na encosta de uma grande elevação escarpada, designada de o Cabeço de Monsanto (Mons Sanctus). Situa-se a nordeste de Idanha-a-Nova e irrompe repentinamente do vale. No ponto mais alto o seu pico atinge os 758 metros. A presença humana neste local data desde o paleolítico. A arqueologia diz-nos que o local foi habitado pelos romanos, no sopé do monte. Também existem vestígios da passagem visigótica e árabe.

                                                                     

Após a visita dirigimo- nos para Idanha - a - Velha, onde fomos recebidos pelo Sr Padre Adelino, que gentilmente nos acompanhou e informou sobre a história.
Egitânia era o nome dado pelos suevos e visigodos a uma cidade fundada pelos romanos no actual Portugal, que corresponde à actual Idanha-a-Velha, Civitas Igaeditanorum. Sob o domínio dos Flávios recebeu o título de município. O seu nome, Egitânia, passou por várias alterações até se fixar em Idanha.
O que resta da cidade ocupa uma grande área, e escavações metódicas foram iniciadas em 1955, pelos arqueólogos portugueses Fernando de Almeida e Veiga Ferreira que escavaram, fora das muralhas, parte de um edifício que dizem poder ser um balneário romano. Do período romano foram também achados a ponte romana sobre o rio Ponsul, com cinco arcos, cujos pilares, alguns, afundaram-se e a abóboda do arco rachou; troços de calçadas romanas e as portas romanas. Os achados arqueológicos encontrados durante os trabalhos estão guardados nos museus Museu Lapidar Igeditano António Marrocos e o Museu de São Dâmaso.
Os arqueólogos já referidos encontraram extramuros uma basílica visigótica, dois ba(p)tistérios; a torre de menagem foi edificada em tempos medievais sob os restos de um templo romano.
Os baptistérios encontram - se situados no exterior da basílica, com planta cruciforme,um na entrada Norte, outro na entrada Sul, apresentando pequenos tanques adjacentes. Este, datável do Sec. VI, deve ser interpretado como o vestigio da primeira basílica paleocristã.
A Egitania consta como diocese nas actas do Concílio de Lugo (569). Esta diocese foi trasladada para a cidade da Guarda em 1199, a pedido do rei D. Sancho I, e à margem dos esforços dos reis para a repovoarem, não lhes foi possível suster a decadência.

Depois da visita à Igreja da Misericórdia, o almoço foi servido pela Comissão de festas da localidade, onde  em confraternização, degustamos um apetitoso caldo verde, e saborosos ensopado de javali e bacalhau à braz. Felicitamos um participante pelo seu aniversário.
Após o almoço, rumamos até  ao Santuário de Nossa Senhora de Almortão.
A Ermida de Nossa Senhora do Almortão situa-se nos campos de Idanha-a-Nova, tem um estilo simples e harmonioso. Em 1229 D. Sancho II, no foral dado a Idanha-a-Velha mencionava a Santcam Mariam Almortam, quando demarcava os limites da Egitania. A capela-mór e o altar são revestidos de azulejos do sec. XVIII. O alpendre é formado por três arcos de granito. Esta capela foi construída porque, como diz a lenda, um dia de madrugada uns pastores atravessavam o campo pelo sítio "Agua Murta" e notaram que havia algo de estranho por traz das murteiras grandes. Aproximaram-se e viram uma linda imagem da Virgem. Ficaram parados de joelhos a rezar, mas depois resolveram levar a imagem para a Igreja de Monsanto. Mas ela desapareceu e foi encontrada outra vez no mesmo lugar da aparição no murtão.
Foi celebrada a Eucaristia em acção de graças e intenções pessoais dos presentes, terminando com o cântico à Senhora do Almortão, acompanhado pelos adufes.
 
Era a hora do regresso a casa, agradecendo a simpatia com fomos recebidos pelo Senhor Padre Adelino, assim como, Junta de Freguesia e Câmara Municipal.


 

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