Encontro Nacional da
Pastoral da Migrações
Decorreu em Vila Real, de
1 a 5 de julho, o Encontro Nacional da Pastoral das Migrações,
subordinado ao tema: “Aproximar a igreja local portuguesa da
realidade da emigração atual”.
Esteve presente na sessão
de abertura D. Amândio Tomás, Frei Francisco Sales e o
Pe Ernesto Lúcio.
Frei Francisco Sales
debruçou-se sobre a realidade da emigração
atual: problemáticas na origem e na chegada dos nossos
emigrantes aos países de destino. Os representantes dos
secretariados do Luxemburgo, Alemanha, Bélgica, Holanda,
França, Suiça, Inglaterra e Ilha de Jersey abordaram a
assistência religiosa nas comunidades portuguesas. Deu também
o seu testemunho o Pe Ivan Hudz, representando a Capelania Nacional
de emigrantes ucranianos de rito Bizantino.
Deram também
testemunho sobre a Pastoral das Migrações, os
Secretariados Diocesanos da Mobilidade Humana de Aveiro, Braga,
Coimbra, Évora, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima,
Portalegre-Castelo Branco, Porto, Santarém, Viana do Castelo,
Vila Real e Viseu. No final dos testemunhos notou-se um desencanto e
um desconforto com toda a situação atual. D. Jorge
Ortiga fez lembrar que se a igreja quer ser “Luz dos Povos e Luz da
Fé” tem que se saber localizar; Há que examinar os
problemas mais exigentes, permanentemente e cuidadosamente; Tem que
se atender à assistência religiosa de comum acordo e em
união de esforços; Colocarmo-nos em exame,
adaptando-nos às pessoas, às condições,
aos locais e aos tempos que atravessamos porque o fenómeno
migratório de hoje é diferente do dos anos 60. É
uma emigração forçada e os migrantes devem ser
os protagonistas. É necassário haver um diálogo
com a Comissão Episcopal portuguesa e com a Comissão
Episcopal dos países onde haja emigrantes portugueses.
Frei Francisco Sales
apresentou as propostas resultantes do encontro: Elaborar uma carta
que será enviada na próxima semana a todos os bispos em
Portugal para que acolham as nossas preocupações e
ansiedades, uma vez que é notada uma falta de sensibilidade à
nova realidade das migrações. É necessário
criar uma relação de proximidade com as institutições
civis para melhor solucionar os problemas dos emigrantes. Criar uma
diálogo/relação com as Comissões
Episcopais onde se encontram os nossos emigrantes. Nota-se
presentemente uma afluência de emigrantes para as ex-colónias
portuguesas, como Angola e mais recentemente, Moçambique. É
necessário criar um diálogo/rede de trabalho com a
Comissão Episcopal do Brasil, uma vez que com a falta de
sacerdotes em Portugal, tem-se verificado uma chegada de sacerdotes
daquele país.
Na sessão de
encerramento, D. Jorge Ortiga propôs que fosse elaborada um
nota pastoral para ser apresentada à Conferência
Episcopal Portuguesa e que a mesma fosse feita pelas bases, onde
verdadeiramente se sentem os problemas e as dificuldades.
Para tal ficou deliberado
criar-se uma equipa para a elaborar e enviar à Comissão
Episcopal Portuguesa. Disse ainda que a maior riqueza do encontro foi
a partilha de experiências trazida pelos secretariados de cada
diocese e de quem está nos países onde se encontram
emigrantes portugueses.
É preciso ganhar
uma nova força e um novo alento, e irmos ao encontro dos
imigrantes/emigrantes e dar-lhes a devida atenção para
que possam ter uma vida digna e se sintam filhos de Deus.
Pelo Secretariado,
Júlia Adega
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