domingo, 7 de julho de 2013

Encontro Nacional da Pastoral da Migrações


Encontro Nacional da Pastoral da Migrações

Decorreu em Vila Real, de 1 a 5 de julho, o Encontro Nacional da Pastoral das Migrações, subordinado ao tema: “Aproximar a igreja local portuguesa da realidade da emigração atual”.

Esteve presente na sessão de abertura D. Amândio Tomás, Frei Francisco Sales e o Pe Ernesto Lúcio.

Frei Francisco Sales debruçou-se sobre a realidade da emigração atual: problemáticas na origem e na chegada dos nossos emigrantes aos países de destino. Os representantes dos secretariados do Luxemburgo, Alemanha, Bélgica, Holanda, França, Suiça, Inglaterra e Ilha de Jersey abordaram a assistência religiosa nas comunidades portuguesas. Deu também o seu testemunho o Pe Ivan Hudz, representando a Capelania Nacional de emigrantes ucranianos de rito Bizantino.

Deram também testemunho sobre a Pastoral das Migrações, os Secretariados Diocesanos da Mobilidade Humana de Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. No final dos testemunhos notou-se um desencanto e um desconforto com toda a situação atual. D. Jorge Ortiga fez lembrar que se a igreja quer ser “Luz dos Povos e Luz da Fé” tem que se saber localizar; Há que examinar os problemas mais exigentes, permanentemente e cuidadosamente; Tem que se atender à assistência religiosa de comum acordo e em união de esforços; Colocarmo-nos em exame, adaptando-nos às pessoas, às condições, aos locais e aos tempos que atravessamos porque o fenómeno migratório de hoje é diferente do dos anos 60. É uma emigração forçada e os migrantes devem ser os protagonistas. É necassário haver um diálogo com a Comissão Episcopal portuguesa e com a Comissão Episcopal dos países onde haja emigrantes portugueses.

Frei Francisco Sales apresentou as propostas resultantes do encontro: Elaborar uma carta que será enviada na próxima semana a todos os bispos em Portugal para que acolham as nossas preocupações e ansiedades, uma vez que é notada uma falta de sensibilidade à nova realidade das migrações. É necessário criar uma relação de proximidade com as institutições civis para melhor solucionar os problemas dos emigrantes. Criar uma diálogo/relação com as Comissões Episcopais onde se encontram os nossos emigrantes. Nota-se presentemente uma afluência de emigrantes para as ex-colónias portuguesas, como Angola e mais recentemente, Moçambique. É necessário criar um diálogo/rede de trabalho com a Comissão Episcopal do Brasil, uma vez que com a falta de sacerdotes em Portugal, tem-se verificado uma chegada de sacerdotes daquele país.

Na sessão de encerramento, D. Jorge Ortiga propôs que fosse elaborada um nota pastoral para ser apresentada à Conferência Episcopal Portuguesa e que a mesma fosse feita pelas bases, onde verdadeiramente se sentem os problemas e as dificuldades.

Para tal ficou deliberado criar-se uma equipa para a elaborar e enviar à Comissão Episcopal Portuguesa. Disse ainda que a maior riqueza do encontro foi a partilha de experiências trazida pelos secretariados de cada diocese e de quem está nos países onde se encontram emigrantes portugueses.

É preciso ganhar uma nova força e um novo alento, e irmos ao encontro dos imigrantes/emigrantes e dar-lhes a devida atenção para que possam ter uma vida digna e se sintam filhos de Deus.
Pelo Secretariado,

Júlia Adega

Sem comentários:

Enviar um comentário

Este é um espaço moderado, o que poderá atrasar a publicação dos seus comentários. Obrigado