sexta-feira, 5 de julho de 2013

A FORÇA DA FAMÍLIA EM TEMPOS DE CRISE

A FORÇA DA FAMÍLIA EM TEMPOS DE CRISE



Nota pastoral dos nossos Bispos

A família representa um bem público, um bem social… um bem para a realização pessoal, no plano afetivo, espiritual, de cada um dos seus membros. A saúde e coesão de uma sociedade dependem, por isso, da saúde e coesão da família.
Só a família concebida a partir do compromisso definitivo entre um homem e uma mulher pode desempenhar esta função social.
A família é o santuário da vida e do amor, lugar da manifestação de uma grande ternura.
Só àqueles que sobrevivem nas confusões, sejam elas terminológicas, morais/éticas ou pseudo-culturais, interessa confundir as noções de ‘família’
Na família respeita-se a dignidade da pessoa humana. Nela a pessoa é acolhida e amada pelo que é, não pelo que faz ou pelo que produz. O contexto familiar é aquele em que os mais vulneráveis, incluindo os idosos não deixam de ser valorizados.
A família é a primeira e mais básica escola de sociabilidade. Nela se aprende a convivência com o outro e o diferente; o homem é diferente da mulher, os irmãos nunca são iguais, e os filhos nunca são o reflexo da imagem dos pais.

A crise económica e social que o nosso país atravessa, evidência a riqueza que representa a família. Tem sido a solidariedade familiar o primeiro e mais seguro apoio de quem se vê a braços com o desemprego, ou a queda de rendimentos com a consequente incapacidade de fazer face a compromissos essenciais, como a da habitação.
Talvez, o mais eloquente sinal de que a crise da instituição familiar se traduz em malefícios sociais, seja o da crise demográfica, que muitos consideram o mais grave dos problemas sociais das sociedades europeias, numa perspetiva do seu futuro mais ou menos próximo.
As últimas estatísticas apontam Portugal como um dos países com mais baixa taxa de natalidade em todo o mundo.
Não há idosos “a mais”, porque estes são sempre uma riqueza, e nunca um peso. O que é problemático e causa desequilíbrios é que não nasçam crianças. (...) o contributo decisivo para vencer a crise demográfica situa-se no plano da cultura e da mentalidade.
Mas como poderemos acreditar que o Estado/governo são ‘pessoas de bem’ se protegem quem combate a vida, matando-a ainda antes de nascer?
Quando se paga, repetidamente, o recurso ao método do aborto e não se ajuda quem quer ter filhos, ainda estaremos a salvaguardar o nosso futuro?

Para vencer a crise demográfica, há que acreditar na família como um projeto duradouro, assente num compromisso de doação total. Só nesse contexto é razoável a decisão de ter filhos. Se a saúde e coesão da sociedade dependem da saúde e coesão da família, esta está estritamente ligada à sua estabilidade.

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