sábado, 14 de março de 2015

JUBILEU DA MISERICÓRDIA


O Jubileu da Misericórdia vai ter início com a abertura da porta santa da Basílica de São Pedro, algo que não acontece desde 2000.

Esta porta é aberta apenas durante o Ano Santo, permanecendo fechada no resto do tempo, e existem portas santas nas quatro basílicas papais: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora de muros e Santa Maria maior.

O rito inicial quer mostrar simbolicamente que aos fiéis é oferecido, no jubileu, um “percurso extraordinário” para a salvação, precisa um comunicado divulgado pela Santa Sé.

O anúncio solene do Ano Santo vai ter lugar com a leitura e publicação da bula pontifícia, junto da porta de São Pedro, no Domingo da Divina Misericórdia (12 de Abril), uma festa instituída por São João Paulo II e celebrada no domingo a
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.De 8 de Dezembro até Novembro de 2016, as igrejas serão convidadas a manterem-se abertas mais tempo para promover o sacramento da confissão.

"Será um ano santo da misericórdia". O Papa Francisco anunciou esta sexta-feira um Jubileu da Misericórdia. Começará a 8 de Dezembro deste ano e terminará a 20 de Novembro de 2016.
A convocatória foi feita no decorrer de uma cerimónia penitencial, no Vaticano. "Caros irmãos e irmãs, tenho pensado muito sobre como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual. Por isso, decidi convocar um jubileu extraordinário que terá no seu centro a misericórdia de Deus. Será um ano santo da misericórdia", disse Francisco.

"Estou convencido que toda a Igreja poderá encontrar neste jubileu a alegria de redescobrir e tornar fecunda a misericórdia de Deus, com a qual todos somos chamados a consolar os homens e as mulheres do nosso tempo", afirmou o Papa.

Durante este período será enfatizada a misericórdia de Deus pelos homens e as igrejas de todo o mundo serão convidadas a abrirem as suas portas mais tempo do que o costume, para promover o acesso ao sacramento da confissão, ou da reconciliação, como é conhecido também.

Tradição antiga

Francisco dá assim seguimento a uma longa tradição da Igreja, que começou com o Papa Bonifácio VIII, no ano 1300.

Na Bíblia, o povo de Israel celebrava um jubileu de 50 em 50 anos, como uma altura em que eram perdoadas dívidas e os escravos eram libertados.

Segundo uma nota publicada pelo Gabinete de Imprensa da Santa Sé, "a Igreja Católica deu ao jubileu judaico um significado mais espiritual. Este consiste num perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e a possibilidade de renovar a relação com Deus e com o próximo. Logo, o ano jubilar é sempre uma oportunidade de aprofundar a fé e de viver com um renovado compromisso o testemunho cristão".

Segundo a mesma nota, "com o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco chama a atenção para o Deus misericordioso que convida todos os homens e mulheres a regressar a ele. Este encontro com Deus inspira e nós a virtude da misericórdia".

Sempre que é convocado um ano jubilar, são abertas as portas santas das quatro basílicas de Roma. A abertura destas portas é uma forma simbólica de mostrar que os fiéis têm agora um novo caminho para chegar à salvação.

O Papa Francisco tem enfatizado muito a misericórdia de Deus durante o seu pontificado, dizendo em várias ocasiões que Deus nunca se cansa de perdoar os homens, como voltou a repetir esta sexta-feira. Durante a cerimónia penitencial, o Papa voltou a fazer como no ano passado e foi-se confessar, publicamente, antes de seguir para um confessionário para ouvir a confissão de outros.

Este é o primeiro ano jubilar convocado desde o grande jubileu do pontificado de João Paulo II, para o ano 2000.

Filipe d’Avillez

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