quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Ouvir os filhos


https://www.youtube.com/watch?v=8GeitjYJFCU


Tiana tem 6 anos, mora com sua mãe solteira e toda vez que o pai a visita, eles brigam. Cansada, ela resolveu ter uma conversa séria com a mãe e... dá uma aula sobre relacionamentos.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

São Miguel, São Gabriel e São Rafael

América 2015: Um Papa no palco do mundo (síntese)


Lusa

Francisco multiplicou mensagens religiosas e políticas sobre família, ecologia, migrações e solidariedade



(Ecclesia) – O Papa Francisco encerrou este domingo em Filadélfia a sua primeira viagem aos Estados Unidos da América, onde multiplicou gestos de apoio aos mais desfavorecidos e mensagens religiosas e políticas sobre família, ecologia, migrações e solidariedade.

A visita começou na terça-feira, em Washington, e o Papa discursou no dia seguinte, diante do presidente Barack Obama, na Casa Branca, onde chegou a bordo do famoso Fiat que foi uma das imagens de marca destes dias, tendo feito a primeira referência aos temas da liberdade religiosa e da crise ecológica, que viriam a ser recorrentes.

Francisco recordou por diversas ocasiões a responsabilidade moral dos EUA em temas como o aborto, as migrações ou o terrorismo.

Ainda na capital norte-americana, o Papa canonizou São Junípero Serra, franciscano do século XVIII que levou a mensagem cristã à Califórnia, recordando todos os que defenderam os direitos das populações indígenas.

Francisco foi o primeiro pontífice a discursar perante o Congresso, manifestando admiração pela história norte-americana antes de apelar ao fim da pena de morte, bem como a uma maior ação na luta contra a pobreza e em defesa do ambiente.

Apesar da barreira da linguagem – apenas quatro intervenções em inglês – e das evidentes limitações físicas, por causa dos problemas na ciática, Francisco ultrapassou distâncias e ganhou simpatias como 'o Papa do povo', com multidões a acompanharem as suas passagens por Nova Iorque e Filadélfia.

Na sede das Nações Unidas, onde foi o quinto a Papa a discursar até hoje, o pontífice argentino aproveitou o palco global para apresentar uma série de preocupações: a reforma da própria ONU e das organizações financeiras internacionais, a pobreza, a crise ambiental, a perseguição dos cristãos.

Em Filadélfia, cidade símbolo da independência dos EUA, o Papa apelou à defesa da liberdade religiosa e ao diálogo entre os vários credos para promover o respeito pelo ser humano.

A mesma preocupação tinha marcado a cerimónia inter-religiosa em memória das vítimas dos atentados do 11 de setembro, no ‘Groud Zero’.

Uma semana antes de dar início a uma nova assembleia do Sínodo dos Bispos, Francisco encontrou-se com milhares de famílias de todo o mundo e pediu aos responsáveis católicos um discurso mais positivo sobre os temas do matrimónio e da vida familiar.

Na Missa final deste evento, o Papa abriu os braços da Igreja a todos os que trabalham em favor da família, independentemente de raças ou credos.

Simbolicamente, o Papa encontrou-se com alunos imigrantes, sem-abrigo, presos e vítimas de abusos sexuais, a quem prometeu determinação.

A décima e mais longa viagem do pontificado, até ao momento, tinha começado no último dia 19, com uma visita de quatro dias a Cuba, mais centrada na comunidade católica, que passou por Havana, Holguín e Santiago.

A chegada ao aeroporto de Ciampino, em Roma, estava prevista para as 10h00 locais (menos uma em Lisboa), após oito horas de voo.

OC

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Apresentação dos Catequistas

 Celebrámos o Envio dos Catequistas da nossa Paróquia



No início da Eucaristia de domingo, foram  anunciadas as intenções pela profª Júlia Adega:

No altar queremos colocar os pais e encarregados de educação, as crianças e adolescentes e os catequistas, que por mais um ano, vão renovar o seu compromisso com Deus, com as crianças que vão acolher e com toda a comunidade.

Evangelizar, não é fácil! E nos dias que correm, com todos os problemas e dúvidas que nos avassalam no dia -a -dia, ser voluntário como catequista torna-se um desafio. Um desafio de sermos testemunhas de vida, de valores e de fé! É isso que as crianças e adolescentes precisam.

Mas este desafio de " Assumir a Palavra de Deus como Luz para a Vida e Alma de Nova Evangelização" não é tarefa apenas nossa, como catequistas, mas também dos pais e de toda a comunidade, porque todos juntos podemos criar uma fé viva. Uma fé capaz de anunciar e testemunhar que Jesus é o Senhor!

Rezemos, pois, para que estas crianças sejam mensageiros de Jesus Cristo e se tornem futuros evangelizadores e também, pelo nosso Pároco que celebra hoje o dom da vida.

Os catequistas e algumas crianças participaram na celebração da Eucaristia e no final foi lida a Oração do Catequista em Acção de Graças e anunciados os horários, dias e horas, assim como as catequistas de cada ano. A catequese terá inicio a 5 de  Outubro.
J. A.









América 2015: Papa despede-se com evocação de momentos «emocionantes»


CTV

Vice-presidente Joe Biden acompanhou partida de Francisco, em Filadélfia


(Ecclesia) – O Papa Francisco despediu-se hoje dos Estados Unidos da América com uma evocação dos momentos “emocionantes” que viveu, como no ‘Ground Zero’, desde terça-feira

“O Ground Zero recorda de forma eloquente o mistério do mal, mas sabemos com toda a certeza que o mal não terá jamais a última palavra e que, no plano misericordioso de Deus, o amor e a paz triunfarão sobre tudo”, disse, no aeroporto internacional de Filadélfia

Perante membros do comité organizador do 8.º Encontro Mundial das Famílias, juntamente com voluntários e benfeitores, para além do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, Francisco confessou estar “com o coração cheio de gratidão e esperança”.

“Sinto-me grato a todos vós e a quantos trabalharam ardorosamente para tornar possível e preparar o Encontro Mundial das Famílias”, sublinhou.

A intervenção recordou ainda as passagens pelas arquidioceses de Washington e Nova Iorque.

“Particularmente comovente para mim foi a canonização de São Junípero Serra, que nos lembra a todos nós o chamamento a ser discípulos missionários”, referiu.

Francisco pediu que Joe Biden leve ao presidente Obama e aos membros do Congresso a sua “gratidão”, juntamente com a garantia de orações pelo povo americano.

“Esta terra foi abençoada com enormes dons e oportunidades. Rezo para que sejais bons e generosos guardiões dos recursos humanos e materiais que vos foram confiados”, acrescentou.

O Papa elogiou a “fé da Igreja” nos EUA, que se manifestou nos momentos de oração em conjunto e em muitas obras de caridade.

“A atenção que tivestes para comigo e a vossa receção são sinal do vosso amor e fidelidade a Jesus. E é-o também a solicitude pelos pobres, os doentes e os sem-abrigo, os imigrantes, a vossa defesa da vida em todas as suas fases, bem como a preocupação com a vida familiar”, sublinhou.

“Rezarei por vós e vossas famílias, e peço-vos, por favor, para rezardes por mim. Deus vos abençoe a todos. Deus abençoe a América”, concluiu Francisco.

Após a bênção final, o Papa cumprimentou várias pessoas antes de seguir para um encontro privado com o vice-presidente norte-americano.

O avião B777 da American Airlines descolou às 19h46 (00h46 de segunda-feira, em Lisboa) devendo chegar a Roma pelas 10h00 desta segunda-feira (09h00 em Lisboa).

OC

Ocupar o ultimo lugar

Visita da Imagem Peregrina de Nª Srª da Fátima





domingo, 27 de setembro de 2015

Papa Francisco é agora um funcionário honorário New Yorker.




Apenas um dia depois de Sua Santidade chegou à Big Apple, o prefeito Bill de Blasio emitiu-lhe o seu próprio cartão de IDNYC.
"IDNYC é sobre a criação de inclusão, compaixão e unidade para a nossa cidade. Poucos têm falado de forma mais clara e eloquentemente sobre a importância desses valores e os direitos de toda a humanidade a ser tratados com dignidade e respeito que o Papa Francis", de Blasio, disse em um afirmação. "IDNYC é um cartão que permite que todos os New Yorker - independentemente de imigração ou o status económico -. De viver em segurança em suas comunidades, interação com o governo, e receber serviços É um equalizador vital e verdadeiro símbolo da mensagem do Papa para proteger a mais vulneráveis em nossas comunidades. "
O cartão caracteriza seu "endereço Santidade como o Palácio Apostólico do Vaticano - não o apartamento mais modesto que ele escolheu para viver em - e relaciona sua altura como 5-pés-9-polegadas. O cartão expira em setembro 2020.
Com o seu novo cartão, que funciona como uma carteira de motorista em agências governamentais e empresas que necessitam de identificação com foto, o Papa Francis pode visitar vários museus e instituições culturais de graça para o próximo ano.
Enquanto esta viagem pode ser tudo sobre o negócio, o Papa Francis agora pode voltar e ver os pinguins no Parque Zoológico do Bronx, admirar a obra de Andy Warhol no Museu de Arte Moderna, e descomprimir no Jardim Brooklyn Botânico - tudo gratuitamente.
O programa IDNYC, que começou em janeiro, não discrimina com base no status de imigração de alguém. Cerca de 540 mil cartões foram emitidos, de acordo com o gabinete do prefeito.
De Blasio disse a Arquidiocese de Nova York e da Diocese de Brooklyn têm sido úteis em levar as pessoas para se inscrever.
"A mensagem do Papa da igualdade e unidade ressoa em todo o mundo e, especialmente, em Nova York, lar de pessoas de todas as cores, credos e origens", disse Câmara Municipal Speaker Melissa Mark-Viverito em um comunicado. "IDNYC é um recurso para todos os nova-iorquinos, inclusive da diversidade vibrante que torna a nossa cidade tão singular - e ele encarna o apelo do Papa para elevar, dar poder e respeitar aqueles que a sociedade marginaliza tantas vezes."

Beto Andrade

Palavras sem dono


https://www.youtube.com/watch?v=TUFfj7ibKRo

A liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum apresenta várias sugestões para que os crentes possam purificar a sua opção e integrar, de forma plena e total, a comunidade do Reino. Uma das sugestões mais importantes (que a primeira leitura apresenta e que o Evangelho recupera) é a de que os crentes não pretendam ter o exclusivo do bem e da verdade, mas sejam capazes de reconhecer e aceitar a presença e a acção do Espírito de Deus através de tantas pessoas boas que não pertencem à instituição Igreja, mas que são sinais vivos do amor de Deus no meio do mundo.
A primeira leitura, recorrendo a um episódio da marcha do Povo de Deus pelo deserto, ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer e sobre quem quer, sem estar limitado por regras, por interesses pessoais ou por privilégios de grupo. O verdadeiro crente é aquele que, como Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta.
No Evangelho temos uma instrução, através da qual Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se na órbita do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma comunidade que, sem arrogância, sem ciúmes, sem presunção de posse exclusiva do bem e da verdade, procura acolher, apoiar e estimular todos aqueles que actuam em favor da libertação dos irmãos; convida-os também a não excluírem da dinâmica comunitária os pequenos e os pobres; convida-os ainda a arrancarem da própria vida todos os sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino.
A segunda leitura convida os crentes a não colocarem a sua confiança e a sua esperança nos bens materiais, pois eles são valores perecíveis e que não asseguram a vida plena para o homem. Mais: as injustiças cometidas por quem faz da acumulação dos bens materiais a finalidade da sua existência afastá-lo-ão da comunidade dos eleitos de Deus.


A comunidade do Povo de Deus é a comunidade do Espírito. O Espírito não é privilégio dos membros da hierarquia; mas está bem vivo e bem presente em todos aqueles que abrem o coração aos dons de Deus e que aceitam comprometer-se com Jesus e com o seu projecto de vida. Mesmo o irmão mais humilde, mais pobre, menos considerado da nossa comunidade possui o Espírito de Deus.
Deus não apoia nunca quem vive fechado em si próprio, no açambarcamento egoísta desses bens que Deus nos concedeu para serem postos ao serviço de todos os homens; e qualquer crime cometido contra os pobres é um crime contra Deus, que afasta o homem da vida plena da comunhão com Deus.
O apelo de Jesus à sua comunidade no sentido de não “escandalizar” (afastar da comunidade do Reino) os pequenos, faz-nos pensar na forma como lidamos, enquanto pessoas e enquanto comunidades, com os pobres, os que falharam, os que têm atitudes moralmente reprováveis, aqueles que têm uma fé pouco consistente, aqueles que a vida marcou negativamente, aqueles que a sociedade marginaliza e rejeita… Eles encontram em nós a proposta libertadora que Cristo lhes faz, ou encontram em nós rejeição, injustiça, marginalização, mau exemplo? Quem vê o nosso testemunho tem razões para aderir a Cristo, ou para se afastar de Cristo?

http://www.dehonianos.org/

sábado, 26 de setembro de 2015

São Cosme e São Damião

Alguns ensinamentos de Jesus


https://www.youtube.com/watch?v=-LJJHfdZtCI


Alguns ensinamentos de Jesus!

A passagem do Evangelho apresentada aqui deve orientar nosso coração e nossos critérios em função ao apostolado.
Há diversos detalhes de grande importância.
Auxiliemo-nos mutuamente, todos os que trabalhamos no mesmo contexto de fé e sob a lei do mesmo Senhor.
Assim, nosso apostolado ganhará em amplitude e eficácia. Examine-se cada um e procure viver de maneira irrepreensível.

Recadinho

- Os discípulos manifestam ciúmes diante daqueles que não os seguem e realizam milagres. Que lugar ocupa o ciúmes em minha vida?
- Em nosso meio o ciúmes às vezes se manifesta?
- E se em nosso meio alguém manifesta mais talentos que nós?
- Temos ciúmes de alguém que faz o bem mais que nós?
- Nossa comunidade é fechada em si mesmo ou é acolhedora?

Papa no Congresso dos EUA

Diálogo, bem comum, dignidade para todos - Papa no Congresso dos EUA


Francisco no Congresso Americano acolhido com grandes aplausos. É a primeira vez que um Papa põe os pés na casa onde são emanadas as leis nos Estados Unidos. E Bergoglio considera que o convite lhe foi feito por ser ele também filho desse grande continente do qual todos nós – disse – “ recebemos muito e em relação ao qual todos partilhamos uma comum responsabilidade”.


Tendo como refrão no seu discurso o diálogo, a procura do bem comum e a dignidade para todos, o Papa colheu na própria cultura, história dos Estados Unidos o exemplo de algumas personalidades do país para encorajar numa caminhada edificadora para o povo americano e para o mundo inteiro.

Antes de mais, olhando para os medalhões de rostos importantes e históricos que ornamentam as paredes da Sala do Congresso, e entre os quais se distingue o de Moisés, o Papa disse aos Congressistas que Moisés – patriarca e legislador do povo de Israel – oferece uma boa síntese do trabalho que lhes é pedido fazer: “proteger com os instrumentos da lei, a imagem e semelhança modeladas por Deus em cada rosto humano”.

Mas ao falar aos legisladores, o Papa quis endereçar-se, ao mesmo tempo, a todo o povo dos Estados Unidos, aos que labutam quotidianamente e até dão uma mão aos outros; aos anciãos com a sua sageza, aos jovens que se empenham e que muitas vezes sofrem pela imaturidade de tantos adultos. Com todos quis dialogar através da memória histórica desse povo. E neste ano em que se comemoram importantes aniversários de algumas figuras, como o cento-cinquentenário do assassínio de Abraham Lincoln, cinquenta anos da marcha conduzida por Martin Luther King, e o centenário de nascimento de Thomas Merton, o Papa referiu-se a eles, mas também a Dorothy Day, fundadora do Movimento dos Trabalhadores Católicos.

Quatro indivíduos, quatro sonhos que devem continuar a orientar os cidadãos dos Estados Unidos. Lincoln pela sua opção pela liberdade; Martin Luther King pela liberdade sem exclusão; Dorothy Day, pela justiça social e os direitos da pessoa; Thomas Merton, pela capacidade de diálogo e de abertura a Deus.

Falando do Presidente Abraham Lincoln que trabalhou incansavelmente para que, com a ajuda de Deus, os EUA pudessem ter um novo renascimento na liberdade, o Papa frisou que “Construir um futuro de liberdade requer amor pelo bem comum e colaboração num espírito de subsidiariedade e solidariedade” .

Isto levou-o a recordar que vivemos num mundo dilacerado por ódios e violências, atrocidades cometidas, por vezes, em nome de Deus e das religiões. Então há que estar atentos a todas as formas de fundamentalismos:

“É necessário um delicado equilíbrio para combater a violência perpetrada em nome duma religião, de uma ideologia ou de um sistema económico, enquanto se salvaguarda ao mesmo tempo a liberdade religiosa, a liberdade intelectual e a liberdade individual”.

Mas há que livrar-se da tentação de ver tudo como bem ou mal, justos ou pecadores, pois sabemos que na tentativa de ser libertados de inimigos externos podemos alimentar inimigos internos, ou imitar o ódio e a violência dos tiranos e assassinos para tomarmos o seus lugares. Algo que o povo americano recusa – disse-lhes o Papa, indicando como resposta para os males do mundo “a esperança e a atenção para com os outros, a paz e a justiça”; “coragem e inteligência para resolver as muitas crises económicas e geopolíticas de hoje”.

O Papa recordou depois o papel das várias denominações religiosas na construção da sociedade americana, dizendo que é importante também hoje continuar a escutar a voz da fé, porque é voz de fraternidade e de amor, elementos necessários na batalha pela eliminação das novas formas globais de escravatura, fruto de graves injustiças e que requerem novas políticas e consenso social.

“Se a política deve estar realmente ao serviço da pessoa humana, é claro que não pode estar submetida ao serviço da economia e da finança” – frisou Francisco, encorajando a construir, unidos o bem comum.

“Penso também na marcha que Martin Luther King guiou de Selma a Montgomery há 50 anos como parte da campanha pela realização do seu “sonho de plenos direitos civis e político para os Afro-americanos. Aquele sonho continua a inspirar-nos” .

A América continua ainda hoje a ser terra de sonhos, onde não se tem medo dos estrangeiros, até porque muitos de nós eramos estrangeiros e somos descendentes de imigrados – disse o Papa, manifestando toda a sua solidariedade para com os povos indígenas que sofreram com a chegada desses estrangeiros. Exprimindo o desejo de que erros do passado não se repitam, encorajou a educar os jovens a não voltar as costas ao próximo. O Papa recordou que a crise de refugiados que se está a viver actualmente requer que não se vejam neles números que assustam, mas pessoas, cujos histórias devemos ouvir, e responder de forma sempre humana, justa, fraterna. A regra de ouro – insistiu - é “não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti”. Esta regra de ouro põe-nos “perante a responsabilidade de defender a vida em todas as suas fazes de desenvolvimento” .

Nesta linha, o Papa recordou que é contra a pena de morte e apoia a todos nesta opção, pois, tudo embora dando a justa punição, não se deve “nunca excluir a dimensão da esperança e o objectivo da reabilitação”

E nesta época de grandes desafios sociais, o Papa passou depois a falar da serva de “Deus Dorothy Day, fundadora do Movimento dos Trabalhadores Católicos.”

Francisco enalteceu o seu empenho social, inspirado no Evangelho, para recordar os milhões de pessoas encravadas ainda hoje na pobreza e que precisam de esperança:

“A luta contra a pobreza e a fome deve ser combatida constantemente em muitas frentes, especialmente nas suas causas. Sei que muitos americanos hoje, como no passado estão a trabalhar para enfrentar este problema”.

Isto requer criação e distribuição de riquezas, o correcto uso dos recursos naturais, a criação de postos de trabalho, e cuidados ecológicos – sublinhou o Papa, citando a sua encíclica nesta matéria em que incita a mudar de rota e a criar uma “cultura do cuidado” ambiental.

Finalmente, referindo-se a Thomas Merton, nascido nos Estados Unidos, há um século, quando iniciava a Grande Guerra, o Papa disse que ele “permanece uma fonte de inspiração espiritual e uma guia”, pois embora ele tivesse vivido num contexto de ódio praticado mesmo por pessoas que diziam amar a Deus, ele tomou consciência disso, tornando-se no homem que foi:

“Merton era antes de mais um homem de oração, um pensador que desafiou as certezas desse tempo e abriu novos horizontes para as almas e para a Igreja. Foi um homem de diálogo, um promotor de paz entre os povos e religiões”.

Tendo em mente esta figura e sentindo-se no dever de construir pontes, o Papa recordou que quando há desacordo é preciso diálogo e colher com coragem, audácia e responsabilidade as oportunidades de abertura.

“Um bom líder político é aquele que, tendo presente os interesses de todos, colhe o momento com espírito de abertura e sentido prático. Um bom líder político opta sempre por “iniciar processos mais que possuir espaços”.

Estar ao serviço do diálogo e da paz é estar determinados a pôr termo a conflitos armados em todo o mundo – sublinhou – mas então porque é que “se vendem armas mortais aqueles que planificam infligir indizíveis sofrimentos a indivíduos e sociedades»? – simplesmente pelo dinheiro, dinheiro permeado de sangue dos inocentes – respondeu o Papa, denunciando o silêncio perante isto e o enaltecendo o “dever enfrentar o problema e travar o comercio de armas”.

O Papa terminou o seu discurso chamando a atenção para o Encontro Mundial das Famílias em Filadélfia, dizendo querer que a família seja o tema recorrente desta sua visita. Família que tem sido importante para construção dos Estados Unidos e que continua a merecer todo o apoio e encorajamento – referiu, dizendo-se preocupado com a família tão ameaçada nos dias de hoje, tanto interna como externamente. Relações fundamentais e a própria base matrimonial da família são postas em questão. E perante isto o Papa “não pode senão propor a importância, e sobretudo, a riqueza e a beleza da vida familiar”

Francisco chamou a atenção sobretudo para os jovens, membros mais vulneráveis da família, recordando que os seus problemas são os nossos e que é necessário enfrentá-los juntos para encontrar soluções eficazes em vez de permanecer empantanados nas discussões”.

E, resumindo, deixou mais esta mensagem:

“Uma nação pode ser considerada grande quando defende a liberdade, como fez Lincoln; quando promove uma cultura que consente às pessoas “sonhar” plenos direitos para todos os próprios irmãos e irmãs, como Martin Luther King procurou fazer; quando a luta contra a justiça e a causa dos oprimidos, como Dorothy Day fez com o seu incansável trabalho, fruto de uma fé que se torna diálogo e semeia paz no estilo contemplativo de Thomas Merton.”

E concluiu auspiciando que o espírito do povo americano marcado pela riqueza cultural de que estas figuras são alguns exemplos, “continue a desenvolver-se e a crescer, de modo a que o maior número possível de jovens possa herdar e viver numa terra que inspirou um tão grande número de pessoas a sonhar”. Deus bendiga a América!

(DA)

(from Vatican Radio)

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Papa na sala do Congresso dos Estados Unidos.


Uma standing ovation, com aplausos e aclamações, acompanhou na manhã de quinta-feira 24 de Setembro, o ingresso do Papa na sala do Congresso dos Estados Unidos.

Anunciado como The Pope of the Holy See, Francisco recebeu um acolhimento caloroso, numa circunstância solene, para a primeira visita do Pontífice àquela instituição. Um calor testemunhado não só pela saudação de boas-vindas, mas também pelas trinta e seis interrupções do discurso do Pontífice devidas aos aplausos que sublinharam alguns trechos – sinal de atenção e de partilha, não obstante às vezes não unânime, em relação aos temas tratados – acompanhados com frequência por outras ovações. A partir da primeira, quando no início do pronunciamento agradeceu o convite a dirigir-se à assembleia plenária do Congresso na «terra dos livres e casa dos valorosos». Uma atenção manifestada também por milhares de pessoas que ouviram o discurso através dos ecrãs gigantes montados no pórtico ocidental, que desde os tempos do presidente Ronald Reagan é usado para a cerimónia de posse do chefe de Estado, onde foi realizada uma tribuna para os convidados.
De acordo com o protocolo, o único que falou foi o Pontífice, que pronunciou o discurso em inglês, tendo diante de si o medalhão com Moisés, representado entre os grandes legisladores, o único personagem entre os retratos na sala que fita directamente quem fala da tribuna. E precisamente a Moisés o Papa fez referência no início da intervenção, frisando que a sua figura é uma síntese do trabalho que cabe aos políticos, chamados a defender o homem através dos instrumentos da lei.
Gaetano Vallini


 L’Osservatore Romano

Festas em Honra de Nossa Senhora da Lapa- Besteiros


 No próximo fim-de-semana de 25 a 27 de Setembro, em Besteiros (Alegrete), decorrerão as tradicionais festas em Honra de Nossa Senhora da Lapa.
Na tarde de domingo, dia 27, pelas 15h30, na capelinha da Lapa, será celebrada a Eucaristia seguida de procissão em Honra de Nossa Senhora da Lapa.


Igreja de Nossa Senhora da Lapa – Alegrete, pequena Igreja cavada na rocha situada a 1 km da povoação de Besteiros junto da raia com belíssima panorâmica do parque Natural da Serra de São Mamede e Extremadura espanhola.

A Senhora da Lapa com a sua pequena igreja protegida por um grande rochedo fica situada na herdade do Palmeiro.

Santa de grande devoção das gentes raianas, é festejada no último domingo do mês de Setembro.

Sete tipos de lágrimas, segundo o papa Francisco


Pope Francis hugs a boy at Quinta da Boa Vista Park in Rio de Janeiro, Brazil, on July 26, 2013. Pope Francis returned to Rome late Sunday after leading a giant beach mass in Brazil for three million pilgrims, ending his historic trip to reignite Catholic passion with pleas for a humbler Church. AFP PHOTO/LUCA ZENNARO/POOL

A sabedoria das lágrimas e o significado do pranto nos discursos do Santo Padre



O choro, as lágrimas… Para o papa Francisco, há vários “tipos” de lágrimas e ele as aborda com certa frequência em seus discursos. Em seu livro “La saggezza delle lacrime – Papa Francesco e il significato del pianto” (“A sabedoria das lágrimas: o papa Francisco e o significado do choro”), o pe. Luca Saraceno fala de sete tipos de lágrimas a partir da perspectiva do Santo Padre.

O choro tem múltiplos significados, difíceis de circunscrever a um só campo: “Todos nós, em nossa vida, sentimos a alegria, a tristeza, a dor, mas, nos momentos mais escuros, nós choramos? Experimentamos aquela bondade das lágrimas que preparam os olhos para olhar, para ver o Senhor? […] É uma linda graça! Chorar por tudo: pelo bem, pelos nossos pecados, pelas graças, pela alegria”.

1. Lágrimas de alegria


Dez dias depois da sua eleição, o papa Francisco falou pela primeira vez das lágrimas na sua meditação diária durante a missa na capela da Casa Santa Marta: “Jesus morreu pelo seu povo e por todos. Mas isso não deve ser entendido num sentido geral: significa que Jesus morreu por cada homem individualmente. Todo cristão deve dizer: ‘Cristo morreu por mim’. Esta é a expressão máxima do amor de Jesus por cada homem. E da consciência desse amor deveria nascer um agradecimento. Um agradecimento tão profundo e apaixonado que poderia se transformar em lágrimas de alegria no rosto de cada fiel!”.

2. Lágrimas de arrependimento

Na santidade de Pedro, figura do Evangelho muito querida para o papa Francisco, a presença das lágrimas é um sinal de sincero arrependimento: “Aquele olhar de Jesus, tão belo, tão belo! E Pedro chora. Esta é a história dos encontros durante os quais Jesus plasma no amor a alma do apóstolo. Aquele amor pelo qual Pedro chora quando Jesus, em outro encontro, lhe pergunta três vezes: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’. Toda vez que Jesus repete esta pergunta, Pedro se lembra de que o negou, de que disse que não o conhecia, e se envergonha”.

3. Lágrimas de dor de amor

Lágrimas de ansiedade e esperança no coração que deseja apenas o bem da pessoa amada… As mães as conhecem tão bem! Suas lágrimas são o resultado inquieto do amor profundo que têm pelos filhos. Nas Confissões, de Santo Agostinho, lemos esta frase de Santa Mônica ao pedir que o filho encontrasse o seu caminho de fé: “Não é possível que um filho de tantas lágrimas se perca” (III, 12,21). O próprio Agostinho, depois da conversão, voltando-se para Deus, escreve: “Por amor de mim, minha mãe chorou diante de vós, toda fiel, derramando mais lágrimas do que jamais derramassem as mães diante da própria morte de um filho” (III, 11,19 ).

4. Lágrimas de fidelidade


Uma Igreja que sabe chorar e rezar, cuidar dos filhos e acompanhá-los ao encontro do Esposo, uma Igreja que, na sinfonia de um grito silencioso, apoia, corrige e encoraja: ela é a mãe de todos os que se sentem particularmente necessitados e o papa Francisco não deixa de apresentá-la assim ao mundo, já desde as páginas da sua primeira exortação apostólica, Evangelii Gaudium: a Igreja é “uma mãe de coração aberto”, nossa aliada mais fiel e sempre presente.

5. Lágrimas de compaixão

Jesus não é insensível ao clamor do homem. O pranto que vem do coração encharcado de dor vai direto ao coração de quem o vê, despertando a compaixão – divina e humana. E a compaixão de Deus, suscitada pelo homem que chora, o faz secar as lágrimas com palavras de caridade delicada e firme. As lágrimas de paixão despertam a compaixão, capaz de cessar o pranto e devolver a vida perdida.

6. Lágrimas de consolação

O papa retorna frequentes vezes ao tema da consolação, cuidando de não confundi-la com as fugazes alegrias mundanas: a consolação de Deus nasce do amor que só se cumpre na oferta completa e verdadeira de si, que não deixa de passar pelas lágrimas. “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5,4).

A consolação não apaga o sofrimento suportado: ela implica a lembrança de um encontro com a salvação, a lembrança de um vácuo que depois cedeu à doce plenitude, transbordando, derramando-se… A consolação é como a cicatriz que grava a história na pele: ela recorda a coexistência da ferida que sangrava e da cura que foi alcançada.

7. Lágrimas de bem-aventurança

A bem-aventurança evangélica das lágrimas também é lembrada pelo papa Francisco: “Eu gostaria de recordar a vocês uma das bem-aventuranças: ‘Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados’ (Mt 5,4). Com estas palavras proféticas, Jesus se refere a uma condição da vida de todos na terra. Há quem chora por não ter saúde, há quem chora por não ser compreendido ou por estar só… As razões de sofrimento são muitas”.

Mas as lágrimas se tornam bem-aventurança porque a felicidade se nutre do sangue das lágrimas. O sofrimento, especialmente para os cristãos, nunca é o objetivo de si mesmo: o sofrimento é fonte do impulso de amor que “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13,7).


www.aleteia.org

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Barack Obama recorda perseguições religiosas contra cristãos



Presidente norte-americano mostra admiração pelo papel da Igreja Católica e do Papa em questões diplomáticas, sociais e ecológicas


(Ecclesia) – O presidente dos Estados Unidos da América disse hoje ao Papa que o seu país apoia os apelos de Francisco em defesa dos cristãos e minorias religiosas perseguidas.

“Aqui nos Estados Unidos prezamos a liberdade religiosa, mas à volta do mundo, neste preciso momento, filhos de Deus, incluindo cristãos, são atacados, até mortos, por causa da sua fé”, sublinhou Barack Obama, no discurso que proferiu durante a cerimónia de boas-vindas ao pontífice argentino, na Casa Branca.

Obama recordou os cristãos presos e igrejas destruídas em vários países, deixando um apelo ao diálogo inter-religioso, para que todos vivam a sua fé “livres de medo e livres de intimidação”.

A intervenção aludiu depois às mensagens do Papa em defesa do ambiente e à “obrigação sagrada” de proteger a terra.

“Apoiamos o seu apelo a todos os líderes mundiais para que ajudem as comunidades mais vulneráveis ao clima em mudança”, referiu.

O presidente dos EUA agradeceu o "inestimável apoio" de Francisco e do Vaticano na aproximação diplomática a Cuba, “um novo começo com o povo cubano”, que o Papa acabou de visitar.

Obama saudou as “qualidades únicas” de Jorge Mario Bergoglio, “um líder cuja autoridade moral vem não só das palavras mas também dos atos”.

Os elogios estenderam-se aos pedidos de acolhimento dos refugiados e imigrantes ou em favor do “imperativo da paz”, face aos “custos da guerra, em particular sobre os que não têm poder e os indefesos”.

O presidente norte-americano disse que existe uma profunda “devoção” dos católicos e não só à “mensagem de amor e esperança” do Papa.

Obama falou do “primeiro Papa das Américas”, na primeira visita aos EUA, e brincou com o facto de ser o “primeiro pontífice a partilhar uma encíclica através do Twitter”.

O chefe de Estado valorizou o papel desempenhado pela Igreja Católica, “diariamente”, junto dos mais pobres, dos doentes, dos sem-abrigo, das crianças, dando voz “aos que procuram quebrar as correntes da violência e da opressão”.

No final da cerimónia de boas-vindas teve lugar uma visita de cortesia de Francisco ao presidente norte-americano, na Sala Oval, para uma conversa privada, a troca de presentes e a apresentação de familiares.

OC

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Papa chegou aos EUA para primeira viagem ao país


(Lusa)

Papa vai rezar no «ground zero», visitar ONU e encerrar Encontro Mundial da Família



(Ecclesia) - O Papa chegou terça- feira aos Estados Unidos da América, pelas 15h49 de Washington (20h49 de Lisboa) para a sua primeira visita ao país, após uma viagem a Cuba, para discursar ONU e no Congresso norte-americano, antes de encerrar o Encontro Mundial das Famílias.

Francisco foi recebido na base ‘Andrews’ da Força Aérea pelo presidente Barack Obama e a sua família, num gesto invulgar, dado que habitualmente o chefe de Estado dá as boas-vindas aos líderes estrangeiros na Casa Branca.

O vice-presidente Joe Biden, católico, também marcou presença junto ao avião para acolher o Papa, que seguiu depois para a Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé), sem mais compromissos públicos no dia.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse em conferência de imprensa que Francisco vai procurar valorizar a multiculturalidade do país, com discursos em inglês e espanhol, além de encontros com imigrantes.

As celebrações eucarísticas incluem orações em várias línguas nativas e de algumas das comunidades imigrantes mais importantes dos EUA (Alemanha, Itália, Polónia, Vietname e Coreia do Sul).

Francisco vai deslocar-se num veículo descoberto, um jipe fabricado nos EUA, sem “motivos especiais de preocupação”, adiantou o porta-voz do Vaticano.

Na quarta-feira, tem lugar a cerimónia oficial de boas-vindas na Casa Branca, onde o Papa pronuncia um discurso em inglês, reunindo-se depois com Barack Obama; segue-se um encontro com 400 bispos dos Estados Unidos da América.

De tarde, Francisco preside à Missa de canonização do Beato Junípero Serra (1713-1784), franciscano que evangelizou a Califórnia, no Santuário Nacional da Imaculada Conceição.

Face a algumas polémicas que têm vindo a rodear a acção desta figura, o padre Federico Lombardi recordou que o Papa se tem mostrado consciente da discussão sobre “evangelização e colonização” no continente americano.

A 24 de setembro, o pontífice argentino vai tornar-se o primeiro Papa a discursar diante das duas câmaras do Congresso norte-americano, para falar “a todos os cidadãos dos EUA, não apenas aos católicos”.

Após este encontro, Francisco vai saudar a multidão desde a varanda do Congresso.

A agenda desse dia inclui uma visita ao centro caritativo da Paróquia de São Patrício, para um encontro com sem-abrigo, antes da partida para Nova Iorque, onde o Papa vai presidir à recitação da oração de vésperas, com religiosos e religiosas na Catedral de São Patrício.

A primeira visita do actual Papa à sede da ONU está marcada para sexta-feira, de manhã, com uma saudação e um discurso de Francisco, em espanhol.

Francisco vai tornar-se o quarto Papa a discursar na sede da ONU, depois de Paulo VI (1965), João Paulo II (1979 e 1995) e Bento XVI (2008).

Nesse mesmo dia, vai participar num encontro inter-religioso no memorial do ‘Ground Zero’, evocando as vítimas dos ataques terroristas do 11 de setembro.

De tarde, o Papa visita uma escola católica, reunindo-se com famílias de imigrantes no Harlem, num dia que se conclui com a Missa no célebre ‘Madison Square Garden’.

Francisco parte para Filadélfia no sábado, começando por celebrar Missa com os membros do clero e dos institutos religiosos da Pensilvânia, na Catedral dos Santos Pedro e Paulo; à tarde, o Papa participa num encontro para a liberdade religiosa com a comunidade hispânica e outros imigrantes no histórico ‘Independence Hall’ da cidade-pátria da independência dos EUA, em homenagem “ao grande país” que o recebe, explicou o porta-voz do Vaticano.

À noite, Francisco começa a participar nos eventos conclusivos do Encontro Mundial das Famílias (EMF), com a festa dos participantes e uma vigília de oração, perante uma multidão estimada em 1,5 milhões de pessoas.

O encontro mundial começou hoje, com um congresso temático que se prolonga até sexta-feira, seguindo-se os dias de oração e encontro com Francisco, em volta do tema ‘O amor é a nossa missão: a família plenamente viva’.

Na noite de 26 de setembro, o EMF vai celebrar um “festival intercultural”, com a presença confirmada de Aretha Franklin, do cantor colombiano Juanes e do tenor italiano Andrea Bocelli.

O domingo começa junto dos bispos convidados para o 8.º EMF, continuando com uma visita aos detidos do Instituto ‘Curran-Fromhold’, para menores.

O Papa preside à Missa conclusiva do EMF 2015 no Benjamin Franklin Parkway, naquele que é o último ato público da décima viagem ao estrangeiro deste pontificado.

Simbolicamente, o Papa vai oferecer 200 mil cópias do Evangelho segundo São Lucas, assinadas por si, para as “famílias das periferias” de cinco “grandes cidades”, uma de cada continente: Havana (Cuba), Marselha (França), Hanói (Vietname), Sidney (Austrália) e Kinshasa (Quénia).

De regresso a Roma, o voo papal deve aterrar na capital italiana pelas 10h00 (menos uma em Lisboa) de 28 de setembro.

OC

Papa encerra visita centrada na reconciliação e na mudança


(Lusa)

Francisco elogiou resistência da Igreja Católica, projetando o seu papel no pós-castrismo



(Ecclesia) – O Papa Francisco encerrou ontem a sua primeira visita a Cuba, iniciada no sábado, após ter passado pelas cidades de Havana, Holguín e Santiago onde deixou mensagens centradas na reconciliação e na mudança.

Sem nunca criticar diretamente o regime comunista, Francisco aludiu por várias ocasiões às “feridas” e dificuldades do povo cubano, recordando também todos os que saíram da ilha.

Na homilia da Missa que reuniu cerca de 200 mil pessoas na Praça da Revolução, em Havana, o Papa falou dos mais frágeis e necessitados, advertindo os cubanos para os perigos de “projetos que podem parecer sedutores” mas acabam por desinteressar-se das “pessoas de carne e osso”.

Francisco sublinhou que o serviço ao próximo “nunca é ideológico”, porque procura o bem de pessoas concretas e não de ideias.

Em várias ocasiões, as intervenções papais ligaram a identidade cubana ao catolicismo, desejando que este possa ter um papel de relevo nas transformações em curso na ilha.

Por isso mesmo, junto de milhares de jovens, em Havana, desafiou as novas gerações a construir a “amizade social” e “procurar o bem comum”, com “corações abertos, mentes abertas”, que não se fechem em “ideologias” nem rejeitem o diálogo por causa de diferenças.

Ao chegar a Cuba, o Papa elogiou a “normalização” das relações diplomáticas com os Estados Unidos da América, apelando ao aprofundamento do diálogo político, “em favor da paz e do bem-estar dos seus povos, de toda a América, e como exemplo de reconciliação para o mundo inteiro”.

Já no Santuário de Nossa Senhora da Caridade, padroeira de Cuba, rezou pela “reconciliação” do país e recordou a diáspora cubana.

“Mãe da Reconciliação, reúne o teu povo disperso pelo mundo. Faz da nação cubana um lar de irmãos e irmãs, para que este povo abra de par em par a sua mente, o seu coração e a sua vida a Cristo, único Salvador e Redentor”, disse.

Em Holguín, o Papa elogiou o “esforço e sacrifício” da Igreja Católica para preservar a sua identidade e ação na sociedade cubana, mesmo perante a falta de templos e sacerdotes.

Francisco sublinhou em particular o trabalho nas chamadas «casas de missão», que permitem a muitas pessoas “ter um espaço para a oração, a escuta da Palavra, a catequese e a vida comunitária”.

Já no último dia da visita, o primeiro pontífice sul-americano da história afirmou que a Igreja Católica propõe uma “revolução” que passa pelo serviço ao próximo e o diálogo, depois de aludir às “dores e privações” da história do país, sublinhando que estas dificuldades não conseguiram “extinguir a fé” nem apagar a “alma do povo cubano”.

Francisco encontrou-se com o presidente Raúl Castro, em privado, bem como com o seu irmão, Fidel Castro, longe das câmaras, privilegiando celebrações litúrgicas e momentos de oração no seu programa de quatro dias, acompanhadas por centenas de milhares de pessoas.

Raúl Castro marcou presença nas três Missas e acompanhou Francisco no aeroporto internacional de Santiago, onde decorreu a cerimónia oficial de despedida, e vai voltar a encontrar-se com o pontífice argentino esta sexta-feira, na sede da ONU.

A viagem ficou marcada pela detenção de alguns dissidentes que, alegadamente, terão sido impedidos de ver o Papa.

OC

terça-feira, 22 de setembro de 2015

INFORMAÇÃO PAROQUIAL

“Ide e ensinai” Mt 28, 19


ARRONCHES
Dia 24 de Setembro- quinta -feira- 20:30H  reunião com as catequistas, no Centro Paroquial, preparação do ano catequético.

Dia 25 de Setembro- sexta- feira- 20:30H - reunião com pais e encarregados de educação das crianças que iniciaram o 1º ano, no Centro Paroquial. Receberão previamente uma carta/ convite para inscrição na catequese.

Dia 27 de Setembro, domingo, decorrerá o Envio dos Catequistas, durante a Eucaristia.
Convidam- se os pais e todas as crianças a participar na Eucaristia do meio-dia, para conhecerem as suas catequistas, bem como o horário e dias da catequese.

No próximo sábado, dia 26 de Setembro, serão retomadas as missas vespertinas, 18:30H, na Igreja de Nª Srª da Luz.

Papa apresenta doença como «caminho» de proximidade com Jesus


DR

Dia Mundial do Doente 2016 celebra-se a 11 de Fevereiro em Nazaré, na Terra Santa


(Ecclesia) – O Papa Francisco apresenta na sua mensagem para o 24.º Dia Mundial do Doente a o “ensinamento” “das bodas de Caná” e assinala que a doença coloca a fé em Deus “à prova” mas revela “toda a sua força positiva”.

“A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita perguntas que nos atingem em profundidade. Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido. Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva”, escreve.

Na mensagem divulgada hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco contextualiza que não é porque a doença, tribulações ou perguntas desapareçam mas porque “dá uma chave para descobrir o sentido mais profundo” do que se está a viver.

“Uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus”, desenvolve, assinalando que esta chave é dada por Maria, a mãe de Jesus.

Segundo Francisco, o tema “Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: ‘Fazei o que Ele vos disser’” (Jo 2, 5) para o Dia Mundial do Doente 2016 “insere-se muito bem” no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

A mensagem do Papa desenvolve-se sobre o episódio bíblico das bodas de Caná, “um ícone da Igreja” e destaca a “esperança” que existe neste acontecimento para todos onde se “manifestam os traços distintivos de Jesus e da sua missão” e revela a “solicitude” de Maria que “reflete a ternura de Deus”.

Aos que estão ao serviço dos doentes e atribulados, Francisco deseja que vivam “animados pelo espírito de Maria, Mãe da Misericórdia” e manifesta que esta data é uma ocasião para se “sentir particularmente próximo” das pessoas doentes e de quantos são cuidadores.

O Papa reconhece que este pode ser um serviço “cansativo, pesado” mas pede que tenham a certeza que “o Senhor não deixará de transformar o esforço humano em algo de divino”.

Tendo como exemplo os serventes que encham as vasilhas de água nas Bodas de Caná assinala que aos olhos de Deus “é precioso e agradável ser serventes dos outros”.

“Também nós podemos ser mãos, braços, corações que ajudam a Deus a realizar os seus prodígios, muitas vezes escondidos”, frisa.

Para o Papa, “sãos ou doentes” todos podem “oferecer canseiras e sofrimentos” como a água que “encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor”.

O Papa considera que o Dia Mundial do Doente em 2016, celebrado solenemente na Terra Santa, vai ajudar a “tornar realidade os votos” que formulou na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (MV, 23) e incentiva cada hospital ou casa de recuperação a “ser sinal visível e lugar para promover a cultura do encontro e da paz”.

“Onde a experiência da doença e da tribulação, bem como a ajuda profissional e fraterna contribuam para superar qualquer barreira e divisão”, acrescenta, recordando o exemplo das freiras naturais da Terra Santa que canonizou em maio.

A Jornada, como é tradição, vai ser celebrada a 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, em 2016 é a cidade de Nazaré, na Terra Santa, que acolhe o encontro.

CB

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Papa visitou monumento dedicado a São João Paulo II e abençoou Holguín



Francisco foi o primeiro a visitar esta província oriental, terra natal dos Castro



(Ecclesia) – O Papa visitou hoje o monumento dedicado a São João Paulo II, em Holguín, terceira cidade de Cuba, e abençoou esta província oriental, terra natal de Fidel e Raúl Castro.

Na primeira visita de um Papa a esta cidade, Francisco esteve no átrio da Catedral de Santo Isidoro para prestar tributo a João Paulo II.

O santo polaco foi o primeiro pontífice a deslocar-se à ilha caribenha, em janeiro de 1998, marcando o início de um novo relacionamento entre a Igreja Católica e o regime de Havana.

Depois de ter celebrado uma Missa para cerca de 150 mil pessoas, esta manhã, na Praça da Revolução ‘Calixto García Iñiguez’, Francisco deslocou-se à tarde para a chamada ‘colina da cruz’, onde presidiu a uma breve cerimónia de oração e bênção da cidade de Holguín desde o grande crucifixo que ali se ergue.

O Papa agradeceu ao coro infantil que cantou durante a cerimónia e pediu-lhes que rezassem por si.

Este é um local de particular veneração para a população local desde 1790, quando o frade franciscano Antonio de Alegría ali colocou uma cruz de madeira, para evitar epidemias e catástrofes naturais.

Em seguida, Francisco ruma até Santiago, 140 quilómetros a sul, para encontros com os bispos e uma oração no santuário mariano nacional, da Virgem da Caridade, cuja imagem foi encontrada na Baía de Nipe, território de Hilguín por três homens, tendo passado por várias localidades.

O Papa vai assinalar assim o 100.º aniversário da declaração da Virgem da Caridade do Cobre como padroeira do país.

Neste mesmo santuário vai iniciar-se o programa de terça-feira, com uma Missa, antes de um encontro com as famílias na Catedral de Santiago e da cerimónia de despedida, nesta cidade.

OC

São Mateus apóstolo e evangelista

São Mateus


Deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza

A Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: “Segue-me” deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã!

Mateus era um rico colector de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.

Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem.

É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como: “Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem.” e ainda:“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”

Com Judas, porém, ficou o encargo de “caixa” da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas!

Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista.

São Mateus, rogai por nós!

www.cancaonova.com

domingo, 20 de setembro de 2015

Peregrinação- Preparação do novo ano pastoral


No dia 19 de Setembro, pelas 7:00H os colaboradores das paróquias de Arronches, Alegrete, Degolados, Mosteiros e Vale de Cavalos, partiram para uma peregrinação de agradecimento e preparação do novo ano pastoral, rumo a Torres Novas.
O tempo estava agradável e o ambiente humano caloroso.
Em Torres Novas na Casa das Irmãs de S. José de Cluny, fomos recebidos pela superiora  Irmã Lucília que nos mostrou as instalações e os espaços exteriores.
Pelas 10:00h, a irmã Isabel Clode, deu -nos o seu testemunho sobre a vida consagrada e a sua vocação.
Natural da Madeira, foi a sétima filha de uma família de nove filhos. Cresceu na fé em família, pertenceu  a vários grupos católicos. Concluiu o Curso do Magistério Primário e exerceu durante 4 anos.
Foi a leitura que a despertou para a vocação com a frase" Não há maior amor que dar a vida"
Ingressou na Congregação com 22 anos, com o apoio da família. 
Com o lema "Ver, Julgar e Agir", foi missionária um pouco por toda a parte, África, América, Europa.  Permaneceu 24 anos em Paris, esteve debaixo de bombardeamentos em Moçambique, na descolonização em Angola, Maná,... 55 anos de vida consagrada  dedicada à solidariedade, aos necessitados e sofredores.













Pelas 11:00 h, foi celebrada a Eucaristia, em Acção de graças, por todos os colaboradores das paróquias e apresentados os planos de actividades das várias pastorais e grupos para o novo ano pastoral.
O Senhor Padre Fernando, agradeceu o trabalho e participação de todos e apresentou o plano para o próximo ano.
 Informou sobre o itinerário da visita da Virgem Peregrina à nossa Diocese e paróquias. Assim no dia 17 de Outubro estará em Alegrete, Vale de Cavalos e Mosteiros, vindo até Arronches onde passará a noite para no dia seguinte rumar a Portalegre, onde pelas 15:00h haverá  concentração diocesana, junto à Capela do Calvário, seguindo em Procissão até à Sé, onde decorrerão as cerimónias.
Em Dezembro terá inicio o ANO DA MISERICÓRDIA e no decorrer de 2016, teremos a visita pastoral de Dom Antonino, o nosso bispo diocesano.






 Seguiu -se o almoço no refeitório das irmãs e partimos para Coimbra, agradecendo a forma hospitaleira como fomos recebidos.
Em Coimbra visitamos o Memorial da Irmã Lucia no Carmelo onde viveu.


Com o objectivo de dar a conhecer melhor a vida da Ir. Lúcia, especialmente enquanto Carmelita e de expor alguns dos seus objectos pessoais, o Carmelo de Santa Teresa criou um espaço expositivo, situado junto ao Carmelo, onde pudemos ver:
A sua cela de Carmelita
Percurso histórico da sua vida
Trabalhos manuais feitos pela Ir. Lúcia
Fotografias da sua vida de Carmelita
Objectos usados pela Ir. Lúcia no tempo das aparições
Objectos oferecidos à Ir. Lúcia por vários Papas.
Reportagem multimédia com momentos marcantes da vida da Irmã Lúcia
lucia_museu

De novo nos fizemos à estrada, rumo a Fátima, onde após uma breve visita a Nossa Senhora, repusemos energias com  o farnel, após o que iniciamos a viagem de regresso.
Foi uma visita alegre, em fraterna comunhão, onde reinou a boa disposição e satisfação, com sentimentos de gratidão pelo dia que passámos.
Obrigada, Padre Fernando, pela sua boa vontade, empenho e carinho.
MHR