terça-feira, 22 de setembro de 2015

Papa apresenta doença como «caminho» de proximidade com Jesus


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Dia Mundial do Doente 2016 celebra-se a 11 de Fevereiro em Nazaré, na Terra Santa


(Ecclesia) – O Papa Francisco apresenta na sua mensagem para o 24.º Dia Mundial do Doente a o “ensinamento” “das bodas de Caná” e assinala que a doença coloca a fé em Deus “à prova” mas revela “toda a sua força positiva”.

“A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita perguntas que nos atingem em profundidade. Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido. Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva”, escreve.

Na mensagem divulgada hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco contextualiza que não é porque a doença, tribulações ou perguntas desapareçam mas porque “dá uma chave para descobrir o sentido mais profundo” do que se está a viver.

“Uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus”, desenvolve, assinalando que esta chave é dada por Maria, a mãe de Jesus.

Segundo Francisco, o tema “Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: ‘Fazei o que Ele vos disser’” (Jo 2, 5) para o Dia Mundial do Doente 2016 “insere-se muito bem” no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

A mensagem do Papa desenvolve-se sobre o episódio bíblico das bodas de Caná, “um ícone da Igreja” e destaca a “esperança” que existe neste acontecimento para todos onde se “manifestam os traços distintivos de Jesus e da sua missão” e revela a “solicitude” de Maria que “reflete a ternura de Deus”.

Aos que estão ao serviço dos doentes e atribulados, Francisco deseja que vivam “animados pelo espírito de Maria, Mãe da Misericórdia” e manifesta que esta data é uma ocasião para se “sentir particularmente próximo” das pessoas doentes e de quantos são cuidadores.

O Papa reconhece que este pode ser um serviço “cansativo, pesado” mas pede que tenham a certeza que “o Senhor não deixará de transformar o esforço humano em algo de divino”.

Tendo como exemplo os serventes que encham as vasilhas de água nas Bodas de Caná assinala que aos olhos de Deus “é precioso e agradável ser serventes dos outros”.

“Também nós podemos ser mãos, braços, corações que ajudam a Deus a realizar os seus prodígios, muitas vezes escondidos”, frisa.

Para o Papa, “sãos ou doentes” todos podem “oferecer canseiras e sofrimentos” como a água que “encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor”.

O Papa considera que o Dia Mundial do Doente em 2016, celebrado solenemente na Terra Santa, vai ajudar a “tornar realidade os votos” que formulou na Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia (MV, 23) e incentiva cada hospital ou casa de recuperação a “ser sinal visível e lugar para promover a cultura do encontro e da paz”.

“Onde a experiência da doença e da tribulação, bem como a ajuda profissional e fraterna contribuam para superar qualquer barreira e divisão”, acrescenta, recordando o exemplo das freiras naturais da Terra Santa que canonizou em maio.

A Jornada, como é tradição, vai ser celebrada a 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, em 2016 é a cidade de Nazaré, na Terra Santa, que acolhe o encontro.

CB

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