sábado, 30 de junho de 2018

Tu és Pedro!



https://www.youtube.com/watch?v=5Swcy2Ts9s8

Deus ama a vida! Ele quer apenas a vida! “Deus criou o homem para ser incorruptível” (primeira leitura). Pelo seu Filho, salva-nos da morte: eis porque Lhe damos graças em cada Eucaristia. Na sua vida terrena, Jesus sempre defendeu a vida. O Evangelho de hoje relata-nos dois episódios que assinalam a defesa da vida: Ele cura, Ele levanta. Ele torna livres todas as pessoas, dá-lhes toda a dignidade e capacidade para viver plenamente. Sabemos dizer-Lhe que Ele é a nossa alegria de viver?
Estamos em tempo de verão, início de férias… É uma ocasião propícia para celebrar a festa da vida! O 13º domingo celebra a vida mais forte que a morte, celebra Deus apaixonado pela vida. Convém, pois, que na celebração deste dia a vida expluda em todas as suas formas: na beleza das flores, nos gestos e atitudes, na proclamação da Palavra, nos cânticos e aclamações, na luz. No cântico do salmo e na profissão de fé, será bom recordar que é o Deus da vida que nós confessamos, as suas maravilhas que nós proclamamos. Durante toda a missa, rezando, mantenhamos a convicção expressa pelo Livro da Sabedoria: “Deus não Se alegra com a perdição dos vivos”.

Viva a vida! A palavra de ordem deste domingo é uma espécie de grito do coração: Deus ama a vida, viva a vida! Aí estamos de acordo… É certo que não há vida sem morte e esta faz sofrer quando acontece perto de nós. Mas hoje somos convidados a nos alegrarmos na vida e a acreditar que Deus nos destina à verdadeira Vida! A estação do ano presta-se a isso: alegria do sol e das férias, encontro com a natureza, reencontros familiares… Não faltarão ocasiões para admirar a vida… Não nos esqueçamos de dar graças…
E nunca esquecer que a oração, particularmente o Pai Nosso, deve ser a expressão constante para dar graças a Deus Pai e Criador, para Lhe expressarmos o obrigado pela vida, a felicidade de viver e de O louvar!
http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2059

Papa criou D. António Marto como cardeal



Cidade do Vaticano,(Ecclesia) – O Papa Francisco pronunciou, pelas 16h39 (menos uma em Lisboa) o nome do bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, como novo cardeal da Igreja Católica, numa cerimónia que decorre na Basílica de São Pedro.

A celebração começou com um momento de oração em silêncio, do Papa, diante do altar da Confissão, sobre o túmulo do apóstolo São Pedro, seguindo-se a saudação do primeiro dos novos cardeais, D. Louis Sako, patriarca iraquiano, em nome de todos os presentes, antes de uma oração proferida por Francisco, a leitura do Evangelho e a homilia.

Após esta intervenção, o Papa leu a fórmula de criação e proclamou em latim os nomes dos cardeais, para os unir com “um vínculo mais estreito” à sua missão.

Depois teve lugar a profissão de fé e o juramento dos novos cardeais, de fidelidade e obediência ao Papa e seus sucessores.

No Santuário de Fátima, os sinos do carrilhão da Basílica de Nossa Senhora do Rosário tocaram para assinalar a elevação do bispo da Diocese de Leiria-Fátima a cardeal.


Cada um dos novos cardeais ajoelhou-se para receber o barrete cardinalício, de acordo com a ordem de criação: D António Marto foi o sétimo dos 14 prelados presentes.

Francisco entregou ainda um anel aos cardeais para que se “reforce o amor pela Igreja”, seguindo-se a atribuição a cada cardeal uma igreja de Roma – que simboliza a “participação na solicitude pastoral do Papa” na cidade -, bem como a entrega da bula de criação cardinalícia, momento selado por um abraço de paz.

No anel cardinalício são evocadas as colunas da Basílica de São Pedro, a cruz e os apóstolos Pedro e Paulo.
Cada cardeal é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.
D. António Marto foi criado cardeal-presbítero com o título de ‘Santa Maria sopra Minerva’, uma igreja de Roma que já atribuída, no século XVIII, ao cardeal Guilherme Henriques de Carvalho, 9.º patriarca de Lisboa, que foi bispo de Leiria.
O Vaticano anunciou que, após o Consistório, Francisco e os novos cardeais foram cumprimentar o Papa emérito Bento XVI, com quem rezaram no Mosteiro Mater Ecclesiae, onde este reside.
Esta sexta-feira, D. António Marto e os novos cardeais concelebram a Eucaristia na Praça de São Pedro; já no sábado, às 18h00 locais, o novo cardeal português preside a uma Missa na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma.
O bispo de Leiria-Fátima foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco no dia 20 de maio; é o quinto cardeal português do século XXI e o segundo a ser designado no atual pontificado.
O Governo português esteve representado pela ministra da Justiça, Francisca Van Dunem; estiveram também presentes os presidentes dos municípios de Leiria e Ourém, bem como nove cardeais e bispos portugueses.


A delegação de D. António Marto integra 34 pessoas, incluindo sacerdotes da Diocese de Leiria-Fátima e seis familiares.
António Augusto dos Santos Marto nasceu a 5 de maio de 1947, em Tronco, Concelho de Chaves, Diocese de Vila Real; foi ordenado padre em Roma, em 1971 e a 10 de novembro de 2000 foi nomeado bispo auxiliar de Braga, pelo Papa João Paulo II, tendo passado pela Diocese de Viseu antes de ser escolhido por Bento XVI, em 2006, como bispo de Leiria-Fátima.
Portugal teve até hoje com 43 cardeais, a começar pelo chamado Mestre Gil, escolhido pelo Papa Urbano IV (1195- 1264).
OC

sexta-feira, 29 de junho de 2018

OBUSES BACAMARTES CARABINAS MÍSSEIS FACAS …


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A Sagrada Escritura fala muitas vezes da necessidade da oração. E há muitas formas de oração, pessoal e comunitária: oração de bênção, de adoração, de súplica, de intercessão, de ação de graças, de louvor. Jesus rezava e aconselhou a rezar. Contou-nos parábolas sobre o dever de rezar sem desfalecer. Apresentou-nos a fé, a humildade, a persistência e a confiança filial como caraterísticas essenciais da oração. Ao ensinar-nos o Pai-Nosso, apontou-nos como primeira preocupação a ter na oração a de rezar para que o nome do nosso Pai do Céu seja santificado, o Seu Reino venha a nós e a Sua vontade se faça. Ensinou-nos a pedir, em seguida, o Pão nosso de cada dia, a perdoar para que sejamos perdoados, a pedir-Lhe que não nos deixe cair em tentação e nos livre do mal.
Jesus rezou por nós. Rezou por Pedro, para que a sua fé não desfalecesse. Rezou por todos quantos haviam de acreditar n’Ele através da Sua Palavra. Rezou para que todos permanecêssemos unidos como um só, como Ele e o Pai são um só. Rezou e manifestou o Seu amor dando a vida, oferecendo-se por todos, quer acreditem ou não, quer nunca O tenham conhecido ou nem sequer tenham ouvido falar d’Ele. Tenham esta ou aquela fé, esta ou aquela religião, quer vivam, em consciência, apoiados na sua crença ou não, sejam sábios ou ignorantes, pertençam à raça a que pertencerem e seja qual for a sua cultura ou língua. Ele morreu por todos: “Não existe outro nome dado aos homens pelo qual possamos ser salvos” (At 4, 12). “Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor” (Rom 14,8), “n’Ele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17, 27-28).
Jesus, que rezou por nós, também nos disse: “se pedirdes alguma coisa a Meu Pai em Meu nome, Ele vo-la concederá. Até agora não pedistes nada em Meu nome: pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa” (Jo 16, 23-24).
Na verdade, Jesus nunca se fez rogado. Foi muitas vezes abordado por gente que lhe vinha pedir ajuda em favor deles mesmos ou de outros. Nunca disse um não a quem quer que fosse que d’Ele se abeirasse com esses propósitos: mães, pais, irmãos, patrões, amigos … a todos acolhe e atende. E foi-nos claro: “Eu vos digo: pedi e ser-vos-á dado! Procurai e encontrareis! Batei e abrir-se-vos-á a porta! Pois, todo aquele que pede, recebe; quem procura, acha; e a quem bate, a porta será aberta. Será que alguém de vós que é pai, se o filho lhe pede um peixe lhe dá uma cobra? Ou ainda: se pede um ovo, será que lhe vai dar um escorpião? Se vós que sois maus, sabeis dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do Céu! Ele dará o Espírito Santo àqueles que Lh’O pedirem” (Lc 11, 9-13).
Dirá alguém: ora ora, eu que tanto rezo, nunca sou ouvido!... Será que sim?....
Nós, que somos maus, não damos uma cobra a quem nos pede peixe. Não damos um escorpião a quem nos pede um ovo. Nem uma faca ou uma pistola a uma criança que a vê em cima da mesa. Não, não fazemos isso, mesmo que a criança chore todo dia e se pendure em nós. Porquê? Porque amamos a criança. Sabemos que se lhe dermos isso, ela pode aleijar-se ou matar-se! Se nós, que somos maus, não fazemos isso, quanto mais o Pai do Céu que nos ama e é infinitamente bom!
Não será que Deus não nos atende porque passamos a vida a pedir-Lhe facas, pistolas, carabinas, mísseis, euromilhões…? Coisas que se Deus no-las desse seriam – quem sabe? -, para nossa ruína ou ruína dos outros? … Jesus acentuou: “Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a Sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo” (cf. Mt 6,33). Sim, a boa oração não é egoísta, não começa por pedir os acréscimos!... Não se começa uma casa pelo telhado…
Naquela noite em que Judas vinha ao seu encontro para O entregar, Jesus, numa angústia tal que chegou a suar sangue, pediu ao Pai, ao Pai que sempre O ouvia (cf. Jo 11, 42), que o livrasse daquela hora. Ia ser traído, preso, torturado, condenado à morte. Mas logo acrescenta: No entanto, ó Pai, não se faça a Minha vontade, mas a Tua (cf. Lc 22, 42).
Pedir o que devemos pedir como Jesus nos ensinou, com humildade, confiança e persistência, não encaprichar quando nos parece que não somos ouvidos e estar abertos à vontade de Deus, é a verdadeira atitude da pessoa crente e orante, identificada com Cristo. Os planos de Deus não são os nossos planos, a Sua lógica não é a nossa lógica.

D. Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 29-06-2018.

Desafios da fé: deixa-te ir...

Foto de Paróquia Santa Clara - Coimbra. · 


Desafios da fé: deixa-te ir...

Deixa-te ir. Deixa-te levar. O que tiver que ser será. Entrega nas mãos do Senhor. Confia com fé. Espera pelo melhor. O que tiver que ser será.

O amor será sempre o vencedor. O amor supera tudo. Amanhã o sol brilha outra vez. Uma nova semana começa amanhã. Um novo mês começa daqui a umas semanas. Será sempre assim. Sempre. Novos começos. Novos desfechos. Até quando Deus o quiser. Por isso não te preocupes e vai. Segue o teu instinto. O que o teu coração te disser ao ouvido. O que a tua razão achar melhor.

O coração está apertado? Pequenino? Relaxa. Fecha os olhos e sente a brisa do mar na tua cara. Ele está sempre contigo, mesmo que tu te sintas longe. Respira e acalma o coração. Os ombros já estão mais leves. É difícil mas confia. Confia totalmente. Espera na perseverança e terás a tua recompensa. Espera com paciência e entenderás.

Fonte:
http://www.imissio.net/…/49/1646/desafios-da-fe-deixa-te-ir/

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Partilha o que és. Partilha quanto és.

Foto de Paróquia Santa Clara - Coimbra.

Sempre tive medo de não ser boa o suficiente, de o que sou não chegar. Há um ano mandei lixar o medo uma vez mais, tentei e enviei um email. O email não mudou nada. Não escrevo mais apenas ouso partilhá-lo. Apenas permito que os meus textos sigam o seu curso até ao mar. Apenas me cansei que o medo me fosse barragem.

Quantas vezes, por medo, nos impedimos de tentar fazer algo mais? Quantas vezes não nos achamos bons? Pensamos demasiadas vezes no resultado. Pensamos demasiado nos outros. Valorizamos demasiado o mundo quando tudo o que devemos pensar é em Deus. Desapegar-nos. É importante partilhar o que somos com o mundo. É importante servir o mundo com os nossos dons, com aquilo que te faz feliz. Que te faz feliz? Fá-lo. Não tenhas medo de o partilhar, não tens medo de mostrar os teus dons. Mostrar os nossos dons é confiar que há um caminho de bondade do qual todos fazemos parte. Todos temos algo a receber e todos temos algo a dar. Por quanto tempo vais guardar mais teu talento na gaveta?

Há uma frase de santo Inácio de Loyola está na minha mente nestes momentos: “Ore como se tudo dependesse de Deus e trabalhe como tudo dependesse de você”. Sou e faço tudo como senão existisse Deus, e entrego tudo o que sou, todos os meus dons e todo o meu trabalho como senão tivesse feito nada. Despojo-me. Entrego-me à providência. Depois de o ter feito não me preocupo mais apenas permito que Deus atue e o trabalho siga o seu rumo.

Numa formação disseram-me algo que me ficou gravado no coração até hoje: “Deus precisa que cuidemos dele”. Fiquei admirada como é que Deus, sendo Deus, precisava que cuidássemos dele. Perguntei-me como é que cada um de nós com a nossa humanidade poderia fazê-lo. Depois compreendi. Senão falarmos de Deus, senão evangelizarmos como saberá o mundo que Deus o ama? Deus está em todos nós, em todos os lugares do mundo e em todas a periferias. Mas o que acontece se nós não o lembrarmos a cada uma dessas pessoas que Deus as ama infinitamente? Lembremo-nos que: “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.”. Deus precisa que partilhemos o que somos. A nossa melhor forma de amar a Deus e ao mundo é partilharmos o nosso talento.

Fonte:
http://www.imissio.net/…/partilha-o-que-es-partilha-quanto…/

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Os 3 ensinamentos de São João Batista

Foto de Paróquia Santa Clara - Coimbra.


Saber se dar, voltar à honestidade e não maltratar os mais fracos

São João Batista é um dos santos mais retratados na arte cristã. Reconhecê-lo é fácil: o profeta que se alimentava de gafanhotos e mel silvestre usa uma veste de pele de camelo e um cinto e está quase sempre junto a um cordeiro, imagem que evoca Jesus, o Cordeiro de Deus.

João, cujo nome significa “Deus é misericórdia”, é o último profeta do Antigo Testamento. A Igreja o homenageia tanto no dia do seu martírio (29 de agosto) quanto no do nascimento (24 de junho), data-marco dos seis meses que antecedem o nascimento de Jesus, segundo as palavras do Arcanjo Gabriel a Maria. São João Batista, junto com Jesus e Nossa Senhora, é o único santo a quem a Igreja celebra no dia do nascimento neste mundo, já que a tradição é celebrar os santos no dia do seu nascimento para a vida eterna. Saiba mais sobre esses 3 aniversários especiais.

João teria nascido em Ain Karim, cerca de sete quilômetros a oeste de Jerusalém, numa família sacerdotal: seu pai, Zacarias, era da classe de Abias, e sua mãe, Isabel, descendia de Aarão. “Chamar-se-á João”, afirmou seu pai.

No décimo quinto ano de Tibério (28-29 d.C.), iniciou a sua missão no rio Jordão: pregar e batizar. Daqui vem o nome “Batista”.

Quando batiza Jesus, João revela a identidade de Deus:

“Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo!”

Anuncia que Deus vem ao mundo como um frágil e bom cordeiro e que o Seu sacrifício salvará o homem da morte.

“Assim, pois, esta minha alegria se cumpre. É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,29-30).

Morre decapitado por capricho de Salomé, a filha de Herodíades, amante do rei de Israel.

A vítima, porém, não encontra paz neste mundo nem sequer após a morte. Nos tempos do imperador Juliano, o Apóstata, em 361-362, seu sepulcro é profanado e queimado. Suas cinzas, segundo a tradição, estão na catedral de São Lorenço, em Gênova, para onde os cruzados as teriam levado em 1098.

O que São João Batista pode dizer hoje aos fiéis e aos que não creem?

1 – Ele ensina um verbo: dar.
É o verbo que esculpe um futuro novo. A nova lei de um mercado diferente e humano: em vez do acúmulo, a doação; em vez do desperdício, a sobriedade; em vez do sucesso a todo custo, dar espaço a Outro.

De si, ele oferece tudo: tempo, presença, dinheiro, afeto, correção, transparência. O Batista diz: “Quem tiver duas túnica reparta com quem não tem, e quem tiver alimentos faça o mesmo” (Lc 3,11). Um critério de justiça animado pela caridade.

Bento XVI afirmou:

“A justiça pede superar o desequilíbrio entre aqueles que têm o supérfluo e aqueles a quem falta o necessário. A caridade nos impele a estar atentos uns aos outros e a ir ao encontro das suas necessidades, em vez de procurar justificativas para defender os próprios interesses. Justiça e caridade não são opostas: ambas são necessárias e se completam. O amor será sempre necessário, mesmo na sociedade mais justa”, porque “sempre existirão situações de necessidade material nas quais é indispensável uma ajuda na linha do amor concreto para com o próximo” (encíclica Deus Caritas Est, 28).

2 – Ele nos ensina o retorno à honestidade
A volta à legalidade, começando por mim mesmo e pelos meus comportamentos mais simples: ser honesto mesmo nas pequenas coisas.

3 – O terceiro ensinamento é para aqueles que governam
Não maltratar e não extorquir nada de ninguém. Não se aproveitar do cargo para humilhar.

É sempre o mesmo princípio: primeiro as pessoas, depois a lei. Antes a misericórdia que a punição. E quando for preciso punir, fazê-lo com humanidade.

Fonte:
https://pt.aleteia.org/…/os-3-ensinamentos-de-sao-joao-bat…/

terça-feira, 26 de junho de 2018

Jesus, já te disse hoje que te amo?

Foto de Paróquia Santa Clara - Coimbra.



Uma linda oração para declarar seu amor a Jesus Cristo

Senhor, Vós sabeis que eu vos amo, porque me conheces até o fundo do meu ser.

Vós sabeis que eu vos amo, mesmo que não o consiga exprimir na oração.

Senhor, Vós sabeis que eu vos amo, mesmo que eu não consiga mostrar-vos o meu amor como queria.

Senhor, Vós sabeis que eu vos amo, mesmo que eu me pergunte se meu amor é sincero e verdadeiro.

Senhor, Vós sabeis que eu vos amo, mesmo que eu não sinta nada deste amor que gostaria de doar-vos.

Senhor, Vós sabeis que eu vos amo, e que para mim viver significa amar-vos.

Senhor, Vós sabeis muito bem como anseio entregar-me interiormente, e que estou sofrendo por não conseguir amar-vos com mais magnanimidade.

Senhor, Vós sabeis que eu vos amo, e que esta certeza ilumina as minhas dúvidas e angústias e que isso me encoraja para amar-vos ainda mais, porque sabeis da verdade do meu pobre amor e mesmo assim o estimais. Ámen.

Fonte:
https://pt.aleteia.org/…/10/jesus-ja-te-disse-hoje-que-te-…/

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Papa: família é santuário da vida

PAPIEÅ» FRANCISZEK


O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (24/06), Solenidade da Natividade de São João Batista, com os fiéis e peregrinos de várias partes do mundo, presentes na Praça São Pedro.

O nascimento de João Batista “é o evento que ilumina a vida de seus pais Isabel e Zacarias, e envolve os parentes e vizinhos na alegria e estupor. Esses pais idosos sonharam e prepararam aquele dia, mas agora não o esperavam mais. Sentiam-se excluídos, humilhados e desiludidos: não tinham filhos”.

“Diante do anúncio do nascimento de um filho, Zacarias ficou incrédulo, porque as leis naturais não o permitiam: eram idosos. Consequentemente, o Senhor o tornou mudo durante todo o tempo da gestação”, frisou o Papa.

Confiar e se calar diante do mistério de Deus

“É um sinal, mas Deus não depende de nossas lógicas e capacidades humanas limitadas. É preciso aprender a confiar e a se calar diante do mistério de Deus e a contemplar na humildade e no silêncio a sua obra, que se revela na história e que muitas vezes supera a nossa imaginação.”

Agora que o evento se cumpre e Isabel e Zacarias experimentam que “para Deus nada é impossível”, grande é a sua alegria.

“O Evangelho deste domingo anuncia o nascimento e depois se detém no momento da imposição do nome ao menino”, sublinhou Francisco.


“Isabel escolhe um nome estranho à tradição familiar e diz: ‘Ele vai chamar-se João’, dom gratuito e inesperado, porque João significa ‘Deus fez a graça’. Este menino será arauto, testemunha da graça de Deus para os pobres que esperam com fé humilde a sua salvação.”

Zacarias confirma inesperadamente a escolha daquele nome, escrevendo-o numa tabuinha, porque estava mudo, e ‘no mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus’.

Estupor, surpresa e gratidão

O nascimento de João Batista é circundado de uma sensação alegre de estupor, surpresa e gratidão. “Estupor, surpresa e gratidão. As pessoas ficaram tomadas pelo temor santo de Deus, e ‘a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judéia’.”

Segundo o Papa, “o povo fiel entende que aconteceu algo de grande, embora humilde e escondido, e se pergunta: ‘O que virá a ser este menino?’ O povo fiel de Deus é capaz de viver a fé com alegria, com a sensação de estupor, surpresa e gratidão. Olhemos para as pessoas que falavam bem sobre esse fato maravilhoso, sobre esse milagre do nascimento de João, e faziam isso com alegria, estavam felizes, sentiam estupor, surpresa e gratidão”.

“Olhando para isso, perguntemo-nos: como anda a minha fé? É uma fé alegre ou uma fé sempre igual, uma fé plana? Fico surpreso quando vejo as obras do Senhor, quando ouço falar de evangelização ou da vida de um santo, ou quando vejo muitas pessoas boas: sinto a graça dentro ou nada se mexe dentro do meu coração? Sinto o consolo do Espírito ou estou fechado?” “Perguntemo-nos, cada um de nós, no exame de consciência: como está a minha fé? É alegre? É aberta às surpresas de Deus? Porque Deus é o Deus das surpresas. Experimentei na alma a sensação de estupor que a presença de Deus dá, o senso de gratidão? Pensemos nessas palavras que foram de ânimo para a fé: alegria, sensação de estupor, surpresa e gratidão”, disse o Papa.

Família, um santuário da vida

Francisco concluiu, pedindo à “Virgem Maria para que nos ajude a entender que em cada ser humano existe a marca de Deus, fonte da vida”.

Que Maria, Mãe de Deus e nossa, “nos torne cada vez mais conscientes de que na gestação de um filho os pais agem como colaboradores de Deus. Uma missão realmente sublime que faz de toda família um santuário da vida e desperta, todo nascimento de um filho, a alegria, o estupor e a gratidão”.

(Vatican News)

domingo, 24 de junho de 2018

João é seu nome


https://www.youtube.com/watch?v=hbgNAcA4S6E


Deus preocupa-se com os dramas dos homens? Onde está Ele nos momentos de sofrimento e de dificuldade que enfrentamos ao longo da nossa vida? A liturgia do 12º Domingo do Tempo Comum diz-nos que, ao longo da sua caminhada pela terra, o homem não está perdido, sozinho, abandonado à sua sorte; mas Deus caminha ao seu lado, cuidando dele com amor de pai e oferecendo-lhe a cada passo a vida e a salvação.
A primeira leitura fala-nos de um Deus majestoso e omnipotente, que domina a natureza e que tem um plano perfeito e estável para o mundo. O homem, na sua pequenez e finitude, nem sempre consegue entender a lógica dos planos de Deus; resta-lhe, no entanto, entregar-se nas mãos de Deus com humildade e com total confiança.
No Evangelho, Marcos propõe-nos uma catequese sobre a caminhada dos discípulos em missão no mundo… Marcos garante-nos que os discípulos nunca estão sozinhos a enfrentar as tempestades que todos os dias se levantam no mar da vida… Os discípulos nada têm a temer, porque Cristo vai com eles, ajudando-os a vencer a oposição das forças que se opõe à vida e à salvação dos homens.
A segunda leitura garante-nos que o nosso Deus não é um Deus indiferente, que deixa os homens abandonados à sua sorte. A vinda de Jesus ao mundo para nos libertar do egoísmo que escraviza e para nos propor a liberdade do amor mostra que o nosso Deus é um Deus interveniente, que nos ama e que quer ensinar-nos o caminho da vida.
Mergulhados no mistério insondável desse Deus omnipotente, por vezes desconcertante e incompreensível, resta ao crente entregar-se nas suas mãos com humildade e confiar n’Ele. O verdadeiro crente é aquele que reconhece a pequenez e finitude que são as marcas da humanidade, que reconhece que os projectos de Deus não podem entender-se à luz da nossa pobre lógica humana e que se atira, confiante, para os braços de Deus; o verdadeiro crente é aquele que, mesmo sem entender totalmente os projectos de Deus, aprende a entregar-se a Ele, a obedecer-Lhe incondicionalmente, a vê-l’O como a razão última da sua vida e da sua esperança.


http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2058


sexta-feira, 22 de junho de 2018

NADA SEM TI NADA SEM NÓS


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Schoenstatt é um lugar em Vallendar, na Alemanha, onde se encontra um Santuário Original, mariano. Foi aqui que nasceu o Movimento com o mesmo nome - Schoenstatt - que significa lugar bonito, como se lê nos sítios de divulgação. Em Outubro de 1914, o Padre José Kentenich propôs a um grupo de jovens consagrarem-se a Maria, selando com Ela uma aliança. Era uma resposta de fé aos desafios da primeira Guerra Mundial. Estabeleceram-se numa pequena capela abandonada, transformando-a num lugar de graças e de peregrinações. Eles comprometiam-se a oferecer a Maria os méritos de uma intensa vida de oração e o esforço para viver a santidade na vida diária. Dessa aliança de amor mútuo surgiu o lema: "Nada sem ti, nada sem nós". Este lugar transformou-se num lugar de graças, de peregrinações e de formação cristã. Ligados a este, todos os santuários de Schoenstatt, cerca de duzentos espalhados por todos os continentes e em mais de 40 países, formam uma rede de vida, constituída por leigos, jovens, adultos, famílias, sacerdotes e várias comunidades de vida consagrada. Em Portugal, existem quatro destes santuários: em Braga, Porto, Aveiro e Lisboa. O carisma de Schoenstatt é a Aliança de Amor com Maria, origem de uma espiritualidade e de uma pedagogia cuja finalidade é a formação do Homem Novo na Nova Comunidade que, segundo o exemplo de Maria, seja instrumento na renovação do tempo atual, promovendo a nova Evangelização com projetos missionários, sociais, educativos e outras iniciativas de intervenção social.
A Missão País, da qual já tanto temos beneficiado, é, por exemplo, um projeto nascido no Movimento Shoenstatt, um projeto católico para universitários que está a ser acarinhado com entusiasmo e grande proveito, começando a estender-se a outros países. A nossa Diocese tem sido privilegiada com a presença de jovens universitários em Missão País, sempre muito bem acolhidos pelas nossas comunidades.
O Movimento Schoenstatt é um Movimento Apostólico que muito pode ajudar a todos, sem esquecer as famílias jovens, e menos jovens, a permanecerem fortes e firmes na fé, verdadeiras comunidades de vida e de amor, recusando perder o entusiasmo da primeira hora. Todos os Movimentos são importantes, todos eles se nos apresentam como uma porta aberta para uma possível integração. Cada um, jovem ou adulto, cada família, com mais ou menos anos de matrimónio, todos quantos conheceram e se integraram em algum Movimento, sentem-se agradecidos por tudo quanto o Movimento lhes deu ou lhes vai dando em crescimento.
O Decreto sobre o Apostolado dos leigos recorda-nos que “o apostolado em associação responde com fidelidade à exigência humana e cristã dos fiéis e é, ao mesmo tempo, sinal da comunhão e da unidade da Igreja em Cristo, que disse: «Onde estão dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles (Mt. 18,20)”. Embora ninguém se deva dispensar nem ser dispensado do apostolado individual, até porque este, em muitos casos, é o único possível e capaz de dar resposta, o apostolado em associação corresponde, de facto, à natureza social da pessoa, implica ação comum, forma e fortalece continuamente os seus membros, co-responsabiliza, assume ações e partilha tarefas planeadas em comum, atinge a mentalidade e as condições sociais daqueles a quem se dirige, resiste melhor à pressão da opinião pública, gera entusiasmo e, em grupo, tem-se mais facilidade em olhar as situações e descobrir a melhor forma de lhes dar resposta.
E há uma grande variedade de associações de apostolado suscitadas pela presença e ação do Espírito no seio da Igreja: “Umas propõem-se o fim apostólico geral da Igreja. Outras, de modo particular, fins de evangelização e santificação. Outras, ainda, têm como fim animar cristãmente a ordem temporal. Finalmente, algumas dão testemunho de Cristo, de modo especial, pelas obras de misericórdia e de caridade”. Estas associações não têm o fim em si mesmas, servem a missão da Igreja no mundo, “fomentam e promovem uma unidade mais íntima entre a vida prática dos membros e a sua fé” e têm a sua força apostólica quando cada um dos seus membros e toda a associação vivem em conformidade com os fins da Igreja, dão testemunho cristão e têm espírito evangélico (cf. AA18-19). Em fidelidade ao seu próprio carisma e dentro duma metodologia própria, cada Movimento, como fermento no meio da massa, contribui para a evangelização dos pessoas, anima e aperfeiçoa a realidade humana de acordo com o espírito evangélico, faz da sua vida e da sua actividade um testemunhou claro de Cristo e uma ocasião para a salvação dos outros.
Esta semana, reuni com Confrarias, Irmandades, Movimentos e com pessoas que têm à sua responsabilidade Serviços Eclesiais. Ocupei algum tempo a falar-lhes da mútua estima que os deve animar, da importância, necessidade e requisitos do apostolado associativo na dinâmica pastoral das comunidades. Acentuei, sobretudo, a necessidade da persistência na formação e da renovação dos seus elementos. Sabemos que não é fácil e muita gente está virada para outro lado, mas, mesmo assim e sem dispensar quem está, os Movimentos e Grupos devem cuidar e estar abertos a integrar gente nova. Se isto não acontecer, irão dar uma imagem envelhecida da Confraria, do Movimento ou do Grupo, deixarão de ser atrativos, começarão a ter dificuldade em corresponder aos seus objetivos, seus métodos e linguagem ficarão ultrapassados, entrarão em acomodação e agonia, existirão mas sem grande ou nenhum interesse apostólico.
De quando em vez, iremos dar a conhecer, aqui, algum Movimento de Apostolado ou alguma das novas realidades ou comunidades eclesiais. Hoje apresentamos este, o Movimento de Shoenstatt, que tanto bem tem feito e ao qual tanta gente pertence e nele faz verdadeira caminhada espiritual e de crescimento na fé, sempre comprometida com a cristificação das realidades terrenas, a começar pela família.

D. Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Sertã, 22-06-2018.

Papa Francisco – Genebra - Encontro Ecumênico 2018-06-21


https://www.youtube.com/watch?v=0Iaort3AsrQ&t=40s

Igreja/Sociedade: «Ai daqueles que especulam sobre o pão» – Papa Francisco

Jun 21, 2018 

Mensagem de fraternidade e perdão encerrou visita ecuménica a Genebra


Genebra, Suíça, 21 jun 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco denunciou hoje em Genebra, na Suíça, a especulação que coloca em causa a subsistência de milhões de pessoas.

“Ai daqueles que especulam sobre o pão! O alimento básico para a vida quotidiana dos povos deve ser acessível a todos”, disse, na Missa que encerrou a viagem ecuménica à cidade suíça, nos 70 anos do Conselho Mundial das Igrejas (WCC, sigla em inglês).

Falando perante cerca de 40 mil pessoas no centro de exposições Palexpo, o pontífice recomendou uma “vida mais simples”.

“A vida tornou-se tão complicada; apetece-me dizer que hoje, para muitos, a vida de certo modo está ‘drogada’: corre-se de manhã à noite, por entre mil chamadas e mensagens, incapazes de parar e fixar os rostos, mergulhados numa complexidade que fragiliza e numa velocidade que fomenta a ansiedade”, lamentou.

Numa reflexão a partir da oração do Pai-Nosso, Francisco disse que os cristãos são chamados a uma vida “sóbria, livre de pesos supérfluos”.

“Não é preciso pedir mais: só o pão, isto é, o essencial para viver. O pão é, antes de mais nada, o alimento suficiente para hoje, para a saúde, para o trabalho de hoje; aquele alimento que, infelizmente, falta a muitos dos nossos irmãos e irmãs”.

Após dois encontros no centro ecuménico do WCC, o Papa concluiu a sua 23ª viagem internacional junto da comunidade católica.

“Optemos pelas pessoas em vez das coisas, para que levedem relações, não virtuais, mas pessoais”, apelou.

Francisco sublinhou a dimensão de fraternidade incluída na oração do Pai-Nosso, a qual impede que haja indiferença perante o irmão, “tanto do bebé que ainda não nasceu como do idoso que já não fala”.

A intervenção centrou-se em três palavras, “Pai, pão, perdão” que levam ao “coração da fé”.

“Pai-Nosso é a fórmula da vida, aquela que revela a nossa identidade: somos filhos amados. É a fórmula que resolve o teorema da solidão e o problema da orfandade”, sustentou o Papa.

O pontífice sustentou que a oração que Jesus ensinou aos seus discípulos devolve as raízes em “sociedades frequentemente desenraizadas”.

“Quando está o Pai, ninguém fica excluído; o medo e a incerteza não levam a melhor”, precisou.

Na homilia, Francisco realçou que é “difícil perdoar” e pediu uma “radiografia do coração”, para ver se há “pedras a remover”.

“Não há novidade maior do que o perdão, que muda o mal em bem. Vemo-lo na história cristã. Como nos fez e continua a fazer bem o facto de nos perdoarmos uns aos outros”, concluiu.

O Papa entrou no centro de exposições num veículo descoberto, acompanhado pelo presidente da Conferência Episcopal da Suíça, D. Charles Morerod.

No final da Missa, Francisco agradeceu à comunidade diocesana de Lausanne-Genebra-Friburgo, aos católicos da Suíça e aos fiéis vindos de várias partes da Suíça, da França e doutros países, antes de regressar ao Vaticano.

OC
http://www.agencia.ecclesia.pt/portal/igreja-sociedade-ai-daqueles-que-especulam-sobre-o-pao-papa-francisco/

quinta-feira, 21 de junho de 2018

O respeito que não temos!



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Ainda falta tanto para nos respeitarmos de verdade.

Ainda falta tanto para nos orgulharmos de ser pessoas


Ainda falta tanto para os mais pequenos não sentirem que não faz diferença ser pequeno. Ou gordo. Ou magro. Ou tímido. Ou demasiado extrovertido. Ou deprimido. Ou usar o cabelo rosa. Ou bipolar. Ou andar de cadeira de rodas. Ou usar óculos. Ou gostar de ler. Ou gostar de música clássica. Ou preto. Ou branco. Ou chinês. Ou indiano. Ou andar de bengala. Ou velho. Ou anão. Ou qualquer outra coisa que nos passe pela cabeça.

Ainda falta tanto para não ser preciso escrever sobre um valor universal. Sobre o inquestionável.

Ainda falta tanto para nunca mais ninguém se sentir gozado. Maltratado. Abandonado. Humilhado. Ignorado.

Ainda falta tanto para olharmos para o RESPEITO com a seriedade que nos merece e não passarmos por um texto sobre o assunto e acharmos que é um cliché. Que interessa pouco.


Não sei se teremos a verdadeira noção do quanto influenciamos a vida dos outros com a nossa vida. Com a forma como escolhemos agir, pensar, rir e falar. Não temos, pois não?

Não sei se saberemos que deixar o carro em segunda fila, impedindo uma outra pessoa de seguir a sua rotina, é falta de respeito. Não sabemos, pois não? Somos preguiçosos de forma deliberada e não nos interessa quem chega depois. Interessa-nos chegar. Quem chega depois? Não nos interessa minimamente.

Não sei se saberemos que não levar o nosso lixo para a rua, esperando que o vizinho ou (outro alguém) o faça, é falta de respeito.

Não sei se saberemos que não devolver um bom dia ou boa tarde, castigando o outro pelas nossas más disposições ou irritabilidades, é falta de respeito.

Não sei se saberemos que não responder a uma mensagem, e-mail ou outra qualquer palavra que alguém nos dirige (de forma escrita ou falada!) é falta de respeito.

O respeito está em vias de extinção. Sufocado e moribundo pelas nossas ausências de gentileza e bom trato. Pela nossa incapacidade de nos colocarmos na pele do outro.

Quem nunca se viu num dos cenários atrás referidos, que atire a primeira pedra. Isso. O melhor mesmo é guardar as pedras no bolso. O melhor mesmo é olhar para a nossa vida com olhos de quem quer viver melhor. De quem quer fazer melhor. De quem pode fazer melhor.

Ainda vamos a tempo.

Marta Arrais


quarta-feira, 20 de junho de 2018

Encerramento da catequese

Chega ao fim mais um ano de catequese.
No inicio partimos como uma caravana à procura do grande
tesouro que estava para lá do deserto.
Partimos à descoberta de Jesus, à descoberta de nós mesmos…
Aonde chegamos?
Este é o momento de agradecer ao Senhor pelo dom da vida,
pela sua presença, pela transformação que produziu
em nós e naqueles com quem partilhámos a vida,
pelas descobertas feitas, pelo crescimento feito na fé e no amor,
tudo o que vivemos juntos, no nosso grupo e com todos.
É Jesus, quem dá sentido à nossa vida, às coisas boas
e menos boas que fazemos.
A Ele queremos agradecer por todos
e por cada um de nós que entregou momentos de vida e anúncio
aos outros.

  

  

  

  

  

terça-feira, 19 de junho de 2018

Sínodo 2018: Jornadas anuais dos bispos portugueses abordam «pastoral juvenil vocacional»

Propor algo novo aos jovens será mais uma questão de «atitude» do que de «conteúdo», referiu o padre Fábio Attard, conferencista convidado
Fátima, 19 jun 2018 (Ecclesia) – Os bispos portugueses estão reunidos em Fátima para abordar a temática dos jovens, da pastoral juvenil e da dimensão vocacional, no âmbito do próximo Sínodo dos Bispos que vai decorrer em outubro deste ano, em Roma.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família salienta que a iniciativa “se enquadra numa caminhada sinodal que a Igreja Católica já está a fazer” e na qual “quer envolver toda a gente”.

Em cima da mesa no encontro magno dos bispos no Vaticano estarão pontos como “o acompanhamento” a dar aos jovens de hoje, com especial enfoque “na fé, no discernimento vocacional”, também “o espaço que eles têm nas comunidades paroquiais, e a integração dos jovens e o seu contributo para a evangelização”.

“Já temos refletido a vários níveis, agora estão os bispos a refletir, juntamente com os diretores dos secretariados diocesanos da Pastoral Juvenil e da Pastoral Vocacional”, apontou D. Joaquim Mendes.

Para apoiar o episcopado português nos seus trabalhos, que decorrem até esta quarta-feira, na Casa Nossa Senhora do Carmo, em Fátima, vieram a Portugal dois sacerdotes salesianos com um percurso ligado à Pastoral Juvenil: o padre Fábio Attard, que desde 2008 é conselheiro geral para a Pastoral Juvenil na congregação dos Salesianos; e o padre Mário Óscar Llanos, atual diretor da Faculdade de Ciências e Educação da Universidade Pontifícia Salesiana, o qual tem trabalhado a Pastoral Juvenil em ligação à Pastoral Vocacional e a Pastoral Familiar.

Na sua intervenção inicial, esta segunda-feira à tarde, o padre Fábio Attard privilegiou a abordagem aos resultados do questionário preparatório do Sínodo, que a Santa Sé enviou às dioceses de todo o mundo.

Contributos que ajudaram a formar um documento de trabalho para o Sínodo, que foi hoje formalmente apresentado no Vaticano, e onde os jovens deixam à Igreja Católica várias interpelações.

A começar pelas bases da fé, onde as respostas dos mais novos apontam para a necessidade de “rever a oferta da Catequese” e a sua “validade para as novas gerações”.

Depois na própria vivência cristã, com os jovens a alertarem para os desafios de uma sociedade que muitas vezes quer remeter a fé para um plano “puramente privado”.

As respostas dos jovens mostram também o empenho destes em participarem na vida da Igreja, no entanto, refere o documento, “por vezes esta disponibilidade depara-se com um excessivo autoritarismo dos adultos e dos ministros”.

“Em frente a estes desafios, que atitudes devemos não só gerar, mas também favorecer e fortalecer?”, interpelou o padre Fábio Attard, que frisou a necessidade de a Igreja Católica estar junto dos jovens “numa atitude de abertura, de escuta, de acolhimento”.

“Uma atitude e presença que acompanhe os jovens, que esteja com os jovens, nos seus contextos”, acrescentou o sacerdote salesiano.

No mesmo documento de trabalho, publicado esta terça-feira pelo Vaticano, os jovens apelam a uma Igreja cada vez mais próxima das dificuldades da sociedade, desde “a pobreza, o desemprego e a marginalização”, a desafios como “a toxicodependência, o alcoolismo, o bullying, os abusos sexuais e as taxas elevadas de suicídio” que tocam os jovens em vários países.

Passando também pelas novas tecnologias de informação e comunicação e a sua influência nas relações que os jovens (não) estabelecem.

No meio de tantos chamamentos, de tantas interpelações que hoje os mais novos recebem, os dados mostram que continua a haver espaço para a dimensão vocacional, cabe à Igreja Católica também identificar e estar nos locais onde a pergunta é colocada.

“O que quer Deus de mim, qual é o meu futuro, para onde vou, o que é que me espera, os jovens estão a colocar esta pergunta, e como é que a Igreja está a responder hoje? O desafio não está no conteúdo, o maior desafio está na atitude que a Igreja vai favorecer para escutar, discernir e propor algo novo aos jovens”, completou o padre Fábio Attard.

Outro dos oradores das jornadas pastorais do episcopado português, o padre Mário Óscar Llanos, focou-se no “conceito da vocação”, colocando-o “em relação com a situação dos jovens”.

“Creio que os jovens têm hoje um grande desafio ao nível da construção da própria identidade, também ao nível da relação com o outro, no começo de um projeto de vida, e a não ficarem parados no seu crescimento e desenvolvimento. A tudo isto responde a vocação humana que Deus nos dá”, referiu o sacerdote argentino.

Aquele responsável destacou ainda a necessidade dos bispos estarem também cada vez mais envolvidos no “acompanhamento dos jovens”, se não “de forma direta”, pelo menos naquela que é “a missão de animar as comunidades, para criar este sentido de Igreja em relação com as vocações, um sentido de responsabilidade comunitária”.

“É preciso estarmos atentos às questões dos jovens, mas por outro lado a Igreja Católica também tem muito para oferecer, ou seja, é um diálogo, um encontro entre duas verdades, o essencial é definir as coordenadas para que esse encontre se concretize”, concluiu o padre Mário Óscar Llanos.

Nas Jornadas Pastorais do Episcopado marca presença o núncio apostólico (representante diplomático) da Santa Sé em Portugal, D. Rino Passigato, que hoje vai ser alvo de uma homenagem, no âmbito dos seus 50 anos de sacerdócio.

JCP

http://www.agencia.ecclesia.pt/portal/sinodo-2018-jornadas-anuais-dos-bispos-portugueses-abordam-pastoral-juvenil-vocacional/
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segunda-feira, 18 de junho de 2018

O Amor ao pecador


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"Não pode ser ignorado,
nem sequer duvidado
de que sou amado 
por um Deus que um dia foi crucificado!"
Emanuel António Dias
 
Quando não me sinto digno da Sua pertença gosto de relembrar os acontecimentos que decorreram momentos antes da morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Jesus era acompanhado por pecadores. Jesus almoçava e jantava com pecadores. Jesus foi traído com um beijo por aquele que conviveu conSigo durante três anos. Jesus foi negado e renegado por Pedro. Também Ele se tornou a primeira pedra e o primeiro Papa desta Sua Igreja que é católica (universal, de todos e para todos) e apostólica (descendente dos apóstolos).
Jesus foi abandonado por todos ficando com Ele somente as prostitutas. Ao recordar tudo isto não relativizo o meu pecado, mas recordo que o meu Deus não veio para os perfeitos, mas para aqueles que se reconhecem imperfeitos. Ao recordar tudo isto sei que o meu Deus abomina o pecado, mas não o pecador. Ao recordar todos estes momentos sei que o meu Deus continua a perceber o quão frágil é a minha humanidade e que por isso continua a levantar-me e encorajar-me.
Ao recordar tudo isto arrepio-me ainda mais quando sei que Ele não faz isto apenas comigo, mas também a ti. A nós.
Sim, o nosso Deus continua a acompanhar mesmo quando caímos repetidamente no mesmo pecado. Continua a acompanhar-nos quando acreditamos que o pecado tem a última palavra. Continua a acompanhar-nos dando-nos o conforto necessário para que o Seu perdão atue.
O Seu perdão só ganha forma quando conseguimos perdoar-nos. É necessário que façamos as pazes connosco mesmo para que o Seu amor possa fazer a verdadeira transformação.
Quão belo é saber que este Deus dispensa todo o Seu amor ao pobre pecador.

Emanuel António Dias

http://www.imissio.net/artigos/49/1636/o-amor-ao-pecador/

sábado, 16 de junho de 2018

A Semente


https://www.youtube.com/watch?v=zH_zJJ9q8NE

A liturgia do 11º Domingo do Tempo Comum convida-nos a olhar para a vida e para o mundo com confiança e esperança. Deus, fiel ao seu plano de salvação, continua, hoje como sempre, a conduzir a história humana para uma meta de vida plena e de felicidade sem fim.
Na primeira leitura, o profeta Ezequiel assegura ao Povo de Deus, exilado na Babilónia, que Deus não esqueceu a Aliança, nem as promessas que fez no passado. Apesar das vicissitudes, dos desastres e das crises que as voltas da história comportam, Israel deve continuar a confiar nesse Deus que é fiel e que não desistirá nunca de oferecer ao seu Povo um futuro de tranquilidade, de justiça e de paz sem fim.
O Evangelho apresenta uma catequese sobre o Reino de Deus – essa realidade nova que Jesus veio anunciar e propor. Trata-se de um projecto que, avaliado à luz da lógica humana, pode parecer condenado ao fracasso; mas ele encerra em si o dinamismo de Deus e acabará por chegar a todo o mundo e a todos os corações. Sem alarde, sem pressa, sem publicidade, a semente lançada por Jesus fará com que esta realidade velha que conhecemos vá, aos poucos, dando lugar ao novo céu e à nova terra que Deus quer oferecer a todos.
A segunda leitura recorda-nos que a vida nesta terra, marcada pela finitude e pela transitoriedade, deve ser vivida como uma peregrinação ao encontro de Deus, da vida definitiva. O cristão deve estar consciente de que o Reino de Deus (de que fala o Evangelho de hoje), embora já presente na nossa actual caminhada pela história, só atingirá a sua plena maturação no final dos tempos, quando todos os homens e mulheres se sentarem à mesa de Deus e receberem de Deus a vida que não acaba. É para aí que devemos tender, é essa a visão que deve animar a nossa caminhada.
A referência à pequenez da semente (segunda parábola) convida-nos – como já o havia feito a primeira leitura deste domingo – a rever os nossos critérios de actuação e a nossa forma de olhar o mundo e os nossos irmãos. Por vezes, é naquilo que é pequeno, débil e aparentemente insignificante que Deus Se revela. Deus está nos pequenos, nos humildes, nos pobres, nos que renunciaram a esquemas de triunfalismo e de ostentação; e é deles que Deus Se serve para transformar o mundo. Atitudes de arrogância, de ambição desmedida, de poder a qualquer custo, não são sinais do Reino. Sempre que nos deixamos levar por tentações de grandeza, de orgulho, de prepotência, de vaidade, estamos a frustrar o projecto de Deus, a impedir que o Reino de Deus se torne realidade no mundo e nas nossas vidas.

http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2057

POR MUITO QUE SEJA É SEMPRE MUITO POUCO

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De 21 a 26 de agosto próximo, terá lugar, em Dublin, o IX Encontro Mundial das Famílias, desta vez sob o tema: "O Evangelho da Família: alegria para o mundo". Na verdade, tudo quanto se possa fazer em favor da família e do matrimónio é sempre muito pouco tendo em conta tudo quanto são e merecem. A propósito deste Encontro Mundial, já em março de 2017, o Papa Francisco dera algumas indicações para que as famílias pudessem, ao longo deste tempo, “aprofundar a sua reflexão e a sua partilha sobre o conteúdo da Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia”. O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, por sua vez, ofereceu-nos também, a toda a Igreja, um excelente itinerário de reflexão em sete catequeses baseadas em Lc 2, 41-52. Estão publicadas em português para que todas as pessoas e comunidades cristãs as possam usar.
Se a família é um bem do qual a sociedade não pode prescindir, se ela continua a ser uma boa notícia para o presente e o futuro da comunidade humana, se ela está firmemente baseada no plano do Deus, ela não pode ser ferida e maltratada pela falta de amor. Tem, isso sim, é de se fomentar a cultura do amor e de se fazer tudo para que a família seja respeitada, cuidada e protegida, também no âmbito jurídico e económico, social e fiscal. E, como cristãos, não podemos deixar de propor o ideal do matrimónio, mesmo contrariando a sensibilidade e a moda atual. Se o deixarmos de fazer, estaremos a privar o mundo dos valores que podemos e devemos oferecer (cf. AL35). Para isso, porém, não basta, de facto, “limitarmo-nos a uma denúncia retórica dos males atuais, como se isso pudesse mudar qualquer coisa. De nada serve também querer impor normas pela força da autoridade. É-nos pedido um esforço mais responsável e generoso, que consiste em apresentar as razões e os motivos para se optar pelo matrimónio e a família, de modo que as pessoas estejam melhor preparadas para responder à graça que Deus lhes oferece” (AL35). Sabemos que o matrimónio não é um ideal abstrato, muito menos um fardo a carregar. É um caminho dinâmico de crescimento e realização, um caminho a construir e a percorrer na confiança e na abertura à graça (cf. AL 37).
Francisco sublinhava a importância de as famílias se perguntarem muitas vezes “se vivem baseadas no amor, para o amor e em amor”. E reiterava um modo muito prático de concretizar e expressar este desejo e atitude, um estilo já por ele anunciado várias vezes e referido na Amoris Laetitia: “Quando numa família não somos invasores e pedimos “com licença”, quando na família não somos egoístas e aprendemos a dizer “obrigado”, quando na família nos damos conta de que fizemos algo incorreto e pedimos “desculpa”, nessa família existe paz e alegria” (AL133).
De facto, há sempre fragilidades e fraquezas a urgir constantemente humildade e delicadeza, cortesia e misericórdia em busca da vida autêntica e feliz, vivendo juntos, envelhecendo juntos, cuidando-se a apoiando-se mutuamente, sem silêncios nem ruturas que entristecem e destroem. A maturidade chega a uma família “quando a vida emotiva dos seus membros se transforma numa sensibilidade que não domina nem obscurece as grandes opções e valores, mas segue a sua liberdade, brota dela, enriquece-a, embeleza-a e torna-a mais harmoniosa para bem de todos” (AL146).
Sabemos que o Evangelho da Família é resposta às expectativas mais profundas da pessoa humana e que os jovens, à partida, desejam constituir uma família estável e perene, apoiada em valores. Mas também sabemos que o amor humano não acontece nem se constrói ao jeito das redes sociais. Não é fruto da banalização nem de arrufos autorreferenciais. Não se pode “conectar ou desconectar ao gosto do consumidor e inclusive bloquear rapidamente”. Tampouco se pode transpor “para as relações afetivas o que acontece com os objetos e o meio ambiente: tudo é descartável, cada um usa e deita fora, gasta e rompe, aproveita e espreme enquanto serve; depois…adeus”. Na verdade, o narcisismo “torna as pessoas incapazes de olhar para além de si mesmas, dos seus desejos e necessidades”. Mas a história também nos vai dizendo que “quem usa os outros, mais cedo ou mais tarde acaba por ser usado, manipulado e abandonado com a mesma lógica” (AL39).
Redimidos por Cristo, a família e o matrimónio recebem d’Ele, através da Igreja, a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão. É Cristo que vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimónio, permanecendo com eles. O sacramento não é um mero momento que começa a fazer parte do passado para recordar ao olhar as fotografias na gaveta. Ele exerce a sua influência sobre toda a vida matrimonial, de maneira permanente. Os esposos são de certo modo consagrados e, por meio de uma graça própria, constituem uma pequenina igreja doméstica a fazer crescer. É um dom do Senhor concedido às pessoas unidas em matrimónio, mas tudo o que é dom implica tarefa, implica colaboração humana. Por isso, “querer formar uma família é ter a coragem de fazer parte do sonho de Deus, a coragem de sonhar com Ele, a coragem de construir com Ele, a coragem de se unir a Ele nesta história de construir um mundo onde ninguém se sinta só” (AL321).

D. Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco

Portalegre, 15-06-2018.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Profissão de Fé

Este domingo,10, os jovens do 6º ano da nossa Paróquia, assumiram o compromisso da Profissão de Fé.





A Profissão de Fé não é um Sacramento.

Uma vez que a maioria das crianças é baptizada muito cedo, na Profissão de Fé os jovens podem assumir os seus compromissos baptismais, continuando a caminhada da catequese até ao fim.

A festa da Profissão de Fé merece bastante interesse tanto por parte dos pais como por parte das crianças como ainda por parte dos responsáveis da Igreja.

Foi uma festa que deixou raízes nas tradições religiosas. Celebrada com outro nome há muitos anos – Comunhão Solene – não perdeu ainda a actualidade.

Os pais experimentam nesta festa uma homenagem à sua paternidade responsável. Não podemos ignorar nem subestimar este significado antropológico profundamente ligado ao religioso: o crescimento e a educação que esta festa da vida celebra são simultaneamente humanos e cristãos.

Para os pré-adolescentes é também uma festa profundamente humana e cristã. Atingem um grau no seu crescimento humano e cristão. São reconhecidos publicamente. São centro das atenções. Por outro lado é-Ihes reconhecida uma certa maturidade cristã.

Vão assumir, por decisão pessoal, a escolha que os pais fizeram por eles no Baptismo. Têm voz activa na Igreja.

Para muitos, se bem preparados, esta festa pode ser um momento marcante na sua vida cristã com repercussões positivas no futuro. Embora uma percentagem venha a afastar-se não deixarão de guardar a recordação desta festa.

Para os responsáveis da comunidade esta festa é entendida mais como ratificação pessoal do Baptismo de infância pedido pelos pais. Assenta na convicção de que a fé cristã não pode ser apenas uma decisão dos pais ou uma tradição do ambiente, mas necessita de uma escolha livre e esclarecida de cada pessoa.

O pároco e os catequistas preocupam-se sobretudo em saber se estão preparados para viver a fé, se estão minimamente iniciados na prática do cristianismo, se alcançaram um conhecimento global da mensagem cristã.

Estas perspectivas, embora diferentes, não se contradizem mas completam-se. Assim os pais devem ser ajudados a ultrapassarem a perspectiva meramente social, e antropológica da festa, completando-a com a perspectiva cristã.


Compromisso Cristão

A fé professa-se ou confessa-se publicamente. É uma convicção interior, uma atitude de coração e também uma profissão pública.


“Se confessares com a tua boca o Senhor Jesus e creres no teu coração que Deus O ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rom. 10, 9).

Não se pode esconder a fé apenas no íntimo de cada um (“a luz não se põe debaixo do alqueire”). Deve manifestar-se na vida, na prática quotidiana, pelo comportamento e pelas palavras. Assim a fé apresenta-se simultaneamente como uma convicção interior e como uma prática exterior. Professar ou confessar a fé é declarar pública e solenemente a convicção interior e o compromisso de a querer viver no dia a dia.

Conforme entendemos por profissão a actividade que alguém exerce para a sua realização pessoal e para contribuir, para o bem comum. Assim, podemos entender por Profissão de Fé o exercício ou a prática da fé na vivência do dia a dia.

Pode, pois resumir-se:

Profissão de Fé é a confissão solene da fé cristã que engloba a convicção e o compromisso de a viver.

Para poder realizar a profissão de fé é necessário estar catequizado e iniciado na fé da Igreja. É necessário o conhecimento da fé e a integração na comunidade de crentes.


Maturidade Cristã

A profissão de fé tem origem no Baptismo e termo na fé adulta, celebrada na Confirmação e vivida na prática quotidiana do Evangelho e na celebração da Eucaristia.

Inicia realmente com o Baptismo, em que os pais apresentam os filhos à Igreja e esta os acolhe. A graça de Deus, que nos adopta como filhos, é antecedente às nossas decisões. Mas não dispensa o nosso acordo. Em determinado momento da vida, depois de consciencializados e esclarecidos, temos de responder pessoalmente à chamada de Deus à fé. Ou seja, precisamos de assumir, conscientemente, a iniciativa dos pais, de fazer, portanto, uma profissão de fé pessoal.

Todos os domingos na Eucaristia professamos publicamente a nossa fé recitando o Credo. Depois de ouvirmos a Palavra de Deus damos a nossa adesão recitando em comunidade o Credo, chamado também símbolo da fé por ser um elo que nos liga a todos os crentes.

Fazemos ainda uma profissão de fé mais solene na Vigília Pascal, ao reviver o nosso Baptismo.

Porém, esta festa só tem sentido depois de um conhecimento global da fé cristã que o catequizando assimilou durante a catequese de infância. É consequência do Baptismo, é continuação da primeira comunhão, é conclusão de um conhecimento geral da mensagem cristã. Supõe uma visão de conjunto do cristianismo, sintetizado no Credo.

Mas não pode ser considerada definitiva. Esta idade não é propícia a decisões definitivas. O crescimento da fé e a adesão ao Baptismo não estão amadurecidos nesta altura. O caminho tem de continuar.

Pelo menos até à celebração do sacramento da Confirmação, em que se deve de novo professar a fé, de modo mais consciente e esclarecido e sacramental, uma vez que a Profissão de Fé não é um Sacramento.


Requisitos

Para celebrar a Profissão de Fé existem alguns requisitos que são necessários viver e respeitar. Entre eles salientamos os seguintes:
Adolescente

O adolescente deverá viver:
Assiduidade semanal quer à Catequese quer à Santa Missa. O catequizando que não celebra a Santa Missa semanalmente, não tem a devida preparação para poder viver qualquer celebração.
Presença atenta e participante na celebração da Santa Missa.
Participação, a tempo inteiro nos 3 retiros anuais:
Advento
Quaresma
Preparação para a Profissão de Fé.
Interesse e interacção com os ensinamentos catequéticos e desejo de celebrar a sua Profissão de Fé.
Presença do adolescente no ensaio, preparação e celebração penitencial, para a Profissão de Fé.
Comprometimento para continuar na Catequese após a celebração da Profissão de Fé.

Pais

Dos pais espera-se que :
Tenham uma vida coerente com os valores de Cristo e do Evangelho, a fim de serem exemplo para os seus filhos.
Proporcionem aos filhos a possibilidade de semanalmente ficarem na celebração da Santa Missa ou melhor ainda: os acompanhem na celebração, dando assim um exemplo importantíssimo.
Participem nas reuniões para que forem convocados.
Se comprometam a continuar a enviar os filhos à catequese nos próximos anos, até à celebração do Sacramento da Confirmação (Crisma).

  

  


  






Fotos de Mª Emília Costa