segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Oração de Ano Novo

Woman holding Sparkler


Para rezar com fé antes do réveillon


Meu Jesus adorado, queremos vos oferecer nesta hora em que o tempo vira uma página da história dos homens, nosso olhar e nossas orações, contemplando o Mistério do Natal, do vosso Presépio, onde nascestes para nos salvar.

E assim como fostes não mais do que uma frágil criança, dependendo em tudo de vossa Mãe Santíssima e de São José, vosso Pai adotivo, assim queremos ser, diante de vós e de vosso Pai.

Antes de tudo, queremos agradecer por todas as graças que recebemos ao longo deste último ano, graças de perdão, graças de amor, vindos em nossos corações pela Santa Comunhão. Também por todas as forças e ajudas que recebemos de Vós para bem realizar nossas obrigações e deveres, tanto materiais quanto espirituais.

Nós sabemos, ó Bom Jesus, que por causa do abandono em que vos deixamos por nossos pecados, tudo o que temos nos vem da pobreza da gruta em que nascestes, da Cruz que aceitastes por nossa causa. E que, pela gloriosa Ressurreição alcançaremos, nós também, o Céu onde habitais.

Hoje o mundo se prepara para festejar um ano que termina, outro que começa. Nós queremos nos lembrar, antes de tudo, que foi o vosso nascimento em Belém que deu origem a todos os séculos. Ali, naquela hora sublime, o tempo parou de contar para dar início a uma nova era, marcada pela vossa presença sobre a Terra.

É assim que queremos viver todos os dias, lembrando que um dia estivestes pisando o pó das nossas estradas, falando com nossa gente, morrendo sobre uma Cruz para mostrar o caminho do Céu. Dessa lembrança virá nossa felicidade neste novo ano.

Que este ano bom seja para nós e para todos os nossos queridos pais, parentes e amigos, de verdadeira felicidade e sincera paz, e que os festejos dessa hora só nos façam estar mais próximos do tempo sem fim da vossa Eternidade.

Amém.

(Autor desconhecido) via Aleteia

domingo, 30 de dezembro de 2018

A FAMÍLIA É UM TESOURO

Festa da Sagrada Família incentiva a aprofundar o amor familiar





Hoje a Igreja celebra a festa da Sagrada Família e convida todos a olhar para Jesus, Maria e José, que desde o início tiveram que enfrentar os perigos do exílio no Egito, mas, sempre mostrando que o amor é mais forte do que a morte. Eles são um reflexo da Trindade e modelo de cada família.

A solenidade da Sagrada Família é uma festa que incentiva a aprofundar o amor familiar, examinar a situação do próprio lar e buscar soluções que ajudem o pai, a mãe e os filhos a serem cada vez mais como a Família de Nazaré.

Ao celebrar esta data em 2013, o Papa Francisco ressaltou que o “nosso olhar hoje para a Sagrada Família se deixa atrair também pela simplicidade da vida que essa conduz em Nazaré. É um exemplo que faz tanto bem às nossas famílias, ajuda-as a se tornarem sempre mais comunidades de amor e de reconciliação, na qual se experimenta a ternura, a ajuda mútua, o perdão recíproco”.

A vida familiar não pode ser reduzida a problemas de relacionamento, deixando de lado os valores transcendentes, já que a família é o sinal do diálogo entre Deus e o homem. Pais e filhos devem estar abertos à Palavra e ouvir, sem esquecer a importância da oração familiar que une fortemente os membros da família.

São João Paulo II, que é conhecido como o Papa das famílias, no Ângelus desta solenidade em 1996, destacou que “a mensagem que vem da Sagrada Família é, antes de tudo, uma mensagem de fé: a casa de Nazaré é aquela onde Deus está verdadeiramente no centro”.

“Para Maria e José esta opção de fé concretiza-se no serviço ao Filho de Deus que lhes foi confiado, mas exprime-se também no seu amor recíproco, rico de ternura espiritual e de fidelidade”, indicou.

Em muitas ocasiões, João Paulo II reforçou a importância da vivência da fé em família, por meio da oração. “A família que reza unida, permanece unida”, dizia, sugerindo que juntos rezassem o Rosário.
(Acidigital)

Oração

“Deus nosso Pai, nós Te recomendamos os pais e as famílias, na sua missão de educar e de guiar os filhos na realização das suas vocações.
Nós Te pedimos que o teu Espírito sustente a nossa fé no teu Filho Jesus e este amor sem limites que pedes para termos entre nós.
Nós Te bendizemos pelo novo templo que deste ao teu Povo. É o teu próprio Filho Jesus, que nos reúne e constitui em família, que nos permite estar contigo.
Recomendamos-Te as nossas famílias, com todas as dificuldades da educação cristã e do diálogo entre pais e filhos nas situações actuais”



FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ


https://www.youtube.com/watch?v=BhObpbpTHDQ

As leituras deste domingo complementam-se ao apresentar as duas coordenadas fundamentais a partir das quais se deve construir a família cristã: o amor a Deus e o amor aos outros, sobretudo a esses que estão mais perto de nós – os pais e demais familiares.

O Evangelho sublinha, sobretudo, a dimensão do amor a Deus: o projecto de Deus tem de ser a prioridade de qualquer cristão, a exigência fundamental, a que todas as outras se devem submeter. A família cristã constrói-se no respeito absoluto pelo projecto que Deus tem para cada pessoa.

A segunda leitura sublinha a dimensão do amor que deve brotar dos gestos de todos os que vivem “em Cristo” e aceitaram ser Homem Novo. Esse amor deve atingir, de forma mais especial, todos os que connosco partilham o espaço familiar e deve traduzir-se em determinadas atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.

A primeira leitura apresenta, de forma muito prática, algumas atitudes que os filhos devem ter para com os pais. É uma forma de concretizar esse amor de que fala a segunda leitura.

¨ Viver “em Cristo” implica fazer do amor a nossa referência fundamental e deixar que ele se manifeste em gestos concretos de bondade, de perdão, de compreensão, de respeito pelo outro, de partilha, de serviço… É este o quadro em que se desenvolvem as nossas relações com aqueles que nos rodeiam?


Portal dos Dehonianos

sábado, 29 de dezembro de 2018

Receita para um ano novo de paz

NEW YEAR


Não tenha medo de recomeçar!


Para que você tenha um ano novo de paz, é preciso que você desamarre os laços que o impedem de caminhar rumo ao perdão. Desfaça os nós da prepotência e revista-se de humildade. Dê o primeiro passo e acredite que o perdão revigora a alma e devolve a paz ao coração angustiado.

Não tenha medo de recomeçar. Nem sempre é fácil deixar aquilo que nos aprisiona. Liberte-se das prisões que criou para si mesmo. Olhe ao seu redor e veja que, na liberdade madura, você pode ser mais feliz do que sendo prisioneiro de seus pecados. Liberdade conquista-se com responsabilidade; e a maturidade é o fruto das escolhas bem realizadas. Abra os cadeados que o impedem de ver a vida com mais otimismo. Despeça-se do mau humor. Viva com mais leveza e pare de achar o lado ruim das pessoas e das situações. Chegou o momento de viver a vida com mais gratidão. Mais um ano mal-humorado será insuportável para você mesmo.

Sempre é tempo de praticar gestos de bondade

Fuja das trevas e caminhe na luz. Um novo ano é sempre uma nova oportunidade de buscar a luz. Deixe-se iluminar pelo bom exemplo das pessoas. Busque amizades que agreguem valor a sua vida. Despeça-se das situações que ofuscam sua visão. Você foi criado para iluminar-se. Seja luz! Brilhe amando! Ilumine semeando esperança!

Acredite que sempre é tempo de praticar gestos de bondade. Não espere o momento ideal para ajudar alguém. Faça de cada situação uma oportunidade única para praticar o bem. Faça de cada dia deste novo ano o tempo de amar. Faça a diferença! Acredite na força do amor partilhado.

Pequenos gestos fazem grandes diferenças

Seja misericordioso. Acolha a todos com um sorriso verdadeiro e um abraço fraterno. Pequenos gestos fazem grandes diferenças quando praticados com amor. Seja ponte que une e não muro que separa. Ajude os necessitados e cada dia deste ano novo será um Natal permanente. Visite os enfermos e celebre a liturgia da caridade, no altar de cada leito de dor. Ofereça sua bondade sem esperar retorno. Quem semeia com amor colhe sorrisos de gratidão.

A oração é alimento da alma e fortaleza na vida

Ore mais. A oração é alimento da alma e fortaleza na vida. Em cada oração, unimo-nos mais profundamente ao coração de Deus. Mesmo em meio às lágrimas e dificuldades, busque o auxilio e a segurança d’Aquele que nunca nos abandona. Em Deus somos acolhidos no amor e na misericórdia. Nosso Pai celestial jamais abandona um filho necessitado. Seja na dor ou na alegria, busque Deus com amor. N’Ele somos amados eternamente.

Acredite em si mesmo

Você é protagonista da mais bela história da vida, da qual Deus o fez personagem principal. Sua missão começa com um sorriso de bondade e se expande pelo mundo com pequenos gestos de amor. No palco da vida, você é obra divina da criação. Você foi gerado no amor de Deus. Em sua alma estão impressas as marcas da divindade. Você é fruto de um amor eterno, por isso mesmo, faça deste novo ano o início de um novo tempo na sua história. Seja para o mundo a realidade de um novo tempo. Seja de Deus! Seja feliz com Deus!

Por Pe. Flávio Sobreiro, via Canção Nova

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

"A BOA POLÍTICA ESTÁ AO SERVIÇO DA PAZ"


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Dentro da oitava do Natal, celebramos a Festa da Sagrada Família. Logo a seguir, no primeiro dia do ano, a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e o Dia Mundial da Paz. Foi grande a participação de Maria no mistério da salvação. Exaltamos a sua singular dignidade, renovamos a adoração ao Menino “Príncipe da Paz” e imploramos o dom da paz.
O Papa Francisco, na sua Mensagem para este Dia Mundial da Paz, sob o tema: “A boa política está ao serviço da Paz”, torna presente as “bem-aventuranças do político”, uma proposta do Cardeal vietnamita Francisco Xavier Nguyen Van Thuan que foi prisioneiro no regime comunista durante 13 anos, alguns meses dos quais confinado numa cela minúscula, sem janela, úmida, tendo de passar horas com o rosto enfiado num pequeno buraco no chão para conseguir respirar, a cama era coberta de fungos, 9 anos foram de total isolamento, faleceu em 2002:

1. Bem-aventurado o político que tem uma alta noção e uma profunda consciência do seu papel.
2. Bem-aventurado o político de cuja pessoa irradia a credibilidade.
3. Bem-aventurado o político que trabalha para o bem comum e não para os próprios interesses.
4. Bem-aventurado o político que permanece fielmente coerente.
5. Bem-aventurado o político que realiza a unidade.
6. Bem-aventurado o político que está comprometido na realização duma mudança radical.
7 - Bem-aventurado o político que sabe escutar.
8 - Bem-aventurado o político que não tem medo.

Citando Paulo VI, Francisco reafirma que «tomar a sério a política, nos seus diversos níveis – local, regional, nacional e mundial – é afirmar o dever do homem, de todos os homens, de reconhecerem a realidade concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, para procurarem realizar juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade».
E termina a sua Mensagem, que convido a ler na íntegra, afirmando que “a paz é fruto dum grande projeto político, que se baseia na responsabilidade mútua e na interdependência dos seres humanos. Mas é também um desafio que requer ser abraçado dia após dia. A paz é uma conversão do coração e da alma, sendo fácil reconhecer três dimensões indissociáveis desta paz interior e comunitária:
– a paz consigo mesmo, rejeitando a intransigência, a ira e a impaciência e – como aconselhava São Francisco de Sales – cultivando «um pouco de doçura para consigo mesmo», a fim de oferecer «um pouco de doçura aos outros»;
– a paz com o outro: o familiar, o amigo, o estrangeiro, o pobre, o atribulado…, tendo a ousadia do encontro, para ouvir a mensagem que traz consigo;
– a paz com a criação, descobrindo a grandeza do dom de Deus e a parte de responsabilidade que compete a cada um de nós, como habitante deste mundo, cidadão e ator do futuro”.

Toda a família, qual Família de Nazaré, continua a ser o lugar por excelência da manifestação de Deus, o local onde Jesus continua a ser gerado, acolhido e transmitido de geração em geração. É também o primeiro espaço onde se educa para a verdadeira paz. Na pastoral da criança que a Conferência Episcopal do Brasil propõe, constam dez mandamentos para que, na família cristã, as crianças experimentem e sejam educadas para a verdadeira paz:

01. Tenha fé e viva a Palavra de Deus, amando a sua família como a si mesmo.
02. Ame-se, confie em si mesmo e na sua família, ajude a criar um ambiente de amor e de paz ao seu redor.
03. Reserve momentos para brincar e se divertir com a sua família, pois a criança aprende brincando e a diversão aproxima as pessoas.
04. Eduque o seu filho na conversa, no carinho e no apoio. Tome cuidado: quem bate para ensinar está a ensinar a bater.
05. Participe com a sua família da vida na comunidade, evitando as más companhias e diversões que incentivam a violência.
06. Procure resolver os problemas com calma e aprenda com as situações difíceis, buscando em tudo o seu lado positivo.
07. Partilhe os seus sentimentos com sinceridade, dizendo o que pensa e ouvindo o que os outros têm para dizer.
08. Respeite as pessoas que pensam de forma diferente, pois as diferenças são uma verdadeira riqueza para cada um e para o grupo.
09. Dê bons exemplos, a melhor palavra é o nosso jeito de ser.
10. Peça desculpa quando ofender alguém e perdoe de coração quando se sentir ofendido: o perdão é o maior gesto de amor que podemos demonstrar.

Na celebração do Dia Mundial da Paz, torna-se presente a bênção própria da liturgia judaica ainda hoje em uso. Ao iniciar o Novo Ano, ela expressa as bênçãos que o Senhor - e a Igreja - a todos nos endereça:
“O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz” (Num 6, 25-26).

D. Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre-Castelo Branco, 28-12-2108.

Depois de tudo, o que é que fica?


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Todos os momentos que nos retiram das nossas rotinas parecem atropelar-nos. É como se uma pequenina tempestade nos mudasse os pontos cardeais e nos levasse para um caminho de novidade que nem sempre sabemos como receber ou guardar. Há qualquer coisa de estranho nos momentos que deviam ser de grande festa e de grande celebração. Na verdade, e já que estamos em tempo disso mesmo, também este tempo que agora vivemos (e nos arranca das nossas rotinas mais ou menos apaziguadoras) nos desinstala e desarruma quase demasiadamente. É muita coisa a acontecer ao mesmo tempo. Muitas pessoas. Muitos momentos que se assemelham pouco aos hábitos de cada dia. É essa diferença que nos desafia nestes dias que passam por nós. É por isso que nos sentimos pouco preparados para a correnteza de sentimentos que parecem rodopiar sobre as nossas cabeças. Atrevo-me a dizer que é absolutamente aceitável que assim seja. No entanto, a pergunta que queria deixar hoje foge ligeiramente deste tempo de ruído mais ou menos feliz. Depois do dia de hoje, o que é que fica? O que é que fizemos melhor do que no ano passado? De que forma conseguimos ser fiéis à nossa fé e às nossas raízes? Depois de nos levantarmos da mesa (mais ou menos cheia) o que é que assola o nosso coração? Que luz (mais ou menos pequenina) é que se acende debaixo da nossa pele? Que memórias nos habitam? Que pássaros se atrevem a voar nos nossos céus de dentro? Que promessas precisamos de fazer, ainda? Que mágoas precisam de ser deixadas para trás? O que é que fica em mim de cada um dos que deixaram o seu olhar poisar no meu?

Tantas perguntas difíceis. Mas, talvez, necessárias. Se estacionamos a nossa vida à beira destes momentos de festa que não condizem com a nossa vidinha de sempre, tem que valer a pena pensar sobre o que estamos a viver. Sobre como estamos a viver. Depois, quando for hora de voltar ao rodopio do dia-a-dia, havemos de regressar com menos pressa e, se tivermos sorte, com uma coragem acesa. Uma coragem capaz de responder a cada uma das nossas perguntas. Uma coragem que nos faça mudar tudo, se for preciso. Uma coragem que nos faça querer tudo como está, se for preciso.

Depois de tudo, para ti, o que é que fica?!

Marta Arrais

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Papa: nas dificuldades e perdas, confiar em Deus





"Pedir sempre ao Espírito Santo para que derrame sobre nós o dom da força, que cura nossos medos"


A Igreja celebra neste dia 26 de dezembro a festividade de Santo Estêvão, diácono e primeiro mártir, perseguido e morto em Jerusalém.

Antes de rezar a oração mariana do Angelus, nesta quarta-feira na Praça São Pedro, o Papa falou aos fiéis sobre as analogias na vida de Estêvão e do próprio Jesus. Ambos entregaram seu espírito a Deus no momento da morte: Estêvão ao ser lapidado, e Jesus na cruz.

O comportamento de Estêvão que imita fielmente o gesto de Jesus é um convite a cada um de nós a receber com fé, das mãos do Senhor, aquilo que a vida nos oferece de positivo e de negativo.

Nossa existência não é marcada apenas por circunstâncias felizes, mas também por dificuldades e perdas; mas a confiança em Deus nos ajuda a acolher os momentos fadigosos e a vivê-los como ocasião de crescimento na fé e construção de novas relações com os irmãos. Trata-se de abandonar-nos nas mãos do Senhor, que sabemos ser um Pai rico de bondade com seus filhos.

A segunda atitude indicada por Francisco como comum entre Estêvão e Jesus foi o perdão. Nenhum dos dois maldisse seus perseguidores, mas rezaram por eles.

O perdão engradece o coração, gera partilha, doa serenidade e paz. O protomártir Estêvão nos aponta o caminho a percorrer nas relações interpessoais de família, na escola e no trabalho, na paróquia e nas comunidades.

A lógica do perdão e da misericórdia é sempre vitoriosa e abre horizontes de esperança; mas o perdão se cultiva com a oração, que nos permite fixar o olhar em Jesus.

Terminando, o Pontífice lembrou que é a oração que nos fortalece, e por isso, temos que pedir sempre ao Espírito Santo para que derrame sobre nós o dom da força, que cura nossos medos, nossas fraquezas, nossa pequenez.
“Invoquemos a intercessão de Maria e de Santo Estêvão. Que nos ajudem a entregarmo-nos sempre mais a Deus, especialmente nos momentos difíceis, e nos ampare no propósito de sermos homens e mulheres capazes de perdoar”.

Após conceder a bênção a todos os presentes e a nós, que a recebemos pelo rádio e TV, Francisco agradeceu as mensagens e votos pelas festividades de Natal chegadas de todas as partes do mundo, pediu a todos que rezem por ele e, desejando como sempre ‘bom almoço’, se despediu dos féis.

(Com Vatican News)

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

«Urbi et Orbi»: Papa deixa mensagem de «fraternidade» e atenção aos mais frágeis


http://www.agencia.ecclesia.pt

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Já nasceu Jeus! Aleluia! Aleluia!



https://www.youtube.com/watch?v=6D5JuRmksy0

O tema desta Eucaristia pode girar à volta da expressão “a Palavra fez-se carne e habitou entre nós”.
A primeira leitura anuncia a chegada de Deus ao meio do seu Povo. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao Povo de Deus uma era de felicidade sem fim. O profeta convida, pois, a substituir a tristeza pela alegria e pelos gritos de vitória.
A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projecto alcança o seu ponto mais alto com o envio de Jesus, a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher.
O Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a “Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do Filho/“Palavra” é completar a criação primeira, eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o homem novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus.

portaldosdehonianos

Natal - Nasceu Jesus Cristo, minha fé e minha esperança


https://www.youtube.com/watch?v=iTGtZm1DXEU&index=13&list=PL60A2AD0874EF267A


Eis que chega o Natal.
 O Verbo Se fez carne e veio habitar entre nós... 
O Natal é o dia da alegria. Uma alegria que nasce da beleza de Jesus. 
O Natal é um ensaio daquele mundo de sonho que todos esperamos, no qual a nossa sede e a nossa fome serão saciadas plenamente.
 Ou é Natal todos os dias ou nunca é Natal. 
Que este Natal nos ajude a aproximar mais de todos os que connosco convivem.

 Desejo a todos um Santo e Feliz Natal.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

NATAL



https://www.youtube.com/watch?v=l1dgsfgzL2s&list=PL60A2AD0874EF267A&index=12

É o Natal de Jesus.

 Passou o tempo e hoje é tempo de anunciarmos: "Feliz Natal!" - Eis que chega o "Deus connosco"!
 É feliz a nossa dita porque em nós fazemos "Natal", nascimento, chegada.
 A promessa de tantos tempos esperada, torna-se feliz nascimento, feliz esperança. Simplesmente porque Deus vem de novo habitar no meio de nós. 
É, então, um momento de anúncio particular e único. 
Um momento de missão.
 Um momento de festa e de partilha. 
Um momento de paz.
 Um momento de Deus!


Que LUZ é essa?



https://www.youtube.com/watch?v=mvQZ90CskIU

domingo, 23 de dezembro de 2018

A Luz de Jesus

Uma Mulher


https://www.youtube.com/watch?v=QY0GDKEPno0

Nestes últimos dias antes do Natal, a mensagem fundamental da Palavra de Deus gira à volta da definição da missão de Jesus: propor um projecto de salvação e de libertação que leve os homens à descoberta da verdadeira felicidade.
O Evangelho sugere que esse projecto de Deus tem um rosto: Jesus de Nazaré veio ao encontro dos homens para apresentar aos prisioneiros e aos que jazem na escravidão uma proposta de vida e de liberdade. Ele propõe um mundo novo, onde os marginalizados e oprimidos têm lugar e onde os que sofrem encontram a dignidade e a felicidade. Este é um anúncio de alegria e de salvação, que faz rejubilar todos os que reconhecem em Jesus a proposta libertadora que Deus lhes faz. Essa proposta chega, tantas vezes, através dos limites e da fragilidade dos “instrumentos” humanos de Deus; mas é sempre uma proposta que tem o selo e a força de Deus.
A primeira leitura sugere que este mundo novo que Jesus, o descendente de David, veio propor é um dom do amor de Deus. O nome de Jesus é “a Paz”: Ele veio apresentar uma proposta de um “reino” de paz e de amor, não construído com a força das armas, mas construído e acolhido nos corações dos homens.
A segunda leitura sugere que a missão libertadora de Jesus visa o estabelecimento de uma relação de comunhão e de proximidade entre Deus e os homens. É necessário que os homens acolham esta proposta com disponibilidade e obediência – à imagem de Jesus Cristo – num “sim” total ao projecto de Deus.
O encontro com Deus não é feito a partir de rituais externos (as prendas, a comida, os cânticos, as procissões, as orações, as liturgias solenes, o incenso, os paramentos sumptuosos), mas é feito a partir de Cristo, o Filho que entrega a vida, a fim de que o projecto do Pai se torne presente na vida dos homens e de que os homens, aprendendo o amor e a entrega total, aceitem tornar-se “filhos de Deus”.
 O encontro com Cristo significa aprender com Ele a obediência e a disponibilidade ao projecto de Deus. Como nos situamos, diante desta proposta: contam mais os nossos interesses pessoais (ainda que legítimos), ou o projecto de Deus?

Temos consciência de que acolher Jesus é estar atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu encontro, partilhar com eles a nossa amizade e ser solidário com as suas necessidades?

portal dos dehonianos

sábado, 22 de dezembro de 2018

Eis a serva do Senhor...


https://www.youtube.com/watch?v=yeMUwiPNUJU&index=10&t=0s&list=PL60A2AD0874EF267A

A resposta de Maria deve ser também a nossa resposta: Eis a serva do Senhor... faça-se a Tua vontade, Senhor. Pela fé, Deus nos habita e concebemos Deus. Ele não nasce de uma vez para sempre, mas pede para nascer continuamente em nós, nas nossas palavras, nos nossos gestos e atitudes, nos sinais que mandamos todos os dias uns aos outros. Cada cristão, no lugar onde se encontra, é chamado a dizer: "Faça-se" e a tornar-se casa do Amor e para o Amor e deixar que o projecto de Deus se realize, que Deus, em Jesus, nasça para o mundo.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

DOIS BEBÉS EM CAVAQUEIRA PRÉ-NATALÍCIA


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Não consegui conferir o texto, mas é atribuído a Útmutató a Lélekn, escritor húngaro. Dois bebés, ainda no ventre de sua mãe, mas em vésperas do seu natal, empertigam-se e sentam-se à mesa a discutir sobre os grandes enigmas da sua condição existencial. Cada um puxa pelos seus trunfos e argumentos, e ambos se espraiam em elevada disputa sobre a existência de outra vida para além daquela no ventre da mãe, sobre a existência da própria mãe e outras questões mais. O debate, sem moderador, sem gritaria, sem murros na mesa, sem futebóis à mistura, sem publicidade pelo meio, foi assim, com todo o fair play:

“Um perguntou ao outro: “Acreditas na vida após o parto?”
O outro respondeu: “É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.”
“Disparate”, disse o primeiro. “Que tipo de vida seria essa?”
O segundo disse: “Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós possamos andar com as nossas próprias pernas e comer com as nossas bocas. Talvez tenhamos outros sentidos que não possamos entender agora.”
O primeiro retrucou: “Isso é um absurdo. O cordão umbilical fornece-nos nutrição e tudo o mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação.”
O segundo insistiu: “Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vá precisar deste tubo físico.”
O outro contestou: “Além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá?”
“Bem, eu não sei”, disse o segundo, “mas certamente vamos encontrar a Mamã e ela vai cuidar de nós.”
O primeiro respondeu: “Mamã, acreditas mesmo na Mamã? Isto é ridículo. Se a Mamã existe, então, onde está ela agora?”.
“Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não poderia existir.”
Disse o primeiro:” Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe.”
Ao que o segundo respondeu: “Às vezes, quando estás em silêncio, se te concentrares e realmente ouvires, vais perceber a presença dela e ouvir a sua voz amorosa”.

Porque sempre há gente criativa, alguém abordava o sofrimento e as expectativas humanas aquando da morte de um parente ou amigo próximo, também a partir do nascimento de gémeos. A ideia era mais ou menos esta: estando dois gémeos para nascer, já “velhinhos” no ventre da sua mãe, velhinhos porque chegou o limite do seu tempo nesse mundo, eis que um deles abala dali. O que fica para trás, sente a tristeza de ver partir o irmão, a tristeza da separação. Não sabe qual o futuro dele, para onde terá ido, o que é que lhe terá acontecido. Aquele espaço de tempo em que ele fica para trás, tempo talvez longo para ele, mas sempre curto como curta é toda a vida humana, esse espaço de tempo é, para ele, um tempo de tristeza, de interrogações e de expectativa. Saberá que também está no fim de linha, que lhe irá acontecer o mesmo, partirá. Não sabe quando, nem porquê, nem para onde, nem como será essa experiência se é que de experiência se trata. No entanto, eis que parte e ambos se encontram, de novo, felizes e muito apaparicados, nestoutro lado da vida, e sem qualquer memória daquele mundo e daquelas circunstâncias em que antes viviam.
O homem sempre se interrogou e interroga. Mas quando lhe faltam o fundamento divino e a esperança na vida eterna, a dignidade humana é gravemente lesada e os grandes enigmas da condição humana ficam sem resposta (cf. GS21). Há quem negue a existência de Deus, porque nunca O viu. Há quem conteste a existência de outra vida para além desta, porque nunca alguém voltou de lá para o confirmar. Há quem não acredite que a Providência de Deus a todos protege como a mãe protege a criança no seu seio. Há quem não seja tardo em afirmar que com a morte tudo acaba. E mais se diz… diz-se o que se pensa, talvez não se pense o que se diz!...
Ora, o Natal é precisamente a celebração de Deus e da Vida. Celebramos a existência de Deus que nos criou, ama e protege. Celebramos o Deus que enviou o Seu Filho para nos dizer isso mesmo, que nos ama infinitamente, que não nos abandona, mesmo que nós O abandonemos. Celebramos a vida para além desta vida, uma vida diferente, uma vida cheia de luz, uma vida que ninguém é capaz de imaginar como será, mas que Deus preparou para aqueles que O amam. Uma vida para onde partiremos, cada um na sua vez, sozinho, e donde ninguém volta, é certo. Mas onde nos abraçaremos todos de novo na alegria do encontro definitivo, eternamente “apaparicados” por Deus que nos criou por amor e n’Ele nos realizaremos plenamente, amando.
É verdade que Jesus já veio, sim, é verdade. Nasceu para nós, morreu por nós, ressuscitou para nossa justificação, está vivo e presente nos sinais sacramentais. Mas voltará no final dos tempos. O Advento e o Natal são tempo litúrgico de preparação para acolhermos o Filho de Deus que, como Amigo atencioso e prestável, se fez e faz encontrado. Mas são também estímulo à preparação para a Sua segunda vinda em que transformará o nosso corpo mortal à semelhança do Seu Corpo glorioso. Como Ele ressuscitou, haveremos de ressuscitar. Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor. Ele não é um Deus de mortos, mas de vivos, é a própria Vida!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 21-12-2018.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz

A iniciativa “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz” é promovida a nível nacional pela Cáritas Portuguesa.


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A solidariedade pelos que mais precisam é desafio de quem é crente e não crente também. Este gesto da Cáritas é de louvar e engrandecer porque através de uma coisa muito simples , a partilha da luz da vela, podemos estar a ajudar muita gente que necessita e acender uma luz no seu coração”.

“Que esta acção seja em nós uma luz de gestos, e de proximidade, uma luz de atitudes e compromisso e, de modo particular, uma luz de nos preocuparmos com quem à nossa volta passa necessidade”.

A exemplo dos anos anteriores, para que cada lar possa ter a vela da paz acesa na noite de 24 de dezembro, podem adquirir-se na Paróquia as velas ao preço simbolico de 1€.
 65% das receitas angariadas destinam-se às várias Cáritas diocesanas.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

INNFORMAÇÃO PAROQUIAL -CURSO BIBLICO

As dioceses católicas portuguesas estão a viver um ano missionário especial até outubro de 2019

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– A Conferência Episcopal Portuguesa promove Ano Missionário especial em todas as dioceses católicas do país, de outubro de 2018 a outubro de 2019, respondendo a uma iniciativa do Papa Francisco.

“Ao longo deste Ano Missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019, façamos todos – bispos, padres, diáconos, consagrados e consagradas, adultos, jovens, adolescentes, crianças – a experiência da missão. Sair. Irmos até uma outra paróquia, uma outra diocese, um outro país em missão, para sentirmos que somos chamados por vocação a sermos universais”, refere a Nota Pastoral ‘Todos, Tudo e Sempre em Missão’, divulgada na solenidade de Pentecostes, em maio deste ano.

O documento surge depois de o Papa Francisco ter convocado um “mês missionário extraordinário” para outubro de 2019, por ocasião do centenário da Carta Apostólica Maximum Illud, de Bento XV.

“Acolhendo com alegria a proposta do Papa Francisco de um Mês Missionário Extraordinário para toda a Igreja, os Bispos portugueses, propõe-se ir mais longe e celebrar esse mês como etapa final de um Ano Missionário em todas as Dioceses, de outubro de 2018 a outubro de 2019”, assinala a CEP.

Os responsáveis católicos de Portugal esperam que esta iniciativa promova “um maior vigor missionário em todas as dioceses, paróquias, comunidades e grupos eclesiais, desde os adultos aos jovens e crianças”.

A nota pastoral defende a necessidade de passar de uma “pastoral de mera conservação” para “uma pastoral decididamente missionária”.

“Trata-se de colocar a missão de Jesus no coração da própria Igreja, transformando-a em critério para medir a eficácia das estruturas, os resultados do trabalho, a fecundidade dos seus ministros e a alegria que são capazes de suscitar, porque sem alegria não se atrai ninguém”, precisa o texto.

A CEP sublinha que as mudanças em curso na sociedade exigem uma “renovação missionária”, reforçando o apelo à criação de Centros Missionários Diocesanos e Grupos Missionários Paroquiais.

“Que a missão universal ganhe corpo em todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã, que nos animem a ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”, apelam.

Os bispos católicos de Portugal desejam que a formação missionária esteja presente na catequese e nos currículos dos Seminários e das Faculdades de Teologia.
Para nos ajudar a viver melhor este Ano Missionário, teremos nas nossas Paróquias a presença de três Capuchinhos Franciscanos de 14 a 21 de Janeiro de 2019.
Uma regular leitura da Bíblia ainda não entrou nos hábitos de muitos cristãos, mesmo daqueles que, na catequese da infância, dedicaram todo um ano a conhecê-la. 
Uma das actividades que irão desenvolver, será um Curso Biblico ( de Iniciação em Alegrete e de aprofundamento em Arronches)
Os interessados em participar poderão fazer a sua inscrição junto do Padre Fernando.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

EM CASO DE DÚVIDA… MELHOR É ACREDITAR!...

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David de Jesus Mourão Ferreira, escritor e poeta muito reconhecido e admirado nos palcos da cultura, já falecido, sentia-se apaixonado pela vida: “O que acho cada vez mais extraordinário é a vida, a maravilha de estarmos vivos”. Mas também sentiu - e quem o não sente?! -, também sentiu momentos de interrogações existenciais. No entanto, seduzido também pela fé, testemunhou: “Em caso de dúvida, o melhor é acreditar sempre”.
Também acho que o dom da vida é um dom extraordinário a reconhecer e a agradecer. Sabemos que esta mania incorrigível de fazer anos nos atira cada vez mais para mais longe de quem nasce. Aproxima-nos do porto de embarque para os novos céus e a nova terra. Enquanto peregrinamos por este mundo, sabemos quanto os familiares e amigos nos ajudam a dar sentido e sabor à vida. Por isso, venho deixar o meu muito obrigado a todos quantos me apresentaram os seus cumprimentos no dia do meu aniversário. E, já agora, agradeço também a todos quantos têm tido aquela admirável persistência de ler, comentar e partilhar os meus textos aqui publicados, semana a semana.
A todos desejo um Santo e Feliz Natal. N’Ele, a família cristã reúne-se para festejar o Natal de Jesus: revê-se e recorda, festeja e convive, contempla e louva, agradece e reafirma-se na comunhão, quem está longe, torna-se unido e próximo. Todos, unidos na mesma fé e na mesma alegria, esperam as bênçãos do Deus Menino para as curvas e contracurvas da vida: é Natal. Feliz Natal para todos, crentes ou não crentes, mas, como dizia David Mourão Ferreira, “Em caso de dúvida, o melhor é acreditar sempre”! Acredita-se acreditando, afirmou Bento XVI.
No seu “Cancioneiro de Natal”, David Mourão Ferreira tem um poema intitulado “Ladainha dos Póstumos Natais”, em que, com várias figuras de estilo, fala sobre um Natal diferente que há de surgir: o primeiro Natal com o seu lugar vazio, sem ele à mesa, sem ninguém vivo que ele conheça.
Embora quem tiver pressa que vá andando, como costuma dizer-se, aqui deixo esse poema:


“LADAINHA DOS PÓSTUMOS NATAIS

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar various

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido

Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito”.

.......
Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre-Castelo Branco, 17-12-2018.

Domingo da Palavra




Aconteceu este fim de semana o Domingo da Palavra, uma jornada que pretende restituir a centralidade da Bíblia, realçando o seu valor humano e social, cristão e espiritual. Foi o próprio Papa Francisco que, ao terminar o Jubileu da Misericórdia, propôs que em todas as paróquias, uma vez por ano, se celebrasse um domingo dedicado «à difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura».

¨ “Que cada comunidade pudesse, num domingo do Ano Litúrgico, renovar o compromisso em prol da difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura: um domingo dedicado inteiramente à Palavra de Deus, para compreender a riqueza inesgotável que provém daquele diálogo constante de Deus com o seu povo” 
- Papa Francisco, Carta Apostólica no termo do Jubileu Extraordinário da Misericórdia Misericordia et Misera, 7.

Por isso assumindo o desejo do Papa Francisco expresso no final do Ano Santo da Misericórdia, D. Antonino Dias, Bispo Diocesano, estabeleceu o 3º Domingo do Advento como o Domingo da Palavra, na nossa diocese.

O 4º ano da catequese participou activamentena Eucaristia, celebrando a Bíblia, Palavra de Deus e teve o seu momento para receber a sua Bíblia.

Peçamos a misericórdia de Deus que não só nos faça escutar a sua Palavra, mas nos conceda a graça de a pôr em prática. Infunda sobre as nossas almas o Seu Espírito Santo, e como a água do dilúvio destrua em nós o que deve ser destruído e vivifique o que deve ser vivificado. Por Cristo, nosso Senhor. Ámen. 

Orígenes

domingo, 16 de dezembro de 2018

E nós, que devemos fazer?


https://www.youtube.com/watch?v=eq8lXFXiQKI



O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: “e nós, que devemos fazer?” Preparar o “caminho” por onde o Senhor vem significa questionar os nossos limites, o nosso egoísmo e comodismo e operar uma verdadeira transformação da nossa vida no sentido de Deus.
O Evangelho sugere três aspectos onde essa transformação é necessária: é preciso sair do nosso egoísmo e aprender a partilhar; é preciso quebrar os esquemas de exploração e de imoralidade e proceder com justiça; é preciso renunciar à violência e à prepotência e respeitar absolutamente a dignidade dos nossos irmãos. O Evangelho avisa-nos, ainda, que o cristão é “baptizado no Espírito”, recebe de Deus vida nova e tem de viver de acordo com essa dinâmica.
A primeira leitura sugere que, no início, no meio e no fim desse “caminho de conversão”, espera-nos o Deus que nos ama. O seu amor não só perdoa as nossas faltas, mas provoca a conversão, transforma-nos e renova-nos. Daí o convite à alegria: Deus está no meio de nós, ama-nos e, apesar de tudo, insiste em fazer caminho connosco.
A segunda leitura insiste nas atitudes correctas que devem marcar a vida de todos os que querem acolher o Senhor: alegria, bondade, oração.

Ser cristão é ser baptizado no Espírito, quer dizer, é ser portador dessa vida de Deus que nos permite testemunhar Jesus e a sua proposta. O que é que conduz a nossa caminhada e motiva as nossas opções – o Espírito, ou o nosso egoísmo e comodismo?

“Que devemos fazer?” Esta questão é posta três vezes a João Baptista, pelas multidões, pelos publicanos, pelos soldados. João não parece ser muito exigente nas respostas. Nada de extraordinário. Não pede para saírem do real das suas vidas. Por exemplo, exorta as multidões à partilha com os mais pobres. Hoje, dir-nos-ia para transformarmos a festa comercial de Natal numa ocasião de partilha mais generosa. A atenção ao quotidiano sugerir-nos-á como partilhar! Não são necessárias coisas extraordinárias. Basta deixar iluminar pela Boa Nova de Jesus a nossa vida de todos os dias…

http://www.dehonianos.org/

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

PADRE EM GREVE - IGREJA FECHADA


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Na Revista IHU on-line da página web do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, vem publicado, em 7 deste mês de dezembro, um artigo sob o título: Paróquia italiana anuncia que fechará no Natal: ''Jesus, migrante dos migrantes, foi rejeitado na nossa fronteira''. Aí se dá conta que o Pároco da Igreja de San Torpete, em Gênova, Itália, por “objeção de consciência”, irá fechar as portas da igreja desde o dia 24 de dezembro a 5 de janeiro de 2019. Para além da conivência dos cristãos num Natal sem Cristo, a causa última que lhe fez saltar a tampa foi o decreto do ministro do Interior italiano, sobre a questão migratória. O Pe. Paolo Farinella faz “greve” porque o governo e o Parlamento italianos, “no silêncio total dos católicos e dos cristãos, às vésperas do Natal, expulsa da Itália aquele Jesus de Nazaré do qual se gostaria de celebrar o nascimento”.
Depois de fazer o enquadramento histórico da paróquia, Farinella refere a paróquia de San Torpete como “um lugar de espiritualidade, de poesia, de cultura, de música e de política com o seu foco na Eucaristia dominical, frequentada por pessoas de outros bairros da cidade e de fora de Gênova”. Como “paróquia sem paroquianos”, San Torpete “tornou-se a paróquia da diáspora dos peregrinos nómadas”. E mais refere: “O Natal não é mais o Natal cristão: não é mais “memória” do nascimento de Jesus, mas um cínico fato comercial, misturado com ritos e liturgias repetitivos, “mercadorias à venda” no pagão “espírito de Natal”, sequestrado pelo mercado neocapitalista. Os católicos, de fato, não acreditam que o Natal seja a consciência da “proximidade de Deus” para construir uma nova humanidade universal. Eles se contentam, culpavelmente, com a fabulazinha inócua do presépio, que, entre gansos, animais, artesanatos, bonecos e mecanismos de engenharia hidráulica, faz do “mistério fundamental da fé cristã”, a Encarnação do Lógos-Verbum-Palavra, um instrumento de alienação em benefício de crianças e adultos infantis, que, embora batizados, só entram em uma igreja nessa ocasião. Turistas do religioso folclórico. O “clima de bondade” domina o tempo natalício, entre papais-noéis, bois, burros, bruxas e gaitas de foles, tanto que os jornais (como Il Secolo XIX do sábado, 1º de dezembro), falam de “espírito de Natal”, referindo-se às perspetivas de comércio e de vendas. O “mistério do Deus que vem” se reduz a uma religião civil e pagã, ocasião de circunstância da qual Deus é excluído e expulso. As luzes das ruas indicam as “lojas” como grutas de Belém, com os anjos adorando a mercadoria exposta à venda, marcada por uma estrela piscante. Os cristãos são cúmplices da degradação do Natal, porque a memória do nascimento de Jesus não tem nada a ver com esse Natal, transformado em saga camponesa de montanhas de presentes e presépios, enquanto, ao lado, “os pobres Cristos” morrem de fome e de frio no mar, nos bordéis da Líbia, pagos pela Itália, que fomenta as guerras com o imundo comércio de armas, do qual obtém lucros ilícitos. A comida é jogada fora, enquanto, nas mesmas ruas, “Jesus, o migrante dos migrantes”, morre de fome e de frio ao canto de “Tu scendi dalle stelle al freddo e al gelo” [Tu desces das estrelas ao frio e ao gelo”].
Em 2018, não se pode celebrar o Natal também por “objeção de consciência” ao Decreto-Lei n. 113/2018, despudoradamente conhecido como “decreto de segurança”, embora seja um decreto de insegurança máxima e de afronta aos valores e aos sentimentos mais profundos da Democracia e do Direito. Por trás de palavras bombásticas, confusas e imorais, esconde-se a vontade determinada de atacar “os Migrantes”, justamente às vésperas daquele Natal que celebra o nascimento de Jesus, migrante perseguido pela polícia de Herodes, que fugiu da perseguição, que foi acolhido no Egito e que voltou a se estabelecer em Nazaré, depois de uma viagem alucinante e perigosa através do deserto de Neguev. Tudo isso ocorre no silêncio cúmplice de um mundo católico que exalta um ministro que balança um presépio de plástico, que sacode um evangelho falso e ilude com o terço nas mãos, sem provocar um regurgito de vômito dos chamados católicos de salão. O Papa Francisco os chama de “cristãos de pastelaria”. Neste ano de 2018, se Jesus, com Maria e José, se apresentasse entre nós para celebrar o seu nascimento, com o decreto imundo de Salvini, ele seria detido na fronteira e enviado de volta por ser um migrante económico, por não ter uma permissão de residência e porque na Palestina há uma guerra “velha” desde 1948. Exaltando Salvini, homem inculto, sem qualquer senso do Estado e do Direito, os católicos são cúmplices de crimes de lesa humanidade e de “deicídio”, porque, cada vez que se comete um erro no plano do Direito contra a pessoa do pobre, faz-se isso diretamente contra Jesus na carne viva dos migrantes.
Com que direito cristãos podem pretender celebrar o Natal daquele Jesus que o seu país, sem qualquer resistência ou protesto deles, expulsa o Homem no Filho de Deus?
A poucos dias da aprovação dessa lei com o voto positivo do senhor [Luigi] Di Maio [vice-primeiro-ministro italiano], que se deixa fotografar ao beijar o sangue de São Januário (pobre dele!), como é possível abrir as igrejas e se entreter com canções de ninar, “Tu scendi dalle stelle”, cantos gregorianos, presépios infames, quando, do lado de fora, o verdadeiro Cristo é ofendido, torturado, estuprado, vilipendiado, vendido, esbofeteado, morto, como o “Homem das Dores” do profeta Isaías? (Is 53).
O “decreto Salvini” é inconstitucional, e “primeiro os italianos” é um opróbrio jurídico que rasga séculos de conquistas da civilização jurídica. Enquanto esperamos a decisão da Suprema Corte que não chegará antes de dois anos, o Direito definha, a Democracia está ferida, a Constituição, dilacerada, e os cristãos... não têm vergonha de assistir e de ser coniventes com esse massacre contra cada “homem que vem a este mundo”. Só nos resta assumir o único gesto de dignidade que sobrou: a nossa consciência oposta como bastião de objeção total com ato público, radical, disruptivo e inequívoco: a Igreja de San Torpete em Gênova ficará fechada, porque um Natal sem Cristo, um Natal sem Deus é um Natal sem Homem.
Que a igreja, fechada por fracasso, possa estimular o pensamento e a reflexão dos fiéis e daqueles que têm consciência de que o Natal é “Deus-connosco-Emmanuel”. As celebrações serão retomadas com a Epifania (6 de janeiro de 2019), a “manifestação do Senhor aos povos do mundo”, festa de universalidade sem fronteiras, realizada por “uma grande multidão, que ninguém podia contar: gente de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7, 9). Não celebrem o meu nascimento – diz Jesus – porque Eu-sou desde sempre. Em vez disso, celebrem o renascimento de vocês como criaturas novas: convertam-se e voltem ao Evangelho (Mc 1, 15)”.
……
Esta atitude sacode-nos, convida-nos a acordar. Também nós precisamos de nos centralizar no que é importante, tornando-nos mais fraternos e solidários. Não podemos ser coniventes na degradação do Natal do Senhor e na banalização das suas consequências, tanto na vida pessoal e familiar, como na vida profissional e social!...


D. Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre-Castelo Branco, 14-12-2018.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

10 conselhos para que os coros cantem bem na Missa



Roma, 04 Dez. 18 / 07:00 am (ACI).- O diretor do Coro da Diocese de Roma, Mons. Marco Frisina, ofereceu dez conselhos para que os coros cumpram bem a sua missão e não cometam erros na Missa.

O sacerdote e autor do livro "Mio Canto è il Signore" (Meu canto é o Senhor) deixou estas recomendações durante um diálogo com o jornal ‘Avvenire’, dos bispos italianos, no âmbito do terceiro encontro internacional de coros, realizado em Roma.

1. O coro acompanha, não é o protagonista

O sacerdote recorda que, embora o coro seja uma realidade muito presente nas paróquias, “pode ​​cair em algumas tentações que obscurecem a sua eficácia”, pois a sua missão principal é "acompanhar".

"O coro não é um elemento estranho à assembleia, mas faz parte do povo de Deus que vive a celebração. Sua tarefa é acompanhar a comunidade no louvor a Deus através do canto".

Levando isto em consideração, disse Mons. Frisina, o coro deve "estar acompanhado pela mesma comunidade, porque está a seu serviço e não pode ser autorreferencial".

2. A Missa não é um concerto

O canto litúrgico "não é uma exibição", sublinha o sacerdote. Por isso, na Missa, “deve-se evitar o ‘efeito concerto’, porque a liturgia não é um espetáculo, mas uma verdade".

"Se o coro é chamado a dar o melhor de si mesmo, tudo deve ocorrer de acordo com um espírito de serviço", indicou.


3. Escolher bem os cantos


Os cantos, explicou, devem ser escolhidas de forma adequada para que sejam relacionados ao tempo litúrgico: "Um canto de Quaresma é diferente de um do tempo pascal e os cantos do Advento não são comparáveis ​​ao do Natal", disse.

"O Missal e a Liturgia das Horas indicam qual o conteúdo que deve estar nos cantos ou que coisas devem inspirar. O tema da escolha adequada é essencial porque o canto deve mover a oração dentro da Missa", destacou.

4. cantos que não sejam complicados e tenham referências espirituais

Mons. Frisina incentiva a preferir "melodias não muito complexas nem complicadas, mas fáceis de aprender para a assembleia".

De preferência, que "sejam cantos com um texto de qualidade, possivelmente baseados na Bíblia ou com referências aos escritos dos Padres da Igreja ou as orações dos santos", acrescentou.

5. Que os cantos gregorianos tenham o seu espaço

O sacerdote também assinalou que se pode aproveitar o patrimônio musical da história da Igreja, especialmente o canto gregoriano que "pode ser indubitavelmente utilizado quando a comunidade incentiva o seu uso porque nem sempre é fácil".

Certamente, sublinhou o diretor do Coro da Diocese de Roma, o canto gregoriano "é o modelo que nos mostra como deve ser um canto litúrgico além da relação com a Palavra".

6. Com ou sem violão?

Para o sacerdote, o violão é "um instrumento leve e delicado que dificilmente consegue se inserir em uma celebração numerosa onde esteja presente um grande coro. Nestes casos, é necessário um suporte harmônico mais sólido, ou seja, o órgão".

Entretanto, "em uma pequena comunidade onde não há órgão, o violão pode ser um substituto, mas por necessidade". Se for usado, "não deve ser tocado como na música pop", indicou.

7. Sem gravações


O sacerdote também mencionou que, quando não há coro em uma igreja ou quando a assembleia tenha dificuldades para cantar, é melhor permanecer em silêncio do que colocar alguma gravação.

"A música gravada é falsa porque são como as flores artificiais. O canto litúrgico é uma expressão de um povo verdadeiro e, portanto, não pode ser construído", disse o presbítero.

8. Não usar cantos que não sejam litúrgicos, especialmente em casamentos

Mons. Frisina também indicou que não se deve usar cantos que não sejam litúrgicos como aqueles de filmes conhecidos, especialmente nos casamentos.

Quando isso acontece, lamentou, "é fruto da ignorância e da superficialidade dos esposos que não conhecem o significado litúrgico do sacramento que celebram".

9. Preparar-se bem

Toda celebração exige do coro “sempre uma preparação adequada, inclusive se os cantos forem conhecidos e já tenham sido cantados em ocasiões anteriores".

10. Ensinar a cantar
"A música sagrada abre ao mistério, toca o coração, aproxima as pessoas que estão afastadas, não necessita de traduções. Une e eleva, daí seu poder extraordinário. Por isso, devemos aprender e ensinar a cantar, porque hoje se canta pouco em nossas igrejas e as assembleias não estão acostumadas a se expressar com o canto”, concluiu o sacerdote.




ACI Digital

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Campo Maior celebra Dia da Imaculada Conceição




Angelus TV - Televisão Católica Portuguesa

A Igreja do Convento das Monjas Concepcionistas de Santa Beatriz da Silva acolheu a celebração do Dia da Imaculada Conceição. Um dia de festa para a Igreja Católica, mas também para os habitantes de Campo Maior, vila onde nasceu Santa Beatriz da Silva, fundadora da Ordem da Imaculada Conceição difundida pelas Monjas Concepcionistas.