domingo, 4 de maio de 2025

Reconhece-Lo quando nos surpreende

 

https://www.youtube.com/watch?v=kOlIHsweDEg


A liturgia do terceiro Domingo Pascal dirige uma vez mais o nosso olhar para o acontecimento capital que celebramos neste “grande domingo” que vai desde o dia de Páscoa até ao dia de Pentecostes: a ressurreição de Jesus. Convida-nos especialmente a descobrir como que é que a comunidade cristã deve agir para concretizar, no mundo e na vida dos homens, a obra salvadora de Jesus.

A primeira leitura mostra-nos como a comunidade cristã de Jerusalém testemunha a vida nova que brota de Jesus ressuscitado. Embora as autoridades judaicas tentem calá-los, os apóstolos estão decididos a oferecer a todos os habitantes de Jerusalém a “boa notícia” de Jesus. A verdade, a vitória definitiva de Deus sobre a morte e o pecado, têm de ser anunciados de cima dos telhados, a fim de que o mundo encontre nesse “evangelho” uma nova esperança.

Em contexto difícil, os primeiros cristãos ousaram enfrentar todas as proibições e dar testemunho de Jesus. Consideraram que tudo o que Jesus tinha proposto era demasiado belo para cair no esquecimento. A proposta de Jesus tinha de ecoar no mundo e de chegar ao coração de todos os homens e mulheres. Nós, gente do séc. XXI, temos nas nossas mãos o mesmo tesouro que os nossos irmãos da comunidade cristã de Jerusalém entenderam partilhar com os seus concidadãos. Poderemos, por comodismo, por respeito humano, por medo, ou por outra qualquer razão, ocultá-lo dos nossos contemporâneos? Somos testemunhas de Jesus ressuscitado em todos os lugares onde a vida nos leva

Na segunda leitura Jesus, o “Cordeiro” imolado que venceu a morte e que trouxe aos homens a libertação definitiva, é aclamado pelos anjos, pelo povo de Deus, pela humanidade inteira, por todos os seres criados. Agora poderá concretizar-se o projeto de Deus de oferecer a sua salvação a todas as criaturas “que há no céu, na terra, debaixo da terra, no mar” e no universo inteiro. Somos convidados a associar-nos, também nós, a este cântico jubiloso.É muito bela a imagem da criação inteira a entoar um cântico de júbilo e de ação de graças pela ação salvadora e libertadora de Deus, concretizada através do “Cordeiro”. Esse cântico é a resposta de quem constata tudo o que Deus faz e se sente profundamente agradecido. Nós que beneficiamos da ação libertadora e salvadora de Deus, lembramo-nos de lhe mostrar o nosso agradecimento? Procuramos, por exemplo, no “Dia do Senhor”, juntarmo-nos com a nossa comunidade cristã para participar na liturgia eucarística, para proclamar o nosso cântico de ação de graças pelas maravilhas de Deus?

O Evangelho oferece-nos uma parábola sobre a maneira de os discípulos de Jesus concretizarem a missão que lhes foi confiada. Chamados a libertar os seus irmãos do mar de sofrimento em que vivem mergulhados, os discípulos têm de contar com Jesus e de seguir as orientações de Jesus. Se ignorarem Jesus, cairão num ativismo estéril, sem sentido e sem objetivo; se agirem de acordo com as orientações de Jesus, serão verdadeiramente arautos da salvação de Deus.

É porque Pedro ama Jesus que está pronto para animar e presidir à comunidade. Quem ama Jesus, procede como Ele e põe-se ao serviço dos seus irmãos. Na comunidade cristã, o essencial não é a exibição da autoridade, mas o amor que se faz serviço humilde, ao estilo de Jesus. Durante muito tempo, na comunidade de Jesus, interessamo-nos mais por tronos, privilégios, dignidades, vestes sumptuosas, poder hierárquico, do que pelo amor, pelo serviço, pela misericórdia, pelo acolhimento dos mais pobres e dos mais débeis. Isso faz algum sentido? Uma Igreja que copia e reproduz o estilo dos grandes do mundo será uma Igreja que caminha fielmente atrás de Jesus?

. PALAVRA PARA O CAMINHO.

Manifestar a minha fé de batizado… Crer em Jesus ressuscitado implica testemunhá-l’O. Isso era verdade há 2000 anos. Ainda hoje continua a ser verdade… No concreto da minha vida quotidiana: família, trabalho, escola, escritório, fábrica, bairro… o que ouso arriscar em nome da minha fé em Cristo? Esta semana, se a ocasião se apresentar, com que palavra e com que ação vou manifestar o meu compromisso de batizado? «Pedro, tu amas-Me verdadeiramente?» Crer é verdadeiramente uma história de amor no quotidiano!


https://www.dehonianos.org

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