domingo, 3 de novembro de 2013

Oração cristã: agradecimento, constância e humildade



Conheça três características da verdadeira oração cristã, tiradas de três passagens evangélicas que nos mostram como rezar


Nas Missas dos últimos domingos, ouvimos do Evangelho de São Lucas o que poderíamos chamar de três catequeses sobre a oração cristã.

Oração de ação de graças

No dia 13 de Outubro, o Evangelho foi sobre os dez leprosos que pedem a cura a Jesus (Lc 17, 11-19). O texto apresenta a súplica dos leprosos para que Jesus tenha compaixão deles. É o grito de quem sofre e recorre a Jesus com confiança.

Em momentos de dificuldade ou sofrimento, é esta a oração que elevamos a Deus. Mas esta passagem nos faz reflectir sobre a nossa gratidão, nossa acção de graças, nosso louvor pelo que o Senhor fez connosco  Daqueles dez leprosos que foram curados, somente um voltou para agradecer o que Jesus tinha feito.

A nossa oração também pode ser de acção de graças. O cristão reconhece os dons que recebe de Deus. Nosso olhar sobre o que somos e temos precisa ser sempre positivo e, sobretudo, cheio de gratidão.

Oração constante

No dia 20 de Outubro, ouvimos a parábola da viúva que, diante da injustiça que sofria, não hesitou em pedir ao juiz que lhe fizesse justiça (Lc 18,1-8). O próprio evangelista nos diz que esta parábola foi proposta por Jesus para que os discípulos aprendessem que tinham de orar sempre, sem desanimar.

A insistência dessa mulher fez com que conseguisse o que buscava. Mais ainda: ela o conseguiu diante de um juiz que era injusto e que, como diz o texto do Evangelho, não temia a Deus nem se importava com as pessoas; ou seja, um homem sem escrúpulos.

Se um juiz injusto dá atenção a uma viúva insistente, quanto mais Deus diante dos seus filhos! O juiz é injusto, mas Deus é um Pai justo; o juiz não se importa com as pessoas, mas Deus é o Deus-connosco, que não se desentende dos problemas e dificuldades de cada um.

Oração humilde

No último domingo, o Evangelho (Lc 18, 9-14) nos mostrou outra característica da oração cristã: a humildade. O publicano, um homem considerado desprezível pela sua colaboração com o opressor romano, se apresenta envergonhado e indigno no templo e mal passa da porta, para não ser visto em sua ousadia de misturar-se com os que cumprem a lei.

O fariseu, um homem religioso e cumpridor da lei, situa-se diante de Deus como quem tem direito de ser ouvido e atendido, pois respeita todas as normas. Enquanto o publicado só pode reconhecer que é um pecador, o fariseu apresenta a Deus suas conquistas cumprindo a lei e os mandamentos.

Mas o evangelista nos diz que a oração atendida pelo Senhor foi a daquele publicano que, sem pretensões, apresentou-se diante de Deus.

Precisamos recuperar a oração em nossa vida, e os últimos três domingos nos ajudaram a aprofundar nesta realidade que deve fazer parte do nosso quotidiano  São Lucas nos mostra o caminho de uma oração autenticamente cristã, marcada pela gratidão, pela constância e pela humildade.

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