segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Encerramento do Ano da Fé




Domingo , dia 24, na celebração da Solenidade do Cristo-Rei, juntou em Portalegre, milhares de crentes para o encerramento do Ano da Fé. Convocado pelo Papa emérito Bento XVI, teve como objectivo “despertar” nos crentes o “gosto pela vida espiritual e ajudá-los a tomar consciência do longo caminho que é necessário percorrer para se aproximarem da meta traçada por Jesus Cristo a todos os seus discípulos”.na celebração conclusiva desde ano especial, que começou em Outubro de 2012.

Perante uma assembleia que esgotou a Sé catedral, D. Antonino Dias, bispo de Portalegre - Castelo Branco, referiu que neste momento em que, a nível diocesano e universal, estamos a reflectir sobre a Família, apelava, de uma maneira muito especial, aos pais, pois nenhum de nós gostaria de ver órfãos de pais vivos, como dizia João Paulo II, e cingindo- se apenas ao âmbito da fé (Carta às Famílias,14):

« Entre nós, os pais ainda procuram colocar Deus no horizonte da vida dos seus filhos, conscientes de que é a melhor herança que lhes podem deixar. Em fidelidade ao que prometeram no dia de casamento, pedem à Igreja o Baptismo para eles, inscrevem-nos depois na catequese e desejam que eles façam a preparação para a Primeira Comunhão e para a Confirmação ou Crisma. Nem sempre, porém, os acompanham e ajudam a crescer na fé: mandam-nos e como que exigem à estrutura eclesial que satisfaça as suas exigências, sem se preocuparem por saber se estão ou não preparados. Será que isto basta? Entendemos que a verdadeira educação cristã não pode limitar-se a este ritmo, tantas vezes superficial e sem fazer passar valores. Tem de procurar situar Deus no centro da vida, de forma que todas as outras actividades e realidades (5ªCat.Méx), isto é, a inteligência, o sentimento, a liberdade, o trabalho, o descanso, a dor, a doença, as alegrias, os bens materiais, a cultura, tudo, tudo esteja modelado e regido pelo amor a Deus. Os filhos respiram e assimilam o que vivem no ambiente familiar. Esta educação na centralidade do amor a Deus é realizada pelos pais através das realidades quotidianas da vida: rezando em família, estimulando nos filhos a gratidão a Deus pelos dons recebidos, recorrendo a Ele nos momentos de dor em qualquer uma das suas formas, participando na missa dominical com eles, acompanhando-os para receber o sacramento da Reconciliação, interessando-se por saber se eles sabem o que devem saber, ajudando-os a descobrir o próximo e a prestar-lhe pequenos serviços, a dar esmola ao pobre, a visitar os familiares e vizinhos doentes, a perdoar as pequenas limitações e ofensas de cada dia, a viver com o muito e com o pouco, a reconhecer o trabalho dos outros em prol do bem comum, a saber reconhecer o valor dos outros, etc. Estas coisas, repetidas uma e outra vez, configuram a mentalidade e criam hábitos bons que muito ajudarão a criar homens novos para uma sociedade nova. Além disso, é conveniente, caros pais, como primeiros educadores que sois, que tenhais em apreço a subsidiaridade de quem vos pode ajudar nessa tarefa. Recordo, a propósito, que a Diocese e sobretudo a paróquia em que estais inseridos de forma afectiva e efectiva, para além da catequese, tem outras instâncias de formação que deveis saber aproveitar, como, por exemplo, os movimentos, as novas realidades eclesiais, a pastoral juvenil e as aulas de Educação Moral e Religiosa Católicas nas Escolas. Não vos demitais deste dever para que os vossos filhos possam ser construtores de um mundo melhor e possam ser portadores da alegria da salvação, da alegria que o Senhor nos veio trazer. E que eles possam também, na escola do vosso lar, ser formados para, mais tarde, constituírem uma família que seja verdadeira comunidade de vida e de amor, enriquecida com a graça do Sacramento do Matrimónio e dinamizada por uma fé adulta, forte e esclarecida que encontra na intimidade com Cristo a força para discernir e agir. Não esqueçais: os filhos respiram e assimilam o que vivem no ambiente familiar e não há liberdade sem responsabilidade.
Pedindo a todos que continuem a pedir, agradecer, celebrar, aprofundar e a transmitir o dom da fé; suplicando à Mãe, a Senhora da Fé, que nos ajude a sentir e ver com os olhos de Jesus, termino fazendo minhas, para todos vós, caros amigos, as palavras de São Paulo aos Filipenses : “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito-vos, alegrai-vos! Que a vossa bondade seja notada por todos”. (Fil 4,4-5).»












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