terça-feira, 28 de junho de 2016

Lisboa: Cardeal-patriarca ordenou oito sacerdotes


Foto: Patriarcado de Lisboa

D. Manuel Clemente desafiou novos padres a ir ao encontro de «cada dimensão da vida social ou cultural»

Lisboa, 27 jun 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou que anunciar a “vinda de Jesus” a cada pessoa e família, “a cada dimensão da vida social ou cultural” é o “único” programa dos oito novos sacerdotes ordenados este domingo.

“[Anúncio] Fazê-lo como sempre importa, empolgados pelo ‘sonho missionário de chegar a todos’, na variedade quantitativa e qualitativa das atuais circunstâncias. Igualmente sabendo que a misericórdia divina incide na carne sofredora do mundo; e que a vida ressuscitada de Cristo a há de tocar e salvar pelo corpo eclesial dos batizados e pelo ministério pastoral dos seus padres”, disse D. Manuel Clemente na celebração na igreja do Mosteiro dos Jerónimos.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o prelado recordou a terceira meditação do Papa Francisco no Jubileu dos Sacerdotes e explicou que o povo aprecia no padre: ‘Se cuida dos pobres, dos doentes, se perdoa os pecadores, ensina e corrige com paciência’.

O cardeal-patriarca de Lisboa assinalou aos novos sacerdotes que pelo seu “modo definitivo de viver” e pela sua “decisão sem retorno” vão anunciar a “vinda de Cristo à Jerusalém do mundo, a Páscoa de Cristo a quantos a esperam, o Reino de Deus finalmente aqui”.

D. Manuel Clemente presidiu à ordenação sacerdotal de oito novos padres, sete que vão ficar ao serviço da Igreja de Lisboa – Bernardo Trocado, 27 anos; Joaquim Loureiro, 30 anos; Marcos Martins, 33 anos; Miguel Cavaco, 27 anos; Rodrigo Alves, 25 anos; Thiago Leite 29 anos e Tiago Fonseca, 30 anos – e ainda José André dos Santos Ferreira, de 29 anos, da Sociedade de São Paulo (Paulistas).

“Na vida de um padre não há lugar para recortes ou demoras, no coração ou na agenda, como também ouvimos – ‘Quem tiver lançado as mãos ao arado e olhar para trás não serve para o Reino de Deus’ -, advertência que há de ter nos seus mensageiros ordenados uma concretização absoluta, que abra a cada ser humano o horizonte divino da vida”, desenvolveu o prelado.

O cardeal-patriarca de Lisboa incentivou a “viver definitivamente as coisas mais comuns, de vivê-las com Deus, por Deus e para Deus” e sublinhou que os agora sacerdotes quando se aproximarem de alguém ou alguém se aproximar deles apenas será ‘Reino’ o que “for integralmente proposto e decisivamente vivido”.

Na homilia intitulada ‘Para viver definitivamente as coisas’, acrescentou que o Reino “não se visibilize superficialmente” e, “muito menos”, a olhares fugazes porque o Reino já está presente no “corpo ressuscitado de Cristo, que o corpo eclesial assinala e o corpo de quem sofre patenteia”.

CB/OC

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