quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Papa desafia jovens católicos a superar «tentações da ideologia e do fatalismo»

Vaticano divulgou mensagem para o próximo Dia Mundial das Vocações




Cidade do Vaticano, 04 dez 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco desafiou os jovens católicos a superar as “tentações da ideologia e do fatalismo” na mensagem para o Dia Mundial das Vocações 2018, ano em que a Igreja vai dedicar uma assembleia do Sínodo dos Bispos às novas gerações.

“Hoje temos grande necessidade do discernimento e da profecia, de superar as tentações da ideologia e do fatalismo e de descobrir, no relacionamento com o Senhor, os lugares, instrumentos e situações através dos quais Ele nos chama”, escreve o pontífice, na mensagem divulgada esta segunda-feira pelo Vaticano.

O texto tem como título ‘Escutar, discernir, viver a chamada do Senhor’.

O Papa sublinha que a vocação cristã “tem sempre uma dimensão profética”.

“Como nos atesta a Escritura, os profetas são enviados ao povo, em situações de grande precariedade material e de crise espiritual e moral, para lhe comunicar em nome de Deus palavras de conversão, esperança e consolação”, precisa.

O 55.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações vai ser celebrado a 22 de abril de 2018, IV Domingo de Páscoa.

A XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro do próximo ano, será dedicada aos jovens, particularmente à relação entre fé e vocação.

“Não estamos submersos no acaso, nem à mercê duma série de eventos caóticos; pelo contrário, a nossa vida e a nossa presença no mundo são fruto duma vocação divina”, realça Francisco.

O Papa realça a necessidade de impedir que a voz de Deus seja “sufocada pelas muitas inquietações e solicitações” do quotidiano.

“Não poderemos descobrir a chamada especial e pessoal que Deus pensou para nós, se ficarmos fechados em nós mesmos, nos nossos hábitos e na apatia de quem desperdiça a sua vida no círculo restrito do próprio eu”, adverte.

Francisco deixa votos de que cada católico seja capaz de “ler por dentro a vida”, no momento presente.

“Cada um de nós é chamado – à vida laical no matrimónio, à vida sacerdotal no ministério ordenado, ou à vida de especial consagração – para se tornar testemunha do Senhor, aqui e agora”, assinala.

A mensagem conclui-se com uma referência à Virgem Maria, “a jovem menina de periferia que escutou, acolheu e viveu a Palavra de Deus feita carne”.

OC

Sem comentários:

Enviar um comentário

Este é um espaço moderado, o que poderá atrasar a publicação dos seus comentários. Obrigado