Às vezes, só precisamos de ouvir esta frase. Ou de a dizer como quem reza:
“Um dia, tudo isto fará sentido!”
Em certos momentos, parece que tudo o que vivemos é arbitrário, pouco compreensível e desprovido de razões ou motivos. Parece que vamos atrás de todos os outros, sem saber ao certo para onde nos dirigimos ou para onde queremos trilhar caminho.
É precisamente nessas alturas que o Céu se encarrega de nos acender uma luz, de nos soprar um ventinho de esperança e de paz. Deparamo-nos com alguém que nos diz as palavras certas. Que sorri, simplesmente. Que nos ajuda, percorrendo caminho connosco. Mesmo que não possa fazer muito. Mesmo que não possa resolver-nos os problemas ou inquietações.
É precisamente nessas ocasiões que chega alguém para nos lembrar que o que cá estamos a fazer não é arbitrário. Não é “ao calhas”. Não é uma estupidez sem nome e sem tamanho que se despe de sentidos. A verdade é que aquilo que nos acontece tem (sempre) uma razão de ser. Ou porque precisamos de aprender. Ou porque precisamos de, mais à frente, dar a mão a alguém que luta com a mesma tempestade que, agora, é nossa. Ou porque precisamos de valorizar alguma coisa que ainda não soubemos ver, amar, compreender.
Talvez hoje seja o dia em que precises de ouvir que “um dia tudo fará sentido”. Ou, quem sabe, talvez seja o momento necessário para o dizeres a alguém com quem andes a palmilhar caminho.
A verdade é que a vida tem poucos acasos. Poucas coincidências. Estamos cá com o propósito de deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos. Estamos cá para deixar os outros um pouco mais felizes do que os encontrámos.
No momento em que compreendermos isto, parece-me que é o dia em que tudo fará sentido.
Marta Arrais
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