https://www.youtube.com/watch?v=qGSCGE5S7bc&t=24s
A primeira leitura apresenta-nos o exemplo de uma mulher pobre de Sarepta, que, apesar da sua pobreza e necessidade, está disponível para acolher os apelos, os desafios e os dons de Deus. A história dessa viúva que reparte com o profeta os poucos alimentos que tem, garante-nos que a generosidade, a partilha e a solidariedade não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância. Todos os dias somos confrontados com propostas de felicidade e de vida plena que, quase sempre, nos conduzem por caminhos de escravidão, de dependência, de desilusão. Não é à volta do dinheiro, do carro, da casa, do cargo que temos na empresa, dos títulos académicos que ostentamos, das honras que nos são atribuídas que devemos construir a nossa existência. Só Deus nos dá a vida plena e verdadeira; todos os outros "deuses" são elementos acessórios, que não devem afastar-nos do essencial.
O Evangelho diz, através do exemplo de outra mulher pobre, de outra viúva, qual é o verdadeiro culto que Deus quer dos seus filhos: que eles sejam capazes de Lhe oferecer tudo, numa completa doação, numa pobreza humilde e generosa (que é sempre fecunda), num despojamento de si que brota de um amor sem limites e sem condições. Só os pobres, isto é, aqueles que não têm o coração cheio de si próprios, são capazes de oferecer a Deus o culto verdadeiro que Ele espera.
A segunda leitura oferece-nos o exemplo de Cristo, o sumo-sacerdote que entregou a sua vida em favor dos homens. Ele mostrou-nos, com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse projecto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo.
As leituras deste domingo falam-nos de desapego, de partilha, de capacidade para "dar tudo". Cristo, com a entrega total da sua vida a Deus e aos homens, realizou plenamente esta dimensão. Ele mostrou-nos, com o seu sacrifício, qual é o dom perfeito que Deus quer e que espera de cada um dos seus filhos. Mais do que dinheiro ou outros bens materiais, Deus espera de nós o dom da nossa vida, ao serviço desse projeto de salvação que Ele tem para os homens e para o mundo.
A Palavra de Deus que hoje nos é oferecida garante-nos que as nossas fragilidades e debilidades não podem afastar-nos da comunhão com Deus, da vida eterna; e, no final do nosso caminho, Jesus, o nosso libertador, lá estará à nossa espera para nos oferecer a vida definitiva.
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