D. Antonino Dias fala em «serviço ao próximo»
Portalegre, 03 de mar 2022 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco disse hoje à Agência ECCLESIA que a diocese tem disponíveis casas para acolher refugiados ucranianos, entre elas o Seminário de Alcains.
“É uma questão de serviço ao próximo, temos o Seminário de Alcains, que já serviu para a vacinação, e está disponível para agora acolher refugiados da Ucrânia, e temos ainda uma outra casa em Portalegre”, explicou D. Antonino Dias.
Também a “Cáritas Diocesana está no terreno” e, através do Plano Institucional de Resposta a Emergências e Catástrofes (PIREC), fez um levantamento destes espaços que “estão disponíveis para receber”.
“Já fiz um pedido aos párocos para saber se há alguma estrutura paroquial que esteja vazia, até aconteceu na época dos incêndios, e agora se encontram vazias por as pessoas encontrarem outros espaços”, destacou o responsável católico.
Apesar de saber que a diocese “não é atrativa”, devido “à falta de emprego, de serviços e de infraestruturas”, o bispo de Portalegre-Castelo Branco acredita que as pessoas não queiram ir para a zona mas “a disponibilidade está presente”.
“Não é caridade nem esmola mas é mostrar o apoio necessário, um serviço que se presta ao próximo, poder dar condições àquelas pessoas que vivem situações dramáticas que nos chegam pela televisão nestes dias, mães e crianças em situações complicadas”, reforçou.
D. Antonino Dias tem “acompanhado bastante as imagens que chegam pela televisão” e mostrou-se “incomodado” pela “realidade penosa” que é a guerra, “que nunca traz nada de bom”.
“Ninguém esperava que isto acontecesse, ainda para mais invadindo o território de pessoas que estavam sossegadas e que agora são atingidas, resta-nos a esperança da oração”, apontou.
Mais de um milhão de pessoas cruzaram as fronteiras da Ucrânia desde 24 de fevereiro, informou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), na internet, precisando que a maioria dos que fogem são mulheres e crianças.
Segundo o ACNUR, 52,8% daquele total fugiu para a Polónia; Hungria acolheu mais de 133 mil pessoas e a Moldávia 97 827.
SN/OC
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