sexta-feira, 31 de maio de 2024

E se diante da dor não soubermos o que dizer?



E se diante da dor não soubermos o que dizer?

E se diante da incompreensão não soubermos o que dizer?

E se diante das injustiças não soubermos o que dizer?

E se diante da impotência não soubermos o que dizer?

E se diante da angústia não soubermos o que dizer?

E se diante da incerteza não soubermos o que dizer?

E se diante da perda não soubermos o que dizer?

E se diante tantos “ses” não soubermos o que dizer?

Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a falar.

Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a costurar as feridas.

Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a dar significado ao que parece não ter sentido.

Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a dar resposta ao que não sabemos.

Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a fonte de esperança.

Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a orientar o caminho da incerteza.

Diante da dor e da complexidade do sofrimento humano não queiramos ter palavras para todos os momentos, nem justificações.

Diante da dor e da complexidade do sofrimento humano precisamos apenas de estar, deixando que o silêncio soletre o indizível, que o amor abrace a nossa inteireza e que a presença suporte o peso de existir!

E se diante da dor não houver nada para dizer?


Emanuel António Dias

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