segunda-feira, 27 de maio de 2024

Peregrinação Diocesana

 

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“O amor é a vocação mais profunda em Deus”

Neste Domingo em que a Igreja celebra o Deus Trino, D. Antonino Dias ofereceu pistas para incorporar a Trindade como “modelo último de vida”.


Na missa deste Domingo da Santíssima Trindade, celebrada no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, D. Antonino Dias, bispo de Portalegre — Castelo Branco, apresentou amor como a “vocação mais profunda dos seres humanos em Deus” e desafiou os peregrinos a aceitar a Trindade como “modelo último de vida”, através da aceitação da diversidade e o pluralismo, da igualdade e da unidade fraterna.

O prelado começou por saudar os peregrinos de Portalegre e Castelo Branco, que hoje cumpriram a sua 42.ª peregrinação a Fátima, junto de quem apresentou a razão de mais uma vinda à Cova da Iria.

"A nossa intenção principal ao virmos aqui a Fátima é a de pedir à 'Senhora do Sim' que a todos, sobretudo aos jovens, ajude a ler a vida à luz de Deus, pois cada vida é uma vocação que brota do coração de Deus e que reclama atenção e responsável discernimento."

O presidente da celebração refletiu, depois, sobre o Mistério da Trindade, partindo das diferentes formas e meios através das quais Deus se foi dando a conhecer, ao longo da história, na Criação, no Êxodo do Egito e na vida de Jesus, pela qual cada cristão recebeu o “mandato para anunciar a batizar, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

“A revelação do Mistério de Deus, uno e trino, é um mistério que não se explica, mas que ama e reza, se experimenta e tenta imitar no quotidiano da nossa convivência familiar e social”, afirmou D. Antonino Dias, ao enumerar diferentes formas de assumir a Trindade como “modelo último de vida”.

"Quando aceitamos a diversidade e o pluralismo entre os seres humanos, confessamos na prática a distinção trinitária das pessoas. Quando eliminamos as distâncias e trabalhamos para realizar a igualdade efetiva entre homem e mulher, entre felizardos e desventurados, entre próximos e afastados, afirmamos, na prática, a igualdade das pessoas na Trindade. Quando nos esforçamos por ter um só coração e uma só alma, e por aprender a pôr tudo em comum, para que ninguém tenha de sofrer a indigência, estamos a confessar o único Deus e aceitamos em nós a Sua vida trinitária”, indicou o bispo de Portalegre - Castelo Branco, ao salientar que cada cristão é “templo da Santíssima Trindade”, convocado a “participar na vida que existe em Deus” pelo amor ao próximo.

"Ao confessarmos a Trindade de Deus, afirmamos que não é um Deus solitário, fechado em si próprio, mas que é um Deus solidário. Deus é comunidade, é família, é vida partilhada, doação recíproca e voluntária", disse, ao enfatizar o amor como a “vocação mais profunda dos seres humanos em Deus”.

No final, D. Antonino Dias recordou a oração à Santíssima Trindade que o Anjo ensinou aos Pastorinhos, na terceira aparição de 1916, na Loca do Cabeço, para sublinhar a importância da reparação, do sacrifício e da conversão na consciência do Mistério do Deus Trino.

No altar, a concelebrar, esteve também o bispo emérito de Portalegre - Castelo Branco, D. Augusto César Alves Ferreira da Silva..

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