segunda-feira, 30 de setembro de 2013

João Paulo II e João XXIII serão canonizados a 27 de Abril


O Papa Francisco anunciou na manhã desta segunda-feira, num consistório, a canonização de João Paulo II e de João XXIII.
Frente aos cardeais reunidos no Vaticano, Francisco confirmou que os seus dois antecessores – o polaco Karol Wojtyla, que assumiu as funções entre 1978 e 2005; e Angelo Giuseppe Roncalli, com um pontificado de três anos, entre 1962 e 1965, mas que abriu a Igreja ao mundo com as suas ideias reformistas, que se reflectiram na realização do Concílio Vaticano II – serão proclamados santos.
Em Julho, o Papa já tinha confirmado os processos de João Paulo II e de João XXIII. A dupla canonização está marcada para 27 de Abril de 2014, dia em que será comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II.
A cerimónia poderá atrair centenas de milhares de pessoas, principalmente da Itália e Polónia, de onde os Papas são oriundos, até a praça de São Pedro, no Vaticano.
João Paulo II foi o primeiro Papa polaco da história do catolicismo. Embora conservador tornou-se muito popular sobretudo às centenas de viagens que fez por todo o mundo, onde levou a mensagem da Igreja Católica. Wojtyla será canonizado apenas nove anos depois de sua morte, um tempo considerado recorde.
Bento XVI, o antecessor de Francisco, preferiu não ter em consideração o prazo obrigatório de cinco anos para abrir o processo de beatificação e canonização do seu antecessor, que foi beatificado em Maio de 2011.
Para que os processos de canonização sejam abertos é necessário que a Igreja confirme um milagre feito por intercessão a uma pessoa. No caso de João XXIII não há milagres a assinalar. Por isso, Francisco inovou ao canonizar o Papa que convocou o Concílio com o objectivo de abrir a Igreja ao mundo. Do italiano guarda-se a memória de ser um homem muito próximo do povo, uma pessoa simples e de bom humor. Características que também assentam ao actual pontífice.
A canonização conjunta destes dois chefes da Igreja revela a intenção de Francisco em manter o equilíbrio entre duas figuras muito diferentes, assim como a de evitar um grande culto à personalidade de João Paulo II, interpreta a AFP.


Em cada dia deixa-te tocar por alguém ou por alguma coisa

FotoMas o que é a alegria? A alegria é expansão pessoalíssima e profunda. Não há duas alegrias iguais, como não há duas lágrimas ou dois prantos iguais. A alegria é uma gramática singular. Por um lado, tem uma expressão física, mas, por outro, conserva uma natureza evidentemente espiritual. Não se reduz a uma forma de bem-estar ou a um conforto emocional, embora se possa traduzir também dessas maneiras.  A alegria é uma revelação da vida profunda. É  abrir uma porta, um caminho, um corredor para a passagem do Espírito.
No espaço teológico e eclesial, infelizmente, a alegria tornou-se um motivo tratado com alguma parcimónia. Falamos pouco do Evangelho da Alegria e, entre tudo aquilo que assumimos como dever, como tarefa, raramente ele está. O dever da alegria, estarmos quotidianamente hipotecados à alegria, enviados em nome da alegria, não nos é tantas vezes recordado quanto devia. As nossas liturgias, pregações, catequeses e pastorais abordam a alegria quase com pudor.
Isto para dizer que a alegria tornou-se um tópico mais ou menos marginal, uma espécie de subtema e, por vezes, até uma espécie de interdito. Nietzsche dizia que o cristianismo seria mais credível se os cristãos parecessem alegres. Que fizemos nós do Evangelho da Alegria? 

Definimo-nos culturalmente como homo faber, homem artesão, fabricante, aquele que se realiza na própria ação. E distanciamos da nossa própria vida o horizonte do homo festivus, isto é, o que é capaz de celebrar, aquele que conduz a criação à sua plenitude.  
A alegria nasce do acolhimento. Nasce quando aceitamos construir a vida numa cultura de hospitalidade. Há um filme de Ingmar Bergman em que uma personagem é uma rapariga anoréxica - e sabemos como a anorexia é uma forma de desistir da própria vida, de desinvestir afetivamente. A rapariga vai falar com um médico e ele diz-lhe isto, que também vale para todos nós: «Olha há só um remédio para ti, só vejo um caminho: em cada dia deixa-te tocar por alguém ou por alguma coisa». A alegria é esta hospitalidade.
José Tolentino Mendonça
In Agência Ecclesia

domingo, 29 de setembro de 2013

Peregrinação a Santiago de Compostela

Agência do Peregrino
 
Agência de Viagens Peregrino
15 OUTUBRO - SANTIAGO A PÉ - Inscriçoes abertas
Ponte de Lima -Santiago de Compostela
Itinerário
DIA 1  - Valença -Tui – o Porriño 
 
DIA 2 -  o Porriño -Pontevedra 
 
DIA 3 - Pontevedra – Caldas de Reis 
 
DIA 4 - Caldas de Reis – Padron 
 
DIA 5 - Padron – Santiago de Compostela 
 
DIA 6 – Santiago de compostela
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sábado, 28 de setembro de 2013

Lázaros de Hoje


C1326 lazaros de_hoje from Paroquia Arronches

Celebramos hoje o Dia da BÍBLIA. E o lugar privilegiado para ler e acolher a Palavra de Deus é a Comunidade na celebração dominical. A Liturgia de hoje convida a ver os bens desse mundo, como dons que Deus colocou em nossas mãos, para que administremos, com gratuitidade e amor.

Quem são os LÁZAROS hoje? Ainda hoje quantos ricos esbanjam na fartura, e pobres "Lázaros" continuam privados até das migalhas que sobram... Creio que os vemos diariamente nas ruas e na televisão... Escutar Moisés, os Profetas, o Evangelho favorece o desapego e abre os olhos às necessidade dos irmãos.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Migrantes e Refugiados - Mensagem do Papa para a 100ª Jornada Mundial

Foi apresentada, na Sala de Imprensa da Santa Sé a mensagem do Papa para a centésima Jornada Mundial dos Migrantes e Refugiados a ter lugar a 19 de Janeiro próximo sobre o tema “Migrantes e refugiados: em direcção a um futuro melhor”.
Nela o Papa denuncia a exploração e o trafico de pessoas humanas e exorta os países todos a enfrentarem em sinergia as dificuldades ligadas às migrações. Convida também a uma transformação das atitudes de preconceito e medo numa cultura do encontro”.




O Papa pede uma gestão nova, equilibrada e eficaz da realidade das migrações a partir duma cooperação internacional e um profundo espírito de solidariedade e compreensão.
A esperança num mundo melhor é comum a toda a humanidade – escreve o Papa na sua mensagem sublinhando que é, portanto, necessário agir no sentido de garantir a todos condições dignas de vida. O mundo só poderá mudar – acrescenta o Papa - se a pessoa humana for posta no centro de tudo, se for tida em conta em todas as suas dimensões, incluindo também a dimensão espiritual; se formos capaz de passar duma cultura de exclusão para uma cultura do encontro e do acolhimento.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Informação Paroquial


 No mês de Outubro, mês dedicado a Nossa Senhora do Rosário, como habitualmente, teremos a Oração do Terço na Matriz às 18h
Rezemos pela Paz em todo o mundo como tanto a Virgem Maria pediu em Fátima.

No próximo domingo, dia 29, a Eucaristia será celebrada na Matriz pelas 12 horas.
 
 

Orações

Por intercessão dos Santos Cosme e Damião

Ó Deus Menino, 
que crescestes 
em sabedoria e graça 
com Maria e José,
pela intercessão 
de São Cosme e São Damião, 
abençoai os meus filhos, 
irmãos, parentes e vizinhos 
e especialmente…
(lembre o nome da criança
que está precisando de orações
). 

Que o sangue destes Mártires, 
servos da Santíssima Trindade, 
lave os meus pecados 
e purifique todo o meu ser. 
Ajudai-me a crescer em solidariedade, 
compaixão e misericórdia, 
para com o meu próximo mais próximo, 
a exemplo dos Santos Cosme e Damião, 
Missionários e defensores da vida 
em plenitude. 
Vós que sois Deus com o Pai
na unidade do Espírito Santo.
Ámen.

São Cosme e São Damião



São Cosme e São Damião

(+ séc. IV)

26 de Setembro - São Cosme e São Damião

Cosme e Damião eram irmãos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres.

Deixavam pasmos os mais céticos dos pagãos, pois não cobravam absolutamente nada por isso. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais.

Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas.

Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles.

Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data.

Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Gesto de amor



"Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: hoje realizei um gesto de amor pelos outros!" ( Papa Francisco)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Deus espera sempre


Foto

«Deus espera sempre», lembra papa Francisco    
O papa sublinhou esta terça-feira que Deus aguarda sempre pelo ser humano, e salientou que os sacramentos são um meio privilegiado para o encontro com Cristo.
«Humildade. Deus espera sempre. Deus é junto de nós, Deus caminha connosco, é humilde: espera-nos sempre. Jesus espera-nos sempre. Esta é a humildade de Deus», afirmou na missa a que presidiu na Casa de Santa Marta, no Vaticano.
Francisco, citado pela Rádio Vaticano, salientou igualmente a identidade dos sete sacramentos: «O Senhor Jesus acompanha-nos também na nossa vida pessoal: com os sacramentos. O sacramento não é um rito mágico: é um encontro com Jesus Cristo».
«E se Ele entrou na nossa história, entremos também nós um pouco na história dEle, ou, pelo menos, peçamos-lhe a graça de deixarmos que Ele escreva a história: que Ele nos escreva a nossa história», convidou.

Informação Paroquial

A Catequese é a alma da Igreja. Temos consciência de que nem sempre é aquilo que desejamos. existem algumas limitações. Para as superar, contamos muito com a disponibilidade de Catequistas para serem mensegeiros do anuncio de Jesus às crianças e jovens.

A Paróquia vai dar início às actividades de Catequese:

Reunião de Catequistas  próximo dia 24, pelas 21h, no Centro Paroquial;

Reunião de Pais das crianças do 1º ano de Catequese, dia 26 deste mês, no Centro Paroquial, às 21h;

Reunião de todos os pais das crianças e jovens dos outros anos, no dia 3 de Outubro, às 21 h no Centro Paroquial;

Celebração do Envio de Catequistas,  Domingo, dia 6 de Outubro, durante a Eucaristia das 11h 30m.

Inicio da Catequese para todos os jovens e crianças, nessa semana.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Jesus me chamou, sou catequista!



Durante este mês de Setembro,começa nas paróquias o ano pastoral. Isto é visível, por exemplo, no início da catequese da infância e da adolescência, organizada em dez anos e apoiada por catecismos.

Nesta semana realizam- se as primeiras reuniões com os pais. Ali, retomamos juntos o ciclo anual da catequese, concentrando -nos numa ideia fulcral que nos acompanhará ao longo do ano. Serão momentos intensos de encontro, de festa, de comunhão.

Inúmeros documentos lembram -nos de que toda a comunidade cristã é responsável pela catequese. Esta ver- se -ia seriamente comprometida se dependesse da acção isolada e solitária dos catequistas.
Todos nós, ao recordarmos o nosso próprio processo de crescimento na fé, descobrimos rostos de simples catequistas que, com o seu testemunho de via e a sua entrega generosa, nos ajudaram a conhecer e amar Cristo.
Na essência e na vocação de qualquer cristão está o encontro pessoal com o Senhor. Procurar Deus é procurar o Seu rosto, é entrar na Sua intimidade. Qualquer vocação, sobretudo a do catequista, pressupõe uma pergunta: « Mestre, onde vives? Vem e verás...» Da qualidade da resposta, da profundidade do encontro surgirá a qualidade da nossa mediação como catequistas.
Hoje, mais do que nunca, as dificuldades que existem obrigam aqueles a quem Deus convoca, a consolar o seu Povo, a deixar raízes na oração. Qualquer cristão, e muito mais o catequista, deve ser permanentemente um discípulo do Mestre na arte da oração : « É necessário aprender a rezar, voltando sempre de novo a conhecer esta arte dos próprios lábios do divino Mestre, como os seus discípulos :" Senhor, ensina -nos a orar" ( Lc 11,1). Na oração, desenrola -se aquele dialogo com Jesus que faz de nós seus amigos íntimos: " Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós." Jo 15,4).
No mundo actual, muitas vezes enfraquecido pelo secularismo e consumismo, parece que se vai perdendo a capacidade de celebrar, de viver em família. Por isso o catequista é chamado a comprometer a sua vida para que o domingo não nos seja roubado, ajudando a que no coração do homem não termine a festa e ganhe sentido e plenitude a sua jornada semanal..
Santa Teresa do Menino Jesus, com o poder de síntese próprio das almas grandes e simples,escreve a uma das suas irmãs, resumindo no consiste a vida cristã : " Amá-Lo e fazê - Lo amar...". Esta é também a razão de ser de todo o catequista. Só havendo um encontro pessoal se pode ser instrumento para que outros o encontrem.

In " O verdadeiro Poder é Servir".  Jorge Bergoglio ( Papa Francisco)


domingo, 22 de setembro de 2013

Envelhecer e ser feliz

Há uma citação de Pitágoras que nos diz que «uma bela velhice é, ordinariamente, a recompensa de uma bela vida».

FotoTambém é frequente ouvirmos afirmar que se envelhece e morre tanto melhor quanto melhor se viveu.
De facto, a angústia do envelhecimento não é apenas a antevisão da morte, mas o receio da perda de dignidade, da perda de autonomia, da lentidão incapacitadora, da desvalorização de uma imagem construída ao longo da vida e baseada, entre outros aspetos, na admiração e no respeito dos outros.
Apesar de tudo isto, sabemos que muitos envelhecem e conseguem ser felizes. Porque acreditam em si próprios, porque vivem um dia de cada vez, porque não param a aguardar o tão temido fim, porque não se dedicam às novas limitações, mas aceitam-nas, agradecendo e rentabilizando as competências que mantêm.
Não podemos interromper o curso imparável dos dias e dos anos, mas podemos apostar em cada momento como se fosse o mais importante da nossa vida, com reconhecimento pelo que somos e não com a angústia do que desejávamos ser ou daquilo que já fomos. Deste modo, estaremos a construir razões para ser felizes até ao último dia da existência, que não temos a capacidade de adivinhar (seja com que idade for).
Enquanto estamos vivos a nossa tarefa é viver e lutar pela qualidade com que o fazemos.

Margarida Cordo
In Minutos de reflexão, ed. Paulinas                                                                                           

sábado, 21 de setembro de 2013

Dois Senhores


C1325 dois senhores from Paroquia Arronches

 Vivemos numa sociedade globalizada, em que o dinheiro parece mandar em tudo e é procurado a qualquer custo. Para muita gente, ter dinheiro significa poder e prestígio... Qual deve ser a atitude cristã diante das riquezas?
A Busca desenfreada pelo dinheiro continua... O dinheiro é o deus de muita gente, que está disposta a tudo desde que faça crescer a conta bancária. - Para ganhar mais dinheiro, há quem trabalha doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo, e esquece de Deus, da família, dos amigos e até própria de saúde; - por dinheiro, há quem vende a sua dignidade, a sua consciência e renuncia a princípios em que acredita.
  • As riquezas não devem ser obstáculo à Salvação, mas um meio para fazer amigos "nas moradas eternas." Um instrumento de Comunhão entre as pessoas, de amizade, de igualdade... Não servir ao dinheiro, mas nos servir dele para servir a Deus e aos irmãos... - Honestidade nos grandes e pequenos negócios, porque quem é fiel no pouco, é fiel no muito, quem é infiel no pouco, também é infiel no muito.
  • Quem não é fiel nas riquezas terrenas (no pouco), também não é fiel nas riquezas eternas (no muito). Qual é a nossa atitude diante dos bens terrenos? Só Deus é o dono de tudo o que existe... Nós somos apenas administradores... A qualquer momento, Cristo poderá nos dizer: "Presta conta da tua administração!" - Como estamos administrando? Já garantimos a nossa morada eterna?

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A Igreja cure as feridas e aqueça o coração dos fiéis: Papa Francisco à "La Civiltà Cattolica"

Cidade do Vaticano (RV) -"A Igreja muitas vezes fechou-se em pequenas coisas, em pequenos preceitos. A coisa mais importante, ao invés, é o primeiro anúncio: 'Jesus Cristo o salvou'." Essa é uma das passagens da longa entrevista ao Papa Francisco, publicada nesta quinta-feira pela prestigiosa revista "La Civiltà Cattolica" e, ao mesmo tempo, por outras dezesseis revistas da Companhia de Jesus.
No longo colóquio de cerca de trinta páginas com o diretor da "La Civiltà Cattolica", Pe. Antonio Spadaro, o Papa traça um retrato falado de si mesmo, explica qual é a sua ideia da Companhia de Jesus, analisa o papel da Igreja hoje, indica as prioridades da ação pastoral e aborda questões sobre o anúncio do Evangelho.
"Um pecador para quem Deus olhou": assim se define o Papa Francisco na longa entrevista concedida em seu estúdio privado na Casa Santa Marta, no Vaticano, durante três encontros, realizados dias 19, 23 e 29 de agosto. Trinta páginas para contar a sua história de jesuíta, bem como o seu pensamento sobre a missão da Igreja.
"A capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, de estar perto, a proximidade... E precisa começar de baixo": com essas palavras, o Papa explica aquilo de que a Igreja mais precisa.
"Eu vejo a Igreja como um hospital de campo após uma batalha. É inútil – diz – perguntar a um ferido grave se tem colesterol e glicose altos! É preciso curar as feridas. Depois se poderá falar de todo o restante."
"A Igreja – prossegue – por vezes se fechou em pequenas coisas, pequenos preceitos. A coisa mais importante, ao invés, é o primeiro anúncio: 'Jesus o salvou!'. Portanto, os ministros da Igreja, em primeiro lugar, devem ser ministros de misericórdia" e "as reformas organizativas e estruturais são secundárias, ou seja, vêm depois", porque "a primeira reforma deve ser a da atitude".
De fato, para o Papa Francisco "os ministros do Evangelho devem ser pessoas capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar com elas na noite, de saber dialogar e também entrar na noite delas, na escuridão delas sem perder-se. O povo de Deus – diz - quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado".
Quanto à pastoral missionária, o Papa explica que não se deve ter "obsessão pela transmissão desarticulada de um amontoado de doutrina a ser imposta com insistência". O anúncio missionário se concentra "no essencial" que é também aquilo que mais atrai, "aquilo que faz arder o coração".
Portanto, é preciso "encontrar um novo equilíbrio", do contrário – observa –, "também o edifício moral da Igreja corre o risco de desmoronar como um castelo de areia", de "perder o perfume do Evangelho". Assim sendo, a proposta evangélica deve ser "mais simples" e "é dessa proposta que depois vêm as conseqüências morais".
Em seguida, na entrevista o Papa Francisco relê a sua história de jesuíta, inclusive em relação a alguns momentos difíceis: "o meu modo autoritário e rápido de tomar decisões – afirma – levou-me a ter sérios problemas e a ser acusado de ser ultraconservador".
Uma experiência difícil que hoje produz fruto: recordando o seu ministério episcopal na Argentina, diz ter entendido como a "consulta" é importante: "Os Consistórios, os Sínodos, por exemplo, são lugares importantes para tornar esta consulta verdadeira e ativa", mas devem ser "menos rígidos na forma". "Quero consultas reais, não formais", diz.
O Papa fala, ainda, sobre a sua formação jesuíta, sobre o discernimento e sobre reformas. É sempre necessário "tempo para colocar as bases de uma mudança verdadeira". "E este é o tempo do discernimento", afirma, embora "por vezes o discernimento, ao invés, impulsione a fazer logo aquilo que, na realidade, inicialmente se pensa fazer depois. E foi o que aconteceu também comigo nestes meses.
No longo colóquio com o diretor da "La Civiltà Cattolica", Pe. Spadaro, também se faz referência à Companhia de Jesus, que para o Papa Francisco "é em si mesma descentralizada": o seu centro é Cristo e a Igreja, dois pontos de referência fundamentais para poder viver "na periferia", enquanto se colocar a si mesma no centro "como estrutura bem sólida", "corre o perigo de sentir-se segura e suficiente".
A imagem da Igreja evocada na entrevista é a expressa no Concílio Vaticano II na Lumen Gentium "do santo povo fiel de Deus", e "sentir com a Igreja" para Francisco é "estar neste povo".
Uma Igreja que não quer reduzir-se a conter "apenas um grupinho de pessoas selecionadas", mas deve ser uma "Igreja Mãe e Pastora". A Igreja é fecunda, deve sê-lo", diz o Papa contando que quando se dá conta de "comportamentos negativos de ministros da Igreja" ou consagradas, a primeira coisa que lhe vem em mente é: "'eis um solteirão' ou 'eis uma solteirona'". "Não são nem pais, nem mães. Não foram capazes de dar vida", diz.
Entre outras questões, o diretor da referida revista jesuíta volta também a temas complexos como divorciados em segunda união, pessoas homossexuais e pergunta qual pastoral fazer nesses casos.
"É preciso considerar sempre a pessoa – diz o Pontífice. Aí entramos no mistério do homem. Na vida Deus acompanha as pessoas, e nós devemos acompanhá-las a partir da condição delas. É preciso acompanhar com misericórdia."
Também se faz presente o tema da mulher e o Papa Francisco evidencia que "o desafio" é "refletir sobre o lugar específico da mulher também justamente onde se exerce a autoridade nos vários âmbitos da Igreja".
No final, a conversação chega um aspecto que está muito a peito para o Papa Francisco, ou seja, que "Deus o encontramos caminhando". "Deus é sempre uma surpresa – diz – e, portanto, jamais se sabe onde e como encontrá-lo, não é você quem fixa o tempo nem os lugares do encontro com Ele."
Para o Pontífice, portanto, é preciso "discernir o encontro": se o cristão "quer tudo preto no branco", então não encontra nada. A tradição e a memória do passado devem levar a "abrir novos espaços a Deus".
Com uma visão estática e de involução, se buscam sempre "soluções disciplinares" ou o passado perdido, "a fé torna-se uma ideologia entre tantas outras".
"Tenho uma certeza dogmática: Deus está na vida de toda pessoa", diz o Papa Francisco ressaltando que "mesmo se a vida de uma pessoa é um terreno repleto de espinhos e ervas daninhas, há sempre um espaço em que a semente boa pode crescer." Daí, o seu encorajamento: "É preciso confiar em Deus". (RL)

Conhece bem a Bíblia?

Conhece bem a Bíblia?
A finalidade deste questionário é acertar em sete das 10 perguntas colocadas. Mas se quiser pode definir um objetivo mais ambicioso... Se esta é a primeira vez que responde, sugerimos que o faça sem recorrer a "auxiliares de memória", para que tome consciência dos seus conhecimentos. Em caso de erro, o questionário não indica a opção correta, convidando-a (o) a descobrir por si própria (o) a alternativa acertada.
1. Como se chama o conjunto dos cinco primeiros livros da Bíblia?
Código da Aliança
Pentateuco
Antigo Testamento2. Qual o livro composto quase exclusivamente por leis referentes ao culto em Israel?Êxodo
Levítico
Números3. Que livro está situado entre o Levítico e o Deuteronómio?Números
Êxodo
Rute4. Quinto livro da Bíblia, o seu nome quer dizer "segunda lei". Trata-se do:Deuteronómio
Êxodo
Sirácida5. Que narrativa bem conhecida se encontra no capítulo 11 do Génesis? A criação e a queda
O dilúvio
A torre de Babel6. A história dos anciãos do povo de Israel é contada em que livro e capítulos da Bíblia? Génesis 1-11
Génesis 12-50
Êxodo 20-267. Em que texto do Próximo Oriente se encontra uma narrativa paralela à do dilúvio? Epopeia de Gilgamesh
Enuma Elish
Athra-Hasis 8. Na narrativa da teofania de Yahwé no Sinai (os dez mandamentos), que imagem emprega o autor para descrever a presença de Deus? Imagem da Criação
Imagem da tempestade
Imagem cultual9. Em que trechos do Antigo Testamento se encontram os dez mandamentos? Levítico 12, 7-10 e Números 23, 1-15
Génesis 12, 1-15 e Êxodo 14, 12-18
Êxodo 20, 1-7 e Deuteronómio 5, 6-25 10. É neste livro que se conta a fuga do Egito: Génesis
Êxodo
Josué

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Gente que Deus coloca na nossa vida

Gente que Deus coloca na nossa vida

O Cónego Dr. Emanuel André Matos e Silva nomeado Vice-Reitor do Santuário

Nomeação na Diocese de Leiria-Fátima a 13.09.2013

 

O Bispo de Leiria-Fátima, Senhor D. António Marto, torna públicas a seguinte nomeação:
O Cónego Dr. Emanuel André Matos e Silva, da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, e atualmente Capelão do Santuário de Fátima, é nomeado Vice-Reitor do Santuário de Fátima. Acumula com a função de Secretário da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios.

Papa Francisco escreve carta a quem não crê em Deus

Foto
                                      

Ir ao encontro dos outros e dialogar com os que não partilham a mesma fé e as mesmas crenças tem sido uma proposta do papa Francisco, desde o início do seu pontificado.
Esta atitude foi uma vez mais manifestada na carta que endereçou ao jornalista fundador do diário “La Reppublica”, um dos mais importantes jornais de Itália.
Em dois artigos formulados em jeito de carta aberta ao papa, publicados a 7 de julho e 7 de agosto, Eugenio Scalfaro, que se definiu como «um não crente que há anos está interessado e apaixonado pela pregação de Jesus de Nazaré», lançou várias questões sobre a fé e a vida cristã, citando nomeadamente a encíclica “Lumen fidei”, a primeira de Francisco, redigida com o antecessor, Bento XVI.
Com a missiva publicada nas três primeiras páginas da edição desta quarta-feira do “La Reppublica”, Francisco concretiza um dos objectivos da encíclica: o diálogo com uma personalidade que tem «uma cultura iluminista» e considera que Deus é uma «invenção consoladora e ilusória da mente humana».
O papa recorda que a sua fé nasceu do encontro com Jesus, um encontro pessoal que tocou o seu coração e deu um sentido à sua existência. Um encontro que se tornou possível graças à comunidade dos crentes, a Igreja, que torna acessíveis as Escrituras, que dispensa os sacramentos, que assenta na fraternidade e na atenção aos irmãos e irmãs mais pobres.
«Pergunta-me se o Deus dos cristãos perdoa àqueles que não creem e não procuraram a fé», escreve o papa, que coloca como premissa o facto de que «a misericórdia de Deus não tem limites, se uma pessoa se Lhe dirige com coração sincero e contrito».
E acrescenta: «Para quem não crê em Deus, a questão é obedecer à sua consciência. Escutá-la e obedecer-lhe significa tomar decisões perante o que é entendido como bem ou mal. E é sobre esta decisão que se joga a bondade ou maldade de uma nossa ação».
Relativamente à verdade, Francisco observa que, mesmo para os cristãos, a verdade é sempre uma relação, relação com Jesus, e portanto caminho permanente, o que ainda assim não a torna num elemento «variável e subjetivo».
Para a fé cristã, a verdade é o amor de Deus, em Jesus Cristo. O «caminho» para a encontrar é feito de humildade e de abertura para a acolher e exprimir.
«Entre a Igreja e a cultura de inspiração cristã, de um lado, e a cultura moderna de inspiração iluminista, de outro, instaurou-se a incomunicabilidade. Chegou o tempo, e o Vaticano II inaugurou esta nova estação, de um diálogo aberto e sem preconceitos capaz de reabrir as portas para um verdadeiro e fecundo encontro», frisa Francisco.
«Apesar de todas as suas lentidões, infidelidades, erros e pecados que possa ter cometido, e que pode ainda cometer através dos que a compõem, a Igreja – creia-me - não tem outro sentido nem outro fim que não seja testemunhar Jesus» – conclui Francisco.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

«GUARDAR A FÉ – GUARDAR O OUTRO»


Aproxima-se a celebração da Semana Nacional da Educação Cristã – 2013, que se realizará entre 29 de setembro e 6 de outubro.
 
Nota Pastoral para a Semana Nacional da Educação Cristã
A expressão é do Papa Francisco e alerta  para a vivência do Ano da Fé. Pelo seu
sentido e alcance foi escolhida para lema da Semana Nacional da Educação Cristã.
 O Ano da fé, no dizer de Bento XVI que o proclamou, “é um tempo de graça que nos
tem ajudado a sentir a grande alegria de acreditar, a reavivar a perceção da amplitude
de horizontes que a fé descerra, para a confessar na sua unidade e integridade, fiéis
à memória do Senhor, sustentados pela sua presença e pela ação do Espírito Santo.”
Todos são chamados a reconhecer a fé como dom inestimável de Deus. Um dom
de amor de Deus para connosco que não se pode separar do amor e da atenção aos
outros, crentes ou não crentes, concidadãos ou estrangeiros. Dom de Deus recebido
deve ser sempre dom comunicado e partilhado. Só o poderá ser, se for proposto de
maneira viva, traduzindo a fé no testemunho das boas obras e da vida cristã que nascem
da fé.
Guardar a fé é apreciá-la, agradecê-la, alimentá-la, celebrá-la, viver dela, torná-la
inseparável da esperança e da caridade em todos os momentos e circunstâncias da
nossa vida concreta. É fazer dela vida e sentido para a vida. É mostrar que amar a Deus e
 ao próximo é o mesmo mandamento do amor.
  É olhar para o Alto, de onde nos vem todo o dom perfeito e a luz para o espírito, olhar à
 nossa volta e ver com os olhos do coração quem nos cerca e vai pelo mesmo caminho,
 olhar sempre com os olhos atentos e amorosos de Deus.
Diz o Papa Francisco, na sua primeira encíclica “Luz da fé”, que “urge recuperar o
caráter de luz que é próprio da fé, pois, quando a sua chama se apaga, todas as outras
 luzes acabam também por perder o seu vigor”.
 Vemos como é verdadeira esta palavra no dia a dia de  muitos cristãos e comunidades
 cristãs. Se a fé é luz, tudo no crente ilumina a sua vida e isso o leva à preocupação de que
 pelo seu testemunho também os outros vejam e se abram ao dom de Deus. Assim se
 concretiza o “Guardar a Fé – Guardar o outro”.
A fé não é um ensinamento de doutrina que leva o crente apenas a algumas práticas
religiosas. É vida que gera vida. É um ato de amor que gera e comunica amor. É realizar,
 num único gesto, o mandamento de amar a Deus e ao próximo.
Os educadores da fé devem, por isso, ter o cuidado de transmitir a mensagem de modo
a que ela seja um “ensinamento para a vida”.
É isso mesmo a catequese.
Só ensinando a ver os outros com os olhos de Deus sentiremos que estamos no caminho
da fidelidade à missão de educadores da fé.
Assim ajudaremos as crianças e os jovens a experimentar que não se pode amar a Deus
sem amar o próximo. E amar não é um mero sentimento de simpatia, mas um gesto
convicto de acolhimento e respeito, de ajuda e partilha fraterna, de presença amiga na
alegria e na dor, de estar atento e tratar cada pessoa, conhecida ou desconhecida, como
se trataria o próprio Jesus, Filho de Deus e nosso Irmão.
Que esta Semana Nacional da Educação Cristã ajude todos os educadores da fé a viver
como crentes esclarecidos e coerentes, e a serem mediadores fiéis dos dons de Deus,
postos tão generosamente ao alcance de todos.
 


Festa da Natividade da Virgem Santa Maria
8 de setembro de 2013

Que faço eu para que a fé cristã chegue a todos?



«Cada um de nós pergunte-se: que faço eu para que outros possam partilhar a fé cristã? Sou fecundo na minha fé ou estou fechado? Quando repito que amo uma Igreja que não esteja fechada no seu espaço, mas capaz de sair, de se mover, mesmo com algum risco, para levar Cristo a todos, penso em todos, em mim, em ti, em cada cristão! Penso em todos. Todos participam da maternidade da Igreja, todos somos Igreja: todos; para que a luz de Cristo chegue aos extremos confins da terra. E viva a Santa Madre Igreja!» (Papa Francisco, audiência geral, 11.9.2013)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

AS IRMÃS DE MARVÃO PARTIRAM


Sessenta e oito anos depois de terem chegado a Marvão, as Irmãs Filhas de Maria Mãe da Igreja despediram-se da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco. No dia 11 deste mês de Setembro, teve lugar uma festa homenagem de despedida na Santa Casa da Misericórdia de Marvão, com Eucaristia de Ação de Graças e almoço convívio, de âmbito familiar, com os utentes e os corpos administrativos e colaboradores atuais e passados. Estiveram presentes o Bispo Diocesano, D. Antonino Dias, o Presidente da Câmara de Marvão, alguns sacerdotes ligados à Santa Casa, a Madre Geral e o seu Conselho, que vieram de Espanha para se associarem a esta iniciativa. Na homilia, D. Antonino, convidou todos os presentes a dar graças a Deus pelo dom das Irmãs na nossa Diocese, centrou a atenção na Palavra de Deus proclamada e abordou também o problema das vocações à vida consagrada que deve ser uma preocupação de todos os cristãos com fé viva e atenta, rezando, propondo e provocando os jovens. No fim da Eucaristia foram benzidas, com a presença de todos, as novas instalações recuperadas dentro da Santa Casa e, no final, foi descerrada uma lápide no átrio da entrada, a fazer memória destes 68 anos em que as Irmãs se dedicaram a esta Casa. Durante o almoço, alguns dos presentes quiseram dar o seu testemunho sobre o louvável e dedicado trabalho das Irmãs ao longo de todos estes anos, sem deixarem de mencionar a capacidade de ultrapassar as dificuldades, a facilidade em resolver situações e a alegria com que viviam e se dedicavam a este serviço, 24 horas por dia, como consequência da sua forte fé e amor a Jesus Cristo no irmão. Como eram, por todos, consideradas família, não só dentro da Santa Casa mas também em Marvão, o ambiente era “pesado” pelo tom de despedida que o envolvia, mas ao mesmo tempo também era de alegria cristã e de solidariedade com as Irmãs que, na impossibilidade de continuarem por falta de vocações, partem com todos no coração e continuarão a trabalhar ao serviço do Reino de Deus, onde o Senhor agora as chama. O Provedor da Santa Casa, sensibilizado, agradeceu todo o trabalho desempenhado pelas Irmãs. A Madre Superiora falou do que lhe ia na alma, lembrou a caminhada das Irmãs nesta Diocese, a pena que lhes ia na alma por não poderem continuar e agradeceu a amizade do povo de Marvão e o acolhimento de toda a Diocese, pois também estiveram em Nisa e noutros lugares da Diocese. As Irmãs que estavam nesta Comunidade, depois de receberem algumas lembranças dos presentes, agradeceram, pela pessoa da Superiora, a Irmã Fátima, todo o carinho de que sempre foram alvo, partindo com a esperança de que tudo vai continuar a correr bem, pois o guia e modelo para agir é o Senhor Jesus Cristo presente em cada um e nesta Casa.
Obrigado, Irmãs. Que o Senhor vos ajude.

Eu e a Igreja: Exame de consciência



«A Igreja, como boa mãe, (…) acompanha o nosso crescimento transmitindo a Palavra de Deus, que é uma luz que nos indica o caminho da vida cristã; administrando os sacramentos. Alimenta-nos com a Eucaristia, traz-nos o perdão de Deus através do sacramento da Penitência, sustenta-nos no momento da doença com a Unção dos Doentes. A Igreja acompanha-nos em toda a nossa vida de fé, em toda a nossa vida cristã.

Podemos então fazer algumas perguntas: que relação tenho eu com a Igreja? Sinto-a como mãe que me ajuda a crescer como cristão? Participo na vida da Igreja, sinto-me parte dela? A minha relação é formal ou vital?» (Papa Francisco, audiência geral, 11.9.2013)


 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

No perdão está todo o Evangelho, todo o Cristianismo - Papa no Angelus deste domingo, em que evocou a figura do padre Brochero, beatificado na Argentina


A Praça de São Pedrou coloriu-se de guarda-chuvas amarelos, verdes, vermelhos, pretos, dos milhares de pessoas que desafiaram a chuva em Roma para ouvir o Santo padre e rezar com a ele, ao meio dia, a Ave Maria do Angelus; pessoas corajosas como o Padre Brochero, beatificado ontem na Argentina e que saía debaixo da chuva montado na sua mula para ir à casa dos fieis, disse o Papa depois do Angelus…
Mas antes ainda comentou o capitulo XV do Evangelho de São Lucas, que contém as três parábolas da misericórdia: a da ovelha tresmalhada, a da moeda perdida e a do pai e dos dois filhos, o filho pródigo e o filho que se considera justo, santo.
Todas estas parábolas – disse o Papa – falam da alegria de Deus, a alegria de perdoar, a alegria de perdoar, repetiu, dizendo que "nisto está todo o Evangelho, todo o Cristianismo".
E não se trata de sentimento, nem é uma questão de sermos bonzinhos., frisou, esclarecendo que se trata antes pelo contrário de misericórdia...
(…) A misericórdia é a verdadeira força que pode salvar o homem e o mundo do “cancro” que é o pecado, o mal moral, espiritual. Só o amor preenche os vazios, as voragens negativas que o mal abre nos nossos corações e na história. Só o amor pode fazer isto. E esta é a alegria de Deus”

Jesus é todo Ele misericórdia, amor: É Deus feito homem. Cada um de nós é aquela ovelha tresmalhada, aquela moeda perdida; cada um de nós é aquele filho que desperdiçou a própria liberdade, seguindo falso ídolos, miragens de felicidade, e perdeu tudo – prosseguiu o Papa – recordando que Deus não se esquece de nós, não nos abandona…
O Pai não nos abandona nunca. É um pai paciente. Espera sempre por nós. Respeita a nossa liberdade, mas permanece sempre fiel. E quando voltamos para ele, acolhe-nos como filhos, na sua casa, porque nunca cessa, nem sequer por um instante de nos esperar, com amor. O seu coração põe-se em festa por cada filho que volta. Põe-se em festa porque é alegria. Deus tem esta alegria quando um de nós, pecador, dirige-se a Ele e pede perdão”.
Mas atenção, há um perigo, advertiu o Papa. O perigo de termos a presunção de sermos justos e de julgarmos os outros. De julgarmos mesmo a Deus, que a nosso ver “deveria castigar os pecadores, condená-los à morte, em vez de perdoar, exactamente como o filho maior da parábola que se chateia com o pai por ele ter acolhido com uma festa o filho que regressou.
Se no nosso coração não há a misericórdia de Deus, a alegria do perdão, não estamos em comunhão com Deus mesmo que, mesmo que observemos todos os preceitos, porque é o amor que salva, disse o Papa continuando:
É o amor por Deus e pelo próximo que dá cumprimento a todos os mandamentos. É isto o amor de Deus, a sua alegria, perdoar! Espera-nos sempre! Talvez alguém tenha no seu coração algo que lhe pesa… fiz isto, fiz aquilo… Ele te espera, ele é pai, espera-nos sempre!”
O Papa recordou ainda que se vivermos segundo a lei do “olho por olho, dente por dente”, nunca sairemos da espiral do mal, pois que o maligno é espertalhão e nos ilude de que com a nossa justiça humana podemos salvar-nos, mas na realidade é só a justiça de Deus que nos pode salvar. E a justiça de Deus revelou-se na Cru: a Cruz é o julgamento de Deus sobre cada de nós neste mundo. Ele julga-nos dando a sua vida por nós… Um acto supremo de justiça, de misericórdia… É este o caminho que Jesus nos convida a seguir…
Jesus convida-nos a seguir este caminho: “Sede misericordiosos, como o Pai vosso é misericordioso
O Papa concluiu dirigindo pedindo a todos, a cada um que rezasse em silêncio por uma pessoa com a qual está chateada, não se entende bem…
Pensemos nela em silêncio, neste momento, rezemos por ela e tornemo-nos misericordioso, com essa pessoa…”
O Papa invocou depois Nossa Senhora, rainha da misericórdias por todas essas intenções, rezando o Angelus com os presentes…

A Fé é um acto pessoal


«A fé é um ato pessoal: “eu creio”, eu respondo pessoalmente a Deus que se faz conhecer e quer estabelecer amizade comigo. Mas eu recebo a fé dos outros, numa família, numa comunidade que me ensina a dizer “eu creio”, “nós cremos”. Um crist...ão não é uma ilha! Nós não nos tornamos cristãos em laboratório, nós não nos tornamos cristãos sozinhos e com as nossas forças, mas a fé é um presente, é um dom de deus que nos é dado na Igreja e através da Igreja.» (Papa Francisco, audiência geral, 11.9.2013)


Foto: «A fé é um ato pessoal: “eu creio”, eu respondo pessoalmente a Deus que se faz conhecer e quer estabelecer amizade comigo. Mas eu recebo a fé dos outros, numa família, numa comunidade que me ensina a dizer “eu creio”, “nós cremos”. Um cristão não é uma ilha! Nós não nos tornamos cristãos em laboratório, nós não nos tornamos cristãos sozinhos e com as nossas forças, mas a fé é um presente, é um dom de deus que nos é dado na Igreja e através da Igreja.» (Papa Francisco, audiência geral, 11.9.2013)



domingo, 15 de setembro de 2013

Papa Francisco: "No mistério da Cruz encontramos a história do homem e a história de Deus"

 Cidade do Vaticano (RV) - O mistério da Cruz é um grande mistério para o homem e do qual se pode aproximar somente através da oração e das lágrimas: foi o que observou o Papa Francisco neste  sábado na Missa presidida por ele na capela da Casa Santa Marta, no dia em que a Igreja celebra a Festa da Exaltação da Santa Cruz.
No mistério da Cruz - disse o Papa em sua homilia – encontramos a história do homem e a história de Deus, sintetizadas pelos Pais da Igreja, na comparação entre a árvore do conhecimento do bem e do mal, no Paraíso, e a árvore da Cruz:
“Aquela árvore tinha feito tanto mal, e esta árvore nos leva à salvação, à saúde. Perdoa aquele mal. Este é o caminho da história humana: um caminho para encontrar Jesus Cristo Redentor, que dá a sua vida por amor. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Esta árvore da Cruz nos salva, todos nós, das consequências daquela outra árvore, onde teve início a auto-suficiência, o orgulho, a soberba de querer conhecer, - nós -, tudo, de acordo com a nossa mentalidade, de acordo com os nossos critérios, também segundo a presunção de ser e de se tornar os únicos juízes do mundo. Esta é a história do homem: de uma árvore a outra árvore”.
Na cruz, se encontra também “a história de Deus” - prosseguiu o Papa Francisco –, “porque podemos dizer que Deus tem uma história”. De fato, “Ele quis assumir a nossa história e caminhar conosco”: inclinou-se, se tornando homem, enquanto nós queríamos nos elevar, e assumiu a condição de servo, sendo obediente até a morte na cruz, para nos levantar:
“Deus faz este caminho por amor! Não há outra explicação: somente o amor faz essas coisas. Hoje olhamos para a Cruz, a história do homem e a história de Deus. Olhamos para esta cruz, onde se pode provar mel de aloe, o mel amargo, a doçura amarga do sacrifício de Jesus. Mas esse mistério é tão grande que por si só não podemos compreender bem este mistério, não tanto para entender - sim, entender ... - mas experimentar profundamente a salvação deste mistério. Antes de tudo o mistério da Cruz. Somente se pode entender um pouquinho, de joelhos, em oração, mas também através das lágrimas: são as lágrimas que nos aproximam deste mistério”.
“Sem chorar, chorar no coração - disse o Papa - não se poderá jamais entender esse mistério”. É o choro do arrependimento, o choro do irmão e da irmã que olham para tantas misérias humanas” e as vêem em Jesus, mas “de joelhos e chorando” e “nunca sozinhos, nunca sozinhos!”
“Para entrar neste mistério, que não é um labirinto, mas se assemelha um pouco, temos sempre necessidade da Mãe, da mão da Mãe. Que Ela, Maria, nos faça experimentar quão grande e quão humilde é este mistério; tão doce como mel e tão amargo como o aloe. Que seja ela a nos acompanhar neste caminho, que nenhum outro pode fazê-lo além de nós mesmos. Cada um deve fazê-lo! Com a Mãe, chorando e de joelhos”. (SP)

O Baptismo

«Quantos cristãos recordam a data do seu baptismo? (…) Quantos de vós – cada um responde no seu coração – recordam a data do próprio baptismo? (…) A data do baptismo é a data do nosso nascimento na Igreja, a data na qual a mãe Igreja nos deu à luz. É belo… E agora, um trabalho a fazer em casa: quando hoje regressardes a casa, procurai bem a data do vosso baptismo, (…) para a festejar, para agradecer ao Senhor por esse dom. (…)

Amamos a Igreja como se ama a própria mãe, sabendo também compreender os seus defeitos? Todas as mães têm defeitos, todos nós os temos. Mas quando se fala dos defeitos da mãe, nós protegemo-la, amamo-la… E a Igreja também tem os seus defeitos. Amo-a, como à minha mãe? Ajudamo-la a ser mais bela, mais autêntica, mais de acordo com o Senhor?» (Papa Francisco, audiência geral, 11.9.2013)
«Quantos cristãos recordam a data do seu baptismo? (…) Quantos de vós – cada um responde no seu coração – recordam a data do próprio baptismo? (…) A data do bap...tismo é a data do nosso nascimento na Igreja, a data na qual a mãe Igreja nos deu à luz. É belo… E agora, um trabalho a fazer em casa: quando hoje regressardes a casa, procurai bem a data do vosso baptismo, (…) para a festejar, para agradecer ao Senhor por esse dom. (…)

Amamos a Igreja como se ama a própria mãe, sabendo também compreender os seus defeitos? Todas as mães têm defeitos, todos nós os temos. Mas quando se fala dos defeitos da mãe, nós protegemo-la, amamo-la… E a Igreja também tem os seus defeitos. Amo-a, como à minha mãe? Ajudamo-la a ser mais bela, mais autêntica, mais de acordo com o Senhor?» (Papa Francisco, audiência geral, 11.9.2013)

sábado, 14 de setembro de 2013

O monge solitário

O monge que vive sozinho no topo de um monólito de 40 metros (com FOTOS)

O monge que vive sozinho no topo de um monólito de 40 metros

Para Maxime Qavtaradze, um monge de 59 anos, a solidão não é estranha. Ele é, de resto, uma das pessoas, em todo o mundo, que sabe o que é estar só e longe de civilização, uma vez que vive no topo de uma rocha de 40 metros, onde apenas cabe o seu mosteiro.
A construção tem tanto de bela como de corajosa, enfiada num lugar quase impossível. Maxime, que vive ali há 20 anos, apenas sai de casa duas vezes por semana, socorrendo-se dos fiéis para a sua alimentação e conforto.
Sempre que decide sair de casa, o monge passa 20 minutos a descer a escada que o leva à base do monte Katskhi, na Geórgia, mas nem aí podemos dizer que ele está na civilização, como provam as imagens.
Apesar da idade, Maxime não terá problemas em subir e descer o monólito. Antes de entrar na solidão do mosteiro, ele foi operador de guindaste, por isso não terá medo de alturas. “Aqui em cima, no silêncio, podemos verdadeiramente sentir a presença de Deus”, explica o monge.
Durante todo o ano, as suas únicas visitas são os padres e um grupo de jovens, que o procuram para apoio e ajuda na solidão. As fotos que publicamos hoje foram tiradas por Amos Chapple, que explicou posteriormente ter temido pelo regresso.
O monte Katskhi foi usado por cristãos que viveram no seu topo até ao século XV, para escapar às tentações terrenas. Durante séculos, o mosteiro esteve abandonado e os locais apenas puderam olhar para as ruínas misteriosas.
Finalmente, em 1944, um grupo liderado pelo alpinista Alexander Japaridze documentou a primeira subida ao topo do monte, descobrindo as ruínas de uma capela e o esqueleto de um antigo habitante.
Foi em 1993 que Maxime decidiu reformar o antigo mosteiro e por lá viver. “Quando era jovem bebia, vendia drogas, tudo. Acabei na prisão e percebi que era altura de mudar”, explica o monge.
Nos primeiros dois anos, Maxime viveu numa antiga sala de armazenamento para se proteger do clima frio. Depois, a comunidade cristã construiu uma escada, reconstruiu a igreja e acrescentou uma casa, onde Maxime passa os seus dias a rezar, ler e “preparar-se para conhecer Deus”. Agora, existe uma comunidade religiosa na base do monólito.
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