terça-feira, 1 de outubro de 2013

Sou um católico aberto a toda a Igreja ou "privatizo" a fé?, pergunta papa Francisco



O papa Francisco acentuou na quarta-feira a importância da unidade dentro de uma Igreja formada por muitas línguas e culturas, e perguntou aos católicos se são sensíveis aos fiéis em dificuldades ou se se fecham no seu grupo e privatizam a fé.
Na audiência geral realizada esta no Vaticano, o papa recordou perante mais de 50 mil pessoas que no Credo, os fiéis professam que «a Igreja é única» e é «unidade em si própria». Excertos da intervenção:
«Se olharmos para a Igreja católica no mundo, descobrimos que compreende quase três mil dioceses espalhadas por todos os continentes: tantas línguas, tantas culturas!»
«A Igreja está espalhada em todo o mundo, e todavia as milhares de comunidades católicas formam uma unidade. Como pode isto acontecer?»
«A Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja para os asiáticos, uma para quem vive na Oceânia; não, é a mesma em todo o lado. É como numa família: pode estar-se longe, disperso pelo mundo, mas os laços profundos que unem todos os seus membros permanecem sólidos, qualquer que seja a distância.»
«Penso, por exemplo, na experiência da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro: naquela interminável multidão de jovens na praia de Copacabana, ouviam-se falar tantas línguas, viam-se rostos de traços muito diferentes entre eles, encontravam-se culturas diversas, e no entanto havia uma profunda unidade, formava-se uma única Igreja, havia e sentia-se unidade.»
«Os pilares» que «sustentam a Igreja e a mantêm unida» são os que estão gravados no Catecismo: «Uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma esperança comum, a mesma caridade.»
«Perguntemo-nos todos: eu, como católico, sinto esta unidade? Eu, como católico, vivo esta unidade da Igreja? Ou não me interessa porque estou fechado no meu pequeno grupo ou em mim próprio? Sou daqueles que “privatizam” a Igreja para o próprio grupo, a própria nação, os próprios amigos?»
«É triste encontrar uma Igreja privatizada por este egoísmo e esta falta de fé. É triste. Quando oiço que tantos cristãos no mundo sofrem, sou indiferente ou é como se sofresse um membro da família? Quando penso ou oiço dizer que muitos cristãos são perseguidos, e até dão a vida pela sua fé, isso toca o meu coração ou não me afeta? Estou aberto àquele irmão ou àquela irmã da família que está a dar a vida por Jesus Cristo?»
«Quantos de vós rezam pelos cristãos que são perseguidos? Quantos? Cada um responda no seu coração: “Rezo por aquele irmão, por aquela irmã, que passa dificuldades por confessar e defender a sua fé?”. É importante olhar para fora do próprio recinto, sentir-se Igreja, única família de Deus.»
«Um cristão, antes de dizer mexericos, dever morder a língua. Isso far-lhe-á bem porque a língua incha e, assim, não se podem dizer mais mexericos. Os mexericos ferem e são motivo de divisão.»
Fontes: Rádio Vaticano,

Sem comentários:

Enviar um comentário

Este é um espaço moderado, o que poderá atrasar a publicação dos seus comentários. Obrigado