terça-feira, 30 de junho de 2015

Papa denuncia forças que procuram «aniquilar» a Igreja


RV


Francisco celebrou Missa com 46 metropolitas, incluindo arcebispos de Luanda e Curitiba


(Ecclesia) - O Papa denunciou hoje no Vaticano as “forças” que ao longo da história “procuraram e procuram aniquilar a Igreja”, tanto no exterior como no seu interior, afirmando que esta sobrevive a todas essas tentativas.
“Passaram reinos, povos, culturas, nações, ideologias, potências, mas a Igreja, fundada sobre Cristo, não obstante as inúmeras tempestades e os nossos muitos pecados, permanece fiel ao depósito da fé no serviço, porque a Igreja não é dos Papas, dos Bispos, dos padres, nem sequer dos fiéis; é só e unicamente de Cristo”, disse, na homilia da Missa a que presidiu na Basílica de São Pedro, na solenidade litúrgica dos Apóstolos Pedro e Paulo.

Francisco condenou as perseguições “atrozes, desumanas e inexplicáveis” que ainda hoje atingem os cristãos em várias partes do mundo, “muitas vezes sob o olhar e o silêncio de todos”.

“Nenhum Herodes é capaz de apagar a luz da esperança, da fé e da caridade daquele que crê em Cristo”, sustentou.

A celebração começou com a bênção dos pálios, insígnias litúrgicas de ‘honra e jurisdição’, que vão ser depois impostos a 46 arcebispos metropolitas dos cinco continentes nomeados no último ano, incluindo os de Luanda (D. Filomeno Vieira Dias), em Angola, e de Curitiba (D. José António Peruzzo), no Brasil.

O Papa recordou a “coragem” das primeiras comunidades cristãs em “levar por diante a obra de evangelização, sem medo da morte nem do martírio, no contexto social dum império pagão”.

“Em nome de Cristo, os crentes ressuscitaram os mortos; curaram os enfermos; amaram os seus perseguidores; demonstraram que não existe uma força capaz de derrotar quem possui a força da fé”, acrescentou.

Francisco sublinhou, a este respeito, que as catacumbas não eram lugares para escapar das perseguições, mas principalmente “lugares de oração”.

A homilia aludiu à importância do “testemunho”, deixando um apelo “à oração, à fé e ao testemunho”.

“Não há testemunho sem uma vida coerente! Hoje sente-se necessidade não tanto de mestres, mas de testemunhas corajosas, convictas e convincentes; testemunhas que não se envergonham do nome de Cristo e da sua Cruz, nem diante dos leões que rugem nem perante as potências deste mundo”, pediu aos arcebispos presentes.

O Papa agradeceu depois a presença de uma delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa).

Os pálios são envergados pelos arcebispos metropolitas nas suas igrejas e nas da sua província eclesiástica, constituída por diversas dioceses.

Em Portugal há três províncias eclesiásticas: Braga, Lisboa e Évora.

OC

Sem comentários:

Enviar um comentário

Este é um espaço moderado, o que poderá atrasar a publicação dos seus comentários. Obrigado