domingo, 28 de junho de 2015

Tu és Pedro!


https://www.youtube.com/watch?v=_gQECflcesI

Pela fé a Igreja é revestida da luz do ressuscitado

Junto com a festa de S. Pedro e S. Paulo, celebramos a festa do que a Igreja é: Corpo de Cristo, testemunha de Jesus Cristo (At 1,8), testemunha da vitória de Cristo sobre o mal e todas as manifestações e sobre a morte. Ao celebrarmos num mesmo dia a festa desses dois mártires, tão diferentes entre si, mas unidos pelo mesmo amor à pessoa de Jesus, amor que os levou a entregar a própria vida, celebramos também a diversidade da Igreja e o desafio de construir a comunhão eclesial. Um e outro puderam experimentar uma profunda e radical transformação em suas vidas. Pedro foi encontrado pelo Senhor, às margens do mar da Galileia, enquanto, com seu irmão André, lavavam as redes, depois de uma noite de pesca. A partir desse primeiro encontro, teve início um longo caminho de transformação radical da sua vida, que o levou a essa magnífica expressão de sua adesão radical a Jesus: “... Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo” (Jo 21,17). Paulo, de perseguidor implacável da Igreja de Cristo, foi iluminado pelo Senhor no caminho de Damasco. Essa iluminação, num primeiro momento, o cegou para fazê-lo compreender que todo o passado dele sem Cristo era uma grande cegueira. A luz que surpreendeu Paulo o cegou para dar a ele uma nova luz, a luz do Cristo ressuscitado, a iluminação que é dada como fruto da fé no Senhor vencedor do mal e da morte. A fé da Igreja está apoiada na rocha da fé de Pedro e no testemunho daqueles que com Pedro foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Pela fé a Igreja é revestida da luz do Cristo ressuscitado e, pela graça do mesmo Cristo, é herdeira de sua vitória (cf. Ap 12,1-6). Deles e de todos os que viveram o tesouro da fé a ponto de darem suas vidas se pode dizer que nada foi capaz de separá-los do amor de Cristo (Rm 8,35-37). Por razões diferentes, a Igreja de todos os tempos sempre foi perseguida e ameaçada. Sempre tivemos mártires. O nosso tempo, nesse aspecto, não faz exceção. Por trás do discurso de tolerância religiosa se esconde uma verdadeira rejeição aos valores verdadeiramente cristãos. Que Deus nos dê a graça e a força do Ressuscitado para que, apoiados na fé dos Apóstolos, possamos, não obstante o mundo que nos cerca, dar o verdadeiro testemunho de Cristo. E que, não obstante os momentos difíceis, as ameaças e os perigos, a Igreja continue o seu caminho. Que Deus nos conceda a graça de uma confiança inabalável nele e a graça da lealdade e da fidelidade à Igreja, construída sobre a rocha da fé de Pedro.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj

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