quarta-feira, 30 de agosto de 2017

O verbo CONTRABALANÇAR



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Parece um verbo idiota, este contrabalançar. Não seria mais correto pensar que as coisas simplesmente são ou não são e deveriam aspirar por todos os meios a essa clareza, ponto final? Contrabalançar dá a ideia de ficar a meio caminho, abdicando daquela inteireza que, contra ventos e marés, objetiva a nossa verdade. Soa a uma prática de equilibrismo existencial, um pé aqui e outro ali, o balanço de lá e cá. É como se, em vez de lutar por uma unidade imediata, aceitássemos a divisão como ponto de partida ou como processo, condescendendo com a disparidade que nos coube e enredando-se num jogo de compensações. É como se assumíssemos a nossa trajetória biográfica como alguma coisa que está e não está completamente nas nossas mãos, alguma coisa cindida que, ao mesmo tempo, dominamos e nos ultrapassa, determinando que viver seja, dessa maneira, uma incessante e dolorosa iniciação à arte do possível, sem passar disso. Estranho verbo este, contrabalançar, que se diria esconder dentro de si a nossa capitulação.

E, contudo, em muitas etapas da vida, contrabalançar é precisamente o contrário: é um necessário e desassombrado exercício de sobrevivência. É a única forma de não desistir de escutar e de dar legitimidade, nas condições reais que nos coube experienciar, não apenas àquilo que nos atinge exteriormente, mas àquilo que emana de dentro de nós, a essa vida soterrada, mas que nos pertence mais do que qualquer outra, porque é a expressão singular da nossa alma. Se ficamos à espera das condições ideais, há dimensões do nosso ser que jamais tocaremos, porque a pressão externa é implacável e foge continuamente ao nosso controle. O mais habitual é que tenhamos de viver tudo ao mesmo tempo, esforçando-nos por contrabalançar com sabedoria o que poderiam ser descritos como os opostos: o previsto e o inesperado, o familiar e o estranho, o choro e o riso, o dever e o desejo. Como dizia Etty Hillesum, uma das grandes vozes espirituais da contemporaneidade, morta em Auschwitz, em 1943: “A vida é difícil, mas isso não faz mal.” Ou melhor, não é isso que nos faz mal. Porque depressa aprendemos, como ela aprendeu, que sobre aqueles segmentos de caminho interrompido por arame farpado não deixa de existir o mesmo céu que cobre os maravilhosos campos desimpedidos, o vasto céu que bloqueio algum é capaz de interromper. Contrabalançar é uma forma de contornar, de resistir e de acreditar. Sempre que dissermos, por exemplo, dentro de nós e com todas as forças do nosso ser, que a vida é bela, recomeçaremos livres, em relação a tudo o que a desfigura e o resto já nem importa, seguirá como pó ao sabor do vento. Pois, no fundo — e são palavras de Etty —, “o maior roubo que nos é feito somos nós mesmos que o fazemos”. E isso acontece mais frequentemente do que pensamos, quando nos esvaziamos do melhor de nós por causa de uma visão unilateral, que não foi devidamente contrabalançada com as razões profundas do nosso coração. Quando permitimos que aquilo a que erradamente chamamos “realidade”, e que estamos tentados a aceitar como voz única que nos fala, seja afinal um rolo compressor que esmaga não só o que a nossa vida é, mas também o que ela poderia ser. Contrabalançar é um ato de insubmissão da maior importância. Etty Hillesum no campo de concentração punha-se a descrever o desabrochar de duas míseras flores que tinha num vaso. E os outros diziam-lhe: “Como é que tens cabeça para pensar em flores no meio destes escombros.” Mas Etty sabia que a derrocada fatal ocorre quando desistimos de ligar a nossa vida a uma porção, ínfima que seja, de eternidade. Aí tornam-se impossíveis os milagres e morremos.

Pe. José Tolentino Mendonça[       ©Revista Expresso | 2335, 29 de julho de 2017]

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Não dependo apenas de mim

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Uma planta precisa de terra fértil e de água, de sol e de ar, de tempo e de espaço. Não consegue realizar-se por si só. Também com cada um de nós é assim. A simples essência de alguém não é suficiente para que concretize todas as suas potencialidades.

Preciso de ti para ser eu. Para me dar e para te acolher. Sem um outro, diferente de mim, não há amor e, sem amor, não há vida pessoal.

Somos corpo, razão, coração e espírito. Estas dimensões dependem umas das outras e cada uma delas resulta também da influência do mundo que nos rodeia.

Preciso de água e alimento para o meu corpo. Vivo num corpo e preciso do seu bem-estar e saúde.

Preciso de mundo, fé e amor para o meu interior. Sustentos da minha razão, do meu espírito e do meu coração.

Preciso de espaço, de muitos espaços, onde possa aprender, admirar as belezas do mundo e até daqueles onde as desgraças me assombram. Preciso de ter um espaço meu e de reconhecer o dos outros. Preciso de respeitar, de ser respeitado e de me respeitar.

Preciso de paz, tempo e de silêncio para que a vida em mim possa realizar-se e expandir-se.
A tentativa de uma independência total é, neste contexto, um egoísmo sem sentido, pois que não é sequer possível uma autonomia a não ser nas palavras dos que acreditam ser quem não são.

Não podemos todos ser tudo. Somos diferentes e temos contextos diferentes. Eis a raiz da nossa individualidade.

O que sou depende do equilíbrio entre o meu interior e tudo o que está à minha volta.

Preciso de crescer, querer ser mais, corrigir-me e, tal como uma planta, abrir os braços e chegar mais perto do céu... chegar a ser um, diferente e autêntico.


José Luís Nunes Martins -    25 agosto 2017 em iMissio
              

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Há um lugar




Que nesta semana você e sua família usufruam ainda mais da intimidade que nos revela o amor e cuidado do nosso Pai..

sábado, 26 de agosto de 2017

Quem é Cristo para mim?



No centro da reflexão que a liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum nos propõe, estão dois temas à volta dos quais se constrói e se estrutura toda a existência cristã: Cristo e a Igreja.
O Evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e a acolherem-n’O como “o Messias, Filho de Deus”. Dessa adesão, nasce a Igreja – a comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro. A missão da Igreja é dar testemunho da proposta de salvação que Jesus veio trazer. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves – isto é, de interpretar as palavras de Jesus, de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
A primeira leitura mostra como se deve concretizar o poder “das chaves”. Aquele que detém “as chaves” não pode usar a sua autoridade para concretizar interesses pessoais e para impedir aos seus irmãos o acesso aos bens eternos; mas deve exercer o seu serviço como um pai que procura o bem dos seus filhos, com solicitude, com amor e com justiça.
A segunda leitura é um convite a contemplar a riqueza, a sabedoria e a ciência de Deus que, de forma misteriosa e às vezes desconcertante, realiza os seus projectos de salvação do homem. Ao homem resta entregar-se confiadamente nas mãos de Deus e deixar que o seu espanto, reconhecimento e adoração se transformem num hino de amor e de louvor ao Deus salvador e libertador.
“E vós, quem dizeis que Eu sou?” É uma pergunta que deve, de forma constante, ecoar nos nossos ouvidos e no nosso coração. Responder a esta questão não significa papaguear lições de catequese ou tratados de teologia, mas sim interrogar o nosso coração e tentar perceber qual é o lugar que Cristo ocupa na nossa existência… Responder a esta questão obriga-nos a pensar no significado que Cristo tem na nossa vida, na atenção que damos às suas propostas, na importância que os seus valores assumem nas nossas opções, no esforço que fazemos ou que não fazemos para o seguir… Quem é Cristo para mim?

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Papa na Audiência Geral: a esperança cristã vence as tragédias do mundo




"Eu sou uma pessoa de primavera ou de outono?"
Esse foi o questionamento do Papa na Audiência Geral da manhã desta quarta-feira, 23 de agosto de 2017, aos milhares de fiéis que lotaram a Sala Paulo VI. Francisco inspirou sua catequese na passagem do Apocalipse, “Eis que faço novas todas as coisas”, para falar sobre a “novidade da esperança cristã”, uma esperança “baseada na fé em Deus que sempre cria novidades na vida do homem, na história e no cosmos. Novidades e surpresas”.


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Última hora! – Esta NÃO é uma má notícia!

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Nos últimos dias, semanas e meses poderíamos contar pelos dedos de uma mão as vezes que fomos bafejados com notícias boas por parte das televisões, revistas, jornais e, até, das redes sociais. Não acredito que as boas notícias estejam em vias de extinção. Mas acredito que se tem preferido tudo aquilo que rima com tragédia, dor e morte. Estas últimas três palavras até podem fazer parte de uma fatia grande do Mundo…Ainda assim, será uma fatia grande a ponto de tornar submersas todas as outras?

De cada vez que as palavras “última hora!” me (e nos) aparecem vista adentro (normalmente rodeadas de um vermelho aflitivo) temo o pior. Tememos o pior. Que parte da Humanidade terá agora sido amputada? Que parte do Planeta estará em risco? Que ser humano terá deixado de o ser? Que parte do Mundo terá, hoje, acabado?

Parece-me demasiado. Parecem-me demasiadas perguntas tristes e, pior que tudo, sem qualquer resposta. Instala-se, em cada um de nós, uma espécie de silêncio que adormece o coração. Se o coração estivesse acordado talvez não aguentasse a quantidade de tragédias massificadas, mediatizadas e mastigadas para, no dia seguinte, serem servidas OUTRA VEZ num outro prato. Não nos é possível digerir a refeição triste que nos servem todos os dias. Repetidamente. Uma. Outra. Mais uma vez.

ÚLTIMA HORA! E a nossa paciência torna-se magra e faz desaparecer a boa vontade. A esperança. A fé no futuro e nas pessoas.

ÚLTIMA HORA! E o que terá sido desta vez?

Lamento se me atrevo a colocar o dedo numa ferida que nos diz respeito a todos. Não me parece aceitável que se banalize o sofrimento. Que a morte se torne “normal”, sem rosto, sem pele e sem nome. Resta-nos, talvez, não querer compactuar com o desfile de horrores a que temos estado sujeitos. De cabeça baixa. De coração a mendigar por bondades e coisas bonitas.

Não acredito que o bem tenha deixado de ter voz. Não acredito nas mordaças e nas correntes que querem colocar, à força, nas nossas esperanças, sonhos e risos. Não acredito nas últimas horas. Acredito na hora que tudo muda. Na primeira hora do dia que nos deixa escrever uma página nova. Ainda que as nossas páginas não venham nas notícias e não agucem curiosidades mórbidas é, com essas, que podemos escrever uma história melhor. Diferente. Inspiradora.

ÚLTIMA HORA! Hoje tens uma página só para ti. É essa que pode mudar tudo. O que vais fazer com ela?!

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Festa da Igreja: Nossa Senhora Rainha


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“Maria é a rainha do Céu e da terra, por graça, como Cristo é Rei por natureza e por conquista”. Assim afirma Luís Maria Grignion de Montfort, no Tratado da Verdadeira Devoção, número 38. Neste dia 22 de agosto, a Igreja celebra a festa desse Reinado de Maria, a semelhança e em perfeita coincidência com o reino de Jesus Cristo, que não é temporal nem terreno, mas eterno e universal.

Esta festa litúrgica de Nossa Senhora Rainha foi instituída pelo Papa Pio XII em 1954 ao coroar a Virgem na Basílica de Santa Maria Maior, Roma (Itália), no dia 11 de outubro, quando o Pontífice também promulgou o documento principal do Magistério da Igreja que fala sobre a dignidade e realeza de Maria, a Encíclica “Ad Caeli Reginam”.

Inicialmente, a celebração se estabeleceu em 31 de maio, mês de Maria. Agora, celebra-se na oitava da Assunção, para manifestar a conexão entre a realeza de Maria e a sua assunção aos céus.

Na Encíclica “Ad Caeli Reginam”, lê-se que “os Teólogos da Igreja, extraindo sua doutrina” ao consultar as reflexões de vários santos e testemunhos da antiga tradição, “chamaram à Santíssima Mãe Virgem Rainha de todas as coisas criadas, Rainha do mundo, Senhora do universo”.

O Papa emérito Bento XVI, na celebração desta festa em 2012, disse que esta realeza da Mãe de Deus se faz concreta no amor e no serviço a seus filhos, em seu constante velar pelas pessoas e suas necessidades.

Ao referir-se à Virgem como Rainha do Universo, São João Paulo II ressaltou: “É uma Rainha que dá tudo o que possui compartilhando, sobretudo, a vida e o amor de Cristo”.

O Beato Paulo VI, na Exortação Apostólica “Marialis Cultus”, escreveu que na Virgem Maria tudo é referido a Cristo e tudo depende Dele: “Em vistas a Ele, Deus Pai a escolheu desde toda a eternidade como Mãe toda Santa e a adornou com dons do Espírito Santo que não foram concedidos a nenhum outro”.

O número 59 da Constituição Dogmática sobre a Igreja, “Lumen Gentium”, assinala que “a Virgem Imaculada (…) foi elevada ao céu em corpo e alma e exaltada por Deus como rainha, para assim se conformar mais plenamente com seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte”.

Em Apocalipse, 12, 1, lê-se: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas”.


Oração a Nossa Senhora Rainha

Deus todo-poderoso, que nos deste como Mãe e como Rainha a Mãe do seu Unigênito, nos conceda que, protegidos pela sua intercessão, alcancemos a glória de seus filhos no reino dos céus. Rainha digníssima do mundo, Maria Virgem perpétua, interceda por nossa paz e saúde, vós que gerastes Cristo Senhor, Salvador de todos. Por nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

O amor nunca morre


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“Nenhum caminho será longo se for feito ao lado do teu amigo” é um provérbio japonês que dá sentido à minha vida. Cresci a ouvir falar do amor centrado numa relação entre marido e mulher e durante muito tempo senti que definição do amor se esgotava ali. Pelos caminhos da vida descobri a amizade, pelos caminhos da vida descobri a amorzade como carinhosamente lhe chama António Lobo Antunes.

Eu sou como uma casa e cada tijolo de mim, cada célula que existe em mim tem influência de uma pessoa diferente. Cada uma dessas pessoas faz de mim quem sou hoje. Eu não seria eu sem os abraços, a motivação, a companhia e o amor de quem caminha comigo. Não são só as histórias para contar aos netos, os momentos alegres que nos fazem rir até doer a barriga ou as noites que me ouvem até me secarem as lágrimas. Não são só as viagens e os jantares em conjunto. É do amor, é a força deste amor que me impediu de desistir, me fez parar olhar ao espelho e ver a beleza. É a força deste amor que me fez confiar que ainda que estivesse em plena tempestade amanhã o sol brilharia. A amizade tem esta força calma e serena. Os meus pais deram-me a vida mas foram os amigos que descobri o tesouro de Deus em mim, foi com eles que aprendi a viver. São eles e é por eles que quero ser uma das mil vidas para a missão de São Daniel Comboni. São eles que, em cada momento, me fazem sentir com força renovada de sonhar o amor de Deus para o mundo. É por eles que sonho o Amor. A amizade fez-me viver, fez-me sentir e ensinou-me o Amor. E sinto-O com tanta grandiosidade que deixei de conseguir guardá-lo em mim e quis partilhá-lo com o mundo, quis entregar-me à vontade do Pai como agradecimento pela dádiva que foi, é e será a presença de cada uma dessas pessoas na minha vida.

É pela graça de os ter comigo que ainda vive em mim a criança que só vê amor por todos os lados para que olhe. É pela graça de os ter comigo que aprendi o Amor em sítios onde tantos afirmam que Deus não está. É pela graça da amorzade que amanheço de amor em cada dia. Quando amamos alguém fazemos casa no seu coração e assim permanecemos e permaneceremos sempre juntos. Como diz a música:

“Love never dies!

Love will continue! Love keeps on beating when you're gone!

Love never dies once it is in you! Life may be fleeting,

Love lives on..” (Love never die, O Fantasma da Opera)
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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

CÁRITAS RECONSTRÓI 8 CASAS E 2 EMPRESAS

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A Diocese de Portalegre-Castelo Branco celebra o seu 468º aniversário. Foi em 21 de agosto de 1549 que o Papa Paulo III criou a Diocese de Portalegre. Por tal razão, D. João III elevou Portalegre a cidade. Dom Julião de Alva, de origem espanhola, foi o seu primeiro Bispo. A Catedral foi construída no local da igreja de Santa Maria do Castelo, e lá se encontra, monumento nacional, de beleza ímpar mas triste e muito lacrimosa, a pedir que todas as forças locais, connosco, sejamos capazes de desafiar a boa vontade de quem de direito, para que, mesmo sendo igreja, se olhe para ela sem preconceitos e, com a devida atenção, se lhe dê a prioridade que merece para que possa ser requalificada e voltar a sorrir com mais encanto e todo o esplendor da sua bela arquitetura e património integrado. Esperamos ansiosamente que tudo isso aconteça antes que seja tarde demais!...
Como sabemos, a Diocese de Portalegre integrou, mais tarde, a extinta Diocese de Castelo Branco, bem com integrou Degolados, Cabeço de Vide e o concelho de Alter do Chão, da também extinta Diocese de Elvas.
A celebração deste aniversário da Diocese é muito triste para todos nós, seus membros. Grande parte do território dos seus 22 concelhos esteve debaixo de chamas impiedosas neste verão que ainda não acabou. Pelas piores razões,enchemo-nos de ver e ouvir falar dos concelhos de Castelo Branco, Proença-a-Nova, Sertã, Vila Velha de Ródão, Nisa, Sardoal, Abrantes, Mação, Oleiros, Vila de Rei, Gavião …, territórios dos distritos de Portalegre, Castelo Branco e Santarém, que fazem parte desta nossa Diocese.
A nossa Cáritas Diocesana, sempre atenta e apesar de poucos recursos, está, em nome de todos nós, diocesanos, no terreno, a fazer o que pode, também ajudada pela Cáritas Nacional, em sintonia com os Párocos e as Autoridades locais. Para além de já ter assumido a reconstrução de oito habitações e duas empresas familiares no concelho de Mação, das quais duas já estão recuperadas e uma das empresas já está a laborar com o equipamento que se adquiriu, assumiu, em virtude dos incêndios da semana passada, a recuperação de mais três casas de primeira habitação, uma em Vila de Rei, outra em Aldeia do Mato e outra em Belver. Agradecemos à Cáritas Diocesana toda a sua disponibilidade e ação no terreno, sem publicidade nem holofotes, sem aproveitamentos nem qualquer outro interesse que não seja o de estar próxima e minimizar o sofrimento de tantos.
Não foi nem tem sido muito edificante que, a par, e enquanto as populações atingidas gritavam ou gritam por socorro e sofrem desesperadamente, enquanto os seus representantes políticos locais engrossavam os seus apelos e desespero - também eles sofridos e a contabilizar prejuízos e desgraças! -, muitos filósofos do fogo, profissionais de informação, entendidos de bancada, sábios de ignorância e carpideiras de ocasião “choravam”, opinavam e voltavam a opinar sobre isto e aquilo sobre aquilo e isto, explorando a própria situação dolorosa de pessoas e populações. Muito edificante também não foi, nem é, que, pelo meio, também se meta muita politiquice, tricas, acusações mútuas de aproveitamento impróprio, muitas ocasiões para se estar calado e muitas outras em que melhor seria não dizer nada.
Sinceramente penso que uma reforma ou ordenamento das nossas florestas nunca será ajustada se vier a ser feita por alguns destes teóricos, por mais capazes e honestos que sejam, prescindindo das autoridade e dos saberes locais e dos proprietários. Eu não a sei fazer nem me proponho para tal, mas estou convencido que não iremos lá se for feita por gente que nasceu, cresceu, estudou, viveu e se instalou em gabinetes da cidade com meras saídas para estudos, passeios, praias, ou casas de férias no Alentejo profundo. É preciso saber, sim, é preciso gente competente, mas é preciso também um bom conhecimento da realidade, um estar dentro da complexidade que envolve a propriedade do minifúndio, dos sentimentos e da capacidade económica dos seus donos que sempre viveram com parcos recursos e, poupando o pouco que estas suas courelas lhes davam, lá iam vivendo e estudando os seus filhos, dando algum sabor à vida e valores à sociedade. Hoje, infelizmente, a maior parte dos seus donos já não têm forças nem capacidade económica para tão-pouco as limpar como, por aí, à boca cheia, se lhes quer exigir sem se interrogarem como é que o poderão fazer. E, segundo vamos ouvindo, a limpeza das matas do Estado também não são exemplo para ninguém…
Ao mesmo tempo que festejamos mais um aniversário da nossa Diocese, continuamos unidos a todos quantos nela sofrem por esta calamidade dos incêndios e auguramos um melhor futuro para as nossas florestas.

D.Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Afife, 21-08-2017

sábado, 19 de agosto de 2017

O fascinante sentido espiritual por trás da palavra “paróquia”

Ela tem a ver com “morada próxima”, “peregrinos” e até com o “barco” que nos leva ao céu!



O que é uma paróquia?

Quase todo mundo usa esse termo, mas o que ele significa mesmo?

À medida que o cristianismo ia se estabelecendo firmemente mundo afora, crescia a necessidade de organizar as comunidades cristãs num sistema gerenciável. Essa tarefa ganhou corpo no século IV e foi sendo refinada ao longo das décadas, chegando a um ápice no século XVI com o Concílio de Trento.

Nesse concílio, os bispos foram instruídos a definirem claramente as paróquias e os sacerdotes que exerceriam nelas o seu ministério. Começaram então a ser estabelecidos os limites territoriais específicos de cada paróquia, com base na quantidade de almas presentes em cada região.

O pároco ficaria encarregado do cuidado espiritual e sacramental de todas as almas que vivessem dentro daquele território. Se houvesse necessidade, ele contaria com a assistência de mais sacerdotes sob a sua liderança.

O atual Código de Direito Canônico especifica que uma paróquia é “uma comunidade de fiéis cristãos constituída de forma estável” e estabelecida por um bispo. Como regra geral, a paróquia é territorial, ou seja, inclui todos os fiéis cristãos de um determinado território; no entanto, o direito canônico também prevê grupos de cristãos não vinculados por fronteiras territoriais. Isto, na prática, significa que pessoas que residem fora de uma determinada paróquia podem ainda assim pertencer a ela, não obstante a localização.


“Peregrinos morando ao lado”

A palavra paróquia vem do grego “paroikía”, que significa algo como “casa ao lado”, “morada próxima”, “morar perto”. Tem relação com o termo “paroikos”, que quer dizer “forasteiro”, “estrangeiro”, “peregrino em outra terra”, e que aparece nos Atos dos Apóstolos quando Estêvão fala da história dos judeus e os descreve como “estrangeiros numa terra que não era a sua” (cf. Atos 7,6).

Um paroquiano é isso: um “peregrino” que viaja rumo à pátria celestial, e que, acolhido numa paróquia, ou seja, numa “morada próxima”, vai compartilhando essa viagem com seus irmãos e vizinhos!

Belíssima imagem para entendermos o conceito, não é?

Mas há mais imagens e metáforas que nos ajudam a descobrir a riqueza e a profundidade do conceito de paróquia.

As paróquias são como barcos
A imagem da barca é muito associada à Igreja, tradicionalmente representada como a “Barca de Pedro”. Desta mesma perspectiva, as paróquias são como barcos que levam grupos específicos de almas rumo ao céu. Não parece coincidência, aliás, que a parte mais ampla das igrejas tradicionais se chame “nave” (do latim “navis”, ou seja… navio, barco)!

Todo pároco, assim, é o “capitão” de um barco de almas a serem levadas até o porto seguro do céu! Isso não é uma tarefa simples, e é por isso que o padre precisa muito do envolvimento dos paroquianos na condução do barco – além, é claro, do sopro contínuo do Espírito Santo.

Analogias para pôr em prática

Da próxima vez que for à sua paróquia, lembre-se dessas analogias com a “morada próxima”, com a “peregrinação”, com o “barco”. Essas imagens o ajudarão a entender melhor a tarefa gigantesca do pároco, especialmente quando ele é responsável por 3 ou 4 “barcos” ao mesmo tempo, e, por conseguinte, a compreender melhor a importância da sua própria participação e colaboração ativa como membro dessa tripulação.
Numa paróquia, afinal, somos todos peregrinos a bordo da mesma casa-barco, rumando ao céu!

Philip Kosloski / Aleteia Brasil | Ago 16, 2017

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

O verbo REZAR


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Há pessoas que para rezar baixam os olhos, fecham nas mãos o rosto, voltam-se para o interior. E a oração configura-se como uma imersão, um mergulho, semelhante à imagem oferecida pelo pequeno poema de Matsuo Bashô: “Silêncio/ Uma rã mergulha/ Dentro de si”. A oração é uma pedra que se afunda não dentro do lago, mas no interior vasto de si. Há outras pessoas, porém, que abrem esforçadamente os olhos ao rezar, que finalmente os abrem numa tentativa de olhar a vida no seu flagrante espanto, no seu rasgão dilacerante e no seu prazer vivo. Quer umas quer outras estão certas. Todas as formas de rezar são insuficientes. Todas são eficazes. A arte de rezar é a arte de ser, apenas isso.

Talvez a metáfora mais próxima do rezar seja a comparação com aquelas coisas que se deixam de acontecer, nós morremos: como o respirar ou o bater do coração. O orante compreende que depende vitalmente disso, que a sua é uma vida hipotecada a esse movimento. O regime de oração não é um parênteses, uma pausa, um intervalo. Nem mesmo a oração é um rito. “Descobre a porta do teu coração e então poderás descobrir a porta do Reino de Deus” — explicava são João Crisóstomo. É descobrindo a porta da existência que acedemos ao segredo de Deus.

O essencial é que a oração não seja um mero dizer, mas um dizer-se, e um dizer-se confiado. Mesmo que usemos uma oração vocal, o que conta verdadeiramente não é o verbo. Podemos dizer-nos de tantas maneiras em silêncio, na imobilidade da palavra, na fronteira ardente que é o calar ou o permanecer, sem mais. Os padres do deserto ensinavam, por exemplo, que erguer as mãos é já rezar. São Francisco de Assis defendia o mesmo sobre o andar a pé. O persa Rûmi aplicava isso ao dançar. Fundamental é a compreensão de que uma prece, por simples e balbuciada que seja, inscreve-nos no dinamismo de uma relação. Há um eu e um tu. A despersonalização de uma oração feita apenas de fórmulas acaba por ferir e ser um bloqueio à verdadeira oração. Não há oração vital sem um eu diante de um tu. Teóforo, o monge, dizia com sentido de humor que, para um orante, a consciência de que está perante Deus tem que ser tão forte e real como uma dor de dentes. Podemos tentar esquecer, mas é impossível. Esse incómodo toma conta dos nossos pensamentos. Ocorre, desse modo, um fenómeno de concentração. Na oração, Deus tem que ser mais do que uma inefabilidade sem nome: tem de ser um tu.

Não pensemos que a oração seja um caminho linear, porque a própria vida é de uma complexidade labiríntica nos seus altos e baixos. Quem quer que habite o verbo rezar sabe que ele inclui um trânsito purgativo. Tarde ou cedo sentimo-nos feridos pela contradição irresolúvel, pela dor injustificável, pela irreversibilidade que nos leva a atravessar linhas de fogo. A oração não é aquele momento em que consigo libertar-me e fugir. É sim aquele instante em que o espírito se une à minha fraqueza e dá-me forças para abraçar o próprio inferno, isto é, aceitar aquilo que me esmaga, aquilo que é maior do que eu e não consigo explicar, aquilo que se abate sobre mim sem que eu possa alterar. A maior parte da nossa oração é vazio e silêncio, não nos iludamos. Há tempos, Luís Miguel Cintra propôs-me uma coisa que me deixou a pensar. “Olha, no final da missa, quando dizes ‘ide em paz e que o Senhor vos acompanhe’ devias antes dizer ‘ide em paz mesmo que ninguém vos acompanhe’.” Pode parecer um paradoxo, mas a oração torna-se mais vital quando tocamos o silêncio de Deus, quando os nossos pés tocam a orla da sua ausência.


Pe. José Tolentino Mendonça - 14 de Agosto 2017- em iMissio


Revista Expresso | 2333, 15 de julho de 2017]

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Santa Beatriz da Silva


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Santa Beatriz da Silva foi uma religiosa católica portuguesa que fundou a Ordem da Imaculada Conceição (Concepcionistas Franciscanas), dedicada à oração contemplativa.

A santa nasceu em 1437 em Campo Maior, cidade do norte da África,
A mãe de Beatriz, seguindo a tradição familiar, era muito devota da Ordem de São Francisco e, por isso, encomendou a educação religiosa de seus onze filhos aos padres franciscanos, que semearam em suas almas um amor especial pela Imaculada Conceição.

O quinto dos irmãos de Beatriz, chamado João – mais tarde Beato Amadeu da Silva –, tomou o hábito de São Francisco e fundou a associação chamada “amadeístas”.

Beatriz chegou a Castela em 1447, acompanhando como donzela de Isabel de Portugal, que partia de seu reino para contrair matrimônio com o rei de Castela, João II.

Entretanto, passado certo tempo, como sua beleza provocava a admiração dos nobres ou, talvez, porque a própria rainha temia ver nela uma perigosa rival, Beatriz abandonou a corte real que estava em Tordesilhas (Valladolid) e ingressou no mosteiro cisterciense de Santo Domingo de Silos, em Toledo, no qual duramente 30 anos dedicou-se unicamente a Deus.

Depois desses quase trinta anos de dedicação a Deus, decidiu fundar um novo mosteiro que foi a primeira sede da Ordem da Imaculada Conceição.

Em 1489, a pedido de Beatriz e da rainha Isabel a católica, o Papa Inocêncio VIII autorizou a fundação do novo mosteiro e aprovou as principais regras. Entretanto, antes que começasse a vida regular no novo mosteiro, Beatriz faleceu em 1492.

A nova família religiosa se difundiu rapidamente por diversas nações europeias e depois também na América. Atualmente, é formada por cerca de 3 mil religiosas que vivem em 150 mosteiros espalhados por todo o mundo.

O culto a Santa Beatriz foi confirmado por Pio XI em 28 de julho de 1926, com o título de Beata. Foi canonizada em 3 de outubro de 1976 pelo Papa Paulo VI e seus restos mortais se conservam para veneração pública na Casa Mãe de Toledo, em Espanha.

(santoral. iMissio)


Se a vida não te agarrar, agarra-a!


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Não me parece que a vida esteja para brincadeiras. Enquanto nos preparamos para fazer planos e para orientar o que virá a seguir…tudo muda. Enquanto nos pomos em bicos de pés para rasgar mais um ou outro pedaço ao Céu, tudo abranda e se suspende. De repente (e sem que nos tivéssemos apercebido disso) o Céu já não está ao nosso alcance e os pés já resvalaram. De repente, os planos voaram para uma outra galáxia e já nem parecem nossos. Já nem parecem planos.

Não me parece que a vida esteja para brincadeiras. Hoje brindamos com copos cheios de certezas, sucessos e vitórias e amanhã os copos poderão estar vazios de tudo. Cacos no chão e no peito. Já não brindamos. Baixamos a cabeça (e os copos) e o coração pende ao som de uma tempestade que lá vem.

Não me parece que a vida esteja para brincadeiras. Hoje todos os lugares são nossos e as pessoas são feitas de Perto. Amanhã… somos bem capazes de perder o mapa e deixar de saber que Casa é a nossa. Que Casa somos. Amanhã as pessoas vão vestir-se de Longe e afastar-se com a pressa que os dias sopram.

Não está. A vida não está para brincadeiras.

Ou para desvios disparatados.

Para riscos que não valem a pena correr.

Para desânimos que nos tirem a luz que é suposto agarrar, ter e guardar.

Para sombras que toldem as memórias boas e os trilhos que rimam com verde e com mar.

Para deixar para depois o que pertence ao agora.

Para narizes empinados.

Para faltas de humildade.

A vida está aqui agora e, daqui a nada, pode já não estar. Que enquanto aqui estivermos possamos dizer mais vezes o que importa que os outros saibam. Que possamos ser mais capazes de estender mãos em vez de passadeiras de obstáculos.

A vida não está para brincadeiras. E tu?!

Não te esqueças que é enquanto aqui estiveres que podes (e poderás) fazer tudo.

Que seja tudo de bem. Que seja tudo de bom.


Marta Arrais- 16 de Agosto de 2017 em iMissio

[Esta crónica é dedicada ao meu amigo Bento Oliveira.]

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO NOMEAÇÕES ENTRE O CLERO DIOCESANO 2017



Padre Ilídio Santos da Graça, CPPS, a seu pedido e do seu Superior Provincial, dispensado da responsabilidade de Arcipreste do Arciprestado da Sertã e dos seus serviços pastorais nas Paróquias de Proença-a-Nova, Peral e São Pedro de Esteval, no Concelho de Proença-a-Nova e Arciprestado da Sertã, e da Paróquia de Cardigos, no Concelho de Mação e Arciprestado de Abrantes;...


Padre Virgílio da Mata Martins, CPPS, e os Diáconos Manuel Lopes Cardoso e Daniel Catarino Bernardo Fernandes, dispensados dos seus trabalhos pastorais na Paróquia de Cardigos, Concelho de Mação e Arciprestado de Abrantes;

Padre Paulo Jorge Martins Ribeiro, SMBN, depois da consulta ao respetivo Clero e da anuência do seu Superior Provincial, nomeado Arcipreste do Arciprestado da Sertã, até ao fim do mandato em curso;

Padre Luís Manuel Cardoso Bairrada, CPPS, também de acordo com o seu Superior Provincial, nomeado Pároco in solidum das Paróquias de Proença-a-Nova, Peral, São Pedro de Esteval, no Concelho de Proença-a-Nova e Arciprestado da Sertã, ficando também como Moderador da Equipa pastoral ali em funções;

Padre Luís Manuel Antunes Alves, continuando com os outros encargos pastorais, dispensado, a seu pedido, de Diretor do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais, e, a partir do dia 30 de setembro próximo, também dispensado da paroquialidade das paróquias de Sobreira Formosa, Montes da Senhora e Alvito da Beira, no Concelho de Proença-a-Nova e Arciprestado da Sertã, ficando as mesmas, a partir dessa data e até que outra coisa se resolva, sob os cuidados pastorais do Vigário Paroquial em exercício, em conformidade com o cânone 541§1 do Código de Direito Canónico;

Cónego António Leonor Marques Assunção, dispensado de Pároco de Belver, concelho de Gavião e Arciprestado de Abrantes, e nomeado Pároco da paróquia de Cardigos, concelho de Mação e Arciprestado de Abrantes, em acumulação com as outras paróquias sob os seus cuidados pastorais;

Padre Cristiano (Eva Petrica Cristinel), nomeado Pároco da paróquia de Belver, concelho de Gavião e Arciprestado de Abrantes, em acumulação com os outros serviços pastorais já confiados à sua responsabilidade;

Diácono Miguel Alexandre Baptista Coelho, nomeado para exercer o seu ministério nas paróquias da zona pastoral de Alcains sob a responsabilidade dos Párocos in solidum Ilídio Alberto Ribeiro Mendonça, António Martins Castanheira e João Avelino;

Portalegre, 14 de agosto de 2017.

Antonino Dias
Bispo Diocesano

Festividade da Assunção de Nossa Senhora


A Paróquia de Arronches, ontem, dia 15 de agosto celebrou a festa em Honra de Nossa Senhora da Assunção, com um programa que teve início com a celebração da Missa Solene pelas 10h00, na Igreja Matriz.


A Banda Euterpe de Portalegre fez-se anunciar, subindo a Rua 5 de Outubro ao som de uma marcha, dirigindo-se para a Praça da República. A Procissão percorreu algumas das ruas da Vila com os seus Pendões e o Andor de Nª Sr.ª de Assunção, acompanhados pelos fiéis, com a orientação do Padre Fernando Farinha, fazendo a habitual paragem na sede da Junta de Freguesia de Assunção para rezar e pedir as bênçãos para os seus órgãos representativos assim como para aqueles que lá trabalham e todos os habitantes.

O Padre Fernando Farinha, na sua homilia, fez a associação da Padroeira Nª Srª da Assunção com o também festejado, S. João Batista, pelo Feriado Municipal e da presença constante da Virgem em todos os momentos da nossa vida, os bons e os maus.
Terminou evocando a protecção de Nossa Senhora para todos, especialmente paz.


Depois da abertura da quermesse, à noite, a escadaria da Igreja Matriz, foi o cenário para o espectáculo de fados às 22h00, com a participação das fadistas Mariana Paulino, Leonor Fartouce e Helena Brita, acompanhadas à guitarra portuguesa por Nuno Cirilo e à viola por Alexandre Gomes.
Actuaram ainda o grupo "Vozes à Janela" da Escola de Música de Arronches e os "Resineiros" de Proença-a-Nova que animaram os presentes com as suas vozes e concertinas.
O Espectáculo foi apresentado por Maria Clara Feiteira e, no final, o Padre Fernando, entregou algumas lembranças a este elenco que, generosamente, participou nestas festas em Honra Nª Srª de Assunção, agradecendo, também, a colaboração da Câmara Municipal , Junta de Freguesia e todos quantos colaboraram  e trabalharam para o sucesso desta homenagem a MARIA , sempre presente nas nossas vidas.
No recinto das festas foi servido o caldo verde, acompanhado pelos tradicionais linguiça e farinheira frita.
Para adoçar a boca também podiam deliciar- se com os bolos generosamente oferecidos.
por algumas senhoras da paróquia.

















 



























Triduo a Nossa Senhora da Assunção

3° Dia
Resultado de imagem para nossa senhora da assunção

Oh! Santíssima Virgem que, para morrer santamente, ajuntastes um imenso tesouro de méritos e virtudes; alcançai-nos a graça de conhecermos que só a virtude e a graça de Deus é a estrada que pode conduzir-nos à salvação.
(fazer o pedido)

Pai Nosso, Três Ave Marias
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Nossa Senhora da Assunção
– Rogai por nós!