https://www.youtube.com/watch?
sábado, 31 de março de 2018
sexta-feira, 30 de março de 2018
ACREDITES OU NÃO, TAMBÉM MORREU POR TI!...
Nascido numa família humana, saudável e cheio de vitalidade, cresceu em sabedoria, estatura e graça. Trabalhou de carpinteiro e tinha um grande projeto a realizar: o projeto do Seu Pai para a salvação dos homens. Como qualquer ser humano, porém, Jesus sentia fome, sono, sede, cansaço, era sensível perante o sofrimento e a morte alheia, chorou por Lázaro, chorou sobre Jerusalém. De olhar penetrante, bondoso e delicado, dia após dia e noite após noite, nas margens do lago, no cimo dum monte ou onde quer que fosse, Ele fascinava, cativava, edificava as multidões que o procuravam e Lhe pediam que as não deixasse. A Sua maneira simples de ensinar as coisas mais complexas deixava qualquer sábio pedagogo boquiaberto. A expressão do Seu olhar manifestava força e determinação, firmeza de vontade, equilíbrio de emoções, alegria e paz. Aqueles que O ouviam, ficavam maravilhados com a Sua inteligência e nunca conseguiram apanhá-l’O em qualquer laço que lhe armadilhassem. Tinha como amigos os simples, os humildes de coração, os pequeninos, os pobres em espírito. Os inimigos foram os ambiciosos, os hipócritas, os duros de coração, os que se julgavam justos, bons e sabedores. Seguido e acarinhado pelas multidões, a elite mais incomodada com a Sua pessoa faziam correr as opiniões mais díspares sobre quem é que Ele seria e o destino a dar-Lhe.
E que fazer-Lhe se tanta mossa estava a causar a instalados no poder e na injustiça, a sábios de leis e costumes inúteis, a religiosos de piedade fingida e rotineira, Ele que dizia conhecer as Escrituras, que as Escrituras davam testemunho d’Ele e que até já existia antes de Abraão?
Que fazer a este homem que congregava os injustiçados, absolvia os pecadores, curava os doentes, dava vista aos cegos, o andar aos leprosos, a vida aos mortos, ordenava ao mar, repreendia o vento, abalava as estruturas do tempo, chamava hipócritas aos que se julgavam justos porque falsos e fingidos, mandava dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César e até disse que edificaria o Templo em três dias?
Que fazer a quem reunia multidões que até se esqueciam de comer, expulsava os vendilhões do Templo, falava como quem tem autoridade, mandava até nos espíritos maus, expulsava demónios, desobedecia à lei do sábado e do jejum, oponha-se ao divórcio, ensinava que a autoridade é serviço, que quem quisesse ser o maior se tornasse o mais pequenino de todos, que era preciso nascer de novo, que desviava para si a atenção do povo, dos jovens e das crianças, que lavava os pés aos discípulos e se manifestava tão subversivo na serenidade e tão pacificamente revolucionário?
Que fazer a este homem que multiplicou os pães e os peixes, que fez abundar a pesca e transformou a água em vinho, que passava noites inteiras em oração e apreciava a natureza, a noite, as montanhas, o mar, que chamava a atenção para a beleza dos lírios dos campos que nem trabalham nem fiam, e para os passarinhos que não semeiam, não colhem, nem juntam em armazéns e Deus cuida de uns e outros, Se servia de imagens da natureza para comunicar e ensinar, em pequeninas histórias, a beleza da Sua mensagem?
Que fazer quando os Seus próprios parentes diziam que Ele “tinha ficado louco”, os doutores da lei afirmavam que Ele estava possuído por Belzebu, que era um blasfemo e uma espécie de formiga branca na sociedade, um terrorista social indesejável?
Que fazer a este homem que à Samaritana Se apresenta como o Messias que havia de vir ao mundo, no Seu Batismo e na Transfiguração o Pai Se manifesta dizendo que Ele é o Seu filho muito amado, Natanael professa que Ele é o Filho de Deus e Rei de Israel, Marta afirma que Ele é o Cristo, o Filho de Deus que haveria de vir ao mundo, os Apóstolos pescadores reafirmam que verdadeiramente Ele é o Filho de Deus, e Ele próprio afirmava que Deus era seu Pai, dizia-se igual a Deus, que Ele e o Pai eram a mesma coisa, e mesmo diante do Pontífice afirma ser o Messias, o Filho de Deus, que era rei mas que o seu reino não era deste mundo, e até os anjos O vieram servir no deserto?
Que fazer a este homem a quem até o vento e o mar lhe obedecem, o povo se extasia porque nunca ouviu ninguém falar como esse homem, nunca viu nem ouviu coisa assim, que presenciou e viu, na verdade, fazer coisas tão estranhas?
Isto era coisa demais para aquelas cabecinhas muito seguras de si e donas da verdade. Eles pensavam ter o monopólio de falar sobre o Messias que haveria de vir. Sim, até pensariam que Ele, o Messias, ao chegar, até haveria de ir ao encontro deles para os saudar com mesuras e salamaleques e lhes perguntar o que é que havia a fazer e se lhe permitiam fazê-lo!
Mas Jesus não deu o braço a torcer, era livre demais, sabia o que queria e era obediente ao Pai. Veio para os pecadores e para os doentes que precisavam de médico. Mas a coisa foi-se tornando insustentável, foi-se agudizando cada vez mais, tornou-se mais incómoda, mais tensa, sem saberem muito bem o que Lhe haviam de fazer. É verdade que alguns daqueles que ouviam as palavras de Jesus diziam: De onde Lhe vem esta sabedoria e estes milagres? Este homem não é filho do carpinteiro? A Sua Mãe não se chama Maria e Seus parentes não são fulano e fulano …? Então de onde Lhe vem tudo isto?. E escandalizavam-se por causa de Jesus. Outros diziam que Ele era João Batista; outros, Elias; outros ainda, que era Jeremias ou algum dos profetas. Outros, por sua vez, diziam: «Ele é realmente o Profeta». Outros afirmavam: «É o Messias». Outros, porém, diziam: «Poderá o Messias vir da Galileia? Não diz a Escritura que o Messias será da linhagem de David e virá de Belém, a cidade de David?». Outros, casquilhavam: “É um profeta como os profetas antigos”. Herodes, porém, disse: “Ele é João Batista. Eu mandei-o decapitar, mas ele ressuscitou”. E vós quem dizeis que Eu sou?, perguntou Cristo a Pedro e Pedro respondeu: “Tu és o Messias”, “o Filho de Deus vivo”.
Até que a medida transbordou. Chegada a hora, pelo silêncio da noite, lá veio uma multidão, armada de espadas, paus e varapaus ao encontro de Jesus e Judas entrega-O com um beijo! Aquele que passou pelo mundo fazendo o bem, estava numa angústia de morte, suou sangue, foi preso, traído pelos amigos, abandonado pelas multidões, levado de Anás para Caifás, de Caifás para Pilatos, de Pilatos para Herodes, de Herodes para Pilatos, esbofeteado, cuspido, flagelado, vilipendiado, zombado, escarnecido, coroado de espinhos. E Pilatos disse: “não encontro nenhum crime n’Ele” e “Herodes também não encontrou”. E a mulher de Pilatos mandou dizer-lhe: “não te envolvas com esse justo”. Mas eles gritaram: “Mata esse homem! Solta-nos Barrabás”, “Crucifica-O, crucifica-O”. “Mas que mal fez Ele?”, “Crucifica-O”. Pilatos, porém, para agradar à multidão, dizendo que não era responsável pela morte desse homem, lavou as mãos, mandou flagelar Jesus e entregou-O para ser crucificado. Pregaram-n’O na cruz, deram-Lhe vinagre a beber, sortearam as Suas vestes, insultaram-n’O, ironizaram, espetaram-Lhe uma lança no peito, mataram-no, injustiçado, sem dó nem piedade, e confirmaram a Sua morte. O oficial do exército, porém, que estava em frente da cruz, ao ver como Jesus tinha expirado e os fenómenos que se associaram a este momento, exclamou: “Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!”. Infelizmente, este reconhecimento veio tarde demais para Jesus, mas, por certo, foi momento de graça para esse centurião. No entanto, a morte de Jesus continua a ser escândalo para uns e loucura para outros, mas poder e amor de Deus para todos, quer se queira e se acredite quer não se acredite nem se queira.
Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Castelo Branco, 29-03-2018
Amor mais Forte
https://www.youtube.com/watch?v=Sfa35LHolOc
Nesta celebração, acompanhamos os passos do Senhor em sua Paixão até à entrega total na cruz (Jo 18,1-19,42).
Contemplando e adorando o Senhor crucificado, elevamos nossa oração por todas as pessoas que o sangue de Cristo nos fez irmãos, especialmente os que sofrem, prolongando, hoje, o mistério de sua cruz.
Comungando do seu corpo, recebemos força para viver da esperança e da vitória que nasce da cruz. É Páscoa. Cristo, que morre na cruz, passa deste mundo ao Pai. Do seu lado brota-nos a vida sobrenatural. Passamos do pecado para vida nova da ressurreição. “É a páscoa da Cruz”.
Hoje, estamos diante do corpo morto do Senhor. Hoje, estamos diante da morte do Filho de Deus, “que se humilhou até a morte e morte de cruz”. Jesus, que suportou a calúnia, o desrespeito, a zombaria, a condenação de morrer numa cruz, morte reservada a criminosos, é quem nos concede o salvo-conduto para participarmos dos benefícios que o seu martírio nos assegura até hoje: “Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus”.
A paixão e morte de Jesus é um mistério, uma verdade de fé que ultrapassa a compreensão dos pobres mortais. Por isso, é necessário que todos nos penitenciemos e rezemos como Ele: “Pai, perdoai-lhes eles não sabem o que fazem”. De maneira exemplar, Cristo cumpriu a vontade do projeto de salvação de seu Pai: angústia, dor, calvário, crucificação, vinagre, desprezo, humilhação, despojamento, doação, enfim, amor pela humanidade.
quinta-feira, 29 de março de 2018
Instituição da Eucaristia
https://www.youtube.com/watch?v=IEFuH_h7WO4
Celebramos nesta Quinta-Feira a abertura do Tríduo Pascal em que Nosso Senhor Jesus Cristo institui a Eucaristia com um doce e ingente apelo à fraternidade, à comunhão, à concórdia e a paz. Jesus pereniza no tempo e na história a sua presença em nosso Meio, presente pela consubstanciação do pão no Seu Corpo e do Vinho em Seu Sangue. Lúcido e grandioso mistério da Nossa Fé.
E a libertação do povo é feita, simbolicamente, com o gesto significativo do Lava-pés: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos amei uns aos outros, assim como Eu vos Amei, disse o Senhor”
quarta-feira, 28 de março de 2018
Confiança no Pai
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segunda-feira, 26 de março de 2018
Celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor,
O Domingo de Ramos ensina - nos que seguir Cristo é renunciarmos a nós mesmos
Com a celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, iniciamos a Semana Santa em que, com toda a Igreja, celebramos a Páscoa de nosso Senhor. Recordamos a entrada de Cristo em Jerusalém para realizar a entrega de sua vida, pela morte de cruz, em fidelidade ao projeto do Pai. “Para assumir a missão de Jesus, o discípulo precisa estar tomado pelo espírito de serviço. Nessa perspectiva, se compreendem também outras orientações sobre o discipulado e o serviço ao mundo: ‘Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me! Pois, quem quiser salvar sua vida a perderá; mas quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará’ (Mc 8, 35). Essa lógica de serviço coloca a religião como instrumento de construção de uma nova sociedade”.
Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava "Rei dos Judeus", "Hosana ao Filho de Davi", "Salve o Messias"... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.
O sentido da Procissão de Ramos
O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente e nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo, mas sim, na eternidade; aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do Pai.
Os ramos lembram nosso batismo
Esses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que essa é desvalorizada e espezinhada. Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Missa, lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.
O Domingo de Ramos nos ensina que seguir a Cristo é renunciarmos a nós mesmos, morrermos na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades e das facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio ao mundo para salvá-lo.
INFORMAÇÃO PAROQUIAL
ALEGRETE:
SEGUNDA- FEIRA: confissões às 19:00h
QUINTA- FEIRA: Celebração Eucarística às 19:00h
SEXTA - FEIRA: Celebração da Paixão do Senhor às 17:00h
DOMINGO DE PÁSCOA: Eucaristia às 10:30h
ARRONCHES:
SEGUNDA- FEIRA: confissões às 20:00h
TERÇA - FEIRA: Oração de Laudes às 10:00h
QUARTA - FEIRA: Oração de Laudes às 10:00h
QUINTA- FEIRA: Celebração Eucarística às 21:00h com cerimónia de Lava- pés e apresentação dos catequizandos que farão a 1ª Comunhão
SEXTA - FEIRA: Celebração da Paixão do Senhor às 15:00h
SÁBADO- Vigília Pascal às 22:00 h com a participação de todas as comunidades
DOMINGO DE PÁSCOA: Eucaristia às 12:00h
DEGOLADOS:
DOMINGO DE PÁSCOA: Eucaristia às 15:00h
ESPERANÇA:
QUARTA- FEIRA: Via Sacra às 21:00h
DOMINGO DE PÁSCOA: Eucaristia às 12:00h
MOSTEIROS:
DOMINGO DE PÁSCOA: Eucaristia às 16:30h
REGUENGO:
DOMINGO DE PÁSCOA: Eucaristia às 10:00h
VALE DE CAVALOS:
DOMINGO DE PÁSCOA: Eucaristia às 17:00h
Procuremos viver esta semana no recolhimento, na piedade e na contrição de forma a podermos tirar deles os frutos da Redenção
Não te distraias!
A vida vai pedir-nos sempre muito. Aliás, será bem capaz de pedir-nos mais do que aquilo que julgamos suportável e justo. Havemos, até, de dar por ela a assobiar para o lado para não enfrentar a surpresa que os nossos olhos lhe vão devolver. A minha pergunta perante o que a vida nos exige é mais ou menos esta: “O que é que fazemos com o que a vida nos pede?!”. As respostas são inúmeras e, se pensarmos bem, já todos experimentámos muitas delas. Dizem que o que nos muda a vida é o que nos acontece. Eu julgo que é, precisamente, o que fazemos acontecer com o que a vida nos pede e dá. Na maioria das vezes, optamos por fazer braços-de-ferro com a vida. Sim, com a nossa. Recusamos oportunidades e novidades por preferirmos o nosso conforto velho. Ignoramos as pessoas que cruzam os nossos dias por temer que sejam como as outras. Varremos o lixo para debaixo do tapete e, demasiadas vezes, não percebemos que o tapete somos nós. Lembramo-nos dele quando já não suportamos quase nada. Quase ninguém. Vamos vivendo uma vidinha morna e aborrecida que se resume à repetição dos gestos de sempre. Às tantas, deixamos de ser responsáveis pelo que nos acontece e a culpa está sempre enterrada debaixo doutro chão que não é o nosso. Às tantas, os nossos dias resumem-se a uma rotina fantasmagórica que não nos aumenta nem faz crescer. Parece-me que estamos distraídos de tudo o que é nosso e do muito que devíamos querer desta vida. Atentos ao carro que está à nossa frente mas distraídos. Atentos ao semáforo que nunca mais fica verde. Mas distraídos. Atentos à fila do supermercado que não avança à mesma velocidade que o tempo que temos. Mas distraídos. Atentos ao jantar. Mas distraídos. Atentos à televisão. Mas distraídos.
Talvez valha a pena tentar uma outra versão. Distraídos de tudo menos de nós. Distraídos do que nos sufoca e aperta os braços mas atentos ao que nos abraça. Distraídos do que já passou e atentos ao que ainda falta chegar. Distraídos do tempo que já não volta mas atentos ao tempo que ainda temos. Distraídos do mundo mas atentos aos que fazem valer tudo a pena.
A vida pede-nos muito. Tenta devolver sempre o que tiveres de melhor. Especialmente quando for difícil. E quando for difícil… Não te distraias. Só aprende a ser feliz aquele que aprende a começar outra vez.
http://www.imissio.net/artigos/49/1287/nao-te-distraias/
domingo, 25 de março de 2018
DOMINGO DE RAMOS
https://www.youtube.com/watch?v=mlUWTHTkH0Q
sábado, 24 de março de 2018
O essencial pode ser visível aos olhos!
Ensinou-nos o principezinho que só se vê bem com o coração. Essa deve ser uma das frases mais bonitas e mais acertadas que alguma vez alguém escreveu. “Só se vê bem com o coração”. Julgo que os olhos que temos têm, desde sempre, um ajudante à sua altura. Só se vê bem se quisermos, de facto, olhar para o que não está à vista. Esse tipo de análise visual mais aprofundada só pode fazer-se com vontade e com esperança. Estamos desaprendidos de ver bem. Esquecemo-nos de como se faz. Vamos tateando o que o mundo nos dá sem perceber, realmente, o que está ao nosso alcance. Vamos passando os olhos sobre cada coisa e presumimos. Vamos passando os olhos sobre cada pessoa e adivinhamos. Lamentavelmente, presumimos mal. Adivinhamos mal.
Atrevo-me a dizer que a capacidade de ver o que não está sempre ao alcance dos nossos olhos pode ser praticada e induzida. Por exemplo, há momentos que nos desarmam de certezas e de alegria. Nesses, costumamos ficar cegos para as coisas boas e positivas. Ficamos, simplesmente, ao colo do que nos está a magoar e a fazer mal. Se pudermos, em alternativa, ver o que nos fez chegar a esse momento, é possível ver o cenário numa outra perspetiva. O que me está a acontecer é uma consequência de como tenho vivido os meus dias? Ou é uma explosão de injustiça inesperada? Enquanto me mantiver a fazer perguntas sobre o que me está a acontecer, não mergulharei num pântano de vitimização em forma de beco sem saída. A capacidade de ver mais além reside na capacidade de fazer perguntas em vez de ficar de braços atados e coração amargurado. Outro exemplo: há pessoas que nos desviam da rota e nos fazem desconhecer o caminho certo. Levam-nos a duvidar do que fizemos e fomos até então. Essas pessoas-perigo aparecem muitas vezes ao longo da vida. Existem para nos obrigar a ver. Para nos obrigar a querer ver. Nessa altura, será tempo de perguntar: esta pessoa desviou-me da rota para uma melhor? Esta pessoa fez-me duvidar para me ajudar a encontrar certezas que combinam melhor comigo? Não?! Então, esta pessoa serviu apenas para me ajudar a dar valor a todas aquelas que estão comigo e, felizmente, não são (nem nunca foram) como ela. Parece mais simples agora, não parece? Infelizmente, não é. Também não foi simples para o principezinho. Queria encontrar amigos e ninguém da sua espécie soube ler-lhe o coração. Sobraram-lhe uma rosa e uma raposa.
Muitas vezes, o essencial também é visível aos olhos. Mas apenas aos olhos que querem, de facto, ver. Que a vida nos deixe ver as nossas rosas e as nossas raposas, mesmo quando o Mundo nos quiser falhar.
Hossana ao Filho de Davi
https://www.youtube.com/watch?v=qFK-wMjrWlk
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projectos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.
O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.
sexta-feira, 23 de março de 2018
QUE OS ESPECIALISTAS LHE CALCEM OS SAPATOS
QUE OS ESPECIALISTAS LHE CALCEM OS SAPATOS
Ao longo desta semana, de segunda-feira a sábado, está a decorrer, em Roma, uma inédita reunião pré-sinodal. Participam trezentos jovens de todo o mundo como representantes de Conferências Episcopais, de movimentos e instituições, de dentro e de fora da Igreja, crentes e não-crentes. É mais um passo em ordem à preparação do Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” que vai ter lugar em outubro próximo. Lá estão três jovens portugueses: Joana Serôdio, indicada pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil e em representação da Conferência Episcopal Portuguesa. Tem 30 anos, um mestrado em Bioquímica, faz parte da equipa coordenadora dos Convívios Fraternos da Diocese de Coimbra e também da equipa do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil; Rui Lourenço Teixeira, nomeado pela Conferência Internacional Católica do Escutismo, a qual vai representar. Tem 30 anos, é médico e professor universitário, da Diocese de Setúbal. Colabora como formador de dirigentes nas equipas nacionais do Corpo Nacional de Escutas e tem representado este movimento na Conferência Internacional Católica do Escutismo; e Tomás Virtuoso, escolhido pelo Secretariado Internacional das Equipas de Jovens de Nossa Senhora. Tem 24 anos, está a completar a tese de mestrado em Economia Política Europeia e vai representar o movimento a nível internacional. É do Patriarcado de Lisboa e membro das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, onde tem assumido as mais diversas responsabilidades, tanto a nível local como a nível nacional. Faz parte da equipa de organização do Faith's Night Out. Todos os participantes foram também convidados pelo Santo Padre a participarem na Eucaristia do próximo Domingo de Ramos, Dia Mundial da Juventude.
Aquando da sua Viagem Apostólica ao Chile, em janeiro passado, encontrando-se com os jovens no Santuário Nacional de Maipú, um Santuário “que se levanta na encruzilhada das estradas entre o Norte e o Sul, que une a neve e o oceano, e faz com que o céu e a terra tenham uma casa”, Francisco, fez referência aos sonhos e às experiências que dali foram promovidas por Jovens “que souberam viver a aventura da fé”. A fé, disse, provoca nos jovens “sentimentos de aventura, que convidam a viajar através de paisagens incríveis, paisagens nada fáceis, nada tranquilas”. E logo acrescentou: “Exceto aqueles que ainda não desceram do sofá. Descei depressa! … Vós que sois especialistas, calçai-lhes os sapatos”.
Aqui lhes disse que convocara este Sínodo e este Encontro pré-sinodal, em Roma, com delegações dos jovens de todo o mundo, para os ouvir sem filtros: ”tenho medo dos filtros, porque às vezes as opiniões dos jovens, para chegar a Roma, devem passar através de várias conexões e estas propostas podem chegar muito filtradas, não pelas companhias aéreas, mas por aqueles que as transcrevem”. Por isso, “vós sereis protagonistas: jovens de todo o mundo, jovens católicos e jovens não-católicos; jovens cristãos e doutras religiões; e jovens que não sabem se acreditam ou não: todos. Para vos ouvir, para vos escutar diretamente, porque é importante que vós faleis, que não vos deixeis silenciar. A nós compete ajudar-vos, para serdes coerentes com o que dizeis”. E tudo isto porque “a Igreja deve ter um rosto jovem e, nisto, vós deveis ajudar-nos. Mas, é claro, um rosto jovem real, cheio de vida, não rosto jovem porque trocado, maquilhado com cremes rejuvenescedores; não, isto não serve, mas jovem porque se deixa interpelar do fundo do coração“.
Decorrido que foi já este tempo de preparação para o Sínodo, a Santa Sé estuda, agora, as propostas enviadas pelas Conferências Episcopais de cada país. São propostas que lhe chegaram através das Dioceses de todo o mundo e obtidas nas paróquias, nas instituições, nos movimentos e grupos de reflexão. Estuda estas propostas e também as mais de 221 mil respostas ao questionário que foi disponibilizado na internet, das quais cerca de 20% são relativas a não-católicos, mantendo-se ativo o sítio dedicado ao Sínodo dos Bispos, www.synod2018.va, e uma página na rede social: www.facebook.com/synod2018, bem como se pode acompanhar pelo Twitter e Instagram.
No Encontro que esta semana decorre em Roma, Francisco, no início dos trabalhos, partiu do princípio de que os jovens “têm de ser levados a sério”. Chamou a atenção para uma cultura que, apesar de “idolatrar a juventude”, “exclui muitos jovens” da possibilidade de serem “protagonistas”. Nesta extensa assembleia em que está representada uma “grande variedade de povos, culturas e religiões”, com crentes e não-crentes, Francisco convidou-os a “falar com coragem” e a “escutar com humildade”, garantindo a cada um “o direito de ser escutado” e a todos “o direito de falar”. Saudou a “força” que os jovens têm para “dizer as coisas”, para “rir e chorar”, enquanto os adultos se habituam, muitas vezes, a encolher os ombros e a dizer que “o mundo é assim”. Quis acentuar que “demasiadas vezes, se fala dos jovens sem os interpelar”, se evita o encontro “cara a cara” com eles preferindo-se discursos abstratos, manifestou-se contrário a quem pensa que é preciso defender “uma distância de segurança” face aos jovens. Precisou também que “a juventude não existe, existem jovens, histórias, rostos”. E até provocando o riso na assembleia, também admitiu que estes, os jovens, nem sempre são o “prémio Nobel da prudência”. Referindo-se ao nível do desemprego juvenil e à marginalização dos jovens da vida pública, afirmou que eles são obrigados a “mendigar ocupações” que não garantem um futuro, o que constitui “um pecado social”, a sociedade “é responsável por isto”. Não deixou também de reafirmar que temos “de aprender, na Igreja, novas formas de presença e de proximidade”, de “ousar caminhos novos”, de, sem medo, “sair para as periferias existenciais” sem ceder ao “veneno” da “lógica do sempre se fez assim”.
Antonino Dias . Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 23-03-2018
Tocar o Céu
Há quem adore caminhar na terra tocando, constantemente, no Céu.
Há, na vida de cada um, quem construa uma história em que o centro das suas prioridades são a simplicidade e a humildade de nos mostrarem o reino de um Pai que não está na estratosfera, mas bem junto de todos nós. Há, nos cantos e recantos das nossas estórias, quem se entregue totalmente à tolice deste Deus que ateima em fazer-se perto daqueles que O continuam a rejeitar.
Não têm preocupações com o que lhes rebaixa, porque os seus olhos estão voltados permanentemente para o Alto. Não deixam de ser homens e mulheres destes tempos, apenas indicam um caminho alternativo. Um caminho tão louco em que as setas que lhes apontam para o Céu são autênticas cruzes que deixam a certeza de um amor sem limites.
São homens e mulheres que entrelaçam as vidas na divindade existente em cada humanidade. São homens e mulheres que levam consigo o olhar da autenticidade e da serenidade. São homens e mulheres que vivem com os pés assentes na terra, mas que não param de erguer os seus braços para o Céu. São homens e mulheres que se rendem à certeza de que a vida será sempre, mas sempre muito mais do que aquilo que vemos.
São homens e mulheres que perceberam que o Céu só acontece quando este é partilhado em larga medida com todos.
São homens e mulheres tremendamente loucos por um Nazareno que um dia decidiu mostrar ao Mundo que o Seu Pai estava muito mais próximo do que alguma vez poderiam imaginar. São homens e mulheres tremendamente loucos por um Nazareno que decidiu tocar as vidas de todos os que se cruzavam conSigo para que o Céu pudesse ser revelado.
Há vidas que foram desenhadas para serem o rosto deste Jesus. Há vidas que tocam no Céu como quem toca num bem material.
Há vidas que vieram somente com um propósito: dar a Boa Nova de que este Céu, eternamente prometido, pode e deve ser tocado por todos, basta que para isso levemos a perspetiva de um amor apresentado por um jovem Nazareno.
O Céu será sempre tocado quando deixarmos que as nossas mãos sejam instrumento de serviço, quando os nossos ouvidos escutarem de verdade, quando os nossos olhares virem com olhos de ver e quando o nosso coração souber receber todos sem qualquer tipo de julgamento.
O Céu está aqui e agora pronto para ser tocado e dado a todos os que têm sede de amor!
Ainda há dúvidas de que poderemos tocar o Céu?
Emanuel António Dias
http://www.imissio.net/artigos/49/1326/tocar-o-ceu/
quinta-feira, 22 de março de 2018
INFORMAÇÃO PAROQUIAL
O Peditório para as Cáritas Nacional do fim de semana de 3 e 4 de Março obteve a importancia de 136,00€.
Fica o agradecimento a quem fez a recolha, bem como a quem colaborou com o seu donativo.
No próximo fim de semana, na madrugada de 25 de Março ( Domingo) a hora legal mudará para o Horário de Verão. Assim,à 1:00H, adiantaremos os relógios 60 minutos para as 2:00H
DOMINGO DE RAMOS
HORÁRIO DAS EUCARISTIAS
( Hora de Verão)
24 de Março- Sábado:
15:30H - Vale de Cavalos
16:30H - Mosteiros
17:30H - Arronches- Igreja de Nª Srª da Luz com Celebração Penitencial
25 de Março- Domingo:
9:00H - Reguengo
10:15H- Alegrete
11:45H- Arronches- Benção dos Ramos na Igreja de Nª Srª da Luz, Procissão até à Igreja Matriz, e celebração da Eucaristia.
15:00H- Nossa Senhora da Lapa
16:00H- Esperança
17:30H- Degolados.
Renuncia Quaresmal- os donativos serão recolhidos nos ofertórios das Eucaristias de sábado e domingo próximos.
quarta-feira, 21 de março de 2018
Importo-Me contigo...
Num mundo, onde ninguém quer saber de ninguém, existe um simples homem que o vai suportando e importando-se com todos. Repito, há um simples homem que se vai importando com todos. Vai carregando este mundo às Suas costas. Vai dando sinais da cruz de todo o Seu amor.
Todos os tempos litúrgicos são propícios para nos debruçarmos sobre o amor e a misericórdia deste Jesus escondido, mas a Quaresma convida-nos a fazê-lo de forma mais intensa.
Na Quaresma percorremos com Ele os passos de uma via pesada, lenta e sem fim à vista. Percorremos com Ele o deserto experimentando a "noite" e a "sede" de Deus. Caminhamos interiormente tentando chegar a esta lógica de um amor tremendamente louco. Tão louco que Se deixa entregar.
Jesus deixa-Se entregar, não por falta de poder, mas por entender que o amor só acontece numa entrega total. Jesus deixa-Se entregar, não por mero cumprimento das escrituras, mas para que o amor do Seu Pai fosse cumprido. Jesus deixa-Se entregar, as vezes que forem necessárias, para que nunca duvidemos da importância que temos para Ele.
Jesus dá, em todos os passos da Sua vida, a certeza de que somos mais importantes do que qualquer outra coisa.
Este Jesus é, efetivamente, a cara chapada deste Pai que se perde com as nossas vidas, com os nossos medos e com as nossas lágrimas. Todos os Seus gestos são congruentes com esta importância que temos para o Pai. Todos os Seus gestos são reveladores de um Pai extremamente babado pelos Seus ricos filhos.
Toda a vida de Jesus soletra com amor a seguinte mensagem para o mundo: "Eu importo-Me contigo nas tempestades, nas tuas dúvidas e até mesmo no pecado.".
A fé não surge através de certezas absolutas, mas na certeza de que somos amados.
A fé surge quando deixamos que Ele se importe connosco.
A fé surge quando percebemos que, para este Deus, seremos sempre muito mais importantes do que Ele mesmo.
Emanuel António Dias
terça-feira, 20 de março de 2018
Quem manda no teu coração?
O nosso coração não está às ordens da vontade, mas é possível encontrar formas para que ele não nos domine nem escravize.
Quem habita no teu coração?
Há um espaço imenso no interior de cada um de nós. No entanto, há quem decida fechar todas as suas portas e manter os outros do lado de fora. Outros permitem visitas, mais ou menos longas, mas que nunca deixam de ser isso mesmo: visitas que começam e que devem acabar algum tempo depois.
Talvez o mais comum seja termos um coração onde há espaço para muitos, mas que não deixamos de tentar controlar sozinhos, como se fossemos capazes de compreender a nossa vida ao ponto de determinar o que é melhor para nós próprios.
O maior em mim não sou eu. Não posso sê-lo, não sequer devo perder tempo a tentar sê-lo.
Nem sempre o exterior reflete o interior. Há gente que parece perfeita, mas cujo coração está degradado, gasto e escuro. Outros há que, parecendo tristes e sujos por fora, vivem com uma luz enorme, terna e suave, dentro de si.
Há um mar em cada coração. Quem se preocupa em conhecer o seu? Quem navega nele, respeitando-o, sem naufragar vezes sem conta?
Serás capaz de admirar o mar que há no teu coração?
Se quisermos mesmo o melhor para nós, então devemos fazer-nos mais pequenos, na sábia humildade de reconhecermos a verdade absoluta que não somos o criador do mundo, nem de nós mesmos e, assim, alcançaremos a verdade da nossa real posição no mundo e, também, da importância da nossa existência.
Quem quer submeter tudo e todos, dentro e fora de si, apenas consegue destruir-se. Arrastando consigo mais alguns para a escuridão.
Há um vento que sopra dentro de cada um de nós e ao qual devíamos dar mais tempo e espaço. Não se vê, mas conhece-se pelo que faz e pelo que pode fazer.
Quem quer mesmo ter paz tem de saber quem é, quem pode ser e quem deve ser.
Tenho de me abrir aos outros, arriscando-me a navegar noutros mares, sair de mim e ver-me aí, bem diante dos meus próprios olhos!
Admirar o mar que me enche o coração e o vento que me escuta e me sussurra... que dá sentido a cada instante da minha vida.
José Luís Nunes Martins
Artigos de opinião publicados no site da Rádio Renascença.
segunda-feira, 19 de março de 2018
15 actos de caridade para a Quaresma
Para a Quaresma o Papa Francisco propõe 15 simples atos de caridade que ele mencionou como manifestações concretas de amor:
*1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!*2. Agradecer (embora não “precise” fazê-lo).
*3. Lembrar ao outro o quanto o amas.
*4. Cumprimentar com alegria as pessoas que vês todos os dias.
*5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.
*6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de nós.
*7. Animar alguém.
*8. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro.
*9. Separar o que não usas e dar a quem precisa.
*10. Ajudar alguém para que ele possa descansar.
*11. Corrigir com amor; não calar por medo.
*12. Ter delicadeza com os que estão perto .
*13. Limpar o que sujou, em casa.
*14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.
*15. Telefonar ou Visitar mais os familiares e amigos.
O MELHOR JEJUM
• Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
• Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
• Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
• Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo.
•Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
• Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
• Jejum de tensões e encher-se com orações.
• Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
• Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
• Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação.
• Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros...
domingo, 18 de março de 2018
Se alguém me serve, siga-me!
https://www.youtube.com/watch?v=aMKBBFJme-0
em morrer para dar fruto, em odiar a própria vida para que ela possa florescer em vida livre e eterna!
Não nos importam o passado, as lembranças, as culpas alheias...
O nosso desafio é o agora, e nada nos resta fazer senão pôr mãos à obra!
sábado, 17 de março de 2018
Morrer para frutificar
https://www.youtube.com/watch?v=ix5KwCGND_k
A 1ª leitura deste domingo contém uma das promessas mais carinhosas do Antigo Testamento: a promessa de uma “nova aliança”. A antiga tinha sido rompida demasiada vezes. Ficou gasta. Deus vai recorrer ao último recurso: uma nova aliança, diferente da anterior. A Lei não estará mais escrita em tábuas de pedra ou em rolos de papel, como os dos escribas. Estará inscrita no coração de cada um. Ninguém precisará ainda de mestre! Todos conhecerão Deus, e Deus os acolherá, esquecendo seus pecados.
O evangelho nos propõe Jesus Cristo como cumprimento dessa promessa. Chegou a “hora” – hora da glorificação de Cristo pelo Pai e do Pai por Cristo (Jo 12,23.28; cf. 13,31; 17,1…). A “glória” é o mais próprio ser de Deus. Sem a vontade de Deus, não há glória para Jesus. E esta vontade manifesta-se, de modo dramático, numa antecipação da agonia de Jesus: “Salva-me desta hora”.
A 2ª leitura, da Epístola aos Hebreus, fala no mesmo sentido. Anteriormente, a carta expôs que Jesus substitui as grandes instituições de Israel: ele é o sumo sacerdote no lugar de Aarão, o mediador no lugar de Moisés. Para tanto, ele participa em tudo de nossa condição humana, exceto o pecado. Participa da agonia. Grita a Deus entre lágrimas, e é ouvido pelo Pai. Este o tira, não da morte, mas da angústia. Jesus sabe que Deus está com ele, ele o “aprendeu” (Hb 5,8). Assim, no evangelho, na hora da angústia (12,27: “Pai, salva-me desta hora”), Jesus reconhece a vontade de Deus não como algo terrível, mas como glória, ou seja, como o íntimo de Deus, revelando-se no amor de seu Filho para todos: “Pai, glorifica teu nome” (12,28). Também nossa vocação na “nova Aliança” é: conhecer Deus de perto, do modo como Jesus o aprendeu.
”Se o grão de trigo não morrer na terra, fica só, mas se morre, produz muito fruto” (Jô 12,24). É a “lei do grão do trigo”, o modo de agir de Deus, a instrução da Aliança definitivamente renovada. Deus sabe que o endurecimento só é vencido pela vítima. Quando o adversário a quer abafar, a verdade do amor se afirma. É a força da flor sem defesa. A justiça se vê afirmada e vencedora na hora em que a violência a quer suprimir. Os exemplos da “lei do grão de trigo” são muitos em nosso mundo e na América Latina, terra de justos martirizados pelos que se dizem cristãos. Pois essa lei vale não só para Jesus, mas também para seus seguidores: “Quem quer servir-me, siga-me, e onde estiver eu, estará também aquele que me serve, e meu Pai o honrará”(12,16).
Eis a aprendizagem da nova Aliança, da “lei”, da instrução inscrita em nosso coração. Não é extrínseca, imposta de fora. Faz parte de nosso ser cristão, de nosso ser participante da vida de Cristo. Essa instrução, como a ação escondida do grão na terra, frutificará em nossas atitudes políticas, culturais, humanitárias. Seremos capazes de “morrer” em relação aos nossos proveitos imediatos, a fim de que brote aquilo que, profundamente, sabemos ser verdadeiro e justo?
Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
sexta-feira, 16 de março de 2018
DIA DO PAI EM DIA DE SÃO JOSÉ
DIA DO PAI EM DIA DE SÃO JOSÉ
Filipe disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. Jesus respondeu: ”Há tanto tempo que estou no meio de vós e ainda não Me conheces, Filipe? Quem Me viu, viu o Pai. Como é que me dizes: “mostra-nos o Pai? Não acreditas que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai?” (Jo 14, 8-11).
“Mãe, mostra-nos o pai e isso no bastará”, dirão muitos filhos de pai ausente, os filhos duma «sociedade sem pais». Hoje, porém, mercê duma vida superocupada e a correr como quem foge à polícia, mesmo que os afazeres familiares sejam compartilhados tanto pelo pai como pela mãe, a vida de muitas mães também se tornou difícil, complexa e cansativa. É aquilo que é e nem sempre aquilo que o próprio casal quis ou desejaria que fosse. Nestas circunstâncias, também alguns filhos poderão implorar: “pai, mostra-nos a mãe e isso nos bastará”. Se Jesus está no Pai e o Pai está n’Ele, se Jesus é o rosto visível do Pai invisível, sempre presente, atual e atuante, em identificação e comunhão total e eficaz com o Pai, entre nós, porém, os meramente humanos, nem a mãe está no pai, nem o pai está na mãe. A presença da mãe não preenche a ausência do pai, nem a presença do pai preenche a ausência da mãe. São homem e mulher, cada um com a sua muito própria e específica missão e vocação de pai e mãe. As suas pessoas e presença não se identificam, nem, para bem do todo que é a família, a sua missão se deveria inverter ou fazer substituir. Mas hoje vamos falar apenas do pai, celebramos o Dia do Pai, celebramos o dia litúrgico de São José.
O que, em nossos dias, está em causa, não é tanto, como refere o Papa Francisco, a “presença invasora do pai” como acontecia no passado. É, sim, “a sua ausência”. Por vezes, “o pai está tão concentrado em si mesmo e no próprio trabalho ou então nas próprias realizações individuais que até se esquece da família”. Além disso, o “tempo cada vez maior que se dedica aos meios de comunicação e à tecnologia da distração”, a maneira suspeitosa com que se olha a autoridade, a forma como “os adultos são postos em discussão”, e eles próprios “abandonam as certezas” e “não dão orientações seguras e bem fundamentadas aos seus filhos”, tudo, tudo isso prejudica o processo adequado de amadurecimento que as crianças precisam de fazer. “Deus coloca o pai na família, para que, com as características preciosas da sua masculinidade, esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho”. Pai presente “não significa ser controlador, porque os pais demasiado controladores aniquilam os filhos”. Por outro lado, alguns pais “sentem-se inúteis ou desnecessários, mas a verdade é que os filhos têm necessidade de encontrar um pai que os espera quando voltam dos seus fracassos. Farão tudo para não o admitir, para não o revelar, mas precisam dele” também para que não “deixem de ser crianças antes de tempo” (AL176-177).
De facto, é próprio da missão do pai ser, em comunhão com a esposa com quem compartilha tarefas e abraça responsabilidades, ser grata referência no seio da família pela sua forma de ser e estar, pela maneira como entusiasma e louva, como brinca e adverte, pela segurança que sempre transmite, pela empatia que o seu exemplo é capaz de gerar e estimular a crescerem com ele, indo, se possível, ainda mais além. Muitas vezes, no mar da vida de crianças, adolescentes, jovens e até adultos, as ondas batem forte demais, os ventos sopram violentamente, o barco parece afundar-se, há silêncios sofridos, há medos a precisarem de ser destronados, realidades simples que parecem fantasmas monstruosos, há terramotos existenciais que abalam, destroem e fazem sofrer. No meio de tudo isto, como será importante que o pai ajude a identificar a suave brisa em que o Senhor se manifesta (1Reis 19, 11-13), que ajude a distinguir as ondas dos ventos, os fantasmas da realidade, os terramotos do simples estremecer, que ajude a bem discernir, com discrição, serenidade e segurança, que aponte possíveis direções a seguir em liberdade, que ajude a rasgar amplas estradas para a vida, incutindo alegria e esperança: “Coragem, não tenhas medo!”.
A par, consciente da sua vocação e missão, o pai presente sabe rezar em nome da família e pela família, sabe agradecer e louvar, sabe convidar a família a louvar e a agradecer. Pelo seu natural testemunho de vida, faz crescer a família em confiança no Senhor, no Senhor que lhe deu a graça de partilhar a responsabilidade do seu lar, comunidade de vida e de amor. A Sagrada Escritura apresenta-nos vários pais a pedir ao Senhor, com fé e humildade, a cura dos seus filhos doentes. Jairo, por exemplo, um dos chefes da sinagoga, caiu aos pés de Jesus a pedir-lhe com insistência: “A minha filha está a morrer. Vem e põe as mãos sobre ela, para que sare e viva”. Jesus acompanhou Jairo e restituiu-lhe a filha com saúde (Mc 5, 21-43). Em Cafarnaum, um funcionário real cujo filho se encontrava gravemente doente, saiu ao encontro de Jesus a pedir-lhe que o curasse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra”…”Podes ir que o teu filho está vivo”, o homem acreditou na Palavra de Jesus, foi-se embora e encontrou o filho curado (Jo 4, 46-54). Outro pai aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e implorou: “Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético e tem ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo e na água”. E Jesus curou o menino (Mt 17, 14-20).
Para além dos filhos, toda a sociedade lucra quando os pais exercem bem a sua missão de pais, quando dão orientações seguras e bem orientadas, quando transmitam modos, princípios e valores estruturantes da vida, quando iniciam os seus filhos no bom exercício da cidadania civil e eclesial, quando as funções entre pais e filhos não são invertidas nem substituídas.
D. Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Isna de Oleiros, 16-03-2018.
Filipe disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta”. Jesus respondeu: ”Há tanto tempo que estou no meio de vós e ainda não Me conheces, Filipe? Quem Me viu, viu o Pai. Como é que me dizes: “mostra-nos o Pai? Não acreditas que o Pai está em Mim e Eu estou no Pai?” (Jo 14, 8-11).
“Mãe, mostra-nos o pai e isso no bastará”, dirão muitos filhos de pai ausente, os filhos duma «sociedade sem pais». Hoje, porém, mercê duma vida superocupada e a correr como quem foge à polícia, mesmo que os afazeres familiares sejam compartilhados tanto pelo pai como pela mãe, a vida de muitas mães também se tornou difícil, complexa e cansativa. É aquilo que é e nem sempre aquilo que o próprio casal quis ou desejaria que fosse. Nestas circunstâncias, também alguns filhos poderão implorar: “pai, mostra-nos a mãe e isso nos bastará”. Se Jesus está no Pai e o Pai está n’Ele, se Jesus é o rosto visível do Pai invisível, sempre presente, atual e atuante, em identificação e comunhão total e eficaz com o Pai, entre nós, porém, os meramente humanos, nem a mãe está no pai, nem o pai está na mãe. A presença da mãe não preenche a ausência do pai, nem a presença do pai preenche a ausência da mãe. São homem e mulher, cada um com a sua muito própria e específica missão e vocação de pai e mãe. As suas pessoas e presença não se identificam, nem, para bem do todo que é a família, a sua missão se deveria inverter ou fazer substituir. Mas hoje vamos falar apenas do pai, celebramos o Dia do Pai, celebramos o dia litúrgico de São José.
O que, em nossos dias, está em causa, não é tanto, como refere o Papa Francisco, a “presença invasora do pai” como acontecia no passado. É, sim, “a sua ausência”. Por vezes, “o pai está tão concentrado em si mesmo e no próprio trabalho ou então nas próprias realizações individuais que até se esquece da família”. Além disso, o “tempo cada vez maior que se dedica aos meios de comunicação e à tecnologia da distração”, a maneira suspeitosa com que se olha a autoridade, a forma como “os adultos são postos em discussão”, e eles próprios “abandonam as certezas” e “não dão orientações seguras e bem fundamentadas aos seus filhos”, tudo, tudo isso prejudica o processo adequado de amadurecimento que as crianças precisam de fazer. “Deus coloca o pai na família, para que, com as características preciosas da sua masculinidade, esteja próximo da esposa, para compartilhar tudo, alegrias e dores, dificuldades e esperanças. E esteja próximo dos filhos no seu crescimento: quando brincam e quando se aplicam, quando estão descontraídos e quando se sentem angustiados, quando se exprimem e quando permanecem calados, quando ousam e quando têm medo, quando dão um passo errado e quando voltam a encontrar o caminho”. Pai presente “não significa ser controlador, porque os pais demasiado controladores aniquilam os filhos”. Por outro lado, alguns pais “sentem-se inúteis ou desnecessários, mas a verdade é que os filhos têm necessidade de encontrar um pai que os espera quando voltam dos seus fracassos. Farão tudo para não o admitir, para não o revelar, mas precisam dele” também para que não “deixem de ser crianças antes de tempo” (AL176-177).
De facto, é próprio da missão do pai ser, em comunhão com a esposa com quem compartilha tarefas e abraça responsabilidades, ser grata referência no seio da família pela sua forma de ser e estar, pela maneira como entusiasma e louva, como brinca e adverte, pela segurança que sempre transmite, pela empatia que o seu exemplo é capaz de gerar e estimular a crescerem com ele, indo, se possível, ainda mais além. Muitas vezes, no mar da vida de crianças, adolescentes, jovens e até adultos, as ondas batem forte demais, os ventos sopram violentamente, o barco parece afundar-se, há silêncios sofridos, há medos a precisarem de ser destronados, realidades simples que parecem fantasmas monstruosos, há terramotos existenciais que abalam, destroem e fazem sofrer. No meio de tudo isto, como será importante que o pai ajude a identificar a suave brisa em que o Senhor se manifesta (1Reis 19, 11-13), que ajude a distinguir as ondas dos ventos, os fantasmas da realidade, os terramotos do simples estremecer, que ajude a bem discernir, com discrição, serenidade e segurança, que aponte possíveis direções a seguir em liberdade, que ajude a rasgar amplas estradas para a vida, incutindo alegria e esperança: “Coragem, não tenhas medo!”.
A par, consciente da sua vocação e missão, o pai presente sabe rezar em nome da família e pela família, sabe agradecer e louvar, sabe convidar a família a louvar e a agradecer. Pelo seu natural testemunho de vida, faz crescer a família em confiança no Senhor, no Senhor que lhe deu a graça de partilhar a responsabilidade do seu lar, comunidade de vida e de amor. A Sagrada Escritura apresenta-nos vários pais a pedir ao Senhor, com fé e humildade, a cura dos seus filhos doentes. Jairo, por exemplo, um dos chefes da sinagoga, caiu aos pés de Jesus a pedir-lhe com insistência: “A minha filha está a morrer. Vem e põe as mãos sobre ela, para que sare e viva”. Jesus acompanhou Jairo e restituiu-lhe a filha com saúde (Mc 5, 21-43). Em Cafarnaum, um funcionário real cujo filho se encontrava gravemente doente, saiu ao encontro de Jesus a pedir-lhe que o curasse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra”…”Podes ir que o teu filho está vivo”, o homem acreditou na Palavra de Jesus, foi-se embora e encontrou o filho curado (Jo 4, 46-54). Outro pai aproximou-se de Jesus, ajoelhou-se e implorou: “Senhor, tem piedade do meu filho. Ele é epilético e tem ataques tão fortes que muitas vezes cai no fogo e na água”. E Jesus curou o menino (Mt 17, 14-20).
Para além dos filhos, toda a sociedade lucra quando os pais exercem bem a sua missão de pais, quando dão orientações seguras e bem orientadas, quando transmitam modos, princípios e valores estruturantes da vida, quando iniciam os seus filhos no bom exercício da cidadania civil e eclesial, quando as funções entre pais e filhos não são invertidas nem substituídas.
D. Antonino Dias- Bispo de Portalegre Castelo Branco
Isna de Oleiros, 16-03-2018.
quinta-feira, 15 de março de 2018
Vaticano: «Não esqueçamos a grande oração, a que Jesus nos ensinou», pede o Papa em catequese sobre o Pai-Nosso
Francisco destacou dimensões de fraternidade e paz que a oração deve inspirar
14 mar 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco convidou hoje os católicos a rezar regularmente a “grande” oração do Pai-Nosso, sublinhando as dimensões da fraternidade e da paz que a mesma inspira em todos.
“Não esqueçamos a grande oração, a que Jesus nos ensinou, a oração com que Ele rezava ao Pai”, disse, durante a audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro, perante milhares de pessoas.
Francisco observou que esta “não é uma das muitas orações cristãs”, insistindo que se está diante da “a grande oração, foi Jesus que a ensinou, o Pai-Nosso”.
“É muito bonito rezar como Jesus”, acrescentou.
O Papa convidou todos os participantes na audiência a rezar o Pai-Nosso, cada um na sua própria língua, juntamente com ele.
A intervenção dedicada à oração do Pai-Nosso e ao “gesto da paz”, na Missa, antes da Comunhão, realçou que não se pode comungar sem ser antes “pacificados pelo amor fraterno”.
“A paz de Cristo não se pode enraizar num coração incapaz de viver a fraternidade e de a recompor, após tê-la ferido”, advertiu.
O Papa questionou as pessoas que dizem ‘Pai-Nosso’, sem a consciência de estarem a rezar ao “Pai da humanidade, de Jesus Cristo”.
“Tens uma relação com este Pai?”, perguntou.
Francisco recordou que, além da Missa, o Pai-Nosso é rezado em vários momentos do dia, na liturgia católica e na oração pessoal: “A atitude filial com Deus e de fraternidade com o próximo contribuem para dar forma cristã aos nossos dias”.
A catequese aludiu à necessidade de perdoar os outros, assinala que “isto não é fácil”.
“É uma graça que temos de pedir”, declarou o Papa.
Na saudação aos peregrinos de língua portuguesa, Francisco deixou uma referência particular aos fiéis das Lages do Pico e Coimbra.
“Faço votos que este encontro vos ajude a renovar nas vossas comunidades o compromisso de serdes instrumentos de misericórdia e paz, como nos inspira a oração do Pai-Nosso. Que Deus vos abençoe”, disse.
Já aos peregrinos e visitantes da Polónia, o Papa falou da necessidade da Confissão, pedindo que a Quaresma seja um tempo para “confessar-se bem e encontrar Cristo na Santa Comunhão”.
A audiência geral regressou à Praça de São Pedro depois de ter decorrido, durante algumas semanas, no auditório Paulo VI, devido ao frio, à chuva e mesmo à neve que marcaram o inverno na região de Roma.
OC
“Não esqueçamos a grande oração, a que Jesus nos ensinou, a oração com que Ele rezava ao Pai”, disse, durante a audiência pública semanal, que decorreu na Praça de São Pedro, perante milhares de pessoas.
Francisco observou que esta “não é uma das muitas orações cristãs”, insistindo que se está diante da “a grande oração, foi Jesus que a ensinou, o Pai-Nosso”.
“É muito bonito rezar como Jesus”, acrescentou.
O Papa convidou todos os participantes na audiência a rezar o Pai-Nosso, cada um na sua própria língua, juntamente com ele.
A intervenção dedicada à oração do Pai-Nosso e ao “gesto da paz”, na Missa, antes da Comunhão, realçou que não se pode comungar sem ser antes “pacificados pelo amor fraterno”.
“A paz de Cristo não se pode enraizar num coração incapaz de viver a fraternidade e de a recompor, após tê-la ferido”, advertiu.
O Papa questionou as pessoas que dizem ‘Pai-Nosso’, sem a consciência de estarem a rezar ao “Pai da humanidade, de Jesus Cristo”.
“Tens uma relação com este Pai?”, perguntou.
Francisco recordou que, além da Missa, o Pai-Nosso é rezado em vários momentos do dia, na liturgia católica e na oração pessoal: “A atitude filial com Deus e de fraternidade com o próximo contribuem para dar forma cristã aos nossos dias”.
A catequese aludiu à necessidade de perdoar os outros, assinala que “isto não é fácil”.
“É uma graça que temos de pedir”, declarou o Papa.
Na saudação aos peregrinos de língua portuguesa, Francisco deixou uma referência particular aos fiéis das Lages do Pico e Coimbra.
“Faço votos que este encontro vos ajude a renovar nas vossas comunidades o compromisso de serdes instrumentos de misericórdia e paz, como nos inspira a oração do Pai-Nosso. Que Deus vos abençoe”, disse.
Já aos peregrinos e visitantes da Polónia, o Papa falou da necessidade da Confissão, pedindo que a Quaresma seja um tempo para “confessar-se bem e encontrar Cristo na Santa Comunhão”.
A audiência geral regressou à Praça de São Pedro depois de ter decorrido, durante algumas semanas, no auditório Paulo VI, devido ao frio, à chuva e mesmo à neve que marcaram o inverno na região de Roma.
OC
quarta-feira, 14 de março de 2018
Reconciliai-vos com Deus
Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus. Aquele que não havia conhecido o pecado, Deus O fez pecado por nós, para que nos tornássemos, n'Ele, justiça de Deus (5, 20-21). O Senhor nunca Se cansa de ter misericórdia de nós e deseja oferecer-nos mais uma vez o seu perdão – todos nós temos necessidade disto – convidando-nos a voltar para Ele com um coração novo, livres do mal e purificados pelas lágrimas, para participar na sua alegria. (...). Este esforço de conversão não é apenas uma obra humana, mas significadeixar-se reconciliar. A reconciliação entre nós e Deus é possível graças à misericórdia do Pai. Papa Francisco, Homilia na Quarta-Feira de Cinzas, 2015 Oração: Deus da Aliança, nunca me faltas com o teu amor. Carregado das minhas falhas e infidelidades, venho, uma vez mais, reconciliar-me contigo. Vem em auxílio da minha fraqueza e ajuda-me a corresponder ao teu amor indefetível, com o arrependimento e a boa vontade para retribuir amor com amor e gratidão. Ámen. |
terça-feira, 13 de março de 2018
segunda-feira, 12 de março de 2018
Procissão do Senhor dos Passos, com o Encontro da Nª Srª das Dores e Seu Filho.
Como habitualmente, no IV Domingo da Quaresma, celebramos a Procissão do Senhor dos Passos, com o Encontro da Nª Srª das Dores e Seu Filho.
Este ano, devido ao mau tempo que se fazia sentir, frio , vento e chuva, a Procissão não pode percorrer as ruas da nossa vila.
Depois da Eucaristia, celebrada pelo Padre João Rosa e coadjuvada pelo nosso Pároco, realizou-se a Procissão e o Encontro dentro da Igreja Matriz com a participação da Banda de Música da Sociedade Alegretense.
A Procissão do Encontro, um momento que marca o encontro da Virgem Maria com Seu Filho Divino, carregando a cruz no caminho do Calvário, pelas ruas de Jerusalém, depois de ser flagelado, coroado de espinhos e condenado à morte por Pilatos. É um momento em que meditamos o doloroso encontro da Virgem Maria com Jesus; é um momento de profunda reflexão sobre as dores da Mãe de Jesus, desde o Seu nascimento até a Sua morte na cruz. Jesus sofreu a Paixão; a Virgem sofreu a compaixão por nós.
Ao encontrar Sua Mãe, os olhos de Jesus a fitaram, e ela certamente compreendeu a dor de Sua alma. Não pôde lhe dizer palavra nenhuma, mas a fez compreender que era necessário que unisse a sua dor à d’Ele. A união da grande dor de Jesus e de Maria, nesse encontro, tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas.
Nós, que temos medo do sacrifício, devemos aprender, nesse encontro, a submeter-nos à vontade de Deus, como Jesus e Maria se submeteram. Aprendamos a calar nos nossos sofrimentos, e os olhares de Jesus e de Maria consolarão a nossa pobre alma sofredora.
As nossas almas vão sentir a eficácia dessa riqueza na hora em que, abatidos pela dor, formos até nossa Mãe, fazendo a meditação desse encontro dolorosíssimo. Esse silêncio se converterá em força para as almas aflitas, quando, nas horas difíceis, souberem recorrer à meditação desta Mãe que sofre.
É precioso o silêncio nas horas de sofrimentos; muitos não sabem sofrer uma dor física, uma tortura da alma, em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Nossa Senhora e Jesus nos ensinam a vencer a aflição suportando tudo, em silêncio, por amor a Deus.
Depois da Eucaristia, celebrada pelo Padre João Rosa e coadjuvada pelo nosso Pároco, realizou-se a Procissão e o Encontro dentro da Igreja Matriz com a participação da Banda de Música da Sociedade Alegretense.
A Procissão do Encontro, um momento que marca o encontro da Virgem Maria com Seu Filho Divino, carregando a cruz no caminho do Calvário, pelas ruas de Jerusalém, depois de ser flagelado, coroado de espinhos e condenado à morte por Pilatos. É um momento em que meditamos o doloroso encontro da Virgem Maria com Jesus; é um momento de profunda reflexão sobre as dores da Mãe de Jesus, desde o Seu nascimento até a Sua morte na cruz. Jesus sofreu a Paixão; a Virgem sofreu a compaixão por nós.
Ao encontrar Sua Mãe, os olhos de Jesus a fitaram, e ela certamente compreendeu a dor de Sua alma. Não pôde lhe dizer palavra nenhuma, mas a fez compreender que era necessário que unisse a sua dor à d’Ele. A união da grande dor de Jesus e de Maria, nesse encontro, tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas.
Nós, que temos medo do sacrifício, devemos aprender, nesse encontro, a submeter-nos à vontade de Deus, como Jesus e Maria se submeteram. Aprendamos a calar nos nossos sofrimentos, e os olhares de Jesus e de Maria consolarão a nossa pobre alma sofredora.
As nossas almas vão sentir a eficácia dessa riqueza na hora em que, abatidos pela dor, formos até nossa Mãe, fazendo a meditação desse encontro dolorosíssimo. Esse silêncio se converterá em força para as almas aflitas, quando, nas horas difíceis, souberem recorrer à meditação desta Mãe que sofre.
É precioso o silêncio nas horas de sofrimentos; muitos não sabem sofrer uma dor física, uma tortura da alma, em silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Nossa Senhora e Jesus nos ensinam a vencer a aflição suportando tudo, em silêncio, por amor a Deus.
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