domingo, 30 de setembro de 2018

A vossa palavra, Senhor, é a verdade


https://www.youtube.com/watch?v=s8G3YPpXEdg


A liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum apresenta várias sugestões para que os crentes possam purificar a sua opção e integrar, de forma plena e total, a comunidade do Reino. Uma das sugestões mais importantes (que a primeira leitura apresenta e que o Evangelho recupera) é a de que os crentes não pretendam ter o exclusivo do bem e da verdade, mas sejam capazes de reconhecer e aceitar a presença e a acção do Espírito de Deus através de tantas pessoas boas que não pertencem à instituição Igreja, mas que são sinais vivos do amor de Deus no meio do mundo.
A primeira leitura, recorrendo a um episódio da marcha do Povo de Deus pelo deserto, ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer e sobre quem quer, sem estar limitado por regras, por interesses pessoais ou por privilégios de grupo. O verdadeiro crente é aquele que, como Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta.
No Evangelho temos uma instrução, através da qual Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se na órbita do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma comunidade que, sem arrogância, sem ciúmes, sem presunção de posse exclusiva do bem e da verdade, procura acolher, apoiar e estimular todos aqueles que actuam em favor da libertação dos irmãos; convida-os também a não excluírem da dinâmica comunitária os pequenos e os pobres; convida-os ainda a arrancarem da própria vida todos os sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino.
A segunda leitura convida os crentes a não colocarem a sua confiança e a sua esperança nos bens materiais, pois eles são valores perecíveis e que não asseguram a vida plena para o homem. Mais: as injustiças cometidas por quem faz da acumulação dos bens materiais a finalidade da sua existência afastá-lo-ão da comunidade dos eleitos de Deus.


http://www.dehonianos.org

sábado, 29 de setembro de 2018

Festa dos Arcanjos: São Miguel, São Gabriel, São Rafael.

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Celebra-se a festa dos Arcanjos: São Miguel, São Gabriel, São Rafael.


Miguel significa "Quem como Deus?" - É nosso defensor no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.
ROGAI POR NÓS!

Gabriel significa "Deus é forte" ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no evangelho como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus . É ele que anuncia o nascimento de João Batista e de Jesus.
ROGAI POR NÓS!

Rafael significa "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demônios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protetor nas dificuldades.
ROGAI POR NÓS!

DOMINGO DA PALAVRA





Acontece este fim de semana o Domingo da Palavra, uma jornada que pretende restituir a centralidade da Bíblia, realçando o seu valor humano e social, cristão e espiritual. Foi o próprio Papa Francisco que, ao terminar o Jubileu da Misericórdia, propôs que em todas as paróquias, uma vez por ano, se celebrasse um domingo dedicado «à difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura».

O Beato Tiago Alberione, fundador da Família Paulista, dizia que «Jesus Cristo deixou-Se aos cristãos de duas formas: no Evangelho e na Eucaristia. Na Eucaristia é alimento e força, no Evangelho é luz e verdade».


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

EM DEFESA DA SENHORA ANASTÁCIA


a foto de perfil de Antonino Dias, A imagem pode conter: 1 pessoa

Ainda em aquecimento para a entrada, em breve, na nova época do grande desafio de levar a Boa Nova a todos com novo entusiasmo, novas motivações e sincero fair play, hoje, porém, não posso deixar de dar um palpite sobre uma questão de supina elevação literária. Ora vejam só!...
Um amigo leitor do facebook, a propósito do meu escrito de há duas semanas sob o título “Podem mandar-nos para o chilindró”, insinuou-me, com amizade, que era xilindró e não chilindró. Agradeci a amabilidade e expliquei que, em português, há, na verdade, as duas versões: com ch ou com x. Agora lá saber bem porquê, isso não sei, mesmo que o dicionário abra pistas ao nos apresentar uma abada cheia de sinónimos, e qual deles o mais sonante!... Mas, jogando sério com essa bola, vou dar um palpite sem esgarafunchar muito no sótão: pensar dá muito trabalho!...
Cochicha-me a musa que a dualidade da escrita da referida palavra, chilindró ou xilindró, não deve ser por causa da maior ou menor qualidade de tal alojamento presidiário, nem pela divisão interna dos utentes: ricos e importantes aqui, pobres e desgraçados acolá. Seja qual for a categoria desses locais, para o povo que tem um forte sentido da desonra e da justiça, isso não deixa de ser uma pildra que humilha e envergonha. Envergonha e humilha tanto os engravatados que falam desde o alto dos poderes e das sacadas da república, como os de pé descalço ou da patuleia, como os que, de credo na boca, gastam a vida a dizer aos outros que se devem comportar bem. Como sabemos, as pessoas respeitam-se e amam-se. Os erros, porém, têm de se combater e rejeitar. A correção ou a reparação do mal feito, porém, implica, por vezes, e por tempo mais ou menos longo, a hospedagem, contrariada mas gratuita, nesses lugares de repouso, de sonhos desfeitos, de sol aos quadradinhos.
É verdade que, não raro, encontramos pessoas que nunca estiveram lá dentro, sempre viveram em liberdade, mas numa liberdade verdadeiramente encarcerada atrás das grades dum sofrimento amargo e terrível que as marcou, persegue, tortura e esmaga. As que, injustamente, de forma profusa e abusivamente reiterada, de forma leviana e sem dados credíveis, foram, por invejas, vingança, preconceitos mesquinhos ou para sacudir a água do capote de alguém, foram publicamente acusadas de crimes ou coisas que nunca cometeram ou fizeram. O Papa Francisco diz-nos que isso “é terrorismo”, são “bombas” que se atiram com efeitos devastadores. Mesmo quando julgadas e absolvidas como inocentes, os efeitos da calúnia não têm reversão. Por mais desmentidos que se façam dificilmente se consegue anular os danos pessoais, familiares, profissionais e sociais causados a essas vítimas. E quem propagou a calúnia, se era isso o que pretendia, também não estará disposto a retratar-se, a pedir perdão e desculpa, a reparar o mal feito. Já o Livro da Sabedoria alude com veemência a estes detratores da fama alheia, cegos que estão pela terrível doença da sua maldade: “Armemos ciladas ao justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas obras…” (Sb 2, 12).
Mas se isso, infelizmente, acontece, também é capaz de haver gente que está lá dentro, mas já ou até devia estar cá fora. É por esses meandros que passa o meu inspirado e científico palpite. Para essa gente, qualquer desses abrigos, seja um hotel altamente estrelado ou um boteco por onde a zelosa ASAE nem passa, é sempre um aborrecimento, um enfado, uma adversidade!... Talvez um chilindró, uma chatice chata, chatíssima, com ch, pois!... Chilindró!...
Outras pessoas haverá que sob a certeza ou a possibilidade de virem a estar lá dentro, andam por aí, dando ares de xilofone marimbas. Será com x. Xilindró!... Dão música, sabem usar bem as baquetas no teclado, trabalham bem e de forma bastante elaborada a sua melodia musical. As portas dos grandes palcos são lhe facilmente escancaradas para que deem espetáculo, provem a sua arte e valia e desmontem os esquemas de que dizem estar a ser vítimas. O auditório, porém, logo se vê a escabichar os ouvidos porque a melodia é rasca, soa a teatro de robertos desafinados. Ao executar a peça, ao manejar as baquetas, ao tocar esse xilofone marimbas, deixam transparecer que se estão mesmo marimbando para tudo e todos, continuando contentes em ouvir os aplausos do ridículo. Dostoevskij afirmava que “quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si nem ao redor…” (Os Irmãos Karamazov, II, 2).
Fazem lembrar a americana Florence Foster Jenkins e a portuguesa Natália de Andrade que se tinham como grandes divas. Não se apercebiam que os aplausos que recebiam das plateias que se enchiam, para, por diversão e gozo, as ouvir, afinal não passavam de gargalhadas e troça humilhante. Em tempos, a jornalista Catarina Mendes, a propósito do filme sobre a vida de Florence Foster Jenkins, escreveu assim, no jornal Público, falando da portuguesa Natália de Andrade: “Fora do ambiente protegido da sua casa foram poucos os que disseram a Natália a verdade cruel, a de que a fama que obteve não vinha do talento musical. Pelo contrário, a convicção da sua pretensa qualidade foi sendo estimulada”. E de tal forma que, quando já decrépita, “era só o som de Puccini que conseguia que Natália abrisse a boca para comer a sopa”. Há vítimas estimuladas no seu ego por bajuladores hipócritas. Sem coragem para lhes dizer a verdade, tudo fazem a pretexto de amizade e admiração: adulando, manipulando, mentindo, exaltando. Dizem-lhes e fazem o que não sentem nem pensam para logo se rirem ao vê-las cair no ridículo e enxovalho.
Incapaz de bajular era a Senhora Anastácia em relação ao seu marido, o Senhor Manuel dos andaimes, um trepante bajulador de alto gabarito. Essa sim, uma grande mulher, verdadeira, transparente, merecedora de uma grande estátua e de uma elevada peleja parlamentar em busca de unanimidade para uma esquininha num panteão nacional:
- Manel, veio cá o Sr. Joaquim da Encosta da Serra para levar o burro...
- E tu que lhe disseste?
- Ora, que lhe havia de dizer, disse-lhe que tu não estavas, que viesse mais tarde.

D.Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 28-09-2018


JORNADAS DA COMUNICAÇÃO - FÁTIMA

JORNADAS DE COMUNICAÇÃO

Xiskya Valladares, conhecida em todo o mundo como "monja tuiteira", vai estar em Portugal para ensinar como evangelizar nas redes sociais. É jornalista, doutorada em Comunicação, autora de vários livros e com um vasto currículo enquanto conferencista nas áreas da comunicação institucional, evangelização digital, nova evangelização e evangelização através da fotografia e redes sociais. “Boas práticas para evangelizar no Facebook, Twitter e Instagram” é o tema que a traz às Jornadas Nacionais de Comunicação Social e III Jornadas Práticas de Comunicação Digital, que se realizam já nos dias 27 e 28 de setembro, na Domus Carmeli, em Fátima.

Nestas Jornadas, é apresentado, em exclusivo, um estudo mundial de social listening no Facebook e Instagram sobre os interesses dos jovens com idades entre os 18 e os 25 anos. O estudo, que faz parte dos materiais de preparação do Sínodo dos Bispos, que decorre em outubro próximo, é apresentado pelo próprio autor: Jesús Colina, fundador e diretor editorial da rede global Aleteia.org. Foi consultor do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais. Em 2006, recebeu o prémio “Servidor da Paz”, outorgado pela missão da Santa Sé junto da ONU. Este ano, recebeu o Prémio Bravo, para as novas tecnologias, atribuído pela Conferência Episcopal Espanhola.

O painel de oradores integra ainda Juan Della Torre, da La Machi – Agência de Comunicação para Boas Causas, responsável pela app oficial de oração do Papa, Click To Pray, e pela produção mensal de “O Vídeo do Papa”; Nelson Pimenta, diretor digital do grupo Renascença Multimédia, que vai falar sobre as novas tendências digitais; e os académicos Patrícia Dias, Inês Teixeira-Botelho e Fábio Ribeiro, que trazem os resultados da investigação feita sobre ética e eficácia do marketing digital e a relação dos jovens com as fake news. Programa e oradores.

As Jornadas Nacionais de Comunicação Social e III Jornadas Práticas de Comunicação Digital são organizadas pelo Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e pela Rede Mundial de Oração do Papa em Portugal.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Ao nosso estimado Padre


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Hoje é um grande dia, pois um dos melhores servos de Deus completa mais um ano de vida.

Parabéns, padre Fernando!


 É com muita alegria que posso dar graças a Deus pela sua existência tão rica em paz, amor e sabedoria. Desejo que neste seu aniversário não faltem motivos para se sentir feliz.
Seu coração é grande e generoso, seu espírito pio e determinado. Tudo deixou e a vida entregou para transmitir a palavra de Deus, e conduzir seus paroquianos. E por isso, e por todo resto, nós reconhecemos grande valor e lhe agradecemos.
Espero que o Senhor abençoe esta data tão marcante e especial como sempre tem feito e lhe conceda muitos anos de vida, com muita saúde e alegria!

 Feliz Aniversário!

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Olha para os outros como queres que olhem para ti!


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É demasiado fácil encontrar defeitos nas pessoas que conhecemos. Dizemos que gostamos muito de determinada pessoa mas falta-lhe isto. Ou aquilo. O pior é que é muito teimosa. Ou ainda, acha que tem sempre razão. Ou até, é pouco humilde, muito individualista. Se pensarmos bem, a lista não terminaria por aqui, pois não?

É demasiado fácil apontar as fraquezas alheias e, mais ainda, ousar ficar feliz por julgarmos que não são (de todo!) as nossas. Não precisamos de óculos para ver os outros mas, para olhar na nossa direção, a conversa já é outra. São muitas as vezes que começamos uma conversa com: “Eu sei que também tenho muitos defeitos mas AQUELA pessoa… Já viste bem?”. E os nossos amigos, por serem nossos e por nos quererem bem, vão concordar connosco e dizer que temos toda a razão. Talvez não seja bem assim.

Não temos sempre razão. Não somos sempre capazes de olhar para os nossos defeitos e as nossas fraquezas com a “clareza” com que julgamos olhar para as dos outros. Aliás, se soubermos estar atentos ao que vamos fazendo e dizendo vamos acabar por ter vergonha de, num ou noutro momento, fazermos exatamente aquilo que, um dia, tínhamos criticado na tal pessoa. Claro que é difícil perceber que somos como todos os outros. Preferíamos ter uma costela ou uma veia de herói. Preferíamos sentir (sempre) que estamos a ser justos, corretos, sérios, sinceros, honestos. Mas não somos. Não somos sempre tão bons como julgamos ser e, isso, dói.

Quando doer, talvez seja o momento certo para pensar na forma como tratamos os outros. Como os julgamos. Como reviramos os olhos quando algo não nos convém ou agrada. Como somos imaturos, mesmo sendo adultos para tanta coisa.

Vale a pena saber olhar para os outros com a mesma generosidade com que olhamos para nós. Temos esperança de estar a fazer certo. A fazer bem. Pensemos que, provavelmente, também os outros julgam estar a fazer certo. A fazer bem. O desencontro entre o que se deseja e o que está, na realidade, a acontecer pode trazer mal-entendidos. Pode trazer aquela sensação de promessa que alguém não cumpriu.

Fica a dica: Olha para os outros como queres que olhem para ti!

Marta Arrais

domingo, 23 de setembro de 2018

A Sabedoria de Deus


https://www.youtube.com/watch?v=S2uCjDREjCQ


A liturgia do 25º Domingo do Comum convida os crentes a prescindir da “sabedoria do mundo” e a escolher a “sabedoria de Deus”. Só a “sabedoria de Deus” – dizem os textos bíblicos deste domingo – possibilitará ao homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.
O Evangelho apresenta-nos uma história de confronto entre a “sabedoria de Deus” e a “sabedoria do mundo”. Jesus, imbuído da lógica de Deus, está disposto a aceitar o projecto do Pai e a fazer da sua vida um dom de amor aos homens; os discípulos, imbuídos da lógica do mundo, não têm dificuldade em entender essa opção e em comprometer-se com esse projecto. Jesus avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os desafios de Deus e aceita fazer da vida um serviço aos irmãos, particularmente aos humildes, aos pequenos, aos pobres.
A segunda leitura exorta os crentes a viverem de acordo com a “sabedoria de Deus”, pois só ela pode conduzir o homem ao encontro da vida plena. Ao contrário, uma vida conduzida segundo os critérios da “sabedoria do mundo” irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade, morte.
A primeira leitura avisa os crentes de que escolher a “sabedoria de Deus” provocará o ódio do mundo. Contudo, o sofrimento não pode desanimar os que escolhem a “sabedoria de Deus”: a perseguição é a consequência natural da sua coerência de vida.

http://www.dehonianos.org

Viver com amor cada dia


https://www.youtube.com/watch?v=SGfUNp_IZMI

sábado, 22 de setembro de 2018

Um dia houve alguém que não sabia desistir!


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Um dia houve alguém que decidiu resgatar todos aqueles que viviam no seu mundo. Decidiu que todos deveriam ter a oportunidade de recomeçar todos os dias. Decidiu que a sua maior obra seria dar a conhecer a todo o mundo que todos poderiam começar do zero sempre que se dirigissem a si.


Um dia houve alguém que decidiu dar a sua vida para que a vida dos outros pudesse ter sentido. Arriscou toda a sua vida na vida dos outros. Dando-se sem medidas. Saindo de si para que ninguém ficasse isolado como verdadeira ilha. Arriscou toda uma vida apontando para um reino que acontece no presente de cada um.

Um dia houve alguém que decidiu ser médico de todos os males. Decidiu que a sua cura seria através do seu amor desmedido e da sua presença constante. Decidiu curar ao seu jeito, mas mesmo assim foi acusado de não estar junto dos que sofrem. Foi acusado de heresias. Foi condenado por lhe cobrabrem o que não era devido. Foi dado como morto quando nunca deixou de soprar o seu divino respirar. Mas mesmo assim conseguiu encher-se de compaixão. Conseguiu comover-se e deixar-se humedecer com as lágrimas de todos: crentes e não crentes.

Um dia houve alguém que ateimou que não largaria ninguém por maior que fosse o seu pecado. Em si estava somente uma certeza: levar a sua salvação a todos!

Foi então que decidiu sair em direção a todos os cantos e recantos para mostrar ao mundo os encantos de um amor cheio de misericórdia e compaixão. Partiu para o mundo vezes sem conta e deixou o seu testemunho para que todos aprendessem com ele. E foram muitos os que o receberam e saindo de si mesmos deixaram a mais bela mensagem que alguma vez poderia ser escrita e vivida.

Um dia houve alguém que deu tanto de si que pegou no pão e repartindo deu continuidade à sua existência.

Hoje vive em tudo e em todos. Hoje continua, pacientemente, a deixar que as tempestades das nossas vidas se acalmem para que um dia o possamos encontrar face a face.

Foi ontem, é hoje e será amanhã... o Senhor da vida continuará a resgatar todo o pecador e a deixar-se comover pelos nossos corações!

Emanuel António Dias

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

UM BLÁ BLÁ POR UM MELHOR ALENTEJO

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Nesta semana, em Portalegre, ouvimos o Senhor Presidente da República, sempre presente e oportuno, e muitos outros especialistas falar de coisas e loisas nobres deste interior alentejano. Foi todo o dia e sem intervalos, já doía a cadeira. À falta de um dos três Ministros anunciados, ironizou-se, delicadamente, que tinha ido promover a agricultura a Angola. De facto, foi anunciar o apoio de 60 milhões de euros de fundos comunitários aos agricultores angolanos. Acreditamos que não seria por sentimentos de paternalismo ou de proteção nem pelo facto de os considerar pobres e desgovernados. Mas que a alta política tem lógicas, mecanismos e procedimentos que a nós, cá na província, é preciso fazer desenho para se explicar bem e fazer entender, lá isso é. Não é fácil de enxergar.
Na prática mais prática, este interior faz acrobacias para atrair verdadeiramente quem o possa estimular e ajudar a dar volta ao texto. Sabe que está esquecido, não sei se abandonado. Tem a consciência de que, cada vez com menos votos, por mais otimista que seja, dificilmente irá ver a luz ao fundo do túnel.
Em discursos e debates, porém, não há rincão deste país que lhe passe a perna. É sempre muito aplaudido e elogiado pela diversidade dos seus recursos, potencialidades e beleza por todos quantos querem mostra saber e fazer figura por estas bandas! Mas pobres de nós os alentejanos por nascimento ou adoção!... Sei que não foi por mal, mas foi uma frase que me fez saltitar as vísceras e pular na cadeira. Alguém citou, com certeza sem querer dar ares de sabido nem nos querer dizer que somos os grandes preguiçosos de Portugal, alguém citou o que John Kennedy havia dito aos americanos: “Não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela”. Embora entenda o positivo de tal afirmação, naquele contexto em que até alguns aproveitaram para fazer propaganda política, foi, no meu pensar, mais um caneco de água fria a esmagar silenciosamente o entusiasmo inicial dos presentes, gente empreendedora, empenhada e sacrificada sem necessidade de grandes lições neste campo, mas com necessidade de se sentir reconhecida, estimulada e apoiada. Estavam também ali os autarcas concelhios e de freguesia do distrito, gente empenhadíssima e persistente no cuidar da qualidade de vida das suas gentes. Não se tratava de saber o que cada um pode fazer pelos outros e pelo país. Ali tratava-se de saber o que é que o governo que tudo centraliza, tem centralizado e não tem pressa em descentralizar, o que é que o governo pode e tem planeado fazer por esta gente, para que não desapareça, para que possa viver com esperança e dignidade, para que possa associar-se com gosto e determinação às tarefas que o futuro aponta e exige. Era um auditório de elite e de calos nas mãos há muito comprometida no desenvolvimento da região apesar de tantos cardos e espinhos, dificuldades e burocracias.
Felicito todos os intervenientes pelo seu testemunho e pelo rasgar de horizontes, embora, como é natural, me revisse mais numas do que noutras comunicações. Fosse qual fosse o ponto de vista abordado, fosse qual fosse o entusiasmo com que era exposto e apontado o caminho a seguir, houvesse ou não discordância mais ou menos determinada, todos tinham um objetivo comum: um melhor Alentejo. Foi de aplaudir!
Não seria tanto para isso, mas é verdade que nada de concreto e substancial saiu dali, quer como resposta ao que os alentejanos, desde há muito e por muitas vezes reiterado, têm como necessidade premente para um maior desenvolvimento da região, quer como incentivo à resistência destes alentejanos que se sentem escoados de massa crítica, da traquinice e sonho juvenil e de braços para o trabalho. A maior parte da gente que rodeia os que enchiam o auditório está já no render da guarda. Trabalhou muito, sofreu muito, não se divertiu muito, não se aposentou cedo, vive sem reservas e de economias apertadas, está cansada e a precisar de descanso, apoio e paz. Além disso, como toda a gente sabe e os jovens não ignoram, ninguém tem vocação para mártir. O martírio pode acontecer se tiver de acontecer. Não se provoca, não se procura, não se aguarda pacientemente. Por isso, embora com pena, se não há perspetivas de futuro, os jovens vão em busca de novos poisos e possibilidades. Quem o não faria, o não faz ou virá a fazer?..
Parabéns ao “Movimento de Cidadania Melhor Alentejo” pela reiterada e primorosa organização e pela elevada qualidade da iniciativa. Renovaram a nossa confiança no adágio: água mole em pedra dura tanto dá até que fura! Não há no país, com certeza, muitos movimentos destes a provocar o debate com nível e a fazer crescer a cidadania de que tanto precisamos. Na verdade, é preciso dizer e gritar bem alto que estamos vivos, somos gente, estamos aqui. Sobretudo quando a comunicação social de influência e a gente da esfera do poder estejam muito ocupadas com outros afazeres ou tenham outros centros de interesse.
Embora entendamos que, por vezes, não há qualquer outra alternativa, as solicitações são muitas, achamos que não é muito curial que os responsáveis convidados e a constar no programa venham apressadamente falar de cima para baixo e logo se ausentem dos debates que lhe dizem respeito em virtude das áreas a que presidem. A sua presença, mesmo que sem soluções para as coisas tratadas, o que é normal, é sempre manifestação de comunhão junto do povo e de interesse na busca comum do melhor para o país. E lá pelos intervalos sempre haverá espaço para umas selfies a fazer memória da efeméride.

D. Antonino Dias  Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 21-09-2018

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Ninguém (re)começa sozinho!


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Somos feitos de recomeços. Claro que também há muitas coisas que terminam em nós e connosco e, inevitavelmente, também temos um currículo de fins a fazer fila dentro do coração. No entanto, os recomeços parecem inaugurar uma espécie de esperança que não se apaga, nem mesmo com o cair das noites.

Há, sem dúvida, uma magia naquilo que se começa. Naquilo que se promete depois de se ter feito um intervalo ou uma pausa. As férias servem também para catapultar as novidades que queremos fazer acontecer com a nossa vida e com aquilo que nos preenche os dias. Há promessas mais imediatas e mais práticas e há promessas mais profundas e mais reveladoras. Claro que as segundas serão, certamente, mais importantes mas o lugar das primeiras também não deve ficar comprometido ou esquecido.

Quando decidimos recomeçar há, imediatamente, qualquer coisa que se acende nos meandros das nossas vontades. É como se o conforto da mesmice desse lugar a um entusiasmo novo, por estrear. É como se nos permitíssemos descobrir outros desafios, outras motivações, outras coragens.

Há, no entanto, um perigo (ou vários!) quando ousamos (ou somos levados) a recomeçar. Motivam-nos as razões certas? Recomeçamos apenas porque sim ou porque descobrimos sentido naquilo que queremos renovar ou mudar? Carregamos as velhas mágoas na mochila ou conseguimos deixar para trás o que já não é deste tempo? Recomeçamos com alegria ou com a certeza triste de que daqui a dois meses estará tudo igual?

A resposta a estas perguntas pode fazer a diferença na forma de (re)começar. Pode levar a que se recomece de verdade ou, então, não.

Quem recomeça deve ter a coragem para dizer basta ao que bastou. Ao que acabou.

Quem recomeça deve sossegar. Abrir espaço para o que está para vir.

Quem recomeça deve respirar fundo e fechar os olhos, para ver melhor.

E, principalmente, quem recomeça deve fazê-lo acompanhado. Com os que nos aumentam os dias mesmo quando estes já não têm mais horas para durar.

Não te esqueças: recomeçar sozinho nunca foi caminho.

Marta Arrais

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Deixa para amanhã o que podes fazer hoje!


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Estranho, não é? Como assim, adiar? Como assim, não fazer? Como assim, deixar para depois?

Parece, de facto, uma recomendação estapafúrdia. Despropositada. Mas talvez não seja. Temos o hábito terrível de não deixar nada para depois. Se pode ser feito, tem que ser hoje. Agora. Ou, melhor ainda, ontem.

Deixámos de ter consciência das prioridades e do que deve estar, sempre, em primeiro lugar. Fazer muitas coisas ao mesmo tempo parece ser o ideal. O expectável. O que é perfeito. A esta altura do texto (e da nossa vida!) já devemos ter percebido que não é, de facto, assim. Talvez pudéssemos substituir o “fazer” e o “acabar” pelo “esperar” e pelo “acalmar”. O mundo não acaba se não fizermos tudo hoje. Até porque esse “fazer tudo” vai trazer-nos uma recompensa perversa: a sensação de que podemos fazer ainda mais. Se o tempo da realização das nossas tarefas é sempre o imediato e o instantâneo vamos ficar arrogantes e sentir que podemos tudo. Que somos tudo.

Não podemos. Nem somos.

O tempo de férias é sempre obrigatório para sossegar, mas não chega. As férias acabam rápido e é preciso encontrar, depois, tempo para instalar uma maré calma na nossa forma de estar e de viver o que nos acontece. É preciso ser corajoso a ponto de, conscientemente, deixar para amanhã o que podia ter sido feito hoje. Amanhã também é dia. Amanhã também é possível e também pode ser. Nada se acaba ou se destrói se não acabarmos, hoje, o que está por fazer.

O que acaba, e não volta, é o tempo que não gastamos com quem nos merece. É o tempo que não gastamos a pensar nas coisas que fazemos, nas pessoas que nos fazem bem. Que não nos esquecem (nem mesmo quando as nossas tarefas ocupam todas as prioridades). Vale a pena deixar para depois. Adiar. Esquecer por agora.

A vida não acaba hoje. Se tudo correr bem, também não há de acabar amanhã!

Marta Arrais

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Angelus: para seguir Cristo é preciso renunciar ao orgulho egoísta

Quem é Jesus? : a alocução do Papa deste domingo repropõe a pergunta presente em todo o Evangelho de São Marcos.



Para seguir Jesus, é preciso renunciar às pretensões do próprio orgulho egoístico e tomar a própria cruz: foi o que disse o Papa Francisco no Angelus deste domingo (16/09).

Diante de uma multidão na Praça S. Pedro, o Pontífice inspirou sua reflexão no trecho evangélico de São Marcos, em que Jesus pergunta aos discípulos sobre sua identidade

.Fé míope

Antes de interpelar diretamente os Doze, explicou o Papa, Jesus quer ouvir deles o que as pessoas pensam Dele. Por isso pergunta: “Quem dizem os homens que eu sou?”. Emerge que Jesus é considerado pelo povo um grande profeta. Mas, na realidade, Ele não se interessa pela falação das pessoas.

Ele não aceita nem mesmo que os seus discípulos respondam às suas perguntas com fórmulas pré-concebidas, “porque uma fé que se reduz a fórmulas é uma fé míope”.

Quem sou eu para você?
“O Senhor quer que os seus discípulos de ontem e de hoje instaurem com Ele uma relação pessoal”, afirmou Francisco, que acrescentou:

“Hoje, Jesus dirige esta pergunta tão direta e confidencial a cada um de nós: ‘Quem sou eu para você?’. Cada um de nós é chamado a responder, no próprio coração, deixando-se iluminar pela luz que o Pai nos dá para conhecer o seu Filho Jesus.”

Porém, prosseguiu, Jesus adverte que a sua missão se realiza não na estrada ampla do sucesso, mas no caminho árduo do Servo sofredor. Por isso, pode acontecer de protestar e nos rebelar, porque isso contrasta com as nossas expectativas mundanas.

A profissão de fé em Jesus Cristo não pode parar nas palavras, mas pede que seja autenticada por escolhas e gestos concretos.
“ Jesus nos diz que para segui-Lo,
 para ser seus discípulos, é preciso renunciar a si mesmo, isto é, às pretensões do próprio orgulho egoístico e tomar a própria cruz. ”

O amor muda tudo


Com frequência na vida, por tantos motivos, erramos o caminho, buscando a felicidade nas coisas ou nas pessoas que tratamos como coisas. Mas a felicidade a encontramos somente quando o amor, aquele verdadeiro, nos encontra, nos surpreende, nos transforma. "O amor muda tudo e pode mudar inclusive a nós!", disse Francisco.

O Papa então concluiu:

“Que a Virgem Maria, que viveu a sua fé seguindo fielmente o seu Filho Jesus, ajude também nós a caminhar na sua estrada, vivendo generosamente a nossa vida por Ele e pelos irmãos.”
Angelus 16 de setembro de 2018

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Dia Diocesano da Mensagem de Fátima




O Secretariado Diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima de Portalegre-Castelo Branco promoveu dia 15 de Setembro um encontro de convívio, reflexão e divulgação, em Arronches, que terminou com a Eucaristia .
O Dia Diocesano da Mensagem de Fátima tem como objectivo “Difundir a mensagem de Fátima, promover o seu conhecimento e a vivência por crianças, adolescentes, jovens e adultos”
Com o tema ‘Graça e Misericórdia:o dom de Fátima, manto de luz’, o encontro teve início no Centro Cultural de Arronches, pelas 9h30m.

Com actividades diferenciadas para crianças, jovens e adultos, o auditório do Centro Cultural de Arronches encheu .se para ouvir a Mensagem de Fátima pela voz do Padre João Luís Silva e do nosso Bispo D. Antonino.

O convivio decorreu durante o almoço, nos Celeiros, retomando- se os trabalhos para recitação do terço, testemunhar as vivencias de ser mensageiro de Fátima e finalmente em Procissão nos dirigirmos à Igreja Matriz onde seria celebrada a Eucaristia.










              



domingo, 16 de setembro de 2018

TOME A SUA CRUZ



https://www.youtube.com/watch?v=RZjF62CAoBI

A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projectos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa, esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização plena do homem.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade ao seu projecto, triunfará sobre a perseguição e a morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de Jesus.
No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
A segunda leitura lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os irmãos.

http://www.dehonianos.org/portal/liturgia/?mc_id=2138

sábado, 15 de setembro de 2018

Encontro Europeu de Taizé, MADRID

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SDPJuventude e Vocações de Portalegre Castelo Branco


Como sabes, o Encontro Europeu de Taizé, neste final de ano, vai realizar-se em Madrid. Até ao final do mês de Setembro vamos abrir as inscrições para podermos estar com outros jovens na Cidade de Madrid e desfrutar do momento e partilha-lo com outros jovens.

Tu tens mais de 18 anos?
Já participaste em algum Encontro Diocesano de Taizé?
Já participaste em algum Encontro Europeu de Taizé?
Já estiveste na Comunidade dos Irmãos de Taizé?

Queres ir a Madrid? Então fica atento.~


sexta-feira, 14 de setembro de 2018

PODEM MANDAR-NOS PARA O CHILINDRÓ!…


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A História orgulha-se de ter tido grandes líderes, homens humildes e servidores do povo, na verdade e na justiça. Quando eram chamados a exercer esse cargo, não se colocavam em bicos de pés julgando-se os melhores e indispensáveis. Preferiam ter sido esquecidos, julgavam-se incapazes de corresponder e acabaram por ser os melhores de entre os melhores em sabedoria, destreza e responsabilidade política, em humildade e persistência, em honestidade e sentido do bem comum, em serviço despretensioso à causa dos povos. Sentiam-se pequeninos instrumentos de uma Providência que se servia deles para a realização de desígnios que os ultrapassava. Perante esta atitude de verdadeira humildade e de enormes sentimentos de incapacidade, com certeza que eles sentiam o conforto da confirmação do Senhor: “Não tenhas medo! Eu estarei contigo!” E assim, escreveram, a letras de ouro, tantas e tão belas páginas da História, servindo o povo de forma honesta e exemplar, com testemunho de vida austera e sentido da sua origem, missão e fim. Não quero dizer com isto que hoje não exista gente que assim pense e trabalhe. Há, e muita. Também não quero afirmar que outrora os líderes sempre foram justos e bons, e interessados pelo bem-estar do seu povo. Não é verdade, houve de tudo e sempre haverá de tudo. Muito menos quero dizer que os crentes sempre foram honestos e bons governantes e os não crentes nunca foram bons. Houve e há crentes fraca rês que continuam a governar como se fossem donos e senhores de tudo e de todos, sentindo-se autorizados a perseguir, matar e destruir em nome de Deus!... Sempre houve e há não crentes que primam pela honestidade e sentido do bem comum, não estão longe do Reino de Deus! Sabemos que a História não é necessariamente um progresso para o melhor e para o bem, como afirmava São João Paulo II. É um acontecimento de liberdade com toda a riqueza, caprichos e ironias que isso engloba. Sobretudo quando ignoramos os êxitos e fracassos do passado, quando pensamos ter descoberto a pólvora no presente, quando presumimos construir o futuro só e apenas com as nossas ideias e projetos que reputamos de geniais.
Costuma dizer-se que o poder e a ganância são as doenças mais contagiosas do mundo, em todos os setores da sociedade, inclusive nas religiões. Estes doentes, porém, quando de braço dado com o esvaziamento de valores e sem respeito pelos outros, dificilmente se aguentam de pé, são como saco vazio. Quando caem na cama ou na lama desses vícios, mesmo que se queiram erguer levando a mão a um qualquer andarilho que se preste ou a generosas ajudas que, interesseiras, se cheguem à frente, o vírus, cada vez mais forte e resistente, também vai contagiar estes reputados apoios. Não têm resistências, não estão vacinados, vão atrair-se mutuamente, vão tornar-se cúmplices!... É o que vemos!...
Alguém, há dias, por este meio de comunicar, lembrava o corrupto e meritíssimo juiz romano que vendia as sentenças a quem melhor lhas pagasse. Chamava-se Lucius Antonius Rufus Appius e assinava as sentenças com as iniciais do seu nome: L. A. R. Appius. Atento e perspicaz como sempre, o povo, juntando essas iniciais, logo batizou esse senhor e os seus colegas de ofício com o nome de Larápios. Isto, porém, aconteceu há mais de dois mil anos quando o mundo carecia de tantos avanços civilizacionais, de tanta acumulação de saberes, de tanta instrução, cultura, tecnologia, percursos académicos e mentes expeditas em habilidades altruístas. Hoje, crescidos em todas estas prerrogativas e prosápias, hoje, isso, larápios, nem pensar…seria até contradizer a evolução da espécie e provocar as diatribes de quem, alfinetados em igual honestidade e acossados por ficarem ao léu, logo se esmerariam em fazer crer que isso não passava de cabalas invejosas, mesquinhas e destruidoras!...
Há pessoas com muito poder, sim, há. Podem até mandar-nos para o chilindró ou fazer-nos a vida cara. Mas, de facto, não têm qualquer espécie de autoridade moral, ninguém acredita nelas. São incoerentes na vida, na palavra e na ação. A par, conhecemos pessoas sem qualquer poder nas mãos mas com uma autoridade moral que nos impressiona. É que o poder recebe-se pelo voto ou doutra forma convencionada, vem de fora. A autoridade nasce dentro, conquista-se pela forma como se vive, pensa, ama e age, servindo com empenho e alegria, ajoelhando-se e lavando os pés às dores do mundo!
Pelos vistos, muitos romanos de antes de Cristo morreram convencidos que existia, nesta parte mais ocidental da Ibéria, um povo muito estranho que não se governava nem se deixava governar. Eu não vou por aí. Acredito no povo e acredito naqueles líderes que, sem serem escravos de ideologias inúteis, sem se embrulharem em jogos de interesses pessoais ou de grupo, são capazes de aliar em si o poder e a autoridade, a verdade e a justiça, a competência na humildade e um apurado sentido do bem comum, sendo eficazes, gerando confiança e empatia.
A gente do norte, por ironia, diria que líderes assim só será possível encontrá-los em Barcelos. Os desta zona do sul afirmariam que talvez só no Crato ou em Estremoz. Os do centro do país, não sei, mas talvez dissessem que só se os houvesse em Tondela, lá para os lados de Molelos, por exemplo. É que nestes lugares há olarias, cozem bonecos! Eu, porém, como disse, não vou por aí, não, não sou pessimista. Aprecio a nobre arte da política levada a cabo por gente humilde e competente, responsável e com verdadeiro sentido do bem comum, servindo na verdade e na justiça, com alegria e esperança. Admiro quem, apesar das dificuldades, serve a política com esta nobreza e dedicação. Sei quanto o povo precisa de quem o ajude e estimule a ter mais e melhor qualidade de vida em todas as dimensões da sua existência.

D. Antonino Dias . Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 14-09-2018.

DIA DIOCESANO DA MENSAGEM DE FÁTIMA

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O padre António Valério fez os último votos da sua formação

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SDPJuventude e Vocações de Portalegre Castelo Branco

O padre António Valério fez os último votos da sua formação, votos esses que significam a incorporação definitiva de um jesuíta no corpo da Companhia de Jesus.

O padre Valério é natural da nossa diocese de Portalegre - Castelo Branco, mais especificamente de Idanha-a-Nova.

Após caminhada de discernimento vocacional no Seminário Diocesano da nossa diocese, e após o Ano Propedêutico, ingressou na Companhia de Jesus, onde no último dia 8 de Setembro fez os seus últimos votos.

Deixamos um breve testemunho do Padre Valério:

“Chegados os Últimos Votos, habita-me a nota fundamental da ação de graças, pela forma como o Senhor me tem conduzido ao longo dos anos.

Porque dos meus talentos me despertou a uma vocação consagrada, mas depressa me fez entender que nada posso sem Ele; porque, ainda assim, dos meus limites me convida a participar, como sacerdote jesuíta, da sua missão de consolar, de apontar um sentido que só Ele pode dar; porque nessa entrega me dou conta de que algo maior que eu — que não me pertence — me passa pelas mãos, e também me «salpica» e encoraja: dando, recebo sempre mais.

Pertencer plenamente à sua Companhia é, então, uma enorme graça. Tudo é graça. Assim, do coração agradecido brota naturalmente o desejo confiado de ir com Ele até ao fim: «Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo; Vós mo destes; a Vós, Senhor, o restituo. Tudo é vosso, disponde de tudo, à vossa inteira vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta»”.

Testemunho e foto retirados do site pontosj.pt

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Encontro Diocesano TAIZÉ - Abrantes

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SDPJuventude e Vocações de Portalegre Castelo Branco

Passa à frente!


panorama mar costa natureza ao ar livre horizonte Caminhando pessoa cerca menina mulher campo manhã Colina Visão olhando Caminhante fêmea tenha cuidado Em pé tarde jovem agricultura estação costas desfrutando área rural ambiente natural Família da grama

Somos teimosos. Ficamos presos ao que não soubemos (ou quisemos) ultrapassar. Custa-nos avançar. Não nos passa na garganta. Não nos passa, de todo. Fazemos coleção do que nos acontece e vamos sobrepondo as pessoas, os lugares, as experiências, os dias e os instantes. Custa-nos a desilusão, a mágoa, a desvantagem. Custa-nos o espanto que as mudanças nos provocam. Custa-nos a falta de bondade e de gentileza. Custa-nos o que foi injusto e o que doeu. Custa-nos muito. Custa-nos não saber o que fazer do tempo que nos sobra. Custa-nos não ter coragem para dizer o que precisa de ser dito.

Felizmente, e à custa do que nos acontece repetidas vezes, vamos ganhando imunidade para as coisas difíceis. De repente, já não nos custa tanto. Já fazemos de conta que não ouvimos. Já disfarçamos um vestígio de sorriso. Já devolvemos menos interesse. Já não ligamos. Já não importa.

Importa, talvez, pensar que há desvantagens em deixar de querer saber. Há desvantagens em passar à frente. Perde-se sempre um pouco de esperança e de fé quando se passa à frente. Mas, por outro lado, não se pode viver refém do que nos custa.

Há caminho mais à frente, para quem decide avançar. Para quem fica quieto, à sombra do que podia ter sido, há menos vida. Menos brilho. Menos luz.

Ainda que haja riscos, vale a pena passar à frente.


Vale a pena sair da toca.

Vale a pena deixar ir.

Vale a pena não guardar o que não é nosso. Os que não são nossos.

Vale a pena tirar novas fotografias em vez de olhar, repetida e tristemente, para as velhas.

Vale a pena saltar por cima.

Passa à frente, sem esquecer. Mas passa à frente. Lá adiante, já estão à tua espera.


Marta Arrais

terça-feira, 11 de setembro de 2018

REZAR POR TODOS OS BISPOS DO MUNDO



Várias vezes durante a homilia desta manhã, o Papa reafirmou que a força do bispo é precisamente ser "homem de oração", "homem que se sente escolhido por Deus" e "homem em meio ao povo":


"A força do bispo contra o Grande Acusador é a oração, aquela de Jesus sobre ele e a própria, e a humildade de sentir-se escolhido e de permanecer próximo ao povo de Deus, sem ir em direção a uma vida aristocrática que lhe tira essa unção. Rezemos hoje por nossos bispos: por mim, por estes que estão aqui e por todos os bispos do mundo."


INFORMAÇÃO PAROQUIAL

APRESENTAÇÃO DE CONTAS DA FESTA DE Nª SRª DA ASSUNÇÃO- ARRONCHES

RECEITA:                                               DESPESA:

Cadeiras-              69,56€                       Músicos-                 800,00€
Bolos-                  240,00€                       Electricista-            100,00€
Entradas-             301,23€                      Catering-                 300,70€
Mesas/ Bar-         511,00€                       Banda/ lanche-        200,00€                        
Quermesse-         700,45€                      Licenças e Transp.-   80,00€
Donativo-              300,00€                
Ofert. Missa -        130,06€                         TOTAL-                1480,70€                      
Donativo J. Freg.-1000,00€

TOTAL-          3252,30€

SALDO POSITIVO FINAL: 1771,60€ ( mil setecentos e setenta e um euros e sessenta cêntimos)


DIA DIOCESANO DO MOVIMENTO DA  MENSAGEM DE FÁTIMA

Recorda- se que  no próximo dia 15 de Setembro, sábado, decorrerá no Centro Cultural em Arronches, o Dia Diocesano da Mensagem de Fátima.

Terá início às 9:30h com a recepção e Acolhimento e terminará com a celebração da Eucaristia , na Igreja Matriz, pelas 16;00h.

O almoço convivio  decorrerá nos Celeiros.

NO DOMINGO, 16 DE SETEMBRO NÃO SERÃO CELEBRADAS EUCARISTIAS EM NENHUMA DAS NOSSAS PARÓQUIAS

DEGOLADOS : As Eucaristias  retomam o horário das 17H 30m aos Domingos


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Um Deus que puxa


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Deus continua a surpreender tudo e todos. Deus continua a chamar os últimos, os insignificantes. Deus continua a dar oportunidade a quem o mundo já lhe retirou tudo. Deus continua a puxar por quem já não tem nada por onde se lhe pegue. Deus não faz história por quem se diz escolhido, mas sim com aqueles que nunca pensaram que pudessem ser dignos de tal escolha.

Deus fá-lo e com todas as certezas. Fá-lo com a certeza de que juntos de Si todos são parte integrante do Seu amor e da Sua misericórdia. Fá-lo com a certeza de que juntos de Si ninguém é fraco.

A beleza de um Deus que puxa tudo e todos para que nada lhes falte. Um Deus que puxa mostrando que a sua especialidade é dar possibilidade aos impossíveis.

Deus puxa não de forma autoritária, nem por mero egoísmo. Deus puxa para que a Sua vida dê vida a tantas e tantas vidas. Deus puxa para que não sejamos engolidos pela idolatria que menospreza e escraviza.

O Deus, revelado em Jesus Cristo, está permanentemente a arriscar.

Arrisca no amor, para que todos sejam amados. Arrisca na misericórdia, para que todos sejam salvos. Arrisca na Sua fé, para que todos se voltem para a vida. Arrisca na Sua entrega, para que todos possam ter relação conSigo.

Deus arrisca e quando arrisca tudo traz consigo aqueles que não contam. Deus arrisca e quando arrisca deixa tudo de Si aos outros. Deus arrisca para que todos sejam "puxados" e assim deixarem-se serem amados.


Emanuel António Dias

domingo, 9 de setembro de 2018

"Faz-te ao Largo"- envio de missionária


SDPJuventude e Vocações de Portalegre Castelo Branco


"Faz-te ao Largo" é o tema de envio e que preenche o caminho até São Tomé e Principe da Ana Beatriz.

A nossa Bia é formada em Psicologia, com residência "entre" Lisboa e Alter do Chão (Arciprestado de Ponte de Sor), e após um ano de Formação com a OMG dos Leigos para o Desenvolvimento, segue como voluntária em missão para São Tomé e Principe, por um período de pelo menos um ano.

O seu crescimento e a sua caminhada espiritual deixa-nos a todos muito felizes e orgulhosos, e certamente aos olhos dos jovens da diocese de Portalegre - Castelo Branco, um claro exemplo a seguir.

A Bia parte para a sua missão na próxima quarta feira às 11h00. Ficamos a aguardar por umas palavras de testemunho para que possa inspirar muitos dos nossos jovens à oração, à entrega de si ao próximo e à missão sem "fronteiras". Daqui a um ano ficamos à espera para sabermos em viva voz os resultados desta aventura.

Quem quiser saber mais sobre a Organização Cristã dos Leigos para o desenvolvimento pode consultar o seguinte site: http://www.leigos.org

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Ó minha alma, louva o Senhor


https://www.youtube.com/watch?v=huXwSydFMBI


A liturgia do 23º Domingo do Tempo Comum fala-nos de um Deus comprometido com a vida e a felicidade do homem, continuamente apostado em renovar, em transformar, em recriar o homem, de modo a fazê-lo atingir a vida plena do Homem Novo.
Na primeira leitura, um profeta da época do exílio na Babilónia garante aos exilados, afogados na dor e no desespero, que Jahwéh está prestes a vir ao encontro do seu Povo para o libertar e para o conduzir à sua terra. Nas imagens dos cegos que voltam a contemplar a luz, dos surdos que voltam a ouvir, dos coxos que saltarão como veados e dos mudos a cantar com alegria, o profeta representa essa vida nova, excessiva, abundante, transformadora, que Deus vai oferecer a Judá.
No Evangelho, Jesus, cumprindo o mandato que o Pai Lhe confiou, abre os ouvidos e solta a língua de um surdo-mudo… No gesto de Jesus, revela-se esse Deus que não Se conforma quando o homem se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, rejeitando o amor, a partilha, a comunhão. O encontro com Cristo leva o homem a sair do seu isolamento e a estabelecer laços familiares com Deus e com todos os irmãos, sem excepção.
A segunda leitura dirige-se àqueles que acolheram a proposta de Jesus e se comprometeram a segui-l’O no caminho do amor, da partilha, da doação. Convida-os a não discriminar ou marginalizar qualquer irmão e a acolher com especial bondade os pequenos e os pobres.
O Evangelho deste domingo garante-nos, uma vez mais, que o Deus em quem acreditamos é um Deus comprometido connosco, continuamente apostado em renovar o homem, em transformá-lo, em recriá-lo, em fazê-lo chegar à vida plena do Homem Novo. Este Deus que abre os ouvidos dos surdos e solta a língua dos mudos é um Deus cheio de amor, que não abandona os homens à sua sorte nem os deixa adormecer em esquemas de comodismo e de instalação; mas, a cada instante, vem ao seu encontro, desafia-os a ir mais além, convida-os a atingir a plenitude das suas possibilidades e das suas potencialidades. Não esqueçamos esta realidade: na nossa viagem pela vida, não caminhamos sozinhos, arrastando sem objectivo a nossa pequenez, a nossa miséria, a nossa debilidade; mas ao longo de todo o nosso percurso pela história, o nosso Deus vai ao nosso lado, apontando-nos, com amor, os caminhos que nos conduzem à felicidade e à vida verdadeira.

http://www.dehonianos.org

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

CONVÍVIOS FRATERNOS: UMA EXPERIÊNCIA FELIZ

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CONVÍVIOS FRATERNOS: UMA EXPERIÊNCIA FELIZ

Estávamos em maio de 1968. A guerra nas colónias portuguesas ensombrava o presente e o futuro dos rapazes em serviço militar obrigatório. O jovem Padre António Valente de Matos, Capelão Militar, sentindo necessidade de incutir esperança e alegria naquela juventude, sonha e leva a cabo, na cidade de Castelo Branco, com jovens militares, a primeira experiência de um Movimento que se haveria de impor como fonte de alegria e de graça a marcar a vida de milhares e milhares de jovens, rapazes e raparigas, ao longo dos tempos. Estamos a falar do Movimento dos Convívios Fraternos. Um Movimento laical que nasceu de jovens para jovens e vai construindo a sua história em Portugal, no Brasil, Angola, Moçambique, Luxemburgo, Suíça, França, continuando a rasgar caminhos de bem-fazer. É uma experiência comunitária, em três dias. Uma experiência vivida na amizade e na confiança, na escuta e no silêncio que confronta. Aí se propõe a vivência, o testemunho e o anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo como oportunidade de realização individual, familiar e social, apontando os meios de perseverança nesses caminhos (cf. Caminho de Libertação, pág. 9). É o início de uma evangelização através de uma experiência vivencial da fé, favorecida pelo esforço pessoal e pela presença de um clima de amor cristão que, naturalmente, leva aquele ou aquela que participa, a questionar a sua vida, a relacioná-la com os critérios do Evangelho e a compará-la com o testemunho cristão dos outros participantes (cf. Id. Pág.15). Isto é: desperta a fé e motiva para uma vida nova em Jesus Cristo, procurando responder às necessidades, interrogações e aspirações mais profundas da juventude dos nossos dias, e também já de casais, de acordo com uma compreensão cristã da vida e da história dos homens no mundo (Id. Pág. 21).
Cada um, nesse encontro consigo próprio e com os outros, vai descobrindo a força e a beleza do amor de Deus em Jesus Cristo que sempre esteve presente na sua vida. Sim, sempre esteve presente. Agora, porém, nessa experiência comunitária, parece que Jesus se faz encontrado. Parece que chega de muito longe e desde há muito tempo ausente para fazer sentir a alegria de um forte abraço de amizade nunca sentida. Apresenta-se, com surpresa agradável e eficaz, como o amigo por excelência que quer que cada um seja feliz. Mais: segreda a cada um, com forte empatia e persuasão, que conta com cada um para ajudar a construir a felicidade dos outros. Na verdade, é uma experiência irrepetível e indizível. Irrepetível porque não há Convívios iguais. Para além da ação do Espírito Santo, eles dependem de quem neles participa e de quem os coordena. A Palavra semeada pode ser a mesma, as pessoas, porém, são diferentes. Diferente é o jeito de quem comunica, diferente é o acolhimento, o terreno e os efeitos da Palavra no coração de cada um que ouve. Indizível porque quem vive um Convívio Fraterno não encontra, depois de o ter feito, palavras que exprimam e façam entender a outros o que verdadeiramente viveu, as portas que se lhe abriram, os horizontes que se lhe rasgaram, os desafios que agora se lhe apresentam. As grandes experiências que marcam a vida não se conseguem dizer, vivem-se, não se explicam.
Celebrar o cinquentenário da fundação dos Convívios Fraternos faz tornar presente os seus fundadores e todos os rapazes e raparigas que ao longo destes cinquenta anos fizeram esta inesquecível experiência, sempre ajudados por outros rapazes e raparigas que fizeram parte das Equipas Coordenadores e das Equipas de Serviço à dinâmica de cada Convívio. Com o seu testemunho de vida, todos foram instrumentos do Espírito Santo a levar cada participante a encontrar-se consigo mesmo, com os outros, com Jesus Cristo, o JC. Irmanados no mesmo ideal de seguir Cristo nos irmãos e O tornarem mais conhecido, mais amado e melhor servido, muitos deles já se encontram junto de Deus, no Convívio Eterno e Universal: rezamos por eles, que eles rezem por nós! Foi na vivência de um Convívio Fraterno que muitos rapazes e raparigas, dóceis à ação e intuições do Espírito Santo, ganharam espaço e coragem, para fazerem um melhor discernimento e mais esclarecida opção vocacional. E, hoje, como fruto desta experiência dos Convívios Fraternos, temos, de facto, pessoas no ministério ordenado, na vida consagrada religiosa e laical, na vida missionária ad gentes e na vocação matrimonial a marcar a diferença. E não só. Quem participa toma consciência do seu compromisso batismal, desperta para a importância do ser Igreja e da integração na tarefa pastoral das paróquias e dos arciprestados, dos movimentos e das obras apostólicas. Sobretudo, faz despertar para a importância do testemunho de vida de cada um, como leigo, como casal, como esposa ou marido, como pai ou mãe de família unida e responsável, como profissional e construtor da verdadeira cidadania, como jovem estudante, ou não, que aí detetou a Luz que dá sentido à vida e dela dá testemunho em todos os lugares, situações e circunstâncias.
A Cruz do Movimento tem, no seu topo, uma chama acesa. É uma alusão à chama da fé, a Jesus Cristo, a Luz que ilumina o nosso caminho e dá sentido à vida. Mas ela está, de facto, no cimo da cruz, como que a dizer-nos que a cruz não faz sentido sem essa luz, sem a fé, sem Cristo. Mas se a cruz nos recorda o amor de Deus manifestado em Cristo que a abraçou e nela se entregou por nós, com amor, também é desafio para todos: “Se alguém quiser seguir-Me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz todos os dias e siga-Me”. É neste levar a cruz de cada dia com alegria e esperança, mesmo que, porventura, muito pesada, que mostramos a nossa identificação com Cristo e testemunhamos que a chama da nossa fé está bem acesa no topo da cruz de cada dia. Que belo testemunho o de viver na certeza de que o Senhor está em nós, nos ama, caminha connosco, não nos abandona e quer precisar de cada um de nós para ser mais conhecido, amado e seguido com alegria e esperança, como Caminho, Verdade e Vida.
Que o Congresso dos Convívios Fraternos e a sua Peregrinação Nacional a Fátima, a decorrerem por estes dias, façam renovar o entusiasmo e a alegria de continuar a servir em nome de Cristo, com Cristo e ao jeito de Cristo.


D.Antonino Dias - Bispo de Portalegre Castelo Branco
Portalegre, 07-09-2018.

Aprender a acusar a si mesmo



Na homilia da missa celebrada nesta quinta-feira na Casa Santa Marta, o Papa Francisco afirmou que "sem acusar a si mesmo, reconhecer-se pecador, não se pode caminhar na vida cristã".
Acusar a si mesmo é sentir a própria miséria, “sentir-se miseráveis”, míseros, diante do Senhor. Trata-se de sentir vergonha.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Papa Francisco pede educação e trabalho para os jovens africanos


https://www.youtube.com/watch?v=9udRBow56i4


«África é um continente rico, e a maior riqueza, a mais valiosa, são os jovens» – Papa

Cidade do Vaticano, 04 set 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco incentivou hoje à oração para que “os jovens do continente africano tenham acesso à educação e ao trabalho” nos seus países”, no ‘Vídeo do Papa’ com a intenção de oração do mês de setembro.

“A África é um continente rico, e a maior riqueza, a mais valiosa da África, são os jovens; Se um jovem não tem possibilidades de educação, que poderá fazer no futuro?”, pergunta o Papa no vídeo enviado hoje à Agência ECCLESIA e divulgado online.

Para Francisco os jovens do continente africano “devem poder escolher” entre deixar-se vencer pela dificuldade ou “transformar a dificuldade numa oportunidade”.

“O caminho mais eficaz para ajudá-los nesta escolha é investir em sua educação; Rezemos para que os jovens do continente africano tenham acesso à educação e ao trabalho em seu próprio país”, desenvolve o pontífice argentino.

A Rede Mundial de Oração do Papa (RMOP) destaca que o tema da juventude tem merecido diversas vezes a atenção do Papa Francisco que convocou um Sínodo dos Bispos, sobre o tema ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’, e que vai ter lugar entre 3 e 28 de outubro, em Roma.

A Organização Internacional do Trabalho informa que 12,9% dos jovens africanos, entre os 15 e os 24 anos, estão desempregados na África Subsariana.

Segundo as mesmas estatísticas de 2017, esse valor sobe para 28,8 por centro para a mesma faixa etária nos países do norte de África; relativo ao mesmo ano, aa UNESCO estima quase 60 por cento dos jovens africanos, entre os 15 e os 17 anos, não frequentam a escola.

“Para construir um futuro de verdadeira esperança, é fundamental que todos os jovens africanos encontrem possibilidades nos seus países”, realça o diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa.

O padre Jesuíta Frédéric Fornos, que é também diretor do Movimento Eucarístico Juvenil destaca que o ramo juvenil está “em 20 países africanos” ao serviço de uma “educação integral”: “Intelectual, espiritual, comunitária e apostólica.”

CB