domingo, 9 de setembro de 2018

Ó minha alma, louva o Senhor


https://www.youtube.com/watch?v=huXwSydFMBI


A liturgia do 23º Domingo do Tempo Comum fala-nos de um Deus comprometido com a vida e a felicidade do homem, continuamente apostado em renovar, em transformar, em recriar o homem, de modo a fazê-lo atingir a vida plena do Homem Novo.
Na primeira leitura, um profeta da época do exílio na Babilónia garante aos exilados, afogados na dor e no desespero, que Jahwéh está prestes a vir ao encontro do seu Povo para o libertar e para o conduzir à sua terra. Nas imagens dos cegos que voltam a contemplar a luz, dos surdos que voltam a ouvir, dos coxos que saltarão como veados e dos mudos a cantar com alegria, o profeta representa essa vida nova, excessiva, abundante, transformadora, que Deus vai oferecer a Judá.
No Evangelho, Jesus, cumprindo o mandato que o Pai Lhe confiou, abre os ouvidos e solta a língua de um surdo-mudo… No gesto de Jesus, revela-se esse Deus que não Se conforma quando o homem se fecha no egoísmo e na auto-suficiência, rejeitando o amor, a partilha, a comunhão. O encontro com Cristo leva o homem a sair do seu isolamento e a estabelecer laços familiares com Deus e com todos os irmãos, sem excepção.
A segunda leitura dirige-se àqueles que acolheram a proposta de Jesus e se comprometeram a segui-l’O no caminho do amor, da partilha, da doação. Convida-os a não discriminar ou marginalizar qualquer irmão e a acolher com especial bondade os pequenos e os pobres.
O Evangelho deste domingo garante-nos, uma vez mais, que o Deus em quem acreditamos é um Deus comprometido connosco, continuamente apostado em renovar o homem, em transformá-lo, em recriá-lo, em fazê-lo chegar à vida plena do Homem Novo. Este Deus que abre os ouvidos dos surdos e solta a língua dos mudos é um Deus cheio de amor, que não abandona os homens à sua sorte nem os deixa adormecer em esquemas de comodismo e de instalação; mas, a cada instante, vem ao seu encontro, desafia-os a ir mais além, convida-os a atingir a plenitude das suas possibilidades e das suas potencialidades. Não esqueçamos esta realidade: na nossa viagem pela vida, não caminhamos sozinhos, arrastando sem objectivo a nossa pequenez, a nossa miséria, a nossa debilidade; mas ao longo de todo o nosso percurso pela história, o nosso Deus vai ao nosso lado, apontando-nos, com amor, os caminhos que nos conduzem à felicidade e à vida verdadeira.

http://www.dehonianos.org

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