quinta-feira, 30 de abril de 2020

Restrições às celebrações religiosas comunitárias acabam a 30 de maio, anuncia o Governo

Conferência Episcopal Portuguesa está a discutir com as autoridades «questões de higiene e normas de segurança», para definir as regras de reabertura das igrejas ao culto



Lisboa, 30 abr 2020 (Ecclesia) – O primeiro-ministro português anunciou hoje o fim das restrições às celebrações religiosas comunitárias, impostas por causa da pandemia de Covid-19, a partir de 30 de maio.

“Serão adotada as medidas que permitam que, a partir do fim de semana de 30 e 31 de maio, sejam levantadas as restrições às celebrações comunitárias, em qualquer religião”, referiu António Costa, em conferência de imprensa.

O regresso das celebrações comunitárias vai decorrer de acordo com regras a definir entra a DGS e as confissões religiosas, nos “termos do diálogo” que vem a ser mantido, “tendo em conta, desde logo, as caraterísticas específicas dos respetivos templos ou locais de culto, as próprias formas de culto, que são distintas”, indicou o líder do Executivo.

Os funerais vão passar a ser celebrados com a presença de familiares.

O primeiro-ministro admitiu, a este respeito, que “as regras que têm vigorado nalguns pontos do território têm sido excessivas”.

A Agência ECCLESIA confirmou junto do Secretariado Geral da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) que estão a decorrer conversações com as autoridades governamentais, nomeadamente de saúde, sobre “questões de higiene e normas de segurança”, para definir as regras de reabertura das igrejas ao culto.

António Costa anunciou hoje um plano de transição do atual estado de emergência para o estado de calamidade, no final da reunião do Conselho de Ministros.

O objetivo é promover, de forma “gradual e progressiva”, o desconfinamento, com medidas de higiene e distanciamento físico, entre elas o uso obrigatório de máscaras em locais fechados com “elevado número de pessoas”.

As várias fases deste plano entram em vigor a cada duas semanas, (04 de maio, 18 de maio e 01 de junho), com avaliação sobre o seu impacto, em termos de contágios.

A 20 de abril, após uma reunião com presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Manuel Clemente, o primeiro-ministro português elogiou o “exemplo” da Igreja Católica durante o estado de emergência, apontando ao regresso gradual das celebrações religiosas em maio.

No dia 13 de março, a CEP determinou a suspensão de todas as celebrações comunitárias de Missas em Portugal, até “ser superada a atual situação de emergência”, com limitações ainda às celebrações de batismos, matrimónios e funerais.

O decreto que renovou o estado de emergência, em vigor até o final do dia 2 de maio, apresentava medidas de restrições à liberdade de culto, para reduzir o risco de contágio e executar as medidas de prevenção e combate à epidemia, incluindo “a limitação ou proibição de realização de celebrações de cariz religioso e de outros eventos de culto que impliquem uma aglomeração de pessoas”.

A 21 de abril, o Conselho Permanente da CEP reuniu-se em videoconferência, preparando o regresso “possível e gradual” às celebrações comunitárias, após o final do estado de emergência no país.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, o organismo dos bispos católicos referia estar a “preparar orientações gerais, em diálogo com as autoridades governamentais e de saúde, para quando terminar esta terceira fase do estado de emergência, com a retomada possível e gradual das celebrações comunitárias da Eucaristia e outras manifestações culturais”.

O Santuário de Fátima anunciou a 6 de abril que a peregrinação internacional que assinala anualmente o 13 de maio vai decorrer este ano sem a presença de assembleia, devido à pandemia de Covid-19.

OC/PR

Igreja Católica assinala Semana de Oração pelas Vocações Consagradas em contexto inédito

«As palavras da vocação» é o tema da mensagem do Papa para a iniciativa, que decorre até 3 de maio


Portugal, 26 abr 2020 (Ecclesia) – A Igreja Católica celebra de hoje a 3 de maio a Semana de Oração pelas Vocações Consagradas, uma iniciativa anual que em 2020 decorre num contexto inédito, por causa da pandemia de Covid-19.

“Aconselhamos que, durante esta semana, sejam privilegiadas a oração pessoal e familiar, sem esquecer a oração sempre constante das comunidades religiosas”, escreve D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real e presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM), na sua mensagem para esta celebração.

O responsável católico admite que o “contexto diferente do habitual” obriga a que esta semana seja perspetivada de “um modo diferente e mais criativo”.

“Sugerimos que a oração pelas vocações tenha, antes de mais, um sentido de gratidão. Damos graças a Deus pela vocação como dom da graça divina e por tantas vocações que enriquecem a Igreja, a começar pelas dos sacerdotes e dos consagrados e consagradas”, apela o bispo de Vila Real.

O presidente da CEVM saúda quem assume a sua profissão como “uma verdadeira vocação”, que leva a entregar-se “totalmente a cuidar dos outros, como são os casos dos profissionais de saúde, dos cuidadores nos lares ou em casa e dos voluntários em várias instituições e projetos”.

“Neste espírito de gratidão há ainda um lugar especial para todas as famílias que são fiéis à sua vocação de comunidades de vida, amor e fé. E, dada a feliz coincidência de esta semana terminar no Dia da Mãe, agradecemos a Deus o dom que representa cada mãe, de modo especial as que assumem a maternidade como uma grande vocação”, acrescenta D. António Augusto Azevedo.

A mensagem admite que o recolhimento de tantas pessoas pode gerar um “clima de maior silêncio” e ajudar a “uma oração pelas vocações como verdadeiro espaço de escuta”.

“Faço votos que esta semana de oração pelas vocações consagradas suscite em cada pessoa e cada família uma coragem redobrada para viver e ultrapassar esta situação de provação em que nos encontramos. Rezemos sobretudo com fé e com a consciência de que a nossa oração, feita em espírito de comunhão, tem muita força”, conclui o bispo de Vila Real.

A Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios publicou, online, um conjunto de subsídios para ajudar na celebração desta semana.

Os materiais partem da mensagem do Papa para Dia Mundial das Vocações 2020, intitulada “As palavras da vocação”.

Francisco reflete sobre quatro palavras-chave, “gratidão, coragem, tribulação e louvor”.

“A nossa realização e a dos nosso projetos de vida não é o resultado matemático do que decidimos dentro do nosso ‘eu’ isolado; pelo contrário, trata-se, antes de mais, da resposta a um chamamento que nos chega do Alto. É o Senhor que nos indica a margem para onde ir”, escreve.

OC

Intensificar a reza do Terço em maio: Papa propõe duas orações

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O Papa Francisco reforça a tradição de rezar o Terço em família no mês de maio, revelando um "segredo": sozinho ou em companhia, o importante é rezar com simplicidade.

Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
Duas orações a serem rezadas no final do Terço em maio: esta é a proposta do Papa Francisco a todos os fiéis com a chegada do mês mariano.É tradição, escreve o Pontífice, rezar o Terço em casa, em família, no mês de maio. “Uma dimensão que as restrições da pandemia nos obrigaram’ a valorizar, inclusive do ponto de vista espiritual.
A simplicidade

Por isso, Francisco propõe a todos redescobrir no mês de maio a beleza de rezar o Terço em casa: juntos ou sozinhos, o importante é levar em consideração “um segredo”: a simplicidade.
O Papa recorda que é fácil encontrar, inclusive na internet, bons esquemas de oração a seguir, mas oferece dois textos que ele mesmo rezará ao final do Terço, espiritualmente unido a nós.

“Queridos irmãos e irmãs, contemplar juntos a face de Cristo com o coração de Maria, nossa Mãe, nos tornará ainda mais unidos como família espiritual e nos ajudará a superar esta provação. Eu rezarei por vocês, especialmente pelos mais sofredores, e vocês, por favor, rezem por mim. Eu lhes agradeço e os abençoo de coração.”
Eis as orações propostas pelo Santo Padre:
ORAÇÃO A MARIA (I)

Ó Maria,
Vós sempre resplandeceis sobre o nosso caminho
como um sinal de salvação e de esperança.
Confiamo-nos a Vós, Saúde dos Enfermos,
que permanecestes, junto da cruz, associada ao sofrimento de Jesus,
mantendo firme a vossa fé.
Vós, Salvação do Povo Romano,
sabeis do que precisamos
e temos a certeza de que no-lo providenciareis
para que, como em Caná da Galileia,
possa voltar a alegria e a festa
depois desta provação.
Ajudai-nos, Mãe do Divino Amor,
a conformar-nos com a vontade do Pai
e a fazer aquilo que nos disser Jesus,
que assumiu sobre Si as nossas enfermidades
e carregou as nossas dores
para nos levar, através da cruz,
à alegria da ressurreição. Amen.
À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus;
não desprezeis as nossas súplicas na hora da prova
mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.

ORAÇÃO A MARIA (II)

«À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus».
Na dramática situação atual, carregada de sofrimentos e angústias que oprimem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, refugiando-nos sob a vossa proteção.
Ó Virgem Maria, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos nesta pandemia do coronavírus e confortai a quantos se sentem perdidos e choram pelos seus familiares mortos e, por vezes, sepultados duma maneira que fere a alma. Sustentai aqueles que estão angustiados por pessoas enfermas de quem não se podem aproximar, para impedir o contágio. Infundi confiança em quem vive ansioso com o futuro incerto e as consequências sobre a economia e o trabalho.
Mãe de Deus e nossa Mãe, alcançai-nos de Deus, Pai de misericórdia, que esta dura prova termine e volte um horizonte de esperança e paz. Como em Caná, intervinde junto do vosso Divino Filho, pedindo-Lhe que conforte as famílias dos doentes e das vítimas e abra o seu coração à confiança.
Protegei os médicos, os enfermeiros, os agentes de saúde, os voluntários que, neste período de emergência, estão na vanguarda arriscando a própria vida para salvar outras vidas. Acompanhai a sua fadiga heroica e dai-lhes força, bondade e saúde.
Permanecei junto daqueles que assistem noite e dia os doentes, e dos sacerdotes que procuram ajudar e apoiar a todos, com solicitude pastoral e dedicação evangélica.
Virgem Santa, iluminai as mentes dos homens e mulheres de ciência, a fim de encontrarem as soluções justas para vencer este vírus.
Assisti os Responsáveis das nações, para que atuem com sabedoria, solicitude e generosidade, socorrendo aqueles que não têm o necessário para viver, programando soluções sociais e económicas com clarividência e espírito de solidariedade.
Maria Santíssima tocai as consciências para que as somas enormes usadas para aumentar e aperfeiçoar os armamentos sejam, antes, destinadas a promover estudos adequados para prevenir catástrofes do género no futuro.
Mãe amadíssima, fazei crescer no mundo o sentido de pertença a uma única grande família, na certeza do vínculo que une a todos, para acudirmos, com espírito fraterno e solidário, a tanta pobreza e inúmeras situações de miséria. Encorajai a firmeza na fé, a perseverança no serviço, a constância na oração.
Ó Maria, Consoladora dos aflitos, abraçai todos os vossos filhos atribulados e alcançai-nos a graça que Deus intervenha com a sua mão omnipotente para nos libertar desta terrível epidemia, de modo que a vida possa retomar com serenidade o seu curso normal.
Confiamo-nos a Vós, que resplandeceis sobre o nosso caminho como sinal de salvação e de esperança, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. Amen.


quarta-feira, 29 de abril de 2020

Eu vou cá estar!

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Eu vou cá estar. Disse um dia alguém que não tinha mãos a medir para o amor. Dava sempre mais do que o que tinha. Endivida-se por entre abraços que acolhem. Deixava crescer a sua conta de créditos em olhares capazes de renovar vidas. Colocava juros em toda a terra. Apostava tudo em terrenos secos e cobertos de pedregulhos, mas fazia-os render sempre muito mais do que qualquer outro.

Eu vou cá estar. Nem que isto fosse a última coisa que ele fizesse: ficar para todo o sempre! Dizia-o de forma convincente. Era mais do que uma promessa. Era uma dádiva inteira e permanente. Uma entrega total que não deixa que nada, nem ninguém lhe faça retirar a sua presença.

Eu vou cá estar. E, repetindo para si e para todos os que o acompanhavam, foi deixando crescer a semente da sua vida plantando-a nos corações. Ele bem sabia que só ali poderia germinar tudo aquilo que dizia e que era. Só ali, naquele pequeno espaço, poderia crescer e concretizar-se a frase da sua existência. Então saiu. Partiu sem demoras a escutar todos os batimentos que lhe chegavam. Olhou como ninguém e deixou-se entranhar pela humanidade sentindo bem de perto a complexidade da fragilidade.

Eu vou cá estar. E não importava para ele perder-se nas nossas perdas. Não lhe interessava, num combate corpo a corpo, dar-se de corpo inteiro. Era-lhe, isso sim, tremendamente importante ser colo de tantos rostos e esperança viva em tantos desesperos.

Eu vou cá estar. Tal como ontem o testemunhou, tal como o hoje o sentimos e tal como amanhã o esperamos e lhe confiamos!

Hoje, concentra-te em toda a tua vida e pergunta-te: quantas vezes deixaste que Ele te desse colo? Quantas vezes deixaste que Ele te agarrasse?


Emanuel António Dias

terça-feira, 28 de abril de 2020

As desgraças não são castigos, são caminhos


Feliz quem segue o bom caminho | Canto de Oração


Importa que aceitemos que é impossível viver longe do sofrimento. As dores fazem parte da estrutura da nossa existência. As histórias concretas e individuais de cada um de nós são compostas de espaços e tempos onde a alegria apenas se faz presente através da esperança. São pedaços do que somos, tão preciosos quanto os outros mais brilhantes.
É curioso que seja a nossa fragilidade a permitir que nos aproximemos uns dos outros. Afinal, nenhum de nós tem uma vida isenta de amarguras. Por isso, é o nosso próprio rosto que vemos quando olhamos para alguém em busca do seu coração, seja quem for, rico ou pobre, velho ou novo, é sempre o nosso rosto que vemos.
No fundo do nosso ser, no mais íntimo da nossa intimidade, somos tão fracos quanto fortes, somos um equilíbrio que não se quer perder, somos alguém que precisa dos outros para saber quem é e para poder ser quem é. Precisamos dos outros para nos vermos, tal como somos, no melhor e no pior.
A desgraça do outro não me é estranha, as suas dores também chegam a mim. E é esse sofrimento que partilhamos que é o caminho que nos leva uns aos outros. É essa mesma fragilidade que se encontra em todos nós que nos faz irmãos que, por diferentes caminhos, buscam o mesmo fim.
É possível agradecer uma desgraça, não pela maldade que traz consigo, mas por toda a bondade que desperta em nós e naqueles que estão à nossa volta.
Somos responsáveis uns pelos outros. Ninguém deve deixar de estar no nosso horizonte. Por maior que seja a sua miséria, nunca será um miserável, porque enquanto puder sofrer ainda pode muito.
O sentido, a força e a fortaleza da vida dependem da capacidade que temos de derrotar o nosso natural egoísmo e amar, mesmo que contra tudo o que parece lógico.


José Luís Nunes Martins

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Já aprendeste o que era preciso?

Saiba como as crianças aprendem a ler e escrever — Sou Mamãe


Não sei se estamos assim tão dispostos a aprender com aquilo que nos acontece.

Olhos revirados em modo de birra profunda e enraizada. Estamos saturados de tudo. Não era bem assim que queríamos a nossa vida. Não era bem esta pessoa. Não era bem este amor. Não era bem este trabalho. Não era bem aquela decisão. Não era bem assim que devia ter sido.

Claro que agora temos o melhor argumento de todos. Forte, sonante, colossal, quase intocável: pandemia.

Lamento informar: antes da pandemia já éramos o que somos agora. Já éramos os eternos insatisfeitos que só querem o que não pode ser. Que só querem o que não podem ter.

Quando é que vamos aprender o que é preciso? Quando é que vamos pensar no que queremos para nós? Quando é que vamos construir o tipo de sociedade que queremos deixar para as próximas gerações?

Julgo que só podemos aprender quando estivermos dispostos a isso. Com ou sem pandemia. Com ou sem saídas à rua. Com ou sem idas aos restaurantes. Com ou sem conversas face to face.

Até lá, e até estarmos dispostos a aprender que não é a vida ou o universo que têm o poder de nos mudar, não me parece que consigamos chegar longe.

Até lá, e até estarmos dispostos a compreender que não é uma catástrofe que tem o poder de nos mudar, não me parece que consigamos chegar longe.

Ainda estás aí? Levanta-te. Sai desse lugar onde sempre estiveste e vê se aprendes qualquer coisa de uma vez.

Marta Arrais

domingo, 26 de abril de 2020

LANÇAR AS REDES PARA ALÉM DO AQUÁRIO


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Estamos a viver a semana de oração e ação em prol da cultura vocacional, cuja solicitude no terreno sempre reclama um “salto de qualidade”. Falamos daquela dimensão da vida que procura responder à busca de sentido, que estrutura e dá uma nova compreensão à existência de cada pessoa: “Senhor, que queres de mim, que queres que eu seja?”. Já noutros escritos, apoiado nos documentos da Igreja, me tenho referido a estas grandes opções de vida que são, assim o podemos sintetizar: ou o matrimónio ou o ministério ordenado ou a vida consagrada (religiosa e laical), ou, mesmo quando a pessoa conclui que não se sente chamada a nenhuma das citadas vocações e, por opção responsável, refletida, rezada e acompanhada, permanece solteira, não para fugir a responsabilidades ou para levar uma vida leviana ou descomprometia, mas por opção responsável e determinada. E quantas causas nobres de serviços à sociedade e à Igreja acontecem e se desenvolvem devido à ação destas pessoas que, durante toda a vida, se lhes dedicam total e generosamente. Mas seja qual for a resposta a dar ao estado de vida a que cada um se sente chamado, não se pode dar uma resposta a ver se vai dar certo ou apenas por um determinado tempo, a prazo. Espera-se que seja uma resposta séria e definitiva, para toda a vida. Uma resposta dada com amor, alegria e esperança, o que implica saber o que cada uma reclama de formação, preparação, responsabilidade, atenção constante e capacidade de saber ultrapassar as dificuldades que venham a surgir porque nada é tão linear como se sonha. E, isto, mesmo depois de já se estar a viver no matrimónio ou na vida consagrada ou no ministério ordenado. Se assim não for, este pucarinho de barro que cada um de nós é pode esboroar-se, fazer-nos perder o entusiasmo da primeira hora e conduzir-nos a um desfecho de infidelidade e abandono. Mesmo que se invoquem razões que possam desculpar ou diminuir a responsabilidade desse final, é sempre consequência de algo que correu menos bem, fosse em que tempo fosse. Como refere o Papa Francisco na Mensagem para este ano, é importante “que cada um possa descobrir com GRATIDÃO o chamamento que Deus lhe dirige, encontrar a CORAGEM de dizer «sim», vencer a fadiga com a fé em Cristo e finalmente, como um cântico de LOUVOR, oferecer a própria vida por Deus, pelos irmãos e pelo mundo inteiro”. Se o Senhor nos chamou por este ou aquele caminho, Ele está connosco e devemos-lhe estar gratos por ter passado pela nossa vida, por nos ter dado coragem para arriscarmos na certeza de que Ele nos estende a mão no meio das tempestades da vida, e continua a chamar-nos dentro da vocação e a dizer-nos que não tenhamos medo.
O documento “Novas Vocações para uma Nova Europa”, refere que hoje “são necessários «pais» e «mães» abertos à vida e ao dom da vida; esposos e esposas que testemunhem e celebrem a beleza do amor humano abençoado por Deus; pessoas capazes de diálogo e de «caridade cultural», para a transmissão da mensagem cristã, mediante as linguagens da nossa sociedade; profissionais e pessoas simples, capazes de imprimir a transparência da verdade e a intensidade da caridade cristã ao compromisso na vida civil e às relações de trabalho e de amizade; mulheres que redescubram na fé cristã a possibilidade de viver plenamente o seu gênio feminino; presbíteros de coração grande, como o do Bom Pastor; diáconos permanentes que anunciem a Palavra e a liberdade do serviço aos mais pobres; apóstolos consagrados capazes de se imergirem no mundo e na história com coração contemplativo, e místicos tão familiarizados com o mistério de Deus, que saibam celebrar a experiência do divino e apontar Deus presente no vivo da ação” (NVNE,12).
A Igreja valoriza a vocação de todos e confia em todos para promover uma verdadeira cultura vocacional. E se contamos com todos para esse trabalho, nesta Semana das Vocações, porém, todos temos especialmente em conta as vocações ao ministério ordenado e à vida consagrada, as vocações de especial consagração. Hoje é difícil este anúncio vocacional e torna-se fácil a tentação do desânimo em quem tem a missão de o fazer. Os valores que hoje se nos apresentam são diversos e contrastantes. A cultura é pluralista e ambivalente, “politeísta” e neutra. Há excesso de possibilidades, de ocasiões, de solicitações e, a par, a carência de projetos de vida. Há códigos de leitura e de avaliação, de orientação e de comportamento que se repercutem no plano vocacional. E os jovens são fruto deste tempo, desta cultura frágil e complexa, em que a reivindicação da subjetividade se transforma tantas vezes em subjetivismo e o desejo de liberdade em livre arbítrio. E se há quem procure autenticidade e afeto, relacionamentos pessoais e amizades sadias, vastidão de horizontes e simpatia pela vida entendida como valor absoluto, muitas vezes sentem-se um pouco à deriva, sozinhos, feridos pelo bem-estar, desiludidos das ideologias, das políticas não respeitosas do próprio direito à vida, confusos por causa da desorientação ética, como refere o documento que citei. Mas este é o nosso mundo, o mundo em que nós vivemos e exercemos a nossa missão por mandato do Senhor, não temos outro! Além disso, temos de estar conscientes que este trabalho só será possível com o otimismo da fé e através de uma conversão ao dever de mediar a voz que chama, de forma pedagógica e sem perder a força da esperança: o Senhor da messe não deixará faltar operários para a sua messe. Por isso, não pode haver desânimo nem faltar a esperança nos presbíteros, nos educadores, nas famílias cristãs, nas famílias religiosas, nos institutos seculares, nos pais, educadores, professores, catequistas, animadores e nas próprias comunidades cristãs. Todos somos chamados por Deus a colaborar, de muitas maneiras e cada um a seu modo, neste desafio vocacional, contagiando as crianças, os adolescentes e os jovens, com proximidade, gerando empatia e vivendo com alegria. E sem esquecer que Jesus usou o contacto pessoal, chamou-os pelo nome, acompanhou-os por longo tempo tal como eles eram, foi-os formando e orientando, rezou por eles...
A resposta vocacional vai-se descobrindo numa dinâmica relacional, isto é, entre Deus que chama e vai dando sinais e a pessoa que é chamada. Lendo e interpretando os sinais e a própria vida à luz de Jesus Cristo, cada um, com a sorte de ter a seu lado um verdadeiro cireneu que o ajude a discernir, vai-se dizendo e descobrindo a si próprio. E de tal modo que acabará por se tornar numa experiência de resposta livre, concreta e agradecida a Deus que chama. Nesta pedagogia da descoberta vocacional, são indispensáveis a Palavra, os sacramentos, a oração, a comunidade eclesial e a forma como nos relacionamos com os outros e somos para os outros.
Não podemos julgar-nos conhecedores do terreno e bem entendidos nos projetos divinos. A lógica de Deus não é a nossa lógica. Houve um momento em que os Apóstolos assim fizeram, mas não se saíram bem, tiveram de meter a viola ao saco. Julgando-se conhecedores do mar, experientes naquelas lides da pesca e sem nada terem conseguido ao longo de toda a noite, ripostaram ao que o Senhor lhes pedia, e se o fizeram fizeram-no a contar com o fracasso para Lhe mostrar que eles é que tinham razão. E disse a Pedro: “Avança para as águas mais profundas e lança as redes para a pesca”. Simão respondeu: «Mestre, tentamos a noite inteira e não apanhamos nada. Mas em atenção à Tua palavra, vou lançar as redes». Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam” (Lc5,4-6).
Como Igreja em saída, acreditemos na Palavra do Senhor. Avancemos, com esperança. Façamo-nos ao largo, para além do aquário talvez demasiadamente apaparicado mas amoldado a ouvir e a virar as costas a qualquer nova proposta, talvez já inquinado. Lancemos as redes para “águas mais profundas” e reacendamos em nós o zelo das origens (cf. NMI40).

D. Antonino Dias- Bispo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 26-04-2020.

TER FÉ

A imagem pode conter: 1 pessoa, texto que diz "Ecclesia "Ter fé não significa estar livre de momentos difíceis, mas ter a força para os enfrentar sabendo que não estamos sozinhos." Papa Francisco"

Companheiro de viagem



https://www.youtube.com/watch?v=Kj4Enl4w_KM


A liturgia deste domingo convida-nos a descobrir esse Cristo vivo que acompanha os homens pelos caminhos do mundo, que com a sua Palavra anima os corações magoados e desolados, que se revela sempre que a comunidade dos discípulos se reúne para "partir o pão"; apela, ainda, a que os discípulos sejam as testemunhas da ressurreição diante dos homens.
É no Evangelho, sobretudo, que esta mensagem aparece de forma nítida. O texto que nos é proposto põe Cristo, vivo e ressuscitado, a caminhar ao lado dos discípulos, a explicar-lhes as Escrituras, a encher-lhes o coração de esperança e a sentar-Se com eles à mesa para "partir o pão". É aí que os discípulos O reconhecem.
A primeira leitura mostra (através da história de Jesus) como do amor que se faz dom a Deus e aos irmãos, brota sempre ressurreição e vida nova; e convida a comunidade de Jesus a testemunhar essa realidade diante dos homens.

A ressurreição de Cristo prova que uma vida gasta ao serviço do plano do Pai, na entrega aos homens, não conduz ao fracasso, mas à ressurreição, à exaltação, à vida plena. É conveniente lembrarmos isto, sempre que nos sentirmos desiludidos, decepcionados, fracassados, derrotados, criticados, por gastarmos a vida numa dinâmica de serviço, de entrega, de amor. Uma vida que se faz dom nunca é um fracasso; uma vida vivida de forma egoísta e auto-suficiente, à margem de Deus e dos outros, é que é fracassada, pois não conduz à vida em plenitude.
A segunda leitura convida a contemplar com olhos de ver o projecto salvador de Deus, o amor de Deus pelos homens (expresso na cruz de Jesus e na sua ressurreição). Constatando a grandeza do amor de Deus, aceitamos o seu apelo a uma vida nova.

O mundo em que vivemos potencia mais o egoísmo e a auto-suficiência do que o amor e a doação... Os homens do nosso tempo vivem, de forma geral, voltados para si mesmos, para os seus pequenos interesses pessoais e para a realização imediata dos seus sonhos, desejos e prioridades. Nós, os crentes, no entanto, somos convidados a viver e a anunciar a lógica de Deus, que é a lógica do amor e da entrega da vida até às últimas consequências. Qual é a lógica que domina a minha vida e que eu transmito nas minhas palavras e nos meus gestos: a lógica do amor, da entrega, da doação até às últimas consequências, ou a lógica do egoísmo, do orgulho, do amor-próprio?

Na nossa caminhada pela vida, fazemos, frequentemente, a experiência do desencanto, do desalento, do desânimo. As crises, os fracassos, o desmoronamento daquilo que julgávamos seguro e em que apostámos tudo, a falência dos nossos sonhos deixam-nos frustrados, perdidos, sem perspectivas. Então, parece que nada faz sentido e que Deus desapareceu do nosso horizonte... No entanto, a catequese que Lucas nos propõe hoje garante-nos que Jesus, vivo e ressuscitado, caminha ao nosso lado. Ele é esse companheiro de viagem que encontra formas de vir ao nosso encontro - mesmo se nem sempre somos capazes de O reconhecer - e de encher o nosso coração de esperança.

E quando O encontramos? Que fazer com Ele? Lucas responde: Temos de levá-l'O para os caminhos do mundo, temos de partilhá-l'O com os nossos irmãos, temos de dizer a todos que Ele está vivo e que oferece aos homens (através dos nossos gestos de amor, de partilha, de serviço) a vida nova e definitiva.

https://www.dehonianos.org/

sábado, 25 de abril de 2020

Poderosa oração do Escudo do Sagrado Coração contra pandemias e epidemias

sacredheart

No século 18, quem usava o Escudo do Sagrado Coração ficou livre de uma epidemia que atingiu uma cidade da França

Conta a tradição que a oração abaixo, do Escudo do Sagrado Coração de Jesus, livrou toda a cidade de Marseille na França de uma epidemia.

A origem da devoção



A Santa Margarida Maria Alacoque foi revelado um desejo de Jesus. Esse desejo era de que fossem confeccionados escudos com a imagem de seu Sagrado Coração, a fim de que todos aqueles que lhe oferecessem uma homenagem, os colocassem em suas casas e os levassem consigo.

A autorização para tal prática, no início, foi concedida somente aos conventos da Visitação. Depois, foi mais difundida pela Venerável Ana Magdalena Rémuzat

A essa religiosa, também da mesma Ordem da Visitação, falecida em alto conceito de santidade, Nosso Senhor fez saber, antecipadamente, o dano que causaria uma grave epidemia na cidade francesa de Marselha, em 1720, bem como o maravilhoso auxílio que os marselheses receberiam com a devoção a seu Sagrado Coração.

A referida santa fez, com a ajuda de suas irmãs de hábito, milhares desses Escudos do Sagrado Coração e os repartiu por toda a cidade onde grassava a peste. A história registra que, pouco depois, a epidemia cessou como por milagre. Não contagiou muitos daqueles que portavam o Escudo, e as pessoas contagiadas tiveram um extraordinário auxílio com essa devoção.

Em outras localidades ocorreram fatos análogos. A partir de então, o costume se estendeu por outras cidades e países.

Anos mais tarde, ao tomar conhecimento dessa devoção, o Papa Pio IX concedeu uma bênção especial a todos os escudos elaborados segundo o modelo dessa devoção.
Oração ao Escudo do Sagrado Coração de Jesus

Alto! Detenha-te, demónio; detenha-se toda maldade, todo perigo, todo desastre. Detenham-se todos os assaltos, todas as balas de bandidos, todas as tentações. Detenha-se todo inimigo, toda enfermidade, e detenham-se nossas paixões desordenadas, pois o Sagrado Coração de Jesus está comigo!

Alto! O coração de Jesus está Comigo. Venha a nós o Vosso Reino (3X)


Com informações de Alexandre Oliveira, missionário da Canção Nova

sexta-feira, 24 de abril de 2020

O RUIDO DAS LIBERDADES DE ABRIL


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A consciência da liberdade e da dignidade do homem, de mão dada com a afirmação dos direitos inalienáveis da pessoa e dos povos, é uma das características predominantes do nosso tempo. Antes do cristianismo era impensável, mesmo que agora ainda se possa fomentar de modo errado! A comunicação que Deus fez de si mesmo aos homens tornou Jesus Cristo o acontecimento da História de maior relevância para a Humanidade, ao ponto de dividir a História no antes e no depois de Cristo. Inverteu os valores, fez resplandecer a dignidade pessoal de cada individuo, deu aso à formulação dos direitos humanos mesmo que ainda muito espezinhados. “No mundo pré-cristão, procuraríamos em vão semelhante visão do Homem: nem Platão, que fala de forma sublime do eros, nem nos tratados de Aristóteles e de Cícero sobre a amizade, nem nos escritos dos estoicos se poderá encontrar qualquer atenção à pessoa humana, à qual só se dará fundamento a partir da revelação cristã” (Hans Urs von Balthasar). Jesus, figura dominante da História, veio dar-lhe o seu significado autêntico, a sua direção permanente e definitiva. Não com armas e opressão, mas comprometendo-se com a sorte do homem, em amor e misericórdia. Ateus, crentes, filósofos, escritores, artistas, pessoas de todas as áreas do saber, do poder e do saber fazer, ninguém, ninguém ficou nem fica indiferente perante o que Ele disse e fez, perante o encanto da sua pessoa e da sua doação até ao extremo. Assim aconteceu com todos quantos se cruzaram com Ele ao longo da sua vida terrena e depois da sua Ressurreição, o Grande Dia para toda a Humanidade, a Páscoa. Sim, o Grande Dia, acredite-se ou não! À volta da sua pessoa, ontem e hoje, quantos encontros e desencontros, quanta alegria e entusiasmo, quantas certezas e dúvidas, quantas inquietações e esperanças, quantos, quantos amores apaixonados até ao martírio, quanta vida, quanto testemunho, quanto bem fazer, quantas expressões extraordinárias de arte e beleza em todas as áreas da atividade humana. No entanto, como perante Ele ninguém fica indiferente, também houve e há rejeições. E quantas delas por mera ignorância ou preconceitos como aquele que chegou ao ponto de mandar gravar uma cruz na sola dos sapatos para O espezinhar continuamente. Quanta mentira ou iniciativa para O desmitificar, quantas banalizações e ofensas, quantas apropriações indevidas até para fazer guerras, quantas perseguições, quantos escritos para negar a sua divindade. “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”, rezou Cristo na Cruz (Lc 23,34).
Aquele “Tudo está consumado” dito por Jesus no alto do Calvário, não foi uma declaração conformada com o fim de tudo. Não foi uma humilhante rendição porque tudo fracassara. Não, não foi um cruzar de braços perante uma derrota. Foi um vigoroso Sim à vitória da vida sobre a morte, um Sim para restituir ao homem a dignidade perdida e indicar a toda a Humanidade o caminho da Liberdade, da Dignidade e do viver com sentido e esperança. Jesus falou e continua a falar com a simplicidade da sua vida, com a sua humanidade, com a sua obediência ao Pai, com a sua coerência, com a sua fidelidade à verdade e com o seu amor a toda a gente, sem fazer aceção de pessoas, dando prioridade aos que sofrem e aos esquecidos à margem da vida. Foi n’Ele e por Ele que o homem adquiriu plena consciência do sentido da sua vida, da sua dignidade e do valor transcendente da própria humanidade.
Cada país tem o seu Dia Nacional, o qual, infelizmente, nem sempre é o dia da conquista da liberdade, dentro daquela Liberdade e Dignidade de filhos de Deus. Por paradoxal que pareça, esses dias nacionais vão-se sucedendo uns aos outros, tal como aquelas afirmações que são tão verdade enquanto não vem outro e diz o contrário. Parece que cada tempo tem de ter forçosamente os seus heróis. Mudam-se os tempos mudam-se as vontades, sobretudo quando os que governam se esquecem da sua verdadeira missão ao serviço do povo. O último acontecimento mais digno de registo ou tido como revolucionário, para o bem ou para o mal, é sempre o único, o mais nobre e o mais importante para quem o levou acabo, mesmo que o seja para desgraça de um povo. E sempre há gente que está com quem está, quer quando o regime se apoia na razão da força, quer quando se pauta pela força da razão. O virar da casaca é imediato, num esfregar de olhos. A subserviência aos da nova situação é tal que nunca os deixa livres para avaliarem qualquer dos sistemas. E como a fama é um objetivo apetecível, há quem, dentro da façanha revolucionária, não passando de um mero e suplente apanha bolas devido às circunstâncias do momento e das quais porventura não conseguiu fugir, há quem não se canse de gritar ao mundo a fazer crer que foi um grande craque no relvado, um herói indispensável na hora da mudança e a merecer lugar de sócio correspondente e de número na academia da história pátria, quiçá, um cantinho no panteão! Ai estes bípedes humanos que engraçados que somos!...
E assim, uns, como é o nosso caso, festejam com alegria o dia em que a liberdade foi conquistada e se instalou a democracia e os direitos de cidadania. Há festa, vestem-se os fatos de domingar e calçam-se os sapatos de ir à missa, como soe dizer-se, para se entrar no Salão Nobre e florido da República onde os representantes do povo têm a sua cátedra de diagnóstico das maleitas e do receituário para as doenças do Nação. Há discursos empolgados com esticadas reflexões, há palmas e aplausos. E bem, é preciso comemorar e fazer festa. Há conquistas inesquecíveis a merecer festa em qualquer tempo e a qualquer pretexto, com terno e gravata. A ferir a história dos povos, idênticas manifestações também fazem as ditaduras, com desfiles militares a quererem assustar o mundo, discursos empolgados a olhar para o umbigo, aplausos e palmas a aquecer as mãos e a atordoar os ouvidos. Os demagogos encontram aí uma grande ocasião para espraiarem o seu ego por entre discursos inflamados a ecoar por mundo fora. O povo, esse, e conforme os casos, ou se manifesta livremente na alegria e gratidão de ter a liberdade, ou na obrigação de fingir e repudiar a tristeza que lhe vai na alma. Nas próprias escolas, a história última que se estuda, é sempre a história feita pelos últimos vencedores, por aqueles que se encontram ao leme dos países, quer seja a construída pelos que conquistaram a liberdade, quer seja a feita pelos que a esconjuraram. Para uns e outros, importa denegrir o passado como nada tendo de bom, e empolgar o presente como maravilha sem igual. Mas isto também acontece, em democracia, dentro dos partidos que se alternem no poder. Nenhum consegue viver sem denegrir o do turno anterior para que possa engrandecer o que ele agora está a fazer. A história humana, que é cíclica, lá se vai desenvolvendo por entre tais enredos, tantas vezes com a humilhação do povo, do qual, quem manda, se julga dono e senhor, esquecendo que o seu poder é um poder delegado pelo próprio povo, em nome de Deus. E disse Pilatos a Jesus: “Não sabes que tenho autoridade para Te soltar e autoridade para Te crucificar?” Jesus respondeu: “Não terias nenhuma autoridade sobre Mim se ela não te fosse dada do alto” (Jo 19,10-11).
Portugal, nos últimos tempos, saboreou ambos os momentos. Quem agora se apresenta como presa fácil às garras desse traste que é o covid-19, sabe apreciar bem a diferença. Muita gente festejou - ou suportou ver festejar! -, com gosto ou sem gosto, contrariado ou por obrigação, o 28 de maio. Mesmo que o Dia da Restauração e o da República estejam dormentes nos braços de Morfeu, festejemos o 25 de abril, que, neste ano, já deu água pela barba àqueles que, quando falaram sobre os festejos, de tal modo falaram que até as andorinhas suspenderam o voar e as árvores se torceram para os escutar. Mas não gostaram, o efeito foi fraco e era escusado! Esperemos que o povo, que sabe rir dessas horas menos boas dos seus Servidores, não deixe de viver, com gosto e ao seu jeito, e como melhor o conseguir fazer, esse Dia Nacional que a todos nos orgulha e enobrece o país.

D. Antonino Dias - Bispo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 24-04-2020.

Inquietude





«Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em Ti.» (Santo Agostinho)
Se por um lado é a quietude que nos permite re-centrar o que realmente produz valor na nossa vida, a inquietude é o que nos permite caminhar em busca de um sentido e significado para tudo o que nos faz viver.

No conforto de nossa casa participamos na Eucaristia, em conferências e acções de formação. No meu caso dou aulas e tudo através da internet, qual ferramenta que veio suprir a necessidade de entrar em contacto com os outros. Mas será toda a conexão online parte da nossa inquietude?

A inquietude faz-se com o que nos desinstala e desconforma. Um desconformar que não pretende deformar, mas ajustar a forma que a vida assume perante as condições de possibilidade de cada um.

A inquietude desperta em nós um sentido de procura que não se conforma apenas com o que estamos de acordo, mas encontra no que sabemos pouco o impulso para ir à procura daquele algo mais que traz profundidade à nossa experiência.

Por vezes será a inquietude a ajudar-nos a pensar bem se o caminho encetado é o melhor, ou se fomos seduzidos pela onda do momento e convém rever as nossas escolhas.

O que em outros tempos de pandemia mexia com a cabeça das pessoas - astrologia, profecias baratas, remédios milagrosos, etc. -, revelando quão pouco ou nada se sabia sobre o que realmente se passava à sua volta, hoje, corresponde às ondas subtis e fantasma da desinformação que nos levam a pensar sobre o que é real e o que é ficção.

O modo como estamos conectados não prima pela diversidade e riqueza de cada um, mas privilegia alguns espaços controlados, não por alguns, mas por algo. Sim, as redes sociais onde pensamos encontrar resposta para a nossa inquietude é uma inteligência artificial que gere os nossos “gostos” em função daquilo que os outros gostam. O sentido de querer percorrer o caminho despertado pela inquietude na vida virtual leva à uniformidade, não à unidade na diversidade.

A inquietude conduz-nos ao repouso onde não estamos parados, mas contemplamos o infinito presente no finito, procuramos o profundo no meio de tanta superficialidade e a plenitude de um corpo-mente-espírito despertos para a Realidade que nos faz experimentar a Verdade da Unidade na Diversidade.


Miguel Oliveira Panão

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Que quereis fazer de mim?»

https://www.youtube.com/watch?v=nzSaV5IasyM&list=RDnzSaV5IasyM&start_radio=1

«Que quereis fazer de mim?»

«Vossa sou, para Vós nasci,
Que quereis fazer de mim?
Soberana Majestade,
Eterna Sabedoria,
Bondade tão boa para a minha alma,
Vós, Deus, Alteza, Ser Único, Bondade,
Olhai para a minha baixeza,
Para mim que hoje Vos canto o meu amor.
Que quereis fazer de mim?

Vossa sou, pois me criastes,
Vossa, pois me resgatastes,
Vossa, pois me suportais,
Vossa, pois me chamastes,
Vossa, pois me esperais,
Vossa, pois não estou perdida,
Que quereis fazer de mim?»

                          Santa Teresa d’Ávila





Jesus, Tu apresentas-Te, tantas vezes,
com um aspeto diferente daquele que esperamos.
Dá-me a capacidade de Te reconhecer, hoje.
Que quereis fazer de mim?
Ajuda-me a ver-Te
nas circunstâncias da minha vida.
Peço-te, Pai, por cada pessoa,
particularmente, por aqueles que estão mais tristes,
mais sós e pelos que mais precisam de Ti.
Aumenta-nos a Fé e a Esperança.

Ámen!
M:F.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Emergência pandemia e a saudade da comunidade em carne e osso

O interior de uma igreja em tempos de coronavírus

Homilia do Papa na Santa Marta: “A familiaridade dos cristãos com o Senhor é sempre comunitária. É pessoal, mas em comunidade. Uma familiaridade sem comunidade, sem pão, sem a Igreja, sem o povo, sem os sacramentos, é perigosa.”


ANDREA TORNIELLI

“Uma familiaridade sem comunidade, sem pão, sem a Igreja, sem o povo, sem os sacramentos, é perigosa.” Francisco, na homilia da missa matutina na Santa Marta, encontro que acompanha e conforta milhões de pessoas neste período de isolamento forçado e ajuda a manter as comunidades unidas, falou do risco de uma fé vivida de maneira íntima. A reflexão do Papa parte da história do Evangelho de João: Jesus, que espera os discípulos na margem do lago de Tiberíades, entretém-se com eles e come com eles o peixe assado na brasa. É uma familiaridade que passa através do estar à mesa discutindo juntos.

A do cristão, explicou Francisco, é “uma familiaridade quotidiana com o Senhor”, como a de quem se senta à mesa para tomar café da manhã e falar naturalmente do que está em seu coração. Uma familiaridade que é sempre comunitária, mesmo sendo pessoal e íntima. Porque uma familiaridade sem comunidade, sem relações humanas, sem a partilha do pão, sem os sacramentos, pode correr o risco de se tornar “agnóstica”, evanescente. Isto é, ser reduzida a “uma familiaridade apenas para mim, separada do povo de Deus”. Enquanto a vivida pelos apóstolos com Jesus sempre foi uma familiaridade comunitária, vivida à mesa, sinal de comunidade, “com o Sacramento, com o pão”.
Ouça e compartilhe

O isolamento a que somos obrigados neste momento devido à pandemia e a impossibilidade de participar da celebração eucarística nesta situação de emergência, não devem trazer o risco de nos acostumar a viver uma fé íntima. Hoje, milhões de pessoas se conectam através dos meios de comunicação para tentar viver sua pertença à comunidade; estão juntas através de uma tela, sem estarem fisicamente. Uma modalidade necessária, neste momento, a única possível na emergência que todos esperamos que termine em breve.

Mas isso não pode nos fazer esquecer que a Igreja, os Sacramentos, o povo de Deus são concretos. A familiaridade vivida através dos meios de comunicação é uma ajuda e representa hoje, explica o Papa, uma maneira de “sair do túnel, não de permanecer”. Portanto, Francisco nos convida a não considerar essa modalidade normal, que também tem trazido conforto a muitas pessoas nas últimas semanas, apoiando-as na solidão e na provação. De fato, os cristãos estão inseridos na comunidade, no povo de Deus. Um povo de carne e osso que parte o pão, ouve a Palavra, partilha na caridade e anuncia a alegria do Evangelho de pessoa a pessoa, através do testemunho da vida e da proximidade concreta. Um povo que sabe explorar de forma criativa todas as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias para manter-se em contato e alcançar aqueles que estão sozinhos, sempre esperando, quando possível, poder encontrar-se fisicamente em torno da mesa eucarística. Um povo que se sente acompanhado quotidianamente pelo Papa e que olha com gratidão aos muitos sacerdotes, religiosas, voluntários que nesses dias encontraram maneiras de estar concretamente próximos aos moribundos, doentes, descartados, colocando em risco suas vidas e, em muitos casos, até sacrificando-as.


vaticano news

terça-feira, 21 de abril de 2020

O vídeo com 1º Catecismo - Catequese 19: «Jesus está Vivo» do projeto «Catequese em nossa Casa»



O vídeo com 1º Catecismo - Catequese 19: «Jesus está Vivo» do projeto «Catequese em nossa Casa» do EDUCRIS

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O Cristão e a misericordia




A resposta dos cristãos nas tempestades da vida e da história só pode ser a misericórdia: amor compassivo entre nós e com todos, especialmente com os que sofrem, os que mais sofrem, os que são abandonados … Não é pietismo, não é assistencialismo, mas compaixão, que vem do coração.
A misericórdia divina vem do coração de Cristo ressuscitado. Brota da ferida sempre aberta do seu lado, aberta para nós, que precisamos sempre de perdão e conforto. A misericórdia cristã inspire também a partilha correta entre as nações e as suas instituições, para enfrentar a atual crise de forma solidária.


                                                                             (Papa Francisco)

segunda-feira, 20 de abril de 2020

JMJ e Encontro Mundial das Famílias adiados por um ano

Jovens portuguesesJovens portugueses 

JMJ e Encontro Mundial das Famílias adiados por um ano

Foi tomada a decisão de transferir o encontro das famílias em Roma para 2022 e o encontro mundial dos jovens em Lisboa para 2023.

Vatican News
A pandemia do coronavírus fez com que os organizadores de dois dos próximos grandes eventos da igreja reformulassem os seus planos. Em comunicado, a Sala de Imprensa da Santa Sé explica que "devido à atual situação sanitária e às suas consequências sobre a deslocação e agregação de jovens e famílias, o Santo Padre, junto com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, decidiu adiar por um ano o próximo Encontro Mundial das Famílias, previsto para se realizar em Roma, em junho de 2021, e a próxima Jornada Mundial da Juventude, prevista para Lisboa, em agosto de 2022. Portanto, o Encontro Mundial das Famílias em Roma irá se realizar em junho de 2022, e a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, em agosto de 2023.

Covid-19: Papa pede que ninguém seja deixado para trás, no pós-pandemia, alertando para vírus do «egoísmo»

Missa em santuário junto à Praça de São Pedro assinalou 20.º aniversário da instituição do Domingo da Divina Misericórdia


https://www.youtube.com/watch?v=qRMPbnMqr7I


Roma, 19 abr 2020 (Ecclesia) – O Papa deslocou-se hoje à igreja do Espírito Santo em Sassia, junto à Praça de São Pedro, para assinalar o 20.º aniversário da instituição do Domingo da Divina Misericórdia, pedindo que ninguém fique para trás, no pós-pandemia.

“A misericórdia não abandona quem fica para trás. Agora, enquanto pensamos numa recuperação lenta e trabalhosa da pandemia, é precisamente este perigo que se insinua: esquecer quem ficou para trás. O risco é que nos atinja um vírus ainda pior: o do egoísmo indiferente”, disse, na homilia da celebração, sem assembleia, com transmissão online.

O Papa alertou para o descarte dos mais pobres e frágeis, como se a vida apenas melhorasse quando corre bem apenas para si próprio.

Chega-se a selecionar as pessoas, a descartar os pobres, a imolar no altar do progresso quem fica para trás. Esta pandemia, porém, lembra-nos que não há diferenças nem fronteiras entre aqueles que sofrem. Somos todos frágeis, todos iguais, todos preciosos”, apontou.

O pontífice desejou que a atual crise possa “mexer” com todos: “É tempo de remover as desigualdades, sanar a injustiça que mina pela raiz a saúde da humanidade inteira”.

Aproveitemos esta prova como uma oportunidade para preparar o amanhã de todos. Sem descarta ninguém, de todos, porque, sem uma visão de conjunto, não haverá futuro para ninguém”.

Francisco, que saiu do Vaticano pela segunda vez desde o início das medidas de isolamento social, disse esta manhã que, uma semana depois da celebração da ressurreição de Jesus Cristo, a Igreja Católica celebra hoje a “ressurreição do discípulo”.

“Deus não se cansa de estender-nos a mão para nos levantar das nossas quedas. Quer que o vejamos assim: não como um patrão, com quem temos de ajustar contas, mas como o nosso papá, que nos levanta sempre”, declarou.

O Papa Francisco apresentou uma reflexão sobre a incredulidade do apóstolo Tomé, perante o anúncio da ressurreição de Jesus, e disse que, neste momento de pandemia, todos têm “medos e dúvidas”, reconhecendo-se “frágeis”.

“Precisamos do Senhor, que, mais além das nossas fragilidades, vê em nós uma beleza indelével. Com Ele, descobrimo-nos preciosos nas nossas fragilidades. Descobrimos que somos como belíssimos cristais, simultaneamente frágeis e preciosos”, referiu.





A Missa assinalou ainda o 20.º aniversário da canonização da mística polaca Faustina Kowalska, responsável pela difusão da devoção à Divina Misericórdia, que inspirou o Papa João Paulo II a dedicar o II domingo da Páscoa a esta celebração.

“Acolhamos também nós, como o apóstolo Tomé, a misericórdia, que é a salvação do mundo. E usemos de misericórdia para com os mais frágeis: só assim reconstruiremos um mundo novo”, disse Francisco.

Numa igreja que se tornou “santuário da misericórdia em Roma”, o Papa recordou que, na primeira comunidade cristã, todos esperaram pelo discípulo que tinha ficado para trás.

“Hoje parece dar-se o contrário: uma pequena parte da humanidade avançou, enquanto a maioria ficou para trás”, lamentou.

A homilia recordou a experiência de vida dos primeiros cristãos, na qual os crentes “possuíam tudo em comum”, como refere o livro dos Atos dos Apóstolos, “vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um”.

“Não é ideologia, é Cristianismo”, sustentou.

OC

domingo, 19 de abril de 2020

Domingo da Divina Misericórdia


https://www.youtube.com/watch?v=5jtLU1FL8WI

A liturgia deste domingo apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.
Na primeira leitura temos, na "fotografia" da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta de salvação, que se reúne para louvar o seu Senhor na oração e na Eucaristia, que vive na partilha, na doação e no serviço e que testemunha - com gestos concretos - a salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo.
A comunidade cristã é, ainda, uma comunidade que celebra liturgicamente a sua fé. A celebração da fé comunitária dá-nos a dimensão de um povo peregrino, que caminha unido, voltado para o seu Senhor e tendo Deus como a sua referência. Da celebração comunitária da fé, sai uma comunidade mais fortalecida, mais consciente da vida que une todos os seus membros, mais adulta e com mais força para ser testemunha da salvação. O que é que significa, para mim, a celebração comunitária da fé? A celebração eucarística é um rito aborrecido, a que "assisto" por obrigação, ou uma verdadeira experiência de encontro com o Jesus do amor e do dom da vida e uma experiência de amor partilhado com os meus irmãos de fé?
No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d'Ele que a comunidade se estrutura e é d'Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.
A comunidade tem de ser o lugar onde fazemos verdadeiramente a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. É nos gestos de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo. É isso que a nossa comunidade testemunha? Quem procura Cristo, encontra-O em nós?
A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã que a identificação de cada crente com Cristo - nomeadamente com a sua entrega por amor ao Pai e aos homens - conduzirá à ressurreição. Por isso, os crentes são convidados a percorrer a vida com esperança (apesar das dificuldades, dos sofrimentos e da hostilidade do "mundo"), de olhos postos nesse horizonte onde se desenha a salvação definitiva.
A questão do sentido do sofrimento (sobretudo do sofrimento que atinge o justo) é tão antiga como o homem; as respostas que o homem foi encontrando para essa questão foram sempre parciais e insatisfatórias... A Palavra de Deus que hoje nos é proposta não esclarece definitivamente a questão, mas acrescenta mais uma achega: o sofrimento ajuda-nos, muitas vezes, a crescer, a amadurecer, a despirmo-nos de orgulhos e auto-suficiências, a confiar mais em Deus... Somos convidados a tomar consciência de que o sofrimento pode ser, também, um caminho para ressuscitarmos como homens novos, para chegarmos à vida plena e definitiva.

https://www.dehonianos.org/

sábado, 18 de abril de 2020

INFORMAÇÃO PAROQUIAL

Domingo da Divina MisericórdiaP. Fernando Farinha.jpg

O nosso Pároco , Fernando Farinha, celebra, amanhã, dia 19, a Eucaristia, pelas 12:00H, na Igreja Matriz, pelo fim da pandemia, pelos doentes, idosos, os que sofrem e pelos falecidos das nossas paróquias durante este período de confinação.
Esta celebração não terá participação dos fiéis, no cumprimento do plano de emergência nacional.
Associemos -nos em oração, por estas  intenções e pelas nossas, rezando e acendendo uma vela.

🙏 🙏 🙏

Ó Maria, Nossa Senhora da Hora:

Tu resplandeces sempre no nosso caminho
como sinal de salvação e de esperança.
Confiamo-nos a Ti, Saúde dos Enfermos,
que junto da Cruz foste associada à dor de Jesus,
mantendo firme a tua fé.

Tu, Salvação do Povo de Deus,
sabes bem do que mais precisamos
e estamos seguros de que proverás
para que, tal como em Caná da Galileia,
possa voltar a alegria e a festa
depois deste momento de provação.

Ajuda-nos, Mãe do Divino Amor,
a conformar-nos com a vontade do Pai
e a fazer aquilo que Jesus nos disser,

Ele que tomou sobre Si os nossos sofrimentos
e carregou as nossas dores,
para nos conduzir, por meio da Cruz,
à glória da Ressurreição.

Ámen.


À vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus.
Não desprezeis as nossas súplicas, nós que estamos na provação,
e livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!


Papa Francisco