quinta-feira, 16 de abril de 2020

Um dia houve alguém que nos encontrou!


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Um dia houve alguém que nos encontrou. Parou diante da berma das nossas vidas e convidou-nos a entrar na casa do Seu amor. Não viu o que éramos ou fazíamos, mas olhou-nos com toda a Sua atenção. Tornou-nos o Seu mais que tudo. Fez de nós os meninos e meninas dos Seus olhos.

Um dia houve alguém que nos encontrou. Descobriu-nos na solidão do nosso caminhar e levou-nos ao maior de todos os encontros. Tornou-nos pescadores de homens e deu-nos a conhecer os mares da nossa humanidade: agitados pelo nosso medo e incompreensão e, tantas outras vezes, calmos pela certeza da Sua presença.

Um dia houve alguém que nos encontrou. Tirou um pouco do seu tempo para nos dar todo o Seu tempo. Insistiu em focar-nos naquilo a que somos convidados. Alegrou-se por tanto encontro verdadeiro e deixou-se comover pela escrita dos olhares puros e sinceros.

Um dia houve alguém que nos encontrou. Retirou-nos do esconde-esconde facilitador das nossas das nossas vidas e desinstalou-nos para todo o sempre. Deu-nos a conhecer que o encontro acontece à volta da mesma mesa. Rodeada com a pura humanidade que nos convida a tocar a divindade. E depois de nos ter encontrado tão de perto e de nos ter sondado como Pai: (re)partiu. Para todos e por todos. Mostrando que o encontro permanece no sinal e na convivência.

Um dia houve alguém que nos encontrou. Perdidos e desnorteados. Com sede de uma nova água e com fome de uma nova Palavra. Fez então da Sua vida um verdadeiro Verbo e conjugou-a em amor. E o Seu amor é agora o nosso melhor passado, o nosso presente mais certo e o nosso futuro mais promissor!

Hoje, diante do silêncio da tua vida, pergunta-te: quantas vezes deixaste que Ele te descobrisse? Quantas?


Emanuel António Dias

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