quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Ainda vamos a tempo?



De mudar o curso das coisas.

De fazer a diferença hoje ou amanhã.

De impedir que a terra continue a girar para o lado errado.

De não deixar que os nossos partam sem saber o quanto os amamos.

De não julgar tanto.

De contar menos histórias mentirosas sobre a vida e sobre os outros.

De ver os outros mais como são e menos como somos.

De aceitar melhor o que nos aconteceu.

De não deixar o descanso para depois.

De cuidar da saúde como quem cuida de um filho bebé.

De perdoar o que já nem tem era.

De falar menos do que não sabemos ou conhecemos.

De sentir as lutas dos outros na nossa pele.

De perceber que nada é garantido.

De saber que tudo é temporário.

De atravessar as pontes mais bonitas. E as mais difíceis.

De acreditar que há pessoas boas e que não se cansam de o ser.

De perceber que o mal também existe e que, se o contemplarmos, temos de lhe fugir a sete pés.

De lutar por um mundo mais justo para todos e não só para os "amigos" dos "amigos" do costume.

De viver de acordo com aquilo que dizemos. Ou dissemos.

De mudar de ideias.

De viver cada dia como se fosse o último. Porque, de alguma forma, é mesmo.


Ainda vamos a tempo?


Marta Arrais

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