sexta-feira, 31 de maio de 2024
E se diante da dor não soubermos o que dizer?
E se diante da dor não soubermos o que dizer?
E se diante da incompreensão não soubermos o que dizer?
E se diante das injustiças não soubermos o que dizer?
E se diante da impotência não soubermos o que dizer?
E se diante da angústia não soubermos o que dizer?
E se diante da incerteza não soubermos o que dizer?
E se diante da perda não soubermos o que dizer?
E se diante tantos “ses” não soubermos o que dizer?
Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a falar.
Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a costurar as feridas.
Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a dar significado ao que parece não ter sentido.
Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a dar resposta ao que não sabemos.
Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a fonte de esperança.
Deixemos que seja o silêncio, o amor e a presença a orientar o caminho da incerteza.
Diante da dor e da complexidade do sofrimento humano não queiramos ter palavras para todos os momentos, nem justificações.
Diante da dor e da complexidade do sofrimento humano precisamos apenas de estar, deixando que o silêncio soletre o indizível, que o amor abrace a nossa inteireza e que a presença suporte o peso de existir!
E se diante da dor não houver nada para dizer?
Emanuel António Dias
quinta-feira, 30 de maio de 2024
Procissão de Corpo de Deus
Hoje a nossa Paróquia esteve em festa. É o dia do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo e um dia muitos especial porque onze cranças do 3º ano de catequese receberam Jesus pela primeira vez. Destas onze crianças, cinco delas receberam o Baptismo. Estes momentos solenes são vividos e partilhados em comunidade, por isso, hoje, reunimo-nos na "casa" que acolhe a todos para celebrarmos e orarmos por estas crinças para que tornem viva a sua Fé em obras e palavras, na alegria e amor desta comunidade.
As celebrações tiveram início pelas 11h00 com o acolhimento dos Baptismos, seguindo se a Eucaristia com os sacramentos do Baptismo, a cerimónia da Primeira comunhão, reunindo-nos em volta do altar do Senhor, para estar na sua presença, As crianças ofereceram uma rosa a Nª Srª, enquanto se ouvia o coro cantando a consagração à Mãe. Foram entregues os diplomas de Baptismo e 1ª Comunhão e de seguida caminhamos com o Senhor pelas ruas do centro da vila.
Por fim, ajoelhámo- nos em Adoração diante d'Aquele que se inclinou até nós e deu a vida por nós.
SOLENIDADE DE SANGUE E CORPO DE CRISTO
Quinta Corpus Ciclo B ( Portugês ) (youtube.com)
À ESCUTA DA PALAVRA.
A fé da Igreja na presença do seu Senhor ressuscitado no mistério da Eucaristia remonta à origem da comunidade cristã. São Paulo transmite o que recebeu da tradição, cerca de 25 anos depois da morte de Jesus. É a narração mais antiga da Eucaristia. A Igreja nunca abandonou esta centralidade. Também o Evangelho de Marcos dá-nos hoje um relato semelhante da instituição da Eucaristia.
A Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo foi instituída em meados do século XIII, numa época em que se comungava muito pouco e onde se levantavam dúvidas sobre a «presença real» de Jesus na hóstia consagrada depois da celebração da Eucaristia. A Igreja respondeu, não com longos discursos, mas com um ato: sim, Jesus está verdadeiramente presente mesmo depois do fim da missa. E para provar esta fé, criou-se o hábito de organizar procissões com a hóstia consagrada pelas ruas, fora das igrejas.
Hoje, não é raro encontrar católicos que põem em dúvida esta permanência da presença Jesus no pão eucarístico. As palavras de Jesus esclarecem-nos: «Este é o meu Corpo… Este cálice é a nova Aliança no meu sangue». Estas afirmações de Jesus, na noite de quinta-feira santa, não dependiam nem da fé nem da compreensão dos apóstolos. É Jesus que se compromete, que dá o pão como sendo o seu corpo, o cálice de vinho como sendo o cálice da nova Aliança no seu sangue. Só Ele pode ter influência neste pão e neste vinho.
Hoje, é o sacerdote ordenado que pronuncia as palavras de Jesus, mas não é ele que lhes dá sentido e realidade. É sempre Jesus ressuscitado que se compromete, exatamente como na noite de quinta-feira santa. O sacerdote e toda a comunidade com ele são convidados a aderir na fé a esta ação de Jesus. Mas não têm o poder de retirar a eficácia das palavras que não lhes pertencem. A Igreja tem razão em celebrar esta permanência da presença de Jesus. Que esta seja para nós fonte de maravilhamento e de ação de graças!
4. PALAVRA PARA O CAMINHO: COMER PARA VIVER.
É a lei biológica da nossa condição humana: é preciso comer para viver. A nossa vida espiritual exige também ser alimentada e cuidada, para crescer e ser fecunda. Jesus revela todo o seu amor pelos homens e o seu desejo de os saciar com o verdadeiro alimento: a sua própria vida, o seu corpo entregue como Pão da Vida, o seu sangue derramado como sangue da Aliança.
Assim, comungar é ser alimentado pela vida de Jesus, enriquecido pelas suas próprias forças, ser capaz do seu amor. Do mesmo modo que comemos para viver, comungamos na Eucaristia para viver como discípulos de Jesus… Que fazemos das nossas comunhões? Que vidas fazem elas crescer em nós?
Para meditar estas interrogações, perguntemo-nos verdadeiramente sobre o que nos faltaria se não tivéssemos Eucaristia…
A Eucaristia é verdadeiramente «vital» para nós? Se assim não for, um período de «jejum eucarístico», um tempo de retiro espiritual para lhe descobrir o sentido, podem ajudar a reencontrar a grandeza deste sacramento. Se assim for, procuremos rezar por aqueles que são privados da Eucaristia e sofrem, e peçamos ao Senhor para lhes dar de novo a graça do seu amor.
E como andamos de adoração? Com a Festa do Corpo de Deus vem também a questão das procissões e da adoração eucarísticas. Se a ocasião se proporcionar, vivamos este tempo de adoração em ligação com a própria celebração, como prolongamento desta e para melhor nos prepararmos ao serviço dos nossos irmãos.
Na próxima sexta-feira celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Mais uma relevante coincidência que nos impele a recentrar o nosso coração no Coração de Jesus, de modo essencial na Eucaristia celebrada e adorada!
https://www.dehonianos.org/
quarta-feira, 29 de maio de 2024
Hoje ...

Hoje ...
Traz um novo amanhecer.
Uma descoberta do que é aqui e agora.
Um presente único, onde nada se repete.
Verbo recomeçar, com o que somos e com o que trazemos arregaçado ao peito.
Respirar fundo e ir. Ir a acreditar. Por muitos momentos que não façam sorrir, é no escuro que se vê mais estrelas.
Olhar as prioridades da vida e regar com cuidado, paciência e amor. Porque, em cada dia de hoje o tempo passa, o que cuidamos cresce. E o que cresce, preenche o coração.
Começar de novo, as vezes que forem precisas. A força de cada um faz subir montanhas.
Hoje... celebra o simples, a beleza de cada pormenor que traz um rasgo de luz e de esperavam.
Lembra-te, não há dia que possa terminar sem um abraço. Diz que cura tudo, e eu acredito.
Hoje, abraça (te).
Carla Correia
terça-feira, 28 de maio de 2024
Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
QUINTA FEIRA
ARRONCHES
11H00 - EUCARISTIA
-PRIMEIRAS COMUNHÕES
PROCISSÃO DE CORPO DE DEUS
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, também conhecida como Corpus Christi, é uma celebração litúrgica que tem como objetivo honrar o mistério da Eucaristia. Nesse dia, a Igreja recorda a instituição da Eucaristia por Jesus durante a Última Ceia, quando Ele ofereceu Seu corpo e sangue sob a forma de pão e vinho. A Solenidade é uma oportunidade para os fiéis refletirem sobre a presença real de Cristo na Eucaristia e renovarem sua fé nesse sacramento tão importante.
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo foi instituída na Diocese de Liège, na Bélgica, em 1246. Posteriormente, o Papa Urbano IV estendeu essa celebração a toda a Igreja universal. Ela é celebrada na quinta-feira após a Solenidade da Santíssima Trindade. Durante essa solenidade, os fiéis participam da comunhão com o Corpo e Sangue de Cristo, reforçando sua união com o Senhor e com a comunidade cristã. É um momento de profunda adoração e ação de graças pela presença real de Jesus na Eucaristia.
Que essa celebração nos inspire a viver com fé e gratidão, reconhecendo o dom inestimável da Eucaristia em nossas vidas!
segunda-feira, 27 de maio de 2024
Peregrinação Diocesana
“O amor é a vocação mais profunda em Deus”Neste Domingo em que a Igreja celebra o Deus Trino, D. Antonino Dias ofereceu pistas para incorporar a Trindade como “modelo último de vida”. Na missa deste Domingo da Santíssima Trindade, celebrada no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, D. Antonino Dias, bispo de Portalegre — Castelo Branco, apresentou amor como a “vocação mais profunda dos seres humanos em Deus” e desafiou os peregrinos a aceitar a Trindade como “modelo último de vida”, através da aceitação da diversidade e o pluralismo, da igualdade e da unidade fraterna. O prelado começou por saudar os peregrinos de Portalegre e Castelo Branco, que hoje cumpriram a sua 42.ª peregrinação a Fátima, junto de quem apresentou a razão de mais uma vinda à Cova da Iria. "A nossa intenção principal ao virmos aqui a Fátima é a de pedir à 'Senhora do Sim' que a todos, sobretudo aos jovens, ajude a ler a vida à luz de Deus, pois cada vida é uma vocação que brota do coração de Deus e que reclama atenção e responsável discernimento." O presidente da celebração refletiu, depois, sobre o Mistério da Trindade, partindo das diferentes formas e meios através das quais Deus se foi dando a conhecer, ao longo da história, na Criação, no Êxodo do Egito e na vida de Jesus, pela qual cada cristão recebeu o “mandato para anunciar a batizar, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. “A revelação do Mistério de Deus, uno e trino, é um mistério que não se explica, mas que ama e reza, se experimenta e tenta imitar no quotidiano da nossa convivência familiar e social”, afirmou D. Antonino Dias, ao enumerar diferentes formas de assumir a Trindade como “modelo último de vida”. "Quando aceitamos a diversidade e o pluralismo entre os seres humanos, confessamos na prática a distinção trinitária das pessoas. Quando eliminamos as distâncias e trabalhamos para realizar a igualdade efetiva entre homem e mulher, entre felizardos e desventurados, entre próximos e afastados, afirmamos, na prática, a igualdade das pessoas na Trindade. Quando nos esforçamos por ter um só coração e uma só alma, e por aprender a pôr tudo em comum, para que ninguém tenha de sofrer a indigência, estamos a confessar o único Deus e aceitamos em nós a Sua vida trinitária”, indicou o bispo de Portalegre - Castelo Branco, ao salientar que cada cristão é “templo da Santíssima Trindade”, convocado a “participar na vida que existe em Deus” pelo amor ao próximo. "Ao confessarmos a Trindade de Deus, afirmamos que não é um Deus solitário, fechado em si próprio, mas que é um Deus solidário. Deus é comunidade, é família, é vida partilhada, doação recíproca e voluntária", disse, ao enfatizar o amor como a “vocação mais profunda dos seres humanos em Deus”. No final, D. Antonino Dias recordou a oração à Santíssima Trindade que o Anjo ensinou aos Pastorinhos, na terceira aparição de 1916, na Loca do Cabeço, para sublinhar a importância da reparação, do sacrifício e da conversão na consciência do Mistério do Deus Trino. No altar, a concelebrar, esteve também o bispo emérito de Portalegre - Castelo Branco, D. Augusto César Alves Ferreira da Silva.. https://www.fatima.pt/ |
domingo, 26 de maio de 2024
Promessas de Escuteiros
Hoje dia 26 de Maio de 2024, os escuteiros do Agrupamento 1101 de Veiros realizaram as suas promessas, uma cerimónia muito importante para todo o agrupamento.
A Igreja Matriz em Arronches, acolheu este domingo, dia 26 de Maio, as promessas solenes do Agrupamento de Escuteiros 1101 de Veiros dos escuteiros que cumpriram mais uma etapa do seu percurso.
As promessas solenes contaram com uma cerimónia religiosa, onde marcaram presença familiares, padrinhos e amigos dos jovens que cumpriram as suas promessas, marcando assim a passagem de uma secção para a seguinte.
Antes do início das Promessas, o Chefe de Agrupamento ou outro Chefe, fez uma breve introdução alusiva ou uma eventual explicação sobre o acto que se vai realizar, dirigindo-se aos Escuteiros e à assembleia, focando as etapas percorridas e a que se segue.
O Guia mais antigo do Grupo procede à chamada de modo nominal e individual. Primeiro chama os Noviços e depois os Aspirantes. Cada candidato, ao ouvir o seu nome, coloca-se de pé, responde em voz alta "Alerta "; depois vai colocar-se em sentido, diante do altar e faz o sinal escutista (saudação), ao que o Chefe de Unidade corresponderá. Se houver Noviços, a Àquela retira os lenços de Lobito aos que pertenceram à Alcateia
As promessas consistem numa cerimónia em que todo o escuteiro, seja investido ou não, promete pela sua honra e com a graça de Deus fazer todo o possível por:
- Cumprir os seus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria;
- Auxiliar o seu semelhante em todas as circunstâncias;
- Obedecer à Lei do Escuta.
Esta promessa ocorre após a homília, durante a missa, e apenas os elementos de cada secção que não estão investidos é que são chamados para em frente ao altar onde se assumem prontos para receber os símbolos da secção á qual se esforçaram para pertencer (símbolo comum a todas as secções: lenço com a respetiva cor da secção).
Antes da cerimónia, o fim de semana foi preenchido com um acampamento com atividades para todos.
Foi um dia em grande onde tivemos oportunidade de constatar o que é o escutismo e a sua importância nos jovens! Como tal gostariamos de o repetir anualmente, recebendo e acarinhando todos. São sempre bemvindos!
SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE
Quem é Deus? Como é Ele? A liturgia da Solenidade da Santíssima Trindade convida-nos a mergulhar no mistério de Deus e a contemplar o Deus que, sendo unidade, é família de três Pessoas em perfeita comunhão de amor. Por isso, chamamos-Lhe “Santíssima Trindade”. Por amor, Ele criou os homens e as mulheres; e, por amor, Ele convida-os a vincularem-se com essa comunidade de amor que é a família trinitária.
Na primeira leitura, Moisés convida Israel a descobrir o rosto e o coração de Deus a partir da contemplação das ações por Ele feitas na história. O Deus em que Israel acredita é o Deus libertador e salvador, que ama os seus filhos e que está sempre disponível para os libertar de tudo aquilo que os escraviza. Ele acompanha cada passo do seu Povo e deixa-lhe indicações seguras para ser feliz e ter Vida em abundância.
Na segunda leitura, o autor da Carta aos Romanos pede os que receberam o batismo que se deixem conduzir sempre pelo Espírito de Deus. Animados pelo dinamismo do Espírito, eles serão membros da família de Deus e poderão chamar a Deus “Abbá”. Deus será para eles o Pai cheio de amor, em cujo colo se sentirão sempre amados, protegidos e cuidados.
Deus não se limitou a criar-nos. Ele continua a acompanhar-nos ao longo do caminho e a dar-nos Vida a cada instante. No entanto, não se impõe nem nos obriga a aceitar o seu dom; respeita sempre a nossa liberdade, as nossas opções. Cabe-nos a nós responder à oferta de Vida que Deus nos faz. É claro que, se preferirmos viver “segundo a carne” e trilhar caminhos de egoísmo, de orgulho e de autossuficiência, estamos a recusar os dons de Deus e a construir uma vida sem sentido e sem objetivo; mas se optarmos por viver “segundo o Espírito”, tornamo-nos herdeiros da vida eterna. Em que situação é que nos colocamos, perante a oferta de Vida que Deus nos faz?
Fazer parte de uma família que tem Deus como Pai, como “Abbá”, é frequentar a escola do amor. Com Deus aprendemos a amar os nossos irmãos, a amar sem condições, a amar de forma ilimitada. A relação que temos com os outros homens e mulheres que caminham connosco deve espelhar o amor, a ternura, a misericórdia, a bondade, o perdão, o serviço, que aprendemos com o nosso Pai do céu e com Jesus, nosso irmão mais velho. É isso que acontece? As nossas relações comunitárias refletem esse amor que é a marca da “família de Deus”?
No Evangelho, Jesus despede-se dos discípulos e envia-os a todas as nações como testemunhas da salvação de Deus. Eles deverão ensinar tudo o que aprenderam de Jesus e batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo todos os que se mostrarem disponíveis para integrar a família de Deus, a comunidade trinitária.
A celebração da Solenidade da Trindade convida-nos a mergulhar no mistério de Deus. Fala-nos de um Deus que é amor. Diz-nos que Deus não é um ente solitário, afastado dos homens, apenas ocupado em dirigir a máquina do universo; mas é uma família onde o amor está sempre presente. Em Deus coexistem a unidade e a comunhão de pessoas. Nós dizemos, na nossa linguagem imperfeita, que Deus é um em três pessoas. Mas Deus escapa a todas as fórmulas dos teólogos para ser, apenas, um mistério de amor, uma família de três Pessoas em perfeita comunhão. E, melhor que tudo, Deus convida-nos a integrar essa comunidade de amor que Ele forma com o Filho e com o Espírito: a família de Deus, a Trindade, está sempre aberta para acolher novos filhos. Muitas vezes dizemos, pessoal e comunitariamente, “eu creio em Deus”: qual é e como é o Deus em que acreditamos?
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sábado, 25 de maio de 2024
Merecia mais
Já deste por ti a pensar: merecia mais, merecia melhor, merecia uma fatia maior, um emprego melhor, merecia…? Eu já! Por vezes somos assombrados por um sentimento de injustiça perante o que temos porque achamos que merecíamos melhor. Não acho um sentimento nada agradável mas ao mesmo tempo acho necessário.
Por um lado temos a sensação que somos a “pior bolacha do pacote” pois todas as outras são bonitas e perfeitas e ficam na linha da frente e nós vamos ficando para o fim.
Por outro lado, essa sensação de desconforto e de injustiça obriga-nos a refletir e a reconhecer que, se calhar, nem sempre fizemos as melhores escolhas e as tomamos as melhores decisões, enfim…obriga-nos a ser humildes e a olhar para as nossas feridas.
O problema é que em vez de aproveitar esses momentos para tentar procurar outros “pacotes de bolachas” dá-mos por nós a sentir pena de nós mesmos e a resmungar com a vida como se não tivéssemos nada a ver com isso.
Não é fácil amiga, não é fácil.
E tu amiga, achas que merecias mais?
Raquel Rodrigues
sexta-feira, 24 de maio de 2024
NENHUM JOVEM PRECISA DE SE INVENTAR...
Nos anos oitenta e noventa do século passado, publicaram-se muitos estudos sobre os jovens daquela época. Pelos epítetos com que os mimoseavam, o pessimismo reinava. Resta-nos a consolação de saber que ‘o que prova de mais não prova nada’. Amadeo Cencini deu-se ao cuidado de alistar muitos desses epítetos, e qual deles o mais singular...
Quando, em 1994, os estudantes protestavam contra as provas globais no ensino secundário e, mais tarde, contra as propinas universitárias, Vicente Jorge Silva, num editorial do jornal Público, usou a expressão “geração rasca”. Por sua vez, em 2011, a geração a seguir a esta “geração rasca” saiu às ruas para protestar contra as políticas de austeridade e contra tudo o mais que ameaçava um futuro sombrio para tão promissora juventude. O feitiço, porém, virou-se contra o feiticeiro e a favor dos enfeitiçados. Da “geração rasca”, passou-se à “geração à rasca”.
De facto, o mundo juvenil sofre de muita injustiça, com a culpa a morrer solteira e a inação no funeral.
O futuro preocupa os jovens, fá-los andar de cabeça à roda, à rasca. Ninguém fica indiferente perante esta situação que acaba por afetar não só os jovens, mas também as suas famílias e a sociedade. A todos faz sofrer, e muito. Diógenes, filósofo grego, segundo dizem os coca-bichinhos da vida alheia - metediços sem arrependimento! -, vivia num pipo, possivelmente com os protestos do seu amado corpinho. Durante o dia, passeava, não com um cão pela trela ou ao colo, mas com uma lanterna acesa pelas ruas de Atenas. Saturado com o que via e sentia, procurava coisa rara, um bípede que não defendesse apenas o seu egoísmo com malabarismos e mentiras. Não sei o que dele se diria naquele tempo, mas, se Diógenes existisse hoje e andasse por aí, em pleno dia, de lanterna acesa na mão, à procura fosse do que fosse dessa raridade, o mínimo que lhe poderia acontecer era o de ser descartado como alguém que não fechava bem a gaveta e precisava de internamento em instituição de saúde.
Não sei se hoje há alguém a viver em pipos ou toneis, mas em barracas ou por debaixo de pontes, nas ruas, nos átrios, nas estações de metros ou noutros sítios de igual categoria habitacional lá isso existe. Quem acarinhe demasiadamente o seu egoísmo e minta para o defender, também não faltará por aí. É certo que não vemos ninguém a fazer uma novena à padroeira das causas perdidas nem de lanterna acesa na mão à procura do impossível, mas todos sentimos as aflições e o sofrimento dos que procuram quem, por direito e dever, esteja disposto, sem enrolar os papeis nem estender a toalha, a resolver esse e outros problemas tão prementes, mesmo que, para vencer os obstáculos, tenha de ultrapassar a taprobana. A juventude é a idade das opções, não pode permanecer pendurada a ver-se envelhecer sem conseguir tomar decisões, quer no campo profissional e social quer nas noutras áreas ainda mais decisivas que determinam a fisionomia da sua existência. No fim de contas, nesta míngua de condições para que os jovens possam fazer opções, está em jogo a sua vida e o serviço aos outros.
Este mês de maio, na nossa Diocese, dada a dificuldade em responder às tais decisões mais radicais, foi assumido como 'um mês vocacional', embora saibamos que toda a pastoral, toda a formação e espiritualidade devem ser de cariz vocacional. A vocação não é uma mera escolha pragmática, não diz respeito apenas a fazer coisas. Reclama que o que se venha a fazer na vida se faça com significado e orientação. “Em última análise – afirma o Papa Francisco -, é reconhecer o fim para que fui feito, o objetivo da minha passagem por esta terra, o plano do Senhor para a minha vida”. É certo que Deus “não me indicará todos os lugares, tempos e detalhes, que eu posso escolher prudentemente, mas certamente há uma orientação da minha vida que Ele me deve indicar, porque é o meu Criador, o meu oleiro, e eu preciso de escutar a sua voz para me deixar moldar e conduzir por Ele. Então serei o que devo ser, e serei também fiel à minha realidade pessoal. Para isso, cada um não precisa de se inventar, precisa somente de se descobrir e desenvolver à luz da palavra de Deus, tirando para fora o melhor de si mesmo para a glória de Deus e para o bem dos outros (cf. CV256-2577), participando e contribuindo para o bem comum com base nas capacidades que recebeu e no lugar que é o seu. Por isso, dizemos que cada vida é uma vocação, é uma missão, devendo ser olhada e discernida à luz da Palavra de Deus. O que é que Deus quererá de mim?, perguntar-se-á, sobretudo o jovem e a jovem que, de facto, quer encontrar o rumo certo para a sua vida, em resposta livre e com responsabilidade.
Dentro do que nos cabe fazer pela felicidade dos outros, sabendo quanto é importante a ajuda de Deus neste processo interior de descoberta vocacional, rezamos pelas vocações ao matrimónio, ao ministério ordenado, à vida consagrada, religiosa e laical, e à vida laical/ministerial. Anunciamos, provocamos, esclarecemos, animamos, acompanhamos... também na certeza de que Deus continua a chamar dentro do matrimónio, do ministério ordenado e da vida consagrada a uma fidelidade cada vez maior, assumindo cada um, como mais alto ideal, a santidade, com os seus desafios e oportunidades. Estas vocações já definidas, quando são vividas na alegria e na total dedicação a si mesmas e aos outros, são o melhor testemunho e apelo vocacional para quem se interroga sobre qual o seu caminho e futuro.
No próximo fim de semana, vamos terminar este mês de maio com a habitual peregrinação diocesana a Fátima. Um grupo de jovens resolveu ir a pé, de véspera. Outro, de bicicleta, ambos a partir da vila de Constância. No dia seguinte, lá nos encontraremos com todos os diocesanos que se inserirem na Peregrinação. Cada um, antes de mais, vá como for, na véspera ou no dia, deve levar na bagagem a vontade de, sob o olhar terno da Mãe, “discernir e descobrir que aquilo que Jesus quer de cada jovem é, antes de tudo, a sua amizade”. Sim, a vida que Jesus quer construir com cada um “é uma história de amor, uma história de vida que quer misturar-se com a nossa e criar raízes na terra de cada um ... é um convite para fazer parte duma história de amor, que está entrelaçada com as nossas histórias; que vive e quer nascer entre nós, para podermos dar fruto onde, como e com quem estivermos” (CV250-252).
Portalegre-Castelo Branco, 24-05-2024.
Olá, meu Deus!
Hoje preciso de desabafar. De pôr em palavras algumas das dores que parecem estar a corroer o meu coração. Preciso mesmo de me libertar de uma quantidade de fardos e deixar que o meu interior areje e refresque!
Bem sei que jamais compreenderei os sentidos do que se vai passando na minha vida, mas é-me difícil manter a fé quando acontecem coisas más e inesperadas, que parecem não ter lógica alguma. Talvez por isso gostaria de ter muito mais fé para que nela eu pudesse encontrar a força de que preciso para me manter à tona, enfrentando as ondas que, em alguns momentos, se agigantam para me tentar afogar e parecem não ter fim. Meu Deus, dá-me fé de onde eu possa tirar força.
Também gostava de ter mais vontade de rezar. A verdade é que apesar do bem que a oração sempre me faz sentir, isso parece não ser suficiente para me motivar a rezar com mais frequência… chegando algumas vezes a ficar longe e a não sentir falta… Gostava mesmo que rezar fosse o meu primeiro passo, não o meu último recurso. Meu Deus, dá-me mais vontade de estar mais longe de mim e mais perto de Ti.
Peço-te a gratidão de reconhecer o quanto de bom me é dado e eu não mereço! A maior parte das vezes, nem o reconheço como bom, a não ser quando sinto que o posso perder ou quando o perco… Gostava que o meu coração nunca se esquecesse do quanto sou amado. Meu Deus, Obrigado!
Quantas vezes eu erro? Será mais simples perguntar-me quantas vezes terei eu conseguido não errar! Com os outros, comigo e conTigo. Sem que tenha de ser assim, porque sei que tenho ânimo suficiente para não cair tantas vezes. Como seria bom que eu pudesse ver todos os meus erros diante de mim, da mesma forma que tantas vezes vejo os dos outros… E seria ainda melhor se eu fosse capaz de me mudar para não ceder de forma tão simples a tantas fraquezas… Meu Deus, perdoa-me.
Ajuda-me. Preciso de Ti, aqui e agora. Sinto-me a fazer uma longa e dura viagem, na qual tantas vezes até tenho medo de ter esperança, de tantas e tão profundas desilusões que tenho de atravessar. Meu Deus, orienta os meus passos.
Meu Deus, peço-Te que ajudes todos aqueles que confiam na minha oração e me pedem para rezar por eles. A sua confiança em mim faz-me sentir ainda mais responsável pelo seu bem. E peço-Te o quase milagre de eu, mais do que rezar, tomar a iniciativa de ir ao seu encontro e ajudá-los, no que posso, deixando para Teu cuidado apenas aquilo que a mim é impossível.
Obrigado por me ouvires e amares!
José Luís Nunes Martins
quinta-feira, 23 de maio de 2024
E se no final se resumir tudo ao Amor?
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”
João 13,34-35
E se no final se resumir tudo ao Amor? E se para se concretizar o sonho de Jesus precisarmos apenas de amar e sermos amados? Jesus, antes de partir, e para que não ficasse nenhuma dúvida de como os seus discípulos deveriam ser reconhecidos, deixa um novo mandamento. Deixa o mandamento da Sua vida, daquilo que foi até ao fim.
Este novo mandamento, mais do que realizar uma súmula, convida a que tudo seja lido e interpretado segundo o amor. Jesus, o Cristo, não deixa este mandamento ao calhas. Ele bem sabia que mais cedo ou mais tarde surgiriam dúvidas. Ele bem sabia que mais cedo ou mais tarde a Sua mensagem seria manipulada pela fragilidade humana. Decide por isso relembrar que a Sua vida tinha sido pão. Tinha sido (re)partida, doada. Tinha sido alimentada e regada de amor. Foi no amor e com amor que curou. Foi no amor e com amor que salvou. Foi no amor e com amor que permitiu que tantos e tantas recomeçassem. Foi no amor e com amor que olhou, tocou e acolheu quem se sentia perdido por entre as margens da Vida.
E se no final se resumir tudo ao Amor? Não pediu que fôssemos reconhecidos/as pelos rituais e a rigidez da relação. Não pediu que fôssemos reconhecidos/as como os/aspossuidores/as da verdade e da moral. Não pediu que fôssemos reconhecidos/as como donos/as disto tudo. Não pediu que fôssemos reconhecidos/as pela aparência. Pediu, isso sim, que fôssemos Amor. E é o amor que permite abraçar com esperança as dúvidas e as perguntas às quais não temos resposta. É o amor que permite acolher todos e todas na sua inteireza. É o amor que dá sentido ao Seu banquete, onde na comunhão e na partilha todos/as são pão e vinho, isto é, todos/as se dão em vida e alegria. É o amor que dá poder às palavras e abrilhanta o olhar da fé. É o amor que permite vislumbrar, no outro, o rosto de Jesus, o Nazareno.
E se no final se resumir tudo ao Amor? Talvez a construção do Reino de Jesus ganhe forma sempre que amamos todos e todas pelo que são e não pelo que cumprem. Talvez o Reino de Jesus ganhe forma sempre que as nossas palavras e gestos dão a conhecer o poder de nos sabermos amados/as!
Hoje, antes de voltares para o teu quotidiano, pergunta-te: no final do dia conta o cumprimento ou o Amor? Amo como Jesus pede ou como me dá mais jeito
: Emanuel António Dias
quarta-feira, 22 de maio de 2024
terça-feira, 21 de maio de 2024
Mudança...
Abrandar ajuda-nos a encontrar o equilíbrio no presente.
Parar e observar o que acontece profundamente dentro de nós ajuda-nos na aceitação da mudança. A(s) mudanças no decorrer da vida e a(s) mudanças em cada um de nós.
A vida é impermanente. Aparentemente, parece-nos mais fácil permanecermos agarrados ao que conhecemos, seja isso lugares, sentimentos, emoções ou comportamentos. Mas na verdade, quando nos fechamos à mudança, bloqueamos a corrente da própria vida.
Pode parecer paradoxal falar em mudança e em parar. Mas parar, permite-nos amadurecer o que acontece no dia a dia e alinhar o nosso comportamento com o que realmente queremos ser.
E quando nos sintonizamos com a mudança numa perspetiva de desapego, libertamo-nos e observamos o que é real dentro de nós. Aceitamos que o verdadeiro eu pode mudar e amadurecer com o tempo. Aceitamos que esse é o único movimento que podemos controlar: o que escolhemos ser.
A renovação é sempre um caminho de esperança; e os ciclos da vida convidam-nos a um crescimento na fé.
A fé que nos fortalece e nos inspira a cada dia, passo a passo, no transformar de cada mudança.
Carla Correia
segunda-feira, 20 de maio de 2024
As quatro vontades num casal
A nossa vida depende de muitas vontades para além da nossa. Num casal, para além da vontade de cada um dos seus membros, existe um compromisso claro de construir, com o contributo de ambos, uma vontade comum. É um projeto ao qual se podem, e devem, submeter as vontades individuais.
A vontade do casal é uma verdadeira conquista, porque não só é difícil de alcançar como ainda é mais complicado conseguir que o seu equilíbrio se mantenha. Mais ainda, que seja, de facto, em cada momento decisivo, mais relevante que qualquer uma das vontades individuais.
A vontade de qualquer pessoa é capaz de se impor, sobrepondo-se e provocando consequências em todas as direções. Uma vontade individual desprendida de compromissos e valores pode causar grandes danos nas vidas que a rodeiam. A vontade mais frágil é aquela que parece ser a soberana.
Se cada um de nós, com humildade, aceitar que não sabe tudo, nem sequer no que diz respeito à sua própria vida e felicidade, e procurar com outro alguém um novo centro e destino para as suas existências em particular e para a sua vida em comum, como um, então, teremos dado o passo mais determinante para a conquista do céu: o do contraegoísmo.
Há uma quarta vontade que é de todas a que maior diferença pode fazer: é a de Deus, a respeito do casal e de cada um dos que o compõem. É tão sábia, bela e importante quanto quase passa despercebida. A vontade mais poderosa é aquela que menos se impõe.
Saibamos nós saber que não sabemos nem podemos tudo.
Saibamos nós aceitar que estamos muitas vezes errados, mesmo quando estamos certos de estar certos.
Que a nossa vontade seja a dos dois. Que a dos dois seja a de Deus. Que a de Deus seja… a que orienta cada passo da minha vida!
José Luís Nunes Martins
domingo, 19 de maio de 2024
SOLENIDADE DE PENTECOSTES
Na Solenidade de Pentecostes a liturgia convida-nos a olhar para o Espírito Santo e a tomar consciência da sua ação na Igreja e no mundo. Fonte inesgotável de Vida, o Espírito, transforma, renova, orienta, anima, fortalece, constrói comunidade, fomenta a unidade, transmite aos discípulos a força de se assumirem como arautos do Evangelho de Jesus.
O Evangelho apresenta-nos a comunidade da Nova Aliança reunida à volta de Jesus ressuscitado. Para João, esta comunidade passa a ser uma comunidade viva, recriada, renovada, a partir do dom do Espírito. Fortalecidos pelo Espírito que Jesus ressuscitado lhes transmite, os discípulos podem partir ao encontro do mundo para o transformar e renovar.
A ação do Espírito Santo não se circunscreve às fronteiras institucionais da Igreja. Ele está presente nos corações de todos os homens e mulheres de boa vontade, crentes ou não crentes, que se dispõem a lutar por um mundo mais belo, mais justo e mais humano. Podemos perceber a presença e a ação do Espírito em tantos e tantos gestos de bondade, de amor, de partilha, de serviço, de perdão, de cuidado, de acolhimento que vão acontecendo por todo o lado e são sementes de um mundo novo. A contemplação desses gestos, sinais vivos do Espírito, deve ser, para nós, fonte de alegria e de esperança. Temos reparado nos sinais de vida nova que vão brotando por todo o lado e que sinalizam a presença e a ação do Espírito no mundo? Sentimo-nos gratos a Deus por tudo o que Ele vai fazendo no mundo, mesmo quando a sua ação se concretiza através de homens e mulheres que têm uma posição diferente da nossa quanto à fé ou quanto à forma de encarar a vida?
Na primeira leitura, o autor dos Atos dos Apóstolos apresenta-nos o Espírito Santo como a Lei Nova que orienta e anima o Povo da Nova Aliança. O Espírito faz com que homens e mulheres de todas as raças e culturas acolham a Boa Nova de Jesus e formem uma comunidade unida e fraterna, que fala a mesma língua, a do amor.
Igreja reúne na sua “casa” gente muito diversa, vinda de realidades culturais, políticas e sociológicas muito diversas. Essa diversidade nunca deve ser vista como um problema, mas sim como uma imensa riqueza. Para se tornar cristão, ninguém deve ser espoliado da própria cultura ou da sua identidade: nem os africanos, nem os europeus, nem os sul-americanos, nem os negros, nem os brancos; mas todos são convidados, com as suas diferenças, a acolher esse projeto libertador de Deus, que faz os homens deixarem de viver de costas voltadas, para viverem no amor. A Igreja de que fazemos parte é esse espaço de liberdade e de fraternidade? Nela todos encontram lugar e são acolhidos com amor e com respeito – mesmo os de outras raças, mesmo aqueles de quem não gostamos, mesmo aqueles que não fazem parte do nosso círculo, mesmo aqueles que a sociedade marginaliza e afasta?
Na segunda leitura, Paulo apresenta o Espírito como fonte de Vida para a comunidade cristã. É o Espírito que concede os dons que enriquecem a comunidade e que fomenta a unidade de todos os membros. Por isso, os dons do Espírito não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.
Os dons que o Espírito concede, por mais pessoais que sejam, são para servir o bem comum e para reforçar a vivência comunitária. Quem os recebe deve pô-los ao serviço de todos, com humildade e simplicidade. Não faz sentido escondermos os “dons” que recebemos, guardando-os só para nós e deixando que eles fiquem estéreis; também não faz sentido usar os “dons” que recebemos de tal forma que eles se tornem fator de conflitos ou de divisões. Os “dons” que nos foram concedidos são postos ao serviço da comunidade? São fonte de encontro, de comunhão, de partilha, de Vida, para a comunidade de que fazemos parte?
O Espírito Santo é uma presença imprescindível no caminho que a Igreja vai percorrendo todos os dias: é Ele que alimenta, que anima, que fortalece, que dá Vida ao Povo de Deus peregrino; é Ele que distribui os dons conforme as necessidades e que, com esses dons, continuamente recria a Igreja; é Ele que conduz a marcha, que indica os caminhos a percorrer, que ajuda a tomar as decisões que se impõem para que a “barca de Pedro” chegue a bom porto. Temos consciência da presença do Espírito, procuramos ouvir a sua voz e perceber as suas indicações?
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sábado, 18 de maio de 2024
As experiências que nos transformam
Existem momentos, viagens, encontros, leituras e caminhos que nos permitem uma transformação. E digo permitem, porque o facto de o fazeres não é o garante da transformação mas a oportunidade para o mesmo. Se pensarmos bem não são tão poucas quanto isso, ou então temos estado pouco atentos.
Recorda, amiga, um momento muito pessoal em que tenhas sentido particularmente bem. Pode ter sido o cheiro a terra molhada, os pés descalços na terra, uma gargalhada que vem cá de baixo e nos faz vibrar sem controlo, ou até um problema para o qual encontras-te solução. Isso transforma-te ou não?
Recorda, amiga, uma viagem que tenhas feito, não precisa de ter sido longa, basta implicar sair do teu conforto. Repara o empenho com que a preparas-te, a pesquisa, a ansiedade do desconhecido, a expectativa da descoberta ou então o facto de a teres de fazer pela quinquagésima terceira vezL. Isso não é uma oportunidade de transformação?
E aqueles encontros inusitados com pessoas que não víamos há imenso tempo e em que a mente começa a abrir cofres e tesourinhos de memórias. Ai percebemos de muitas transformações na nossa e na vida dos outros.
Uma boa leitura, meditada, saboreada e refletida pode levar a uma transformação, não necessariamente do mundo, mas de um pedacinho de cada um de nós. Pensar nas coisas noutra perspetiva, ouvir outro ponto de vista ou simplesmente ler um texto que parece que foi escrito para nós, para ouvir naquele dia e naquele momento. Sim, pode ser transformador.
Os caminhos que escolhes transformam-te. A área de estudo, os amigos de caminho, os salteadores, a beleza do trilho, ou a dificuldade da superação tudo nos pode ajudar a transformar.
Transformar? Em quê, para quê? Isso agora…
Escrever este texto, transformou o meu dia, pode ser que ao ler o teu também se transforme.
E tu amiga, qual a experiencia que mais te transformou?
Raquel Rodrigues
sexta-feira, 17 de maio de 2024
VISITA AD LIMINA APOSTOLORUM
Embora por pouco tempo, lá iremos, com alegria e proveito, assim o esperamos. Em Roma tropeça-se na história. As histórias da História de Roma são muito mais que muitas. Umas, escritas a letras de ouro, outras, fazendo do sangue humano a tinta das tiranias, outras ainda, feitas e escritas como Deus e os homens foram e continuam a ser servidos. Tudo interpela, tudo fala da inteligência, da capacidade, do empreendedorismo e também da prepotência dos homens e da centralidade de Deus, apesar de haver quem, por ali, ao longo dos tempos, tivesse agido a reivindicar para si ser deus, mesmo consciente dos seus pés de barro. Pelos tempos fora, sempre houve e há pobres tão pobres tão pobres tão pobres que só têm mesmo dinheiro e poder para sacrificar os outros! E ali, tudo lembra que a história, de facto, tem dessas ironias. A fraqueza de uns, porém, com a sua autoridade adquirida pelo saber ser e estar, pode bem mostrar como se é capaz de vencer a jactância de outros e de lhes testemunhar que o poder recebido não pode cifrar-se em despotismo, mas de serviço humilde, em comunhão. Por aquela urbe, qualquer pedra se chega à frente a querer dizer-se. Em qualquer canto se escondem milénios e séculos de história, se aprecia arte e cultura, grandiosidade e excelência, heróis e mártires, artistas e estudiosos, ciência e saberes. Miséria e pedintes também por lá há, é verdade!
Alguém, das artes e da cultura, dizia-me que, de quando em vez, lhe apetece ir até à sua aldeia natal, para, de tamancos nos pés, e, se necessário, de calças rotas e camisa por fora das calças à maneira do snobismo de hoje e da triste pobreza de então, lhe apetece ir apanhar um ‘banho de estupidez’ no meio das galinhas, dos porcos, dos coelhos, dos cães e de toda aquela panóplia e tralha que ainda vai havendo paredes dentro os muros onde nasceu, cresceu e brincou saudavelmente. Estou um pouco assim, mas em direção oposta. Sabe bem apanhar um banho de beleza, arte e cultura naquela cidade, apesar do caos do trânsito e apressado frenesim daquele cruzamento de raças e culturas, de estilos e feitios, de afazeres e lazeres.
Em tempos idos, e talvez ainda hoje por algures, o sepulcro era visto como ‘a soleira’. A palavra soleira vem do latim: limen, liminis. Entre nós, a soleira é uma espécie de acabamento que também dá firmeza ao piso. Serve para entrar e sair de um edifício, é o limite, o limiar. É o liminar da porta, a soleira da porta, dizemos. O sepulcro era visto como a soleira, pelo qual se passava desta vida para a vida eterna.
Assim, a visita ao túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo, em Roma, ficou conhecida como visita Ad Limina Apostolorum, ou seja, como uma visita à entrada do túmulo dos apóstolos, martirizados em Roma e pilares da Igreja. A Pedro, o primeiro de entre iguais, Jesus disse: “fortalece os teus irmãos na fé” (Lc 22,32). Pedro sempre foi reconhecido como o primeiro entre os iguais. Até Paulo tomou a decisão de ir, com Barnabé, encontrar-se com Pedro a Jerusalém, para esclarecer algumas dúvidas e confirmar a sua fé e a sua ação missionária (At 15,1-2). As comunidades cristãs constituídas logo após o Pentecostes, sempre viram em Pedro o vínculo de unidade de toda a Igreja, o que preside à comunhão universal. O Papa é o sucessor de Pedro, continua a ser ‘o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade da fé e comunhão” (LG18).
Embora não se conheça com exatidão quando a prática desta visita se terá iniciado, sabe-se que já no século II, se ia a Roma, em visita ao sucessor de Pedro. Com a expansão do cristianismo, tais visitas foram-se tornando sempre mais frequentes, até que, de um mero costume se tornou, com o passar dos tempos, uma obrigação canónica.
Pelos séculos XI e XII, sobretudo os bispos de mais perto, visitavam o papa anualmente, mas as dificuldades de uma viagem a Roma tornava essa prática impossível, até porque obrigava os bispos a permanecerem fora das suas dioceses por muito tempo. Já antes do Concílio de Trento (1545-1563), havia o desejo de que a periodicidade dessa visita fosse de três em três ou de cinco em cinco anos. Após o Concílio de Trento, foram-se dando passos mais determinados no modo e ritmo destas idas a Roma, quer para venerar os túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo quer para visitar o Papa, apresentando também um relatório sobre o estado de cada diocese. A visita dos bispos de fora de Itália variava de acordo com a distância de Roma, sendo que os da Ásia, os da América e os do resto do mundo estavam obrigados a realizá-la a cada dez anos. Mas sempre foram surgindo documentos com outras determinações a modificar o modo e o ritmo destas visitas, bem como com indicações mais precisas sobre as temáticas a considerar nos relatórios a apresentar. A partir do Código de Direito Canónico de 1917, as visitas Ad Limina passaram a conter o relatório sobre o estado das dioceses, a veneração dos túmulos dos Apóstolos e a visita ao Santo Padre. Após o Concilio Vaticano II surgiram novas modificações a acentuar a comunhão com o Bispo de Roma, tendo o Código de Direito Canónico de 1983 mantido a obrigatoriedade aos bispos e aos ministros a eles equiparados, de realizarem esta visita a cada cinco anos (c. 399).
A visita ad limina, ou visita ad limina apostolorum, é, pois, uma obrigação dos bispos ao túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, em Roma. Acontece, geralmente, de 5 em 5 anos, segundo a forma e o tempo determinados pela Sé Apostólica. Inclui um relatório sobre o estado da Diocese confiada a cada Bispo, um encontro com o Santo Padre, reuniões de trabalho com os representantes dos diversos dicastérios e comissões pontifícias, e visita a algumas das Basílicas mais significativas, conforme o tempo disponível.
A Visita ‘Ad Limina Apostolorum’ dos Bispos portugueses decorre na semana de 19 a 26 deste mês de maio.
D. Antonino Dias - BIspo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 17-05-2024.
E se fôssemos sal e luz?
A forma como, muitas vezes, nos apresentam Deus parece uma tarefa de ofício. Apresentam Deus com muita formalidade e discursos pomposos. Encarnam em si uma postura mecânica e rígida que se alimenta de comportamentos repetitivos e mecânicos. E para sustentar tudo isto colocam a ênfase numa relação que se baseia no cumprimento de regras e de preceitos. Olhando para toda esta apresentação é legítimo que surjam questões como: quem se irá converter? Se até para nós, crentes, esta apresentação se torna distante, despersonalizada e sem sal, como será vista por aqueles que andam à procura ou até mesmo por aqueles que professam o ateísmo?
O Cristianismo, e em específico o Catolicismo Apostólico Romano, não precisa de se reinventar. Precisa, isso sim, de cristãos que sejam como aquele Jesus, o Nazareno, que era Sal no Mundo, pois dava sabor à vida dos/as que se cruzavam consigo, e era também Ele, Luz do Mundo, porque iluminava os que se achavam perdidos/as. Hoje, mais do que nunca, precisamos de cristãos/ãs que se encham de compaixão, empatia e misericórdia. Precisamos de homens e mulheres de entranhas agitadas, que não fiquem indiferentes com as dores e as injustiças dos que se cruzam consigo. Precisamos de cristãos/ãs que caminham livremente e que testemunham a presença de Deus com a alegria de se saberem amados, doando-se por completo para que muitos/as sejam amados na sua inteireza. Precisamos de homens e mulheres que sabem de cor as passagens do amor e que vivem para que muitos possam recomeçar. Precisamos de cristãos/ãs que sejam os olhos de Deus: meigos, sorridentes e compassivos. Precisamos de homens e mulheres que sejam como o Nazareno: obcecado por quem ainda não se sente acolhido!
Testemunhar a fé, testemunhar a existência de Deus vai muito além do raciocínio lógico e da doutrina. Testemunhamos a nossa fé e a existência do nosso Deus na forma como nos relacionamos. Se a minha relação com Deus não transmite humanidade, como poderão os outros reconhecer que Deus está? Se a minha relação com Deus não transmite proximidade, como poderão os outros reconhecer que Deus existe?
O Cristianismo não precisa de prestadores de serviços, nem de gente que aparenta ser cumpridora de tudo. O Cristianismo precisa da autenticidade do seu fundador, Jesus, o Nazareno: presença próxima, acolhedora, inquietante e capaz de reerguer vidas!
Hoje, antes de voltares para as tuas tarefas diárias, questiona-te: e se eu fosse sal e luz? O que preciso de mudar para dar sabor à vida dos outros? O que preciso de mudar para ser presença que ilumina?
Emanuel António Dias
quinta-feira, 16 de maio de 2024
Amor...
"Existe mais amor dentro de nós, do que podemos imaginar."
Gosto mesmo de dizer, de pensar e de sentir que somos uma fonte inesgotável de amor.
Se assim nos conseguíssemos ver, e se assim conseguíssemos ver o outro, talvez todas as partidas e chegadas na viagem de todos os dias, fossem mais simples, mais bonitas e mais profundas.
O amor é uma resposta única àquilo que é único: a vida!
Na verdade, somos únicos e a forma como demonstramos amor a cada pessoa que amamos é igualmente singular e especial.
É bonito refletir que não duplicamos, mas sim criamos, originamos (mais e mais amor).
E se essa fonte vive e vibra dentro de nós é porque sem dúvida somos esse amor e podemos expressá-lo em cada momento.
A escolha está certamente em nós, no crescimento e amadurecimento da nossa consciência e no despertar da nossa existência.
Carla Correia
quarta-feira, 15 de maio de 2024
13 de maio!
Esta data não é só uma data. É uma memória da nossa eternidade. Um apelo a um viver mais em conexão com a nossa raiz espiritual e de fé.
Sentimos dentro do peito que temos Mãe! Uma Mãe cuja luz não só não se extingue como se propaga dentro de nós próprios e das nossas vidas, por vezes, tão pequeninas e cheias de falhas e mistérios.
Acreditar na Mensagem de Fátima não é simplesmente uma questão de fé. É uma questão de aceitar o inexplicável. De assumir o amor com todas as suas vertentes e lados.
Nossa Senhora vem mostrar-nos que os milagres acontecem, também nas nossas vidas, quando aceitamos ser simples, pequenos e humildes. Eram essas as principais virtudes dos pastorinhos. Estas crianças não eram iluminadas nem leram coisas nos livros. Estavam em contacto e presença com a Natureza e com a vida no seu estado mais puro. Foi isso que lhes permitiu ver o que não estava ao alcance de todos. Foram eles que nos mostraram que também nós podemos ver, se quisermos. Se aceitarmos a vida como ela é, por muito difícil que seja. Por muito incompreensível que se nos revele.
A Jacinta, o Francisco e a Lúcia entregaram-se a uma verdade que muitos rebateram. Que muitos questionaram. Que muitos negaram, e negam (!) ainda hoje. Seguiram o caminho da Senhora mais brilhante que o Sol e permitiram-se ver além do que podia ser visto.
Todos nós somos convidados, ainda hoje, a ser sinal deste amor que três crianças dedicaram a Nossa Senhora. Nós, com os nossos meios tão mais incríveis e avançados continuamos a preferir não ver. Continuamos a preferir distrair-nos. Acreditamos com condições e esperamos retorno quando a maior recompensa reside no simples facto de nos permitirmos ter fé.
A Mensagem de Fátima é uma mensagem de paz. Uma mensagem para os dias de hoje: através da oração até o maior impossível se vergará e se dissipará. Está ao nosso alcance ousar ter a capacidade de nos inspirarmos com a vida do Francisco, da Jacinta e da Lúcia. É isso que, ainda hoje, Nossa Senhora nos pede.
“O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o Caminho que te conduzirá até Deus”
Marta Arrais
terça-feira, 14 de maio de 2024
Ano Santo- Jubileu 2025: Celebrações começam com abertura da Porta Santa, a 24 de dezembro
Papa pede que próximo Jubileu seja um tempo de «esperança» e de «paciência», para mundo «onde a pressa se tornou uma constante»
Cidade do Vaticano, 09 mai 2024 (Ecclesia) – As celebrações do Jubileu 2025 vão começar no próximo dia 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro, anuncia o documento que convoca o Ano Santo.
“Estabeleço que a porta santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, seja aberta a 24 de dezembro do corrente ano de 2024, iniciando-se assim o jubileu ordinário”, escreve Francisco, na bula de proclamação que foi apresentada hoje.
O texto, intitulado ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), anuncia solenemente o início e fim das celebrações do próximo Ano Santo, 27.º jubileu ordinário da história da Igreja.
Francisco determina que, a 29 de dezembro de 2024, em todas as catedrais, os bispos diocesanos celebrem a Missa como abertura solene do ano jubilar, segundo o ritual que vai ser preparado para a ocasião.
Também a 29 de dezembro, o Papa vai abrir a porta santa da Catedral de São João de Latrão, em Roma, que celebra os 1700 anos da sua dedicação.
Já a 1 de janeiro de 2025 vai ser aberta a porta santa da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e a 5 de janeiro de 2025 será a vez da Basílica de São Paulo Fora dos Muros.
Estas últimas três portas santas serão fechadas a 28 de dezembro de 2025, domingo, dia em que se encerra o Ano Santo nas várias dioceses.
A conclusão solene do Jubileu, com o encerramento da porta santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, vai acontecer na solenidade da Epifania do Senhor, a 6 de janeiro de 2026.
Este Ano Santo orientará o caminho rumo a outra data fundamental para todos os cristãos: de facto, em 2033, celebrar-se-ão os dois mil anos da Redenção, realizada por meio da paixão, morte e ressurreição do Senhor Jesus”.
Na bula de proclamação, o Papa sublinha que a esperança é a “mensagem central” deste Ano Santo, sublinhando a importância de associar a esta virtude a “paciência”, nas relações sociais e familiares, para travar “a intolerância, o nervosismo e, por vezes, a violência gratuita”.
“Habituamo-nos a querer tudo e agora, num mundo onde a pressa se tornou uma constante. Já não há tempo para nos encontrarmos e, com frequência, as próprias famílias sentem dificuldade para se reunir e falar calmamente”, escreve.
Francisco apresenta a peregrinação como “elemento fundamental” deste evento jubilar, recordando que na cidade de Roma haverá “itinerários de fé”.
“As igrejas jubilares, ao longo dos percursos e em Roma, poderão ser oásis de espiritualidade onde é possível restaurar o caminho da fé e matar a sede nas fontes da esperança, a começar pelo sacramento da Reconciliação, ponto de partida insubstituível dum verdadeiro caminho de conversão”, indica.
O convite estende-se, em particular, às comunidades cristãs do Oriente em comunhão com a Igreja Católica, “que vivem já a peregrinação da Via-Sacra, sendo muitas vezes obrigados a deixar as suas terras de origem, as suas terras santas, donde a violência e a instabilidade os expulsam rumo a países mais seguros”.
“O próximo Jubileu há de ser um Ano Santo caraterizado pela esperança que não conhece ocaso, a esperança em Deus. Que nos ajude também a reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação”, conclui.
OC
Francisco destaca um dos aspetos tradicionais do ano jubilar, o da indulgência – definida no Código de Direito Canónico (cf. cân. 992) e no Catecismo da Igreja Católica (n.º 1471) como “a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada” – cujas condições específicas vão ser definidas pela Penitenciaria Apostólica.
O Papa espera que o Jubileu 2025 possa ser uma “experiência repleta de perdão”, com a ajuda da “Reconciliação sacramental”, recordando que, no Jubileu extraordinário da Misericórdia (2015-2016), instituiu os missionários da misericórdia, os quais “continuam a desempenhar uma missão importante”.
“Que eles exerçam o seu ministério também durante o próximo Jubileu, restituindo esperança e perdoando todas as vezes que um pecador se dirija a eles de coração aberto e espírito arrependido. Continuem a ser instrumentos de reconciliação, e ajudem a olhar para o futuro com a esperança do coração que provém da misericórdia do Pai”, aponta.
segunda-feira, 13 de maio de 2024
domingo, 12 de maio de 2024
SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR
A Solenidade da Ascensão de Jesus mostra, antes de mais, qual é a meta final do nosso caminho: a comunhão com Deus, a Vida definitiva. Mas, além disso, lembra aos discípulos de Jesus que, enquanto caminham na terra, têm a responsabilidade de continuar a obra de Jesus e de dar testemunho da salvação de Deus.
No Evangelho, Jesus ressuscitado despede-se dos discípulos e passa-lhes o testemunho. Os discípulos, formados na “escola” de Jesus, têm como missão levar o Evangelho a toda a criatura e dar Vida a todos os que vivem prisioneiros do sofrimento e da morte. De junto do Pai, Jesus continuará a acompanhá-los e a mostrar-lhes os caminhos que eles devem percorrer.
Jesus nunca se cansou de dizer aos seus discípulos que não os abandonaria, que não os deixaria sozinhos no mundo. Responsabilizou-os por dar testemunho da salvação de Deus; mas garantiu-lhes que os acompanharia e que os ajudaria a cada passo a discernir os caminhos que deveriam percorrer. De facto, Ele continua a caminhar ao nosso lado, a sentar-se à mesa connosco, a oferecer-nos a sua Palavra, a corrigir os nossos passos mal dados, a sustentar com a sua força as nossas indecisões, a levantar-nos depois das nossas quedas. Sentimos essa presença reconfortante de Jesus ao nosso lado no caminho de todos os dias? Notamos a sua presença quando nos reunimos com os outros irmãos à mesa da eucaristia? Procuramos manter a ligação com Ele?
A primeira leitura, repete a mensagem essencial desta festa: Jesus, depois de ter comunicado aos homens o projeto do Pai, entrou na Vida definitiva da comunhão com Deus, a mesma vida que espera todos os que percorrem o “caminho” que Jesus percorreu. Os discípulos, testemunhas da partida de Jesus, não podem ficar a olhar para o céu; mas têm de ir para o meio dos homens, seus irmãos, continuar o projeto de Jesus.
Jesus garantiu aos discípulos que iriam receber uma força, a do Espírito Santo, que os capacitaria para serem testemunhas da salvação de Deus em toda a terra. Trata-se de uma “promessa” decisiva. Não estamos sozinhos, entregues à nossa sorte, às nossas decisões falíveis, aos nossos medos e contradições. Através do Espírito é o próprio Jesus que nos acompanha, que nos orienta, que nos dá força para levar para a frente a missão. Estamos conscientes da presença do Espírito nas nossas vidas e na vida das nossas comunidades cristãs? Procuramos escutar o Espírito e discernir os desafios de Deus que Ele nos traz?
A segunda leitura convida os discípulos a terem consciência da “esperança” a que foram chamados: a Vida plena de comunhão com Deus. É essa “esperança” que ilumina o horizonte daqueles que fazem parte da Igreja, o “corpo” do qual Cristo é a “cabeça”.
A Igreja é a “plenitude” de Cristo. Nela Cristo reside no mundo e nela Cristo continua a oferecer ao mundo a plenitude da salvação de Deus. Os homens e mulheres do nosso tempo, quando olham para a Igreja, encontram Cristo e a proposta de salvação que Cristo veio trazer? Nós, membros da Igreja, damos testemunho coerente e verdadeiro de Cristo e do Evangelho?
www.dehonianos.org
sábado, 11 de maio de 2024
Jubileu 2025: Ano Santo começa o dia 28 de dezembro e termina a 06 de janeiro de 2026
Cidade do Vaticano, 09 mai 2024 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje, na bula de proclamação do Jubileu 2025, a uma amnistia para os presos, como sinal de “esperança”, e anunciou que abrir uma porta santa numa cadeia.
“Proponho aos governos que, no Ano Jubilar, tomem iniciativas que restituam esperança aos presos: formas de amnistia ou de perdão da pena, que ajudem as pessoas a recuperar a confiança em si mesmas e na sociedade; percursos de reinserção na comunidade, aos quais corresponda um compromisso concreto de cumprir as leis”, escreve Francisco.
O texto, intitulado ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), anuncia solenemente o início e fim das celebrações do próximo Ano Santo, entre 28 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026, naquele que será o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja.
O Papa alerta para o “vazio afetivo” em que vivem muitos reclusos e pede que os responsáveis católicos unam a sua voz para pedir “condições dignas” para quem está preso, “respeito pelos direitos humanos e sobretudo a abolição da pena de morte, uma medida inadmissível para a fé cristã”.
A bula papal deixa uma mensagem particular aos doentes e aos profissionais de saúde, considerando que o cuidado com quem sofre “é um hino à dignidade humana, um canto de esperança que exige a sincronização de toda a sociedade”.
Francisco dirige-se aos jovens, que enfrentam um futuro “incerto”, pedindo que rejeitem “a ilusão das drogas, o risco da transgressão e a busca do efémero”.
“Que o Jubileu seja, na Igreja, ocasião para um impulso em seu favor: com renovada paixão, cuidemos dos adolescentes, dos estudantes, dos namorados, das gerações jovens! Mantenhamo-nos próximo dos jovens, alegria e esperança da Igreja e do mundo”, apela.
O Papa alerta ainda para os “preconceitos e isolamentos” que afetam migrantes, exilados, deslocados e refugiados, desejando que cada comunidade cristã esteja “sempre pronta a defender os direitos dos mais fracos”.
Sinais de esperança merecem-nos os idosos, que muitas vezes experimentam a solidão e o sentimento de abandono. Valorizar o tesouro que eles são, a sua experiência de vida, a sabedoria que trazem consigo e o contributo que podem dar, é um empenho da comunidade cristã e da sociedade civil, chamadas a trabalhar em conjunto em prol da aliança entre as gerações”.
O documento que convoca o Jubileu 2025 deixa uma referência especial aos “milhares de milhões de pobres, a quem muitas vezes falta o necessário para viver”.
“Não podemos desviar o olhar de situações tão dramáticas, que se veem já por todo o lado, e não apenas em certas zonas do mundo”, escreve o pontífice.
Com a apresentação da Bula, que decorreu esta tarde na Basílica de São Pedro, Francisco anunciou oficialmente o Jubileu Ordinário de 2025.
O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
LFS/OC
Arcebispo de Braga convidou «todos» os acólitos para o Congresso Eucarístico Nacional
Fátima, 01 mai 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga, presidente da Comissão Episcopal Liturgia e Espiritualidade dos bispos portugueses, presidiu hoje à Peregrinação Nacional dos Acólitos (PNA) e convidou “todos” para o Congresso Eucarístico Nacional, de 31 de maio a 2 de junho.
“Estais todos convidados para este grande encontro que nos ajudará a fazer verdadeira festa sempre que celebramos a Eucaristia”, disse D. José Cordeiro, na homilia da Missa da peregrinação, que presidiu no Santuário de Fátima, enviada à Agência ECCLESIA pelo Secretariado Nacional de Liturgia.
‘Acólitos, todos em festa’ foi o tema da 28ª Peregrinação Nacional dos Acólitos, realizada esta quarta-feira, ao Santuário de Fátima, organizada pelo Serviço Nacional de Acólitos (SNA), da Igreja Católica em Portugal.
“A grande festa dos acólitos é a Eucaristia! A Eucaristia é a fonte e o cume de toda a vida cristã (cf. SC 10). Por isso, é nela que vivemos, nos movemos e existimos como cristãos. Os acólitos, com a sua participação na Eucaristia, tomam parte na grande festa dos cristãos. E que festa!”, salientou o presidente da Comissão Episcopal Liturgia e Espiritualidade.
D. José Cordeiro explicou aos acólitos que, este ano, vai ser assinalado “um grande marco desta festa que é a Eucaristia” com o 5º Congresso Eucarístico Nacional, que se vai realizar em Braga, de 31 de maio a 2 de junho.
Com o tema ‘Partilhar o Pão, Alimentar a Esperança’, esta iniciativa, segundo o arcebispo de Braga, “será um encontro nacional, de todas as Dioceses de Portugal”, e comemora os 100 anos do 1º Congresso Eucarístico.
O presidente da celebração assinalou que “ser acólito(a) é permanecer em Jesus, estar sempre com Ele e viver como Ele”, para alcançar a eternidade de vida que encontram “só em Jesus, a felicidade verdadeira, a plena realização da vocação”.
O presidente da Comissão Episcopal Liturgia e Espiritualidade disse aos acólitos, que participaram na sua 28ª Peregrinação Nacional, que todos têm de “assumir o compromisso” de fazer com que todos os acólitos “permaneçam em Jesus e alcancem a festa da vida que Ele dá”.
“Não podemos descansar enquanto todos não estiverem ainda a viver a festa da Eucaristia. Podemos começar por convidar os nossos amigos, os nossos vizinhos, aqueles que já foram acólitos e entraram em debandada… não podemos ficar aprisionados no medo, mas temos de sonhar com que todos cheguem à alegria maior de ser acólitos: participar na festa da Eucaristia”, acrescentou, na celebração na Basílica da Santíssima Trindade.
Aos acólitos portugueses, o arcebispo de Braga pediu também que vivam essa experiência “em conjunto, uns com os outros”, e salientou, que “seria muito importante”, que em cada comunidade cristã existisse “um grupo de acólitos, um grupo coeso, amigo e fraterno, com rapazes e raparigas, homens e mulheres, crianças, adolescentes, jovens e adultos, todos”.
“O nosso grupo de acólitos pode ser de facto uma verdadeira expressão do que é ser Igreja Sinodal, uma Igreja que caminha em conjunto, uns com os outros, uns para os outros, tal como os discípulos de Emaús que, dois a dois, fizeram caminho com Jesus e O reconheceram ao partir do pão, voltando a reunir-se à comunidade dos discípulos”, desenvolveu D. José Cordeiro, na homilia da PNA 2024, promovida pelo Serviço Nacional de Acólitos, um departamento do Secretariado Nacional de Liturgia (SNL), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
O Santuário de Fátima informa que o Papa Francisco enviou uma mensagem aos 4000 acólitos que participaram nesta peregrinação nacional à Cova da Iria.
Francisco lembrou São Francisco Marto, o pastorinho das aparições de Nossa Senhora é o padroeiro dos acólitos de Portugal, e desafiou os acólitos a seguir o “exemplo dos Santos que encontraram na Eucaristia o alimento para o seu caminho de perfeição”.
CB/OC
sexta-feira, 10 de maio de 2024
“NÃO TENHAIS MEDO! EU NÃO VOS FAÇO MAL!”
Fátima continua a ser o altar do mundo onde, por Maria, se chega a Cristo Senhor. Por estes meses, e não só, todos os caminhos ali vão ter. Gente das mais variadas origens geográficas e culturais para lá converge com fé e devoção, sentindo-se acolhida sob o manto da Senhora e Mãe, “uma Senhora mais brilhante do que o Sol”. Em ambiente de paz e serenidade interior, há lágrimas de sofrimento que as vergastadas da vida sempre provocam, há sentimentos de gratidão por benefícios recebidos, há manifestações de alegria por se ter chegado e estar em lugar tão privilegiado e envolvente, há desejo de libertação do peso do cansaço e da fragilidade, há propósitos para anunciar o fogo que Jesus trouxe e acendeu no mundo e Maria nos veio recordar, há troca de olhares entre a imagem da Senhora e os peregrinos. Olhares de ternura e de esperança, de quem, apesar das dificuldades da vida e de caminhos tantas vezes tortuosos e sem sentido, se sente acolhido e amado por Deus. Em silêncio interior, escutando os apelos da Senhora, tantos têm vivido, com encanto e inesquecível alegria, o encontro vivo e pessoal com Cristo Jesus, que os leva a regressar a casa por outro caminho, o caminho da verdade, da misericórdia e da esperança. Ali, tal como no Evangelho, continua-se a apelar à conversão, à penitência, à oração com referência especial ao terço diário. Faz-se apelo à caridade por meio do abandono do pecado, à solidariedade que está na base da reparação, à vida sacramental sobretudo através dos Sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, apela-se à comunhão eclesial e hierárquica. Torna-se presente a escatologia, referindo-se o Céu, o Inferno e o Purgatório, põe-se em relevo o Coração Imaculado de Maria e dá-se o sentido à penitência e à oração. Faz-se apelo à oração pela paz no interior de cada um, nas famílias, na sociedade e no mundo que teima em viver imerso na tragédia da guerra, apela-se à coerência de vida cristã e à santidade, tendo na vida dos Pastorinhos um exemplo e um estímulo.
Recordemos a Aparição de 13 de maio de 1917, servindo-nos das Memórias da Irmã Lúcia:
“Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco no cimo da encosta da Cova da iria a fazer uma paredita em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.
- É melhor irmo-nos embora para casa – disse a meus primos – que estão a fazer relâmpagos e pode vir trovoada.
- Pois sim!
E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada. Ao chegar mais ou menos a meio da encosta, quase junto duma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais, vimos sobre uma carrasqueira uma Senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente.
Parámos, surpreendidos pela Aparição. Estávamos tão perto que ficávamos dentro da luz que a cercava ou que ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos. Então Nossa Senhora disse-nos:
– Não tenhais medo! Eu não vos faço mal!
– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.
– Sou do Céu.
– E que é que Vossemecê me quer?
– Vim para vos pedir que venhais aqui, seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
– E eu também vou para o Céu?
– Sim, vais.
– E a Jacinta?
– Também.
– E o Francisco?
– Também, mas tem que rezar muitos Terços.
Lembrei-me, então, de perguntar por duas raparigas que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a tecedeiras com a minha irmã mais velha:
– E a Maria das Neves já está no Céu?
– Sim, está.
– E a Amélia?
– Estará no purgatório até ao fim do mundo.
– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
– Sim, queremos!
– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que nos penetrando no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
– Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
– Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.»
Em seguida começou a elevar-se serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu. Quando nessa mesma tarde, absorvidos pela surpresa, permanecemos pensativos, a Jacinta, de vez em quando, exclamava com entusiasmo: “Ai que Senhora tão Bonita!”.
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D.Antonino Dias . Bispo Diocesano
Portalegre-Castelo Branco, 10-05-2024.
Procissão das velas em Arronches
Procissão das velas no dia 12 de maio com a eucaristia às 20:00H seguida da procissão em honra e louvor de Nossa Senhora de Fátima
quinta-feira, 9 de maio de 2024
QUINTA-FEIRA DA ASCENÇÃO
QUINTA-FEIRA DA ASCENÇÃO
40 dias após o dia de Páscoa celebramos a Ascensão de Jesus ao Céu.
“Elevou-se à vista deles e uma nuvem subtraiu-o a seus olhos. E como estavam com os olhos fixos no céu, para onde Jesus se afastava, surgiram de repente dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: «Homens da Galileia, porque estais assim a olhar para o céu? Esse Jesus que vos foi arrebatado para o Céu virá da mesma maneira, como agora o vistes partir para o Céu.» (Ap 1, 9-11).

