Francisco mostrou-se feliz e entusiasmado por regressar ao seu continente natal
(Ecclesia) – O Papa Francisco chegou hoje ao Equador, após um voo de quase 12 horas, iniciando uma visita de nove dias à América Latina com alertas contra a exclusão e apelos em favor dos mais “vulneráveis”.
“Que as realizações alcançadas no progresso e desenvolvimento possam garantir um futuro melhor para todos, prestando especial atenção aos nossos irmãos mais frágeis e às minorias mais vulneráveis, que são a dívida que toda a América Latina continua a ter”, pediu, no primeiro discurso da viagem, no aeroporto internacional de Quito, perante autoridades civis e religiosas equatorianas, para além de representações das comunidades indígenas locais.
O primeiro Papa latino-americano da história da Igreja Católica manifestou a sua “alegria e gratidão”, “entusiasmo e esperança” ao regressar ao seu continente natal, elogiando o acolhimento equatoriano.
Francisco recordou que no passado visitou o Equador por vários motivos e apresentou-se hoje como “testemunha da misericórdia de Deus e da fé em Jesus Cristo”.
A intervenção recordou que a fé católica “modelou a identidade” do país, gerando vários santos que “viveram a fé com intensidade e entusiasmo e, praticando a misericórdia, contribuíram para melhorar, em diferentes áreas, a sociedade equatoriana do seu tempo”.
“Hoje, também nós podemos encontrar no Evangelho as chaves que nos permitam enfrentar os desafios atuais, avaliando as diferenças, fomentando o diálogo e a participação sem exclusões”, apelou.
Francisco disse ao presidente equatoriano que pode contar com “o empenho e a colaboração da Igreja para servir” um povo “que se levantou, com dignidade”.
“Daqui quero abraçar todo o Equador: desde o cume do Chimborazo até às costas do Pacífico, desde a selva amazónica até às Ilhas Galápagos, nunca percais a capacidade de dar graças a Deus pelo que Ele fez e faz por vós”, declarou.
Já o presidente do Equador, Rafael Correa, sublinhou a diversidade do país e as visões comuns com a Igreja Católica na defesa da vida, da família e da natureza, falando do Papa como um “gigante moral” face à “injusta distribuição dos recursos”.
No final da cerimónia das boas-vindas, Francisco seguiu para a Nunciatura Apostólica de Quito (representação diplomática da Santa Sé), onde vai ficar alojado, num percurso de cerca de oito quilómetros.
Dezenas de milhares de pessoas acompanharam a deslocação, feita num carro utilitário e, depois, em papamóvel aberto.
OC
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