Lisboa, 24 fev 2022 (Ecclesia) – O cardeal português D. José Tolentino Mendonça reforçou hoje o apelo do Papa à oração pela paz.
“Neste contexto dramático, em que estamos a viver, é muito importante cada um sentir que a paz depende de si, a paz depende de cada um de nós”, disse à Agência ECCLESIA o arquivista e bibliotecário da Santa Sé.
O responsável católico defende uma nova atitude, que precisa de “gestos concretos, simbólicos, existencialmente fortes”.
Francisco convidou crentes e não-crentes a fazer do próximo dia 2 de março, Quarta-feira de Cinzas no calendário católico, uma “jornada de jejum pela paz”.
“Jesus ensinou-nos que, à insensatez diabólica da violência, se responde com as armas de Deus, com a oração e o jejum”, explicou, falando na audiência pública desta quarta-feira, no Vaticano.
O Papa encorajou de forma especial os crentes, para que, neste dia, “se dediquem intensamente à oração e ao jejum”.
“Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra”, concluiu.
Para D. José Tolentino Mendonça, “é fundamental reforçar o apelo do Santo Padre em fazer da próxima quarta-feira uma ocasião de comunhão entre todos os homens”.
O responsável destaca que o jejum “é uma prática transversal a várias religiões e a várias culturas”, falando numa “espécie de distanciamento crítico”, em relação aos próprios direitos e necessidades, que promove um “esvaziamento de si para poder dar lugar aos outros, escutar a voz de Deus”.
O cardeal convida a “dar lugar à ponderação das necessidades dos irmãos”.
A Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira, alegando a necessidade de proteger os habitantes das províncias separatistas ucranianas, que reconheceu como independentes.
ONU, NATO, Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, entre outros, condenaram a decisão russa.
OC
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